Guerreiros escrita por L M


Capítulo 46
説明


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas, olha eu aqui novamente para a alegria infinita de vocês?! kkkkk
Estou muito feliz e queria agradecer imensamente a Leth Flor Haruno pela recomendação magnifica, fico muito feliz que tenha gostado da história!! :D
Leitores novos, sejam muito bem vindos!!!!! :) :)
Boa leitura!!!



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Trauma psicológico como o mesmo nome já diz, nada mais é do que a experiência de algo que chocou a mente e a pessoa que participa. Como a morte, por exemplo, de algum ente querido ou simplesmente ela mesma vivenciada e assistida.

Hana não queria falar. Simplesmente o tremor de suas mãos já estavam distraindo o máximo que conseguiram, ela apenas chegou pálida ao vilarejo sendo amparada pelos garotos, enquanto o doutor On organizava uma equipe para retirar o corpo da caverna e Takeshi que prontamente fora a conversa dura e ardilosa em direção ao comandante Tadashi.

Hana apenas foi calada até o banheiro, não queria conversar, não queria ter que ouvir nada e muito menos explicar ou relembrar nada, sua mente jazia em um vácuo contínuo de onde não entrava e nem saía nada. A imagem não saía... Era como se ela não parasse de enxergar a figura desfigurada do que antes fora um homem.

Hana deixou a água morna cair em seus cabelos um pouco maiores já batendo aos ombros, limpando todo o vestígio de sujeira presente no corpo feminino. As mãos ainda tremiam, enquanto a água ajudava ela a esquecer da imagem com a dor nos ossos e de onde os dentes do lobo cravaram-se em sua carne. A dor era algo reconfortante nesta hora, sua mente estava preocupada com isso e ela pôde esquecer pelo menos por algum tempo do que vira.

As mãos foram em direção ao rosto e as lágrimas caíram, como uma cachoeira sem limite e sem fim de onde água em abundância saía dos mais remotos confins de um lugar desconhecido. Seu coração estava pesado e as lágrimas era tudo o que ela queria gritar, porém não havia mais voz. Os soluços romperam enquanto uma mão segurava a boca a outra apertava o peito em uma tentativa frustrada e inútil de aplacar o desespero.

Hana se enrolou com a toalha e se viu no espelho, os olhos estavam inchados e vermelhos, ela viu o sangue seco em seus ombros, mas não ligou muito... Iriam se curar! Sempre cura. Os cabelos molhados e gurdados no pescoço e o cheiro de ervas pelo corpo, a respiração voltou ao normal enquanto a imagem ainda exercia sua força pela mente da garota, porém ela iria embora... Como todas as outras imagens que a fizeram sentir dor e torturaram por tempos, até a cicatrizarem lente e sem perceber:

–Guerra maldita...-murmurou a garota entre dentes com raiva.

Hana não estava mais na época de sangue na Lua do mês, agradeceu imensamente por isso. Ela apenas enrolou as faixas nos seios e recolocou uma roupa limpa porém ainda do exército, prendeu os cabelos em um coque e saio do banheiro deixando o vapor da água quente que antes ali convivia se esvair para algum lugar longe, mas com toda certeza melhor do que onde Hana se encontrava.

A garota saiu e os demais olhos dos garotos estavam em cima delas com suas costumeiras roupas de dormir, a maioria sustentava um olhar estranho ao notar que Hana havia chorado. Ela queria perguntar se eles nunca tinham visto uma pessoa chorar, porém eram homens e Hana não era Hana era Haruo e como tal tinha que manter a pose, mas tem horas que nem mesmo um homem consegue segurar as lágrimas:

–Sore wa nanideshita ka?-perguntou rouco(a) Haruo/Hana passando por eles com a toalha em seu ombro e entregando a uma empregada que ali passava indo em direção aos quartos.

Os garotos foram atrás, Riki queria mandá-los embora para poder conversar sozinho com Hana, porém ser descoberto neste momento era a última coisa que ele queria:

–Você está bem?-perguntou Daisuke:

–Eu acredito que a resposta seja um pouco óbvia, não acham?!-indagou Haruo/Hana sentando em uma cama de madeira:

–O... Sr. Fugaku... Ele...-começou Shiro:

–Morto!-respondeu Haruo/Hana olhando para um único ponto em devaneio no chão, com a imagem a romper-se dentro de sua mente abobada:-Parecia um animal estraçalhado... Deixaram-no irreconhecível, aqueles miseráveis!

–Deus! Parece que estamos vivendo um inferno!-falou Norio passando as mãos pleos cabelos frustrado:

–Sobre a pergunta, Haruo... Eu não me referia a está bem psicologicamente e sim fisicamente.-falou Daisuke apontando para a mancha mínima de sangue em seus ombros:

–Fui atacado por um logo.-falou Haruo/Hana:

–Normal... Isso já está ficando mais rotineiro do que ir ao banheiro de manhã.-falou Horaru:

–Não é grave, só preciso enfaixar e só farei isso amanhã.-falou Haruo/Hana deitando-se na cama e cobrindo com a colcha:-Dormirei bem, porque... Amanhã continuaremos até encontrarmos com o exército de verdade. Até lá... Por favor não inventem de morrer.

Todo os garotos haviam saído, menos Riki que se manteve de pé encarando a figura coberta de sua amiga, tudo o que ele mais queria era protegê-la de tudo. Não queria que ela visse o que viu, não queria ela lutando, não querida nada disso para ela... É apenas uma menina que ao invés de se tornar uma mulher, tornou-se um homem, e o que um homem suporta calado ela não aguenta nem em lágrimas.

Ele queria retirar tudo o que ela estava sentindo:

–Hana...-murmurou Riki sentando ao lado dela com o rosto próximo do dela, que mesmo de olhos fechados lágrimas deslizavam pelo rosto dela:-Por favor, não chore.

–Deixe-me Riki... Prefiro me recuperar rapidamente.-falou Hana baixo com a voz rouca pleo choro preso em sua garganta:

–Odeio vê-la assim...-murmurou Riki a encarando novamente passando a mão delicadamente pelos cabelos:-Não sabia que era tão próxima do sr. Fugaku.

–Não era! Não era, mas... Não desejo aquilo nem ao meu maior inimigo.-falou Hana abrindo os olhos e neles Riki viu medo, angústia.

O garoto uniu ambas as testas e encarou fundo em seus olhos segurando sua mão com força:

–A dor vem primeiro, para que a felicidade se torne mais especial depois.-falou Riki:

–Será...?-perguntou Hana:

–Sempre.-falou Riki sorrindo de lado vendo-a pegando no sono.

E ali ele ficou, zelando e rezando pelo sono da amiga.

Hana dorme.

Takeshi estava encostado na parede com o peito nu à mostra, os braços fortes cruzados, enquanto ele escutava as lamúrias de ódio por parte do comandante Tadashi. Kohaku ainda estava sentado na cadeira com os olhos opacos encarando o chão, o choque ainda estava no homem pela notícia.

Ridículo, pensava Takeshi, porque ele não vira o estado que o pobre havia ficado igual ele, o doutor On e Haruo haviam visto. Haruo... Apenas o simples tilintar do nome dele, fazia Takeshi sentir novamente aquele aperto forte no peito quando vira os olhos amedrontados e em pânico pelo choque frio da imagem nele. Os olhos dele demonstravam tristeza, olhos dos quais Takeshi queria sempre zelar a felicidade por alguma razão que fazia o peito dele queimar e a cabeça explodir. O que era isso?! Por que estava o dominado assim tão velozmente e com uma força desconhecida até pelo próprio.

Tadashi socou a mesa de madeira com força abaixando a cabeça com os cabelos longos e negros a frente, chamando a atenção de Takeshi que rapidamente se colocou em prontidão a frente do homem com os braços virados para trás:

–Shirei-kan...-murmurou Takeshi em respeito, porém o homem não saiu de sua posição:-Eu lamento pelo ocorrido, mas o que faremos com os espiões. Sei que o homem disse que não haviam mais, todava desconfio senhor... Temo pela vida dos demais soldados.

–E você acha que eu não?!-gritou Tadashi se erguendo em um solavanco, fazendo Takeshi se calar e manter um olhar duro em cima do superior, enquanto Kohaku finalmente se ergue e começa a prestar a atenção:-Estamos em uma guerra, eles estavam nos espionando coletando informações sobre nós para levar para aquele maldito!

Tadashi enfiou a faca com força na mesa de centro, Takeshi respirou fundo mantendo-se passivo, mesmo estando a pondo de perder a calma. Não poderia permitir que seus olhos ficassem rubros diante d comandante:

–Sabe, Wurochiha, o por quê deu saber que não haverá mais espiões ao nosso redor?-perguntou Tadashi se aproximando:

–Īe senseimasen.-respondeu Takeshi seco:-Não senhor.

–Porque já assassinaram um dos nossos, não os sobra mais absolutamente nada.-falou Tadashi:-Kohaku sabia de algo, deve tê-los descoberto e foi pego antes de retornar e me informar.

–Entendo...-murmurou Takeshi:

–Kohaku! Partiremos ao amanhecer, sei que Kabuto nos espera nas montanhas imperiais. Onde seu exército maldito estará se escondendo nos esperando para aniquilar-nos!-falou Tadashi:-Wurochiha! Como líder de sua equipe, preciso que informe aos demais líderes das equipes sobre nossa situação. Eu não quero mais ver garotos, Takeshi, eu quero homens! Dispostos a dar as próprias vidas para proteger nosso país daquele monstro, dispostos a matar sem dó aqueles que nos ameaçam, dispostos a serem as espadas do imperador!

–Entendido!-afirmou rouco e firme Takeshi em sentido:

–Se for preciso nos queimaremos junto deles no fogo do inferno, porém saberemos que de lá eles não sairão mais para ameaçar... Aqueles que amamos em nosso interior frio.-falou Tadashi se virando para a janela e olhando a enorme Lua cheia com seu brilho magnífico:-Pode se retirar!

–Iiwake.-falou Takeshi saindo rapidamente.

O frescor da noite o açoitava, enquanto o corpo ainda se mantinha quente. As mãos do garoto se tornaram chamas pura e ele queimou sem pensar duas árvores perto as desabado, tamanha era a sua raiva. O garoto colocou a mão fechada em punho em direção aos lábios e fechou os olhos azuis, mantendo-se firme em pensamentos para não cometer nenhuma loucura, como a vaga ideia absurda de sair a caçada do maldito exército de cavaleiros que matavam inocentes sem dó:

–Que os céus nos ajudem...-murmurou Takeshi abrindo os olhos e respirando fundo, com a fumaça do frio saindo dos lábios quentes.

Takeshi ouviu passadas de cascos no solo frio e viu On retornando ao vilarejo com a cabeça baixa com os cavalos arrastando em uma carroça o corpo de Fugaku, o garoto se ergueu e a passada abaixou a cabeça em sinal de respeito. O doutor On parou ao seu lado colocando a mão direita sobre o ombro de Takeshi e suspirou alto:

–Guerras são brigas feias, ninguém sai vivo dela, filho... Ninguém!-o homem murmurou saindo de perto de Takeshi que seguida com os olhos até a carroça sumir de sua vista.

Takeshi foi em direção aos alojamentos dos demais garotos, entrou a passadas rápidas sentindo o suor impregnar seu tórax e braços, mesmo o frio fazendo-se presente. O garoto bateu na porta de Kyo, em seguida bateu na porta de Hideo e Jin com muito custo. Foi passando em cada porta daqueles que ele acreditava serem os líderes de suas respectivas equipes.

Os garotos saíram de seus compartimentos e foram a passos firmes em direção a Takeshi que encarava a janela os céus negros rodeados pelas estrelas infinitas que pintavam com seu brilhos as trevas turvas:

–Estamos em alerta!-falou Takeshi firme:

–Sōdesu ka.-suspirou Hideo fechando os olhos perolados:

–Já era hora de algo assim acontecer.-falou Kyo:

–O homem está morto, mesmo?-perguntou indiferente Jin:

–Sim.-falou Takeshi se virando para todos:-Como líderes nós zelamos para o bem está e segurança de nossos companheiros, e não há espaço mais para garotos, entenderam?! Somos homens, e aqui faremos honra a nossos nomes e habilidades, mesmo morrendo em dor nós mataremos quem se colocar no nosso caminho ou do imperador. Se morrermos, morreremos com honra!

–Sore wa kōkina shitsumondesu.-completo Hideo:-Estamos em uma guerra, essa é a nossa realidade! Viemos para cá sabendo do que nos aguardaria, morrer em campo de batalha. Se isso for acontecer para proteger quem almejamos, que assim seja Takeshi-sam!

Todos os garotos pegaram suas espadas e retiraram da bainha de couro marrom apenas uma parte delas, Takeshi pegara a sua e com um aceno de cabeça bateu sua espada nas espadas de todos os garotos ali em sinal de promessa de guerreiros. Sabiam que não poderiam voltar atrás ao bater as lâminas, era uma saudação somente para guerreiros, e como seus pais lhes ensinaram honrariam isso.

Os demais garotos retornaram a seus aposentos, para tentarem adormecer.

Takeshi voltara para a varanda da residência em silêncio e ali ficou com os braços apoiados na grade de madeira que ali estava. Até sentir olhos em cima de si e perto dele, descendo as escadas da varanda se econtrqava Cho. Com as duas mãos no peito ela se aproximou com o kimono de dormir rosa claro belo que a deixava ainda mis linda aos olhos de Takeshi, mas por que isso o incomodava?! Sua consciência pesava, por não dever achá-la bela:

–Konbanwa.-murmurou a menina corada com Takeshi se aproximando dela:

–Está tarde e frio, não deveria está andando sozinha. Não quero mais surpresas desagradáveis, Cho. Precisa se cuidar.-falou Takeshi:

–Eu sei, mas... Fiquei preocupada contigo, Takeshi. Pensei que algo poderia ter acontecido a você.-falou Cho e Takeshi olhou para baixo com a consciência o amaldiçoando:

–Estou bem.-falou ele simplesmente:

–Obrigada por ter ficado junto de meu pai, se algo acontecesse a ele eu... Nem sabia o que seria de mim.-falou a menina se aproximando perigosamente de Takeshi:

–Não fiz mais do que a obrigação, Cho!-falou Takeshi:

–Mesmo assim... Arigatō.-falou Cho sorrindo:

–Por nada.-ele respondeu encarando os belos olhos mel da menina. Ela estava se aproximando dele, certa de que o beijaria e ele não se importava com isso, até porque estava tenso necessitava de algum acalento na noite fria, mas por que sentia que estava traindo alguém?

Takeshi virou o rosto acariciando o de Cho em confusão em cima de si:

–Não posso.-falou Takeshi:

–Será que além da guerra e raiva, seu coração teria espaço para mim?-perguntou Cho e a respiração de Takeshi falhou:

–Eu não sei.-falou o garoto.

A menina assentiu com o pesar em seu olhar e foi caminhando até onde seria seu local de dormir, mas antes ela se virou para Takeshi o encarando sorrindo:

–Sempre vou está a sua espera.-falou simplesmente.

Ao ver que ela estava longe ele socou com força a madeira da casa e colou sua testa ali, amaldiçoando-se por iludi-la.

Takeshi respirou fundo e seus pés o estava levando até um quarto do qual ele não queri está, todavia seu peito clamava para vê-lo nem que seja para velar seu sono angustiado. Porque a tristeza que ele sentia era a morte para Takeshi, sua cabeça o xingava... Não poderia está sentindo algo tão forte por outro homem! Ele era Wurochiha Takeshi, a vergonha que isso lhe proporcionaria era demasiada grandiosa.

O garoto apenas fora do lado de fora pulando na janela aberta do quarto Haruo e adentrando ali em cima da madeira ele vira no chão ao lado da cama do garoto Riki. Maldito Nohara, pensava Takeshi com o sangue fervendo... Ele olhou em direção ao rosto de Haruo e seu peito falhou, com a lua da Lua iluminando-o era como ver uma mulher! Seus olhos o engavam... Não poderia está achando belo a face angelical do homem a sua frente.

Takeshi encostou-se na parede da janela e ali ficou em silêncio encarando a mãe Lua em busca de respostas para seu coração angustiado e maluco, que não sabia o que sentir, não sabia como expressar... Sentia-se perdido. Olhou e rogou a mãe dos poetas da madrugada, a quem ouvia as lamúrias dos apaixonados, a cúmplice de amores a que deixava o Sol cair sem pedir perdão...

E ali ele se manteve até afundar-se no leito do sono, onde os sonhos não mais existiam dentro de sua mente e só sobrara o completo escuro vazio.


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Notas finais do capítulo

:) :)