A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla


Capítulo 2
A curiosidade é despertada


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse. Mesmo não abrangendo ainda a história em si, ela vai começar o desenrolo mesmo no próximo capítulo ;) Não é cheio de mimimi não! 'kkk


;*



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Naname pôs um dos fones de ouvido em sua orelha e passou pelos três, de cabeça baixa.

– Hum? Oe, Naname-chan. – Kuroko a chamou.

Ela parou e olhou para ele.

– Você jogou bem hoje. – Ele deu um sorriso leve.

Ela se espantou. Ainda mais quando Daiki olhou para ela.

– Hum... Arigatou.

– Run? – Daiki resmungou – Essa garota joga basquete?

– Ela é boa. Rápida. – Kuroko disse.

Naname ia voltar a andar, mas Daiki a deteve ficando a sua frente.

– Hum... – Ele a observava – Você é até alta, mas é mesmo rápida?

Ela o encarava.

– Kuroko-kun que diz. Eu apenas jogo.

– Hum... Aposto com você que não é mais rápida que eu. – Ele se vangloriou com um meio sorriso.

– E por que isso me interessaria? – Ela disse com os olhos meio abertos e a voz calma e suave.

Ele arregalou os olhos, pasmo. Logo voltou ao normal, franzindo a testa. Deu um sorriso malicioso.

– Tem um parque aqui perto com uma quadra. Joga comigo. – Ele praticamente mandou, rodando uma bola de basquete em seu dedo.

– Não, obrigada. – Ela desviou dele, voltando a andar.

Ele parou de rodar a bola, quase a deixando cair. Desde quando uma garota o trata assim?

– Oe... – Ele segurou no braço dela.

Ela parou.

– Tem alguém te esperando em casa?

Nana não respondeu.

– Acho que não. – Ele sorriu debochadamente – Joga comigo. – Mandou de novo.

Ela o olhou séria, diretamente em seus olhos. Ele viu aqueles olhos verdes penetrantes.

– Não interessa a você se tem ou não alguém me esperando. Quando alguém diz que não quer jogar com você, não arranje desculpa. Apenas aceite o fato. – Ela disse suavemente.

Daiki soltou seu braço, ainda processando o que ela disse a ele. Naname foi embora e ele ficou a olhando sumir de vista.

Kagami pôs o braço ao redor do pescoço dele, rindo. Gargalhando!

– Pelo visto você foi rejeitado.

Aomine fez cara de tédio para ele.

– Ela não deve gostar muito de jogar fora do colégio. – Kuroko tentou melhorar alguma coisa.

– Não inventa! – Kagami ria – Ele foi rejeitado mesmo! Não há como negar. Acho que vou até dar os parabéns pra ela!

– Hum... – Daiki resmungava – Que garota estranha.

...

Aomine estava sentado no banco enquanto assistia ao treino. Momoi se aproximou dele.

– Dai-chan por que você não me avisou que ia visitar o Tetsu? Eu queria ir junto! – Ela reclamou.

Ele nem a ouviu, estava pensando.

– Oe, Dai-chan.

Nada.

– Dai-chan! – Ela deu um tapa leve na cabeça dele.

Ele olhou para ela como se tivesse acabado de acordar. Ela não entendeu.

– O que você tem?

– Nada.

– Hum... – Ela desconfiou. Deu um tapa na cabeça dele e sentou ao seu lado – Ne, você não estava assim ontem.

– Chamei uma garota pra jogar basquete. Apostei com ela que não era mais rápida que eu.

– E daí?

– Ela disse que aquilo não interessava a ela.

Momoi quis rir, quase riu! Mas respirou fundo.

– Hum... E o que você disse?

– Falei que tinha um parque perto, com uma quadra, mas ela disse pra eu aceitar o fato de que alguém não queria jogar comigo.

Ela não aguentou, caiu na gargalhada. Ele olhou para ela com cara de tédio.

– Por que isso está te incomodando?

– Hum... – Ele pensava. Não percebeu que aquilo o incomodava.

– Oe, Aomine! – O treinador o chamou.

Ele levantou e foi treinar.

...

Naname já treinava há mais de um mês. Voltou a sua força rapidamente, tanto quanto a sua velocidade. Ela acabou fazendo amizade com as meninas do time, e tinha um pouco de rivalidade com Mureni, porém saudável.

– Ne, ne Nana-chan? – Emi a chamou.

Keiko Emi, uma menina loira com as pontas do cabelo laranja. Era até gentil... Fora da quadra.

– Hum?

– Você vai pedir para o treinador para ser titular? Você joga bem.

– Acho que não.

– Hum... – Ela disse decepcionada – Por que não?

– Porque não.

Emi fez cara de tédio.

No treino daquela tarde Hayato disse para a dupla HareNana jogar. Riko apareceu na quadra com o time dos garotos, chegaram mais cedo. Eles sentaram no banco e Riko gritou “Ganbatte!” bem alto para Nana. Naquele momento ela revirou os olhos, quis sumir!

O apito soou e Nana esperava que Hare não passasse a bola para ela. Ela não estava a fim de jogar. Hare tentou um gancho para o primeiro ponto, mas errou. Depois de alguns minutos Emi passou a bola para ela. Hare tentou passar a bola para Nana, mas Mureni desviou o curso da bola.

A bola ia sair da quadra, mas Nana correu e se jogou batendo nela para pô-la de volta na quadra. Ela apoiou o pé direito no chão e conseguiu se equilibrar, voltando à busca pela bola. Ela não sabia a razão, mas estava jogando!

A bola estava com o outro time. Nana fez o aceno para Hare, o aceno delas: dois dedos na clavícula. Hare tentou bloquear Aiko, uma menina de cabelo azul e curto. Aiko desviou a bola para a outra mão para Hare não pegá-la, mas Nana a roubou e correu em direção à cesta. Ninguém a impediu. Isso era impossível, tinha que ter alguém para tentar defender! Naname deu um salto e pôs a bola dentro da cesta com facilidade, quase se pendurando no aro.

– Sugoii...! – Alguns deixaram escapar.

Nana olhou para o aro, sorrindo. Quando se virou para ver o que tinha acontecido, todas as meninas estavam olhando para ela. Nana se assustou.

– AH! Eu sabia! – Hayato gritou do lado dela.

– Ah! – Nana gritou ficando em posição de defesa – NANI?!

– Eu disse, eu disse! – Riko disse pulando com as mãos nas bochechas.

– Seu nome faz jus a você, Kousen! Você agora é titular!

– Eu não me inscrevi.

– Mas eu estou dizendo que é. E sua amiga também.

– O que? – Hare disse sorrindo.

– Você é o número 10 e Hare o 7.

Hare dava pulinhos.

– Aceita Nana! – Riko disse.

– Você... – Nana rangeu os dentes. Ela pôs a mão na testa – Eu não quero, valeu.

– Quem, por Deus, está no time de basquete e não quer ser titular? – Ele perguntou, indignado – Sua camisa já está pronta. Você vai jogar como titular. – Ele mandou – Além do que vocês são uma boa dupla, quem sabe não nos levam para o Campeonato Estadual.

– Tá brincando ne?

– Não fale assim com seu senpai. – Ele disse.

– Você é do segundo ano. – Nana fez cara de tédio.

– E você vai jogar. – Ele sorriu.

Nana pôs a mão na testa, não acreditava naquilo.

– Vamos Minna! Vai ter um amistoso semana que vem! – Hayato gritou.

Nana tampou os ouvidos, ele gritou perto dela.

...

Uma semana longa e chata de treinamento depois, era o dia do amistoso. Elas jogariam com o colégio Midokaru. Hayato estava preocupado, a arquibancada estava lotada e Naname ainda não havia chegado.

Hare tentava ligar para ela.

– Nada? – Mariko perguntou.

– Não. Ela não atende.

Hayato bufou passando a mão no cabelo.

Midokaru chegou. As garotas eram bem altas e soberbas. Deram um sorriso malicioso para o time da Seirin.

– É com essas lunáticas que vamos jogar? – Uma garota alta de olhos vermelhos disse.

– Deve ser. – Outra baixa de cabelo roxo disse.

Seikori as fitou, furiosa. Akino Seikori, loira de cabelo curto, a muralha do time.

– Vadias... – Ela resmungou.

– Relaxa. – Hana disse ajeitando suas marias-chiquinhas.

– Gente, se aqueçam. Já vai começar. – Mariko disse já se alongando.

A porta do ginásio se abriu e Naname entrou com o uniforme do time.

– Merda, onde você estava? – Hare perguntou nervosa.

– Me aquecendo. – Ela disse, calmamente pondo a bolsa no banco e tirando o moletom do time.

Hare desconfiou.

– Vai jogar pra valer?

– Não. É só um amistoso.

Já prontas e aquecidas, o apito soou e o jogou começou. Nana amarrou o cabelo em rabo de cavalo. No último banco da arquibancada, estavam sentados Kagami, Kuroko com Momoi o abraçando, e Aomine.

– Ne, Dai-chan. Quem é a garota? – Momoi perguntou.

– Não interessa. – Ele resmungou.

– É a camisa 10. – Kagami disse.

Aomine o fuzilou.

– Oh, sugoii. Ela é bem alta ne? Desde quando gosta de ruivas?

Ele fez cara de tédio.

Midokaru estava 10 pontos à frente de Seirin, já na metade do primeiro quarto.

– Droga... Como elas estão conseguindo passar? – Seikori resmungou.

– Pelo visto você não é tão muralha assim. – A de cabelo roxo cochichou para ela.

Seikori quis dar um soco nela. Hare passava a bola para Nana, que fez 2 pontos. Além de ser mestra em roubar a bola por causa da distração de Hare. Hana era boa na cesta de 3 pontos. Mureni era boa nos rebotes e arremessos.

– É isso aí rosinha! – Mureni gritou.

– Cala a boca. – Hana resmungou. Seu cabelo era rosa choque.

Despois de outra cesta de Nana, a garota de olhos vermelhos tentou derrubá-la para fora da quadra, mas quando Nana ia cair, apoiou seu pé e deu um giro pondo-se de volta na quadra. Correu em direção a Hare. Ela passou a bola para Naname, que passou para Hana, que fez a cesta de 3 pontos.

– Você viu aquilo? – Satsuki perguntou – Ela não caiu! – Ela disse admirada.

– Vi... – Aomine olhava para Nana, surpreso – Ela é rápida.

Na metade do segundo quarto, Midokaru e Seirin estavam empatados. A garota de olhos vermelhos fitou a de cabelo roxo, sorrindo maliciosamente. Hare estava perto delas. A de olhos vermelhos foi em direção a Hare quando ela ia passar a bola para Mureni, fingindo tentar roubar a bola. Pôs a perna por dentro da perna dela, torcendo-a. Hare deu um grito fraco e caiu no chão.

Nana marcava uma jogadora, olhou para trás com os olhos arregalados ao ouvir gritarem o nome da amiga. Ela correu até Hare, jogando seus joelhos no chão, sem se importar se iria machucá-los.

– Oe, Daijoubu?

– Mais ou menos. Ela torceu meu pé.

Naname olhou para a garota. Ela estava sorrindo. Hayato pediu tempo e todas foram para o banco. Hare estava deitada, colocavam gelo em seu pé. Nana estava sentada e enfurecida enquanto via a garota dos olhos vermelhos sorrir para ela.

– Melhor pôr Sakura.

– Mas eu não sou boa em passes para ajudar Nana. E Keiko?

– Talvez. – Hayato pensava – Você consegue passar a bola para Nana com velocidade?

– Posso tentar. – Emi disse.

Enquanto elas se preparavam, a de olhos vermelhos veio até Naname.

– Ah... Gomen, gomen por sua amiguinha. Espero que isso não atrapalhe suas jogadas.

Naname a encarou sem dizer nada. A jogadora voltou para seu time, rindo. Ela estava furiosa, Mureni a fitou. Nana desfez seu rabo de cabelo, deixando seu cabelo cair até a cintura. Ela começou a fazer uma trança embutida em seu cabelo, sua franja tapava seus olhos. Daiki a encarava apertando os olhos, se perguntando a razão daquilo.

Quando Seirin voltou ao jogo, Nana estava ainda mais séria. Foi calmamente até Mureni e cochichou em seu ouvido, com a mão na frente da boca. Mureni abaixou a cabeça e sorriu, confiante.

O apito soou, a bola estava com Seirin. Nana quicava, a de olhos vermelhos sorria a sua frente, vitoriosa.

– O que será que você pode fazer sem aquela anãzinha? Eu já observei suas jogadas. Dependem muito dela. – Ela lambeu os lábios.

Naname deu um meio sorriso. Ela agachou levemente e saltou arremessando a bola. A de olhos vermelhos tentou pegar, mas conseguiu apenas arregalar os olhos enquanto a bola nem encostava em sua mão. 2 pontos! Mureni pegou a bola logo que caiu da cesta e correu passando para Hana. Seikori deteve a de cabelo roxo que estava pronta para bloquear Hana. Emi e Mureni impediram que as outras chegassem perto. Hana fez uma cesta de 3 pontos, perfeita! Uma jogadora de Midokaru estava com a bola. Nana deu um leve tapa na bola passando para Mureni, que arremessou a bola para a cesta. Estava longe demais, e ela sabia que erraria.

– Não é possível... – Aomine disse, espantado – Ela...!

– Ela está muito longe! – Momoi disse.

Nana correu em direção à bola e saltou pegando-a no ar. A de olhos vermelhos saltou para tentar detê-la, mas Nana pôs a bola dentro da cesta com tanta força que a garota caiu no chão ao passo que Nana se pendurou no aro.

– Ela é rápida... – Momoi disse, pasma olhando para Daiki.

Aomine olhava para Naname, surpreendido.

Naname foi até a jogadora dos olhos vermelhos, que já havia se levantado.

– Acho que eu posso fazer alguma coisa sem minha amiga. – Ela deu um meio sorriso.

A jogadora rangeu os dentes. Ao fim do jogo, com todas as jogadas entre Mureni, Hana e Naname, as marcações de Emi e a muralha Seikori, Seirin ganhou de 97 à 54.

O juiz fez todas se cumprimentarem. Naname estava desfazendo a trança quando a garota que machucou Hare se aproximou dela.

– Qual o seu nome?

– Hum? – Ela a analisou – Kousen Naname.

– Hum... – Ela bufou – Mikasi Toeko. Quero revanche. Treine bastante, eu vou derrotar você no estadual.

Nana sorriu gentilmente. Ela nem pensava no estudal, só queria vingança por Hare.

– Pode deixar.

Toeko bufou e foi embora.

Depois do banho todas foram embora. Hare estava melhor da torção, não foi grave. O time ia embora vitorioso. Enquanto Kagami conversava com Kuroko e Momoi, Aomine observava as meninas. Nana não estava entre elas.

Todos foram embora. Daiki andava pelas ruas sem lugar para ir quando ouviu um barulho de bola entrando na cesta. Ele entrou num parque e ao chegar à quadra viu Naname arremessando a bola. Ela ainda estava com o moletom e calça do time. Ele entrou na quadra e se encostou na grade, vendo a ruiva quicar e arremessar a bola em direção a cesta.

– Era esse parque que eu falei.

– Hã?! – Ela exclamou de susto ao ver que não estava sozinha. A bola bateu no aro e caiu no chão – Você me fez errar.

– Hum? – Ele abaixou a cabeça e riu – Você já acertou muito hoje.

Ele foi até a bola e a pegou. Jogou para Nana, mas ela desviou da bola com as mãos nos bolsos. Ele deu um meio sorriso.

– Qual o seu problema comigo?

– Você é idiota e convencido. – Ela respondeu com facilidade.

Ele soltou uma risada. Ela não entendeu o motivo.

– E você é muito sincera.

– Isso só é defeito para quem é fresco e viadinho.

– Hum... – Ele cantarolou chegando perto dela – Não devia chamar um cara como eu de fresco e viadinho. – Ele disse tirando uma mexa de cabelo da frente do rosto dela.

Nana deu um tapa em sua mão, para tirá-la de perto do seu rosto.

– Sério, qual o seu problema comigo?

– Eu te odeio. – Ela deu de ombros.

Ele arregalou os olhos.

– Eu nem te conheço.

– Não precisa conhecer. – Ela disse o encarando.

– Você é uma daquelas fãs loucas que eu não retribuí o amor platônico? – Ele debochou.

– Não. Só sou uma ruiva que te odeia mesmo.

Ele bufou rindo.

– Você é estranha.

Ela o encarou, séria.

– Joga comigo. – Ele insistiu.

– Não.

– Vamos apostar: se eu ganhar, você me conta por que me odeia tanto. Se você ganhar, eu te pago um lanche.

– Não.

Ele fez cara de tédio. Nana se virou e saiu da quadra.

– Ok... – Ele a alcançou – Então te levo para casa.

– Me deixa em paz. – Ela disse, olhando para frente.

– Não. Só se você me contar a razão desse ódio.

Ela bufou, e ele a seguiu. Os dois andavam pela rua, Nana sempre mandando ele ir embora, deixá-la em paz. Ela estava impaciente. E ele sempre dizendo não. Quando chegaram na casa dela, ele deu tchau e ela de costas levantou a mão, mandando-o ir embora.

Ela entrou e ele analisou onde ela morava. Olhou para a janela do segundo andar.

– Garota estranha. – Disse dando um meio sorriso e indo embora.


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