Ele tinha realmente achado a mulher ideal.

Austin sempre se pegava relembrando aquele beijo. Sabia que algo avisa mudando dentro de si, sabia também que sua mãe tinha razão quando lhe disse que havia encontrado a mulher ideal, na qual ele nem havia notado. Mas ele tinha medo que acontecesse a mesma coisa que aconteceu com Cassidy. Ninguém sabia, a não ser Dez, mas ela havia abandonado-o por causa de sua carreira, a pressão por ser namorada de um astro do pop era demoras para ela e isso fazia com que ele tivesse o maior cuidado com relação a Ally, sem conta que não queria estragar sua amizade com ela. Isso acabaria com ele.

Tudo isso o bloqueava, nenhuma ideia para uma nova canção, nenhuma melodia saia.

–Tentando compor? -A morena o retirou de seus pensamentos.

Confirmou. Ela sentou e sorriu ao ver o violão.

–Sabia que seu pai me ensinou a toca com esse violão? -Ela sorriu ao questionar

–Não. -Ele entregou o instrumento a ela e pediu para tocar.

Passou os dedos pelas cordas e tocou alguns acordes que aprendeu.

–Volta esse acorde. -Pediu Austin.

–Qual? -Ela perguntou antes de tentar um. -Esse?

Ele concordou.

Era algo que ela tinha feito na hora, era possível que nem existisse aquilo.

–Deixa eu tenta uma coisa. -Pediu antes de pegar de folga o violão.

Não sabem como, mas a melodia começou a aparecer ali, de forma singela e escondida.

–Deixe-me ser o seu super-herói. Sussurrou.

–O que disse?

–Deixe-me ser o seu super-herói. -Disse novamente, agora em voz alta.

–Não há um lugar que eu não vou. -Completou ao tocar outra nota.

Foi em meio à desordem e concordâncias que eles criaram uma nova música.

–Era isso! -Ele gritou.

Ela sabia do que ele estava a falar. Tinha ficado dias e mais dias tentando encontrar o errado de seu novo trabalho e agora estava em sua frente. A música composta por eles era o que faltava, algo que fosse mais íntimo e mais perto do verdadeiro Austin. Algo feito para e com a pessoa que ele mais gostava naquela vida.

As horas passaram e eles não paravam mais. Cada segundo que passava um ritmo era criado e anotado no diário da menina. Austin sabia que ela havia gostado do presente por demais.

Já era tarde quando resolveu levá-la para casa, mesmo sendo do lado, fazia questão disso.

Já na porta de casa, Ally despediu-se dele.

–Obrigada pela aula.

–Quando quiser. -Sussurrou de volta para ela.

Os rostos próximos, ele não aguentou e a tomou em seus braços.

O beijo singelo incêndio os corações e as almas.