A predição de Trelawney – Severo & Hermione escrita por Mags


Capítulo 1
Capítulo único – O amor que escolhi para mim




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Faz algumas semanas que o período letivo começou, e dessa vez, mais insuportável de todos os anos. Por que seria? Por ele, Harry Potter, filho de Lilian e James Potter. A mãe dele era perfeita, um amor – o meu amor. Já o pai dele, era um arruaceiro e maluco que só pensava nele próprio. E o menino parecer ter herdado os dons do pai.

Tentando ignorar a sensação que esse garoto me provoca, tento diariamente andar pelo castelo, afugentar os garotos que estão fora da cama tão tarde e tentando pensar em maneiras de aturar a aula de poções da Grifinória. Para mim, as coisas não estão fáceis. Não acredito ser obrigado a aturar o filho do homem que tirou o amor da minha vida de mim.

Em uma das muitas caminhadas pela torre de astronomia, vejo uma figura anormal no ambiente. Sibila Trelawney, professora de adivinhação, que nunca sai de sua torre. Mas que no entanto, está aqui. Engraçado, a sensação de que isso está errado está aparente.

— Ah, Severo! – Ela me vê. Eu só queria voltar para minha masmorra e dormir algumas horas e me livrar do problema que essa velha louca vai criar. - Eu estava procurando você. Sabia que viria aqui uma hora ou outra.

— Procurando por quê? - Pergunto, me mantendo longe da mulher. Eu disse, problemas.

Ela sorri de maneira sinistra.

— Eu estava querendo conversar com você – ela dá dois passos em minha direção, mas segura seu robe mais contra o corpo. - Na realidade, gostaria de lhe dizer o que as parcas andaram me informando.

— As parcas andaram lhe informando? - Me finjo interessado. Ela assente. - O que é então?

Novamente o sorriso sinistro. Ela só sorri assim mesmo.

— Tive uma predição em relação a você. Que você vai amar uma pessoa, mas no momento ela ainda é apenas uma criança e você já a conhece. Ela tem cabelos castanhos e você não irá suportar ela por alguns meses, mas isso só até perceber que é ela.

— Certo. Eu vou amar uma criança?— Pergunto, tentando esclarecer tudo. Ela acha que sou um pedófilo?

Ela assente.

— Boa noite Sibila. - Sumo da vista dela, com a pretensão de ignorar ela pro resto da minha vida. Sempre que ela abre a boca é para criar confusão.

 

Depois disso, passei meses sem lembrar (tentando esquecer) dessa conversa, mas num dia chuvoso de aulas com as turmas de segundo ano de Grifinória e Sonserina, observo Hermione trabalhar em seu caldeirão. Ela tem talento para o preparo de poções, e realmente só implico com ela por ser da Grifinória e amiga do Potter. Ultimamente, tenho pensado mais nela, não acreditando que ela pode ser a garota da predição de Trelawney. Afinal, ela é uma criança. Mas se não for ela, quem será?

Os anos vão se passando, eu observo ela diariamente, tentando sempre achar ela pelo castelo durante as aulas. Não consigo acreditar na capacidade dela de se meter em problemas, mas ela é ótima nisso. Quando ela está no 4º ano e todos estão ansiosos pelas próximas provas do torneio tribuxo, tento encontrar ela na biblioteca, mas o rapaz búlgaro sempre está por perto, de olho em Granger.

Não há só ela em meus dias, há problemas em relação Àquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado e com Dumbledore, que me atormenta com questões que não me importam mais.

Eu vingarei a morte de Lilian e seu marido, mas não quero acabar com minha vida e com o tempo que tenho para observar a castanha Grifinória.

Ela está me deixando maluco, passo dias e dias procurando maneiras de manter ela até o fim da aula comigo, para pelo menos ter suas palavras dirigidas apenas para mim. Porém, Hermione não deixa de demonstrar rispidez em seu tom de voz sempre que isso acontece. Ela não me suporta. Simples assim.

Já eu? Acho que amo uma garota adolescente.

Sei que tudo isso é uma loucura, graças às palavras de Trelawney que isso está acontecendo.

Preciso deixar os anos passarem sem perturbar ela. Quando chegar a hora, vou fazer ela me amar.

 

Estamos no 6º ano. Hermione tem criado coragem e confiança em mim. Ela passa mais tempo na sala depois da aula, com a desculpa de tirar dúvidas, mas sempre vem para mim com um sorriso no rosto. Parei de pegar pesado com ela, passei a ser gentil, a tratar ela bem e dar valor para sua inteligência. Ela está adorando isso e sendo o que eu sempre quis que fosse comigo.

Sou seu professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Professor Snape? - Ela me chama, no fim de mais uma aula. Eu sorrio para ela. A sala está vazia, além de nós dois. - Tenho uma dúvida sobre o trabalho que o senhor passou hoje...

— Diga - minha voz soa gentil. - Te ajudo no que estiver ao meu alcance.

Ela sorri. Seu sorriso é lindo, delicado e me deixa em êxtase.

— Posso entregar ele antes da hora? Porque estou tão cheia de coisas para estudar, que sei que se deixar para entregar ele depois, vou me atrasar em tudo.

— Claro. Tudo ótimo. - Ela sorri e se despede.

— Tchau linda garota - digo quando ela já está do lado de fora da sala.

Sorrio novamente. Hoje nada vai estragar meu dia.

 

Os dias se passam com lentidão. Não estou tendo tempo para conversar com Hermione. As aulas estão cada vez mais puxadas e não posso aliviar minha rotina para nada.

Sempre que vejo ela nas aulas, tento fazer ela ver o quanto quero conversar com ela.

Chegou a hora de dizer o que sinto.

— Srta. Granger, permaneça na sala depois da aula - digo quando a aula da turma dela está quase no fim. Ela assente e volta sua atenção para o livro de exercícios.

Os minutos restantes da aula se arrastam. Quando finalmente bate o sino, todos saem rapidamente. Minha postura está rígida. Harry e Rony permanecem mais um tempo, tentando avaliar a situação. Os dispenso rapidamente e fico sozinho com a menina. Uso a varinha para fechar a porta e a selar. Outro feitiço para o som da sala não ser ouvido do lado de fora.

— O que houve? - Ela pergunta, estranhando e olhando para a porta.

— Eu precisava contar uma coisa - digo, me aproximando. Sento em cima da mesa na fila a frente da dela. - É muito importante e tenho guardado em segredo há anos.

— Fale - ela pede, com a voz rouca.

Como eu sonho com essa voz rouca e as poucas vezes que posso ouvir.

Eu sonho muito com Hermione. Afinal, quando se ama, é comum isso.

Nos sonhos, o mais longe que cheguei foi aos seus lábios, selando-os com beijos. Nunca pensei em sexo com ela. Ela é mais nova que eu e não acho certo. Mas minha boca deseja a dela.

— Há alguns anos, a professora Sibila Trelawney me fez uma predição - ela suspira. Sei que Hermione odeia a professora e a considera uma charlatã. Eu mesmo penso isso da velha mulher. - Escuta. Ela disse que eu iria sentir algo por uma garota, que na época era apenas uma criança e que depois de alguns anos eu entenderia o que sinto por ela.

— O que o senhor está querendo dizer? - Ela esfrega as mãos nas pernas da calça.

— Estou querendo dizer Hermione, que isso está certo. Quando comecei a gostar de você, por ser tão boa aluna e a tratar você bem, percebi que era de você que a predição se trata. Eu me apaixonei por uma aluna, por você.

— Isso não pode ser possível - Ela sussurra, tensa.

Engulo em seco. Droga. Não esperava essa reação.

— Você quer dizer que é apaixonado por mim? - Ela me olha. Encaro seus olhos grandes e brilhantes. Assinto com a cabeça de leve. Ela sorri timidamente. - Entendo...

Viro o olhar e me levanto. Ando em direção a minha mesa. Ouço seus passos atrás de mim e então, seus braços ao redor de meu corpo. Sua pele sensível e frágil colada em meu corpo.

— Eu espero que isso não seja brincadeira, por que eu sinto o mesmo por você - ela ri de nervoso. - Achei que eu estivesse maluca, mas não. Você sente o mesmo por mim.

Me viro, com um enorme sorriso na boca.

— Eu não estou de brincadeira - ela me puxa mais para perto dela e me curvo. Nossos lábios enfim se selam. Os dela tão finos e gostosos, espremidos contra os meus. Com a língua, exploro cada canto da boca dela. Minha mão passeia pelo seu cabelo castanho e as dela pelo meus ombros e braços. O beijo é longo e tira o folego de nós dois.

— Eu estava louco por um beijo desses - ela me beija novamente. Ficamos por um tempo assim, sem noção do tempo passando e aproveitando a presença um do outro.

Infelizmente, nos despedimos. Ela segue o restante do dia em aulas e eu distraído demais nas minhas. Depois do jantar, vou para meu quarto, deitado na cama, penso nela e nos beijos que tivemos. Alguém bate na porta do quarto e quando vou ver quem é, ela pula em meus braços e me beija. Vamos para minha cama e passamos horas ali, deitados, aos beijos e conversando.

Isso virou rotina. Todos os dias ela vai até mim e ficamos desse jeito.

Nosso relacionamento já durava 5 meses quando cumpro a promessa que fiz a Dumbledore. Hermione sempre soube de toda a verdade sobre mim e sobre meu trabalho de agente duplo e sempre me apoiou, mesmo quando soube do pedido de Dumbledore de que eu o matasse.

Lágrimas surgiam no rosto de Hermione sempre que o assunto surgia, mas ela não deixava que eu as visse.

Depois de tudo isso, chegou a hora de matar o homem que ajudou em tudo que precise. O diretor estava certo. Eu não podia deixar Draco Malfoy o matar.

Cumpro a missão. Tenho que me distanciar de Hermione, de meu amor. Passamos meses juntos e meses separados. Assumi a direção de Hogwarts e a minha "lealdade" a Voldemort.

Tudo isso pensando nela.

Agora, estou aqui, morrendo. Nagini me atacou a mando de seu mestre e Hermione, Harry e Rony estão ao meu lado. Deixo Harry colher lágrimas minhas, para que entenda a verdade sobre o que vive e deve fazer. Meus olhos e de Hermione estão fixos um no outro. A sensação de dor está passando.

— Eu te amo - falo para ela. - Não foi a predição de Trelawney que fez tudo isso - ela segura minha mão em seu colo e deixa lágrimas caírem nelas. - Eu escolhi te amar e fiz a escolha certa.

— Eu também te amo - a moça diz, se aproxima de mim e beija meus lábios. - Sempre te amei.

Seus lábios se tocam nos meus pela última vez.




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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Comentem, favoritem, recomendem.
Bjimbjim


P.S.: Resolvi reler minha one, e revisei ela em relação à ortografia.



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