Passado Sangrento - Ketsueki Kako escrita por Ben Numenjadaí


Capítulo 1
#1 - O Rio Sangrento


Notas iniciais do capítulo

"Se anoitecer e você não me tiver dito, lobos irão sentir o cheiro do seu sangue e do seu amigo deitado ali. Concluindo, eles irão ficar sem caçar por um bom tempo. Mas se me disser, eu irei deixar você perto da Vila. Assim conseguira se salvar. Todos saem ganhando."

Primeiro Capítulo da nossa long-fic. Não se esqueçam do café e do lanche!

Boa Leitura Tebayo!



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- Hokage-Sama. Solicitou minha presença? – Indagou Mya Homatsu ao entrar no escritório do Líder da Vila Oculta da Folha. Sarutobi Hiruzen que estava com a cadeira virada de costas para a Mya, suspirou. De longe, ele podia observar O Monumento dos Hokage onde havia seu rosto e os de seus predecessores entalhados na pedra.

- Sim Mya. Tenho uma pequena missão para você. – Disse ele.

- Entendido. Estou a serviço.

Hiruzen vira a cadeira e fica de frente com Mya para poder observá-la.

- Já separei os três Gennin’s que irão ficar sob a tutela de seu irmão. Joosukke Shimura, Jensen Sarutobi e Uchiha Taji. Os documentos deles estão aqui em minha mesa. Encontre os três e os leve para um lugar onde possam conhecer o seu Sensei quando ele retornar de sua missão.

- Entendido.

- Apenas faça isso depois de terminar os afazeres com a Kushina. Talvez, seu irmão demore um pouco.

Hiruzen suspirou e deu uma leve baforada em seu cachimbo.

- Michigawa é um tanto apressado. Apesar de ser meu irmão, há alguma chance de ele estragar tudo e acabar atraindo a Vila da Pedra inteira para as nossas fronteiras.

- Foi por isso que eu pedi para o seu pai o acompanha-lo. Só não esperava que ele iria levar um exército pequeno consigo. É uma manobra arriscada, afinal, estamos em guerra.

- Papai e Mamãe são muito protetores. Além do mais, Kyoto quase matou meu Pai.

- De fato. – Grunhiu Hiruzen.

Uma leve brisa invadiu a sala do Hokage. Mya respirou o ar que entrava calmamente. Apesar de não demonstrar, estava muito preocupada com sua família. Com seu irmão mais novo especialmente. Fazia cinco dias que haviam partido em busca de Hozuki Kyoto, que segundo uma informação de um ANBU infiltrado na Vila da Pedra, havia sido capturado e estava sendo escoltado pela fronteira até uma prisão de segurança máxima da Vila da Pedra. Ela só não entendia o desejo mórbido que o Alto Escalão da Vila tinha para com Kyoto. De fato era um refém valioso. Havia tirado inúmeras vidas no decorrer da Guerra. Mas ficou especialmente conhecido por um incidente do qual fazia Mya relutava se lembrar.

Ela se aproximou da mesa do Hokage e pegou os documentos dos três Gennin’s, e com um leve aceno da cabeça de Hiruzen, ela saiu da sala. Havia se atrasado para o encontro com Kushina.

Em algum lugar remoto, no afluente de um rio perto da Vila da Pedra...

Dois Jounnins da Pedra escoltavam um pequeno grupo de cinco ninjas que haviam sido capturados em batalha. A missão dos Jounnins era simples: Levar os ninjas para uma prisão de segurança máxima. Da qual apenas poucas pessoas sabiam da existência. A Vila da Pedra havia mantido a fronteira com a Vila da Folha depois de uma série de ataques. Uma missão um tanto perigosa. Os ninjas estavam desnutridos e cabisbaixos, afinal, haviam se deixado capturar e derrotar. Eles estavam presos por correntes nos pés e nas mãos e eram forçados a andar pelos Jounnins.

– Pare. Acho que ouvi algo. Use sua técnica. – Disse o primeiro Jounnin. O Segundo Jounnin que era um Kanchi Taipu juntou as mãos e sentiu todos os chakras em volta. Sentiu o chakra de seu parceiro e os cinco chakras reprimidos dos ninjas capturados. Mas, sentiu um chakra diferente.

– Ele vai aparecer na clareira logo à frente. Neste momento O Kanchi Taipu pegou uma kunai e ficou em posição de ataque.

– Vamos logo! Nós já o vimos!

Do outro lado do Rio na clareira da floresta. Um Rapaz apareceu. Ele tinha cabelos cor de marrom e estavam curtos. Usava uma roupa completamente preta, com seis tomoes vermelhas nas costas. E também usava sandálias bem brancas. Sua expressão era de alguém de riso fácil e seus olhos eram castanhos.

– Me desculpem interromper sua viagem senhores, mas eu...

– Não te demos permissão para falar!

– Sim, concordo com vocês. São Jounnins da Pedra então tem todo o direito de abordar um estranho em seu território.

– Calado! Coloque suas mãos aonde eu possa ver!

O rapaz simplesmente ergueu as mãos ao ar, obedecendo à ordem.

– Não temam. Assim como vocês eu sou um habitante da Vila da Pedra. Mas, devido a essa guerra sangrenta, eu acabei me mudando aqui para o vale. Eu tenho uma loja de Dangos rio abaixo.

Os Jounnins não disseram nada, então o rapaz prosseguiu:

– Vocês vão levar essas pobres almas para trabalho forçado em pontes e outros tipos de construções. Correto?

– S-Sim... – Respondeu timidamente o Jounnin que estava com a Kunai.

– Então deixem eu explicar minha situação. Minha Loja é saqueada quase todo o dia. Neste caso, já que vocês vão usar esses ninjas para outros tipos de trabalho, talvez possa me “emprestar” um, para que ele me ajude a defender a Loja. Afinal, essa minha loja é um ponto estratégico. Dela posso vigiar o vale inteiro para vocês. E quando passarem pela minha loja poderão comer deliciosos Dangos tranquilamente.

– Você ai. Acha que nos enganou com esse papo furado? Eu conheço toda essa maldita região! Não existe loja nenhuma no curso do rio! A situação chegou ao clímax. O Jounnin puxara uma longa espada que estava em sua costa e a apontou ao estranho.

– É melhor abaixar essa espada. – Disse Michigawa que agora estava com um ar sério.

– Vá embora! Senão me obedecer, seu sangue ira jorrar até a sua loja de Dangos imaginaria!

– Você não me deixa escolha. Sinto muito... – Suspirou Michigawa.

Em um centésimo de segundo Michigawa repentinamente desaparecia da região. Era tarde demais para o Jounnin Espadachim. Sem perceber, uma kunai atravessava sua cabeça com poder e velocidade incrível. O sangue corria pelo rio abaixo. Sem reação o Jounnin sobrevivente mal pode reagir. Rapidamente, uma kunai atravessava o seu joelho. O som dos dois corpos caindo foi um baque. O Jounnin ferido gritou tanto que os ouvidos de Michigawa quase explodiram.

– Por favor, fique quieto. Senão ira atrair mais ninjas para me atormentar. Agora vamos aos negócios. Como eu liberto esses ninjas?

– M-Maldito! Acho que eu lhe direi?

– É melhor dizer. E logo. Se anoitecer e você não me tiver dito, lobos irão sentir o cheiro do seu sangue e do seu amigo deitado ali. Concluindo, eles irão ficar sem caçar por um bom tempo. Mas se me disser, eu irei deixar você perto da Vila. Assim conseguira se salvar. Todos saem ganhando.

O Jounnin gritou novamente, mas concordou:

– T-Tudo bem! Apenas me tire daqui...

– Pensei que esses Jounnins da Pedra fossem duros de fazer abrir, mas é só uma kunai no joelho e eles lhe contam tudo. Vamos logo. Estou sem tempo.

– Eles estão sobre um Genjutsu. As correntes de chakra estão sugando todo o chakra e energia vital que eles possuem. Para quebrar o genjutsu e as correntes, basta a pessoa que lançou o Genjutsu e colocou as correntes dizer Kai. Por sorte, eu sou essa pessoa.

– Então vamos, diga Kai!

– Promete que irá me tirar daqui?

– Eu prometo. Tem a minha palavra como Jounnin de Konoha.

Imediatamente os ninjas capturados acordaram do genjutsu e as correntes que os prendiam caíram.

– Muito obrigado, meu amigo da Pedra. – Disse Michigawa caminhando até os ninjas.

– Algum de vocês é da Vila Oculta da Névoa? – Perguntou Michigawa.

Ouve um sim meio sufocado por um ataque de tosse. Michigawa olhou os ninjas um por um. Até chegar o último. Este estava em um estado desprezível. Seus longos cabelos brancos estavam quebradiços e estava completamente desnutrido. Seus olhos eram cinza. Parecia-lhe a beira da morte.

– Qual é o seu nome, pobre alma? – Perguntou Michigawa.

– Hozuki Kyoto. – Respondeu Kyoto. Neste momento, os olhos mortos de Kyoto olharam diretamente nos de Michigawa.

Por um segundo, Michigawa pode ver além daqueles olhos e ver a criatura. Uma visão apavorante que paralisou Michigawa por alguns segundos. Voltado do devaneio Michigawa disse:

– Hozuki Kyoto. O Assassino da Névoa. Uma das maiores escórias que já pisou nesse mundo ninja. É uma estranha honra, conhecê-lo. Meu nome é Michigawa do Clã Homatsu.

“Homatsu? Mas esse é o clã daqueles dois irmãos...” Pensou Kyoto.

– O que quer de mim? – Perguntou Kyoto.

– Te ajudar.

Kyoto avaliou Michigawa por alguns segundos. Lhe parecia um homem determinado a cumprir o que haviam lhe pedido.

- Você é um Jounnin de Konoha. E sua missão é me levar até lá. Parece que minhas perspectivas são as mesmas quando eu estava sobre custódia desses Jounnins.

- Você é mais esperto do que pensei, E mais forte. Ainda tem forças para conversar comigo, enquanto seus ex-companheiros mal conseguem ficar em pé.

De fato Michigawa tinha razão. Kyoto estava aparentemente fraco. Mas uma força vital ainda o circulava. Os outros ninjas estavam parados como estatuas. Mal respiravam. Eles sentiam medo?

Kyoto observou Michigawa se sentar em uma pedra e retirar Dangos que estavam embrulhados de seu bolso. Ele observou a situação calmamente. Não seria fácil despistar Michigawa. Pelo visto, o Jounnin era um usuário de Shunshin no Jutsu. Por mais que Kyoto corresse, Michigawa iria alcança-lo.

- Ah me perdoe. Quer um Dango? Minha irmã fez para mim. Estão bons. Apesar de não chegarem aos pés dos que minha mãe faz. – Disse Michigawa com um sorriso.

“Que estranho”. Pensou Kyoto. Até agora Michigawa não fizera um movimento ou menção de captura-lo. O que povoava a mente de Kyoto com hipóteses. Na verdade, ele mal se lembrava de como havia sido capturado. A única coisa que consegue se lembrar, é de estar saindo da Vila da Pedra em uma noite escura. Não sabia dizer quanto tempo havia levado até chegar ao rio.

– Você pode me ajudar de uma maneira. Saindo do caminho. – Disse Kyoto com um ar autoritário.

– Vejo que escolheu a maneira difícil de negociar. Você irá comigo quer queira ou não. Além do mais eu o libertei. Me sinto responsável por você agora.

Mais hipóteses. Em seu estado físico e mental, Michigawa poderia exercer um Genjutsu em Kyoto e simplesmente o levar para Konoha.

Ele começou a sentir o chakra borbulhar em seu corpo. “Você me parece gentil Michigawa. Mas estamos em guerra. Não há gentilezas em uma guerra.” Kyoto não tinha um objetivo definido. Apenas desejava escapar e retornar para a sua Vila onde o Mizukage o protegeria e o curaria.

Ele notou que Michigawa havia alterado sua postura. Antes relaxado, Michigawa agora estava com uma postura séria. Aparentemente havia notado o início da transformação.

- Podemos chegar a um consenso, Kyoto. Sou um bom diplomata. Não há necessidade fazer um estardalhaço. Estamos em uma fronteira altamente perigosa caso não tenha percebido. Se prosseguir, acabara atraindo ninjas da Pedra, que com certeza ficarão felizes em te capturar novamente.

O Chakra começou a borbulhar mais rápido e com mais intensidade. O manto já estava tomando forma em volta de Kyoto.

- Você é um alvo altamente perigoso e sua cabeça vale muito nos outros países. O que me traz uma dúvida. O Tsuchikage estava tão confiante que apenas dois Jounnins iriam conseguir te escoltar. Não sei se é tolice ou uma estratégia. Milhares de ninjas podem nos estar observando nesse exato momento.

- ...

Diante do silêncio de Kyoto. Michigawa começou a ficar preocupado. Estava estranhando muito aquela situação. E um chakra terrível começara a emanar de Kyoto. Michigawa não era um Kanchi Taipu mais podia sentir tal chakra.

- Você matou muitos homens em sua vida Kyoto. Vai desejar me matar também? Você é um homem que serve ao seu País, ou um Assassino Louco que aproveita a guerra para fazer seu circo?

As indagações de Michigawa começaram a irritar Kyoto que acelerou a transformação. “Estou fraco demais. Não conseguirei me controlar. Mas, não tem problema, desde que eu me livre dele.” Não seria fácil escapar ileso da fronteira mas Kyoto sentia a obrigação de retornar para seu mestre.

O manto cobriu Kyoto inteiramente e ele começou a rir sinistramente. Algo que gelou a espinha de Michigawa, que por fora demonstrava uma certa calma.

Kyoto olhou para Michigawa novamente. Mas Michigawa notou algo diferente. Os olhos de Kyoto agora estavam com puro ódio.

A batalha irá começar.

END OF CHAPTER


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Notas finais do capítulo

Você me parece gentil Michigawa. Mas estamos em guerra. Não há gentilezas em uma guerra."

Já terminou? Nos vemos na próxima e não deixe de conferir o próximo capitulo tebane!



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