Fighting for love. escrita por Srt S Pierce


Capítulo 27
Férias interrompidas part.2


Notas iniciais do capítulo

Não vou enrolar, falo com vocês no final.



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— Não, não, não Millie. - Kitty falou aumentando o tom da voz. - Deve ter algo errado... A mamãe não tem problema no coração, nunca teve! - Ela gritou e começou a andar de um lado para o outro dentro do quarto.

— Kitty querida, sua mãe nunca contou para ninguém, exceto para mim... Ela não queria preocupar vocês a toa. Seu pai é um homem muito ocupado, seu irmão tem os problemas dele e você acabou de entrar na faculdade. - Millie disse tentando acalmar Kitty.

— Sra. Rose, não é por nada não mas se a senhora está do lado dela, esta do lado errado. Como alguém pode ter um problema assim e não contar pra ninguém? Ela é minha mãe! Eu deveria saber antes que qualquer um... - Kitty se interrompeu. - Não, espera aí... A Marley sabia disso? - Kitty perguntou e Millie não respondeu. - A Marley sabia que minha mãe estava no hospital? - Gritou e Millie se levantou.

— Kitty, eu sei que você está preocupada com a sua mãe, sei que está com os nervos à mil por não saber de sua doença, mas me respeite. Eu ainda sou sua madrinha!

— Sim, senhora. Me desculpa... - Kitty se desculpou, sentou na cama e suspirou. - A Marley sabia que a minha mãe tava no hospital?

— Falei com ela e com a Brittany hoje de manhã e sim, elas ficaram sabendo porque eu contei. - Miller falou e viu Kitty fraquejar e suas lágrimas, que até então ela segurava, rolaram em seu rosto.

— Porque ela não me contou que estava doente Tia Millie? Porque ela não me contou? - Kitty começou a soluçar e Millie logo sentou na cama e a garota se jogou em seus braços, como uma criança que pode colo. - Eu viria voando para cuidar dela sem pensar duas vezes...

— Foi exatamente por isso que ela não contou... Ela não quer atrapalhar a vida de ninguém e eu respeito isso. Você não pode julgá-la por querer que você e seu irmão cuidem da própria vida. Eu estava aqui cuidando dela e mesmo assim não adiantou de nada. Mesmo que você estivesse aqui, a sua mãe ainda teria tido a parada cardíaca. - Millie foi falando e Kitty se acalmando até que dormiu. Millie desceu as escadas e foi ter com o resto das meninas.

— Então, como ela está Sra. Rose? - Lauren perguntou educadamente.

— Por favor, me chame apenas de Millie, Lauren. - A senhora sorriu simpática. - Ela não reagiu muito bem, como já esperávamos, mas agora está dormindo.

— Eu vou lá pra cima ficar com ela. - Marley falou e subiu as escadas correndo.

Marley abriu a porta do quarto de Kitty e a viu dormir tranquilamente, entrou no quarto e sentou-se na poltrona que tinha ali e ficou velando o sono de Kitty e divagando sobre várias coisas até que Kitty começou a chorar, mas ela ainda estava dormindo e Marley não soube o que fazer, até que uma luz surgiu em sua cabeça. Ela deitou ao lado de Kitty e a trouxe para si, a loira se agarrou em sua cintura ainda chorando e murmurando algo que Marley não entendia.

— Shiii, vai ficar tudo bem... vai ficar tudo bem... - Marley falava enquanto acariciava os cabelos da loira, até que assim as duas dormiram.


No dia seguinte, as meninas se juntaram e foram até o hospital onde a mãe de Kitty estava. A loira no carro não parava quieta. Ela estava nervosa e com motivo, ela não queria perder a mãe e estava com medo que isso acontecesse.

Ao chegar no hospital, Kitty só faltou pular do carro em movimento e logo estava na recepção perguntando sobre sua mãe. Marley se aproximou dela e passou o olho no local e logo viu Will, o irmão de Kitty dormindo em uma das cadeiras da sala de espera.

— Amor, seu irmão ali. - Marley apontou e Kitty virou rapidamente e só avistar o irmão correu para ele.

— Cadê a mamãe Will? Cadê ela? Eu quero vê-la! - Kitty falou rápido e alto, o que acabou assustando Will e o garoto deu um pulo da cadeira e acabou se desequilibrando e caindo no chão.

— Aí garota! Vai matar outro!! - Will gritou afobado por causa do susto.

— Senhor Wild, ta tudo bem? - Uma enfermeira que passava por ali perguntou ao ver Will no chão.

— Ta tudo bem sim Mandy, obrigado. - Ele sorriu e piscou para a moça que corou em seguida.

— Aí garoto, você não tem jeito mesmo néh? Nem com nossa mãe internada e em coma você não para de ser galinha... - Kitty reclamou com ele que agora já estava de volta em sua cadeira. - Anda, fala logo o de está a minha mãe!

— Calma Kitty, fica calma por favor. - Marley sussurrou em seu ouvido e passou a mão em sua cintura. Kitty respirou fundo e olhou de Marley para Will.

— Por favor Will, me diz onde está a mamãe... - Kitty falou mais calma.

— Ela está no quarto, o papai está com ela... - Ele falou e apontou para um dos corredores do hospital.

Quando Kitty fez menção a ir na direção que seu irmão apontou o pai dela apareceu na entrada do corredor.

Ela correu e agarrou a cintura do pai, Marley de longe observava a cena com Lauren e Brittany e assim que viu Kitty soluçar agarrou o pescoço de Lauren e começou a chorar.

— Eu vou pegar água pra ela. - Brittany anunciou e Lauren apenas assentiu.

Millie se aproximou do Dr.Wild, pai de Kitty e passou a mão no ombro da pequena. Lauren viu de longe eles conversando algo, mas por causa da distância não entendeu direito o que eles diziam.

— Voltei. - Brittany entregou o copo na mão de Lauren e abraçou Marley e Lauren fazendo um sanduíche de Marley. - Você tem que ser forte por ela. - Sussurrou no ouvido da morena. Marley soltou o pescoço de Lauren, respirou fundo, limpou as lágrimas e pegou o copo da mão de Lauren.

— Eu vou tentar. - Marley respirou fundo mais uma vez assim que acabou com a água. - Britt, cê pode ir saber como ela tá? - Pediu. - Não quero falar com eles agora... Eles vão ver que eu tava chorando e não vai ser legal. - Explicou.

— Tudo bem. - Brittany assentiu e foi.

— Vem, vamos sentar ali. - Lauren apontou para duas cadeiras que tinham ao lado do irmão de Kitty.

— Olá olhos bonitos. - O irmão de Kitty falou olhando para Lauren assim que elas sentaram ao seu lado.

— Nem fudendo Will... Nem fudendo você vai dar em cima da Lauren na minha frente! - Kitty gritou vindo em direção a eles e logo Camila e Santana se aproximaram com copos de café.

— Ei baixinha, vai com calma. - Santana falou e entregou o café a Kitty.

— Esse mané que começou.

— O que foi que eu fiz?

— Olhos bonitos néh? Olhos bonitos sua ova... Eu já te disse pra não dar em cima das minhas amigas!

— Kitty, relaxa... Eu não ligo. - Lauren falou.

— Ta vendo... Ela não liga! - Provocou Will.

— Lauren, não vai na dele... Esse garoto é o pior dos galinhas! - Kitty disse ao levantar, olhou de Will para Lauren e sorriu. - Depois não diga que eu não avisei. - Disse e saiu.

— Eu vou falar com ela... - Santana falou e foi atrás de Kitty.

— O que foi isso? - Camila perguntou.

— Ela sempre surta quando eu flerto com as amigas dela. - Will explicou.

— Então quer dizer que você estava mesmo dando em cima de mim?! - Lauren disse com um sorriso bobo nos lábios, afinal Will era um rapaz bonito.

— Você gostou? - Will perguntou e Lauren assentiu. - Então, sim! - Ele disse e Lauren riu.

Camila olhou de Lauren para Will, respirou fundo e baixou a cabeça.

— O que foi Camz? - Lauren perguntou ao perceber que Camila estava de cabeça baixa. Ela levantou a cabeça e olhou para Lauren.

— Nada. Eu vou atrás da San e da Kitty. - Camila falou e saiu.

Horas mais tarde, Kitty estava sentada com Marley e Millie. Marley dormia em seu colo e Millie conversava com Lauren algo que Kitty não conseguia prestar atenção, porque seus pensamentos estavam todos no quarto onde sua mãe estava. Marley se mexeu em seu colo e ela olhou para a morena, ficou ali apenas observando sua beleza, o contorno de sua boca, a delicada de seu nariz, o jeito fofo que o cabelo bagunçado dela ficava quando ela dormia. Cada detalhe. Por um segundo ela conseguiu esquecer que estava num hospital e que sua mãe estava em coma, mas foi apenas por um segundo. Seu pai entrou na sala de espera e assim que focou os olhos em Kitty percebeu seu olhar apaixonado. Olhou para Will, que agora mantinha a atenção no celular e pigarreou, tirando Kitty de seu transe.

— Pai, alguma notícia da mamãe? - Perguntou Kitty preocupada.

— Kitty, Will nós três precisamos conversar a sós. - Nathan, o pai de Kitty olhou sério para ela ao dizer.

— A Marley pode ir conosco?

— Essa conversa precisa ser em família Kitty e isso não envolve seus amigos. - Nathan falou.

— Mas ela faz parte da família... - Kitty sussurrou para si. - Eu preciso que ela vá... Eu preciso dela ao meu lado o tempo todo. - Kitty disse mais alto.

Nathan olhou de Marley para Kitty diversas vezes até que desistiu de tentar negar isso a filha.

— Tudo bem... Vamos. - Falou e começou a andar, mas depois de alguns passos parou e voltou. - Millie, pode nos acompanhar por favor? - Ele falou e Millie assentiu.

Andaram pelos corredores até que chegaram a uma sala, que Marley deduziu ser o escritório de Nathan, já que tinha seu nome na porta. Eles entraram e logo todos se acomodaram nas cadeiras e no sofá que tinha no local.

— Então pai, a mamãe vai ficar bem? - Will perguntou e dessa vez Kitty pode sentir a preocupação em sua voz. Ela olhou de Will para o pai rápido e sentiu Marley segurar sua mão como num aviso de que ela estaria ali independente de qualquer coisa, por Kitty.

— Meninos, as notícias que eu tenho, elas não são as melhores... - Nathan falou e respirou fundo para prender o choro. - A Rose na verdade, ela não teve uma parada cardíaca. No começo eu achei que fosse, porque quando aconteceu eu não estava em casa e quem chamou a ambulância foi o Rodolfo, nosso mordomo, mas quando eu cheguei aqui e vi o prontuário, descobri que na verdade o que a Rose teve foi uma série de convulsões... - Ele fez uma pausa. - Convulsões de primeiro grau, mas mesmo assim convulsões. E essas convulsões, elas foram causadas por tumores... - Nathan falou e Kitty respirou uma, duas, três vezes e sentiu que não conseguiria acreditar nunca. - São, pequenos tumores, mas mesmo assim são tumores e eles estavam espalhados por todo o cérebro dela e também já estavam em um nível de metástase avançado.

— O que isso quer dizer pai? - Will perguntou.

— Quer dizer que a mamãe tem câncer e que a única salvação é fazer uma cirurgia para retirada de tumor, mas como são muitos e pequenos e em lugares diferentes, essa cirurgia só pode vir a agravar o caso dela. - Kitty falou automaticamente e passou a mão na cabeça.

— Exatamente. - Nathan concordou. - Mas sua mãe ela meio que nos obrigou a fazer a cirurgia. Eu expliquei a ela que se caso ela fizesse a cirurgia, corria um grande risco de não voltar dela e que o aconselhável era ela não fazer, mas que assim o câncer se espalharia mais e todos nós sabemos onde isso daria.

— Mas se ela fez a cirurgia e não se foi, quer dizer que está tudo bem, certo? - Millie perguntou preocupada.

— Na verdade não Millie. - Nathan falou. - Na verdade, a cirurgia foi um sucesso. Conseguimos retirar cada vestígio de tumor que existia no corpo da Rose, mas como a metástase já estava muito avançada a cirurgia foi complicada e teve suas consequências. Os órgãos foram praticamente, todos dilacerados por causa da cirurgia. - Nathan explicava e Millie não conseguiu fazer outra coisa que não fosse chorar.

— Como você pode? - Kitty perguntou e Marley a olhou.

— Sua mãe insistiu na cirurgia Kitty e meu dever médico é fazer a vontade do paciente. Ela disse que se fosse para morrer, preferia morrer tentando e eu...

— Não pai. Cala a boca. Cala essa boca! - Kitty gritou.

— Amor, calma. - Marley falou e segurou a mão de Kitty novamente e todos a olharam, Kitty a encarou com os olhos arregalados e só depois de alguns segundos Marley se tocou no que disse. - Você tem que manter a calma, por favor K.

— Não da M, ele sabia que a cirurgia à mataria. Ele sabia...

— Na verdade Kitty, há chances de que o corpo da Rose reaja e consiga se recuperar, só que essas chances são mínimas... Seu pai e sua mãe apenas decidiram acreditar nessas chances. - Marley falou e segurou o rosto de Kitty entre suas mãos. - Agora basta você acreditar... Mantenha a fé e fique calma, tudo bem? - Marley perguntou olhando no fundo dos olhos da loira.

— Tudo bem... - Naquele momento, para Kitty, no mundo e naquela sala só existiam Marley e ela. Até que seu pai pigarreou e tirou as meninas de sua bolha particular.

— Bom, é exatamente o que a Marley falou, sua mãe e eu decidimos acreditar das mínimas chances de recuperação, mesmo sabendo que elas eram mínimas e agora ela tem 24h para responder a medicação e ao menos conseguir respirar sem a ajuda de aparelhos. Caso isso não ocorra nós vamos ter que decidir se desligamos ou não as máquinas. - Nathan falou e Will levantou.

— Isso quer dizer que somos nós que vamos decidir se ela fica viva ou não? Você só pode estar brincando... - Will falou sem acreditar.

— Kitty, William vocês dois precisam entender que não foi uma decisão fácil para o pai e para a mãe de vocês tomarem... - Millie falou e respirou fundo.

— Somos a família dela e nós vamos decidir juntos. Se caso um dos dois seja contra desligamos as máquinas, nós não desligamos ok? - Nathan agora parecia mais suave.

— Eu não sei pai... - Will falou.

— Filho, não precisamos decidir isso agora, mas também não podemos demorar muito.

— Eu quero vê-la. - Kitty falou e seu pai a olhou. - Eu preciso ver a mamãe.

Ao entrar com Marley no quarto, Kitty logo correu e se debruçou sobre o corpo de sua mãe e começou a chorar. Marley sentiu o coração apertar com aquela cena, ela não queria ver Kitty sofrer, não queria ter que ver o amor da sua vida ter que escolher se sua mãe vive ou morre. Ela sabia que o que Kitty estava sentindo era medo, pois saber que a vida de sua mãe está em suas mãos é a pior sensação do mundo. Marley sabia disso porque passou por isso com seu pai e Kitty estava com ela todo tempo enquanto Millie cuidava das coisas.

Kitty estava chorando, ela não se importava com a presença de Marley pois a morena já estava acostumada com a Kitty frágil. Ela sabia que Marley estaria ali por ela, mesmo que quieta na dela, apenas observando, mas Marley estava ali e isso era o que importava para Kitty.

Passados alguns minutos Marley se sentou no sofá que havia ali e acabou por pegar no sono novamente. Kitty a olhava e observava sua feição calma enquanto dormia, olhou de volta para sua mãe e suspirou.

— Mãe... - Kitty chamou mesmo sabendo que ela não responderia. - eu preciso te contar uma coisa... - Kitty suspirou e olhou novamente para Marley que ainda dormia. - uma coisa que eu tinha que ter te contado a muito tempo mas não tive coragem... Não tive coragem porque não sabia qual que seria sua reação. Na verdade eu sei qual que seria sua reação, você iria surtar e não iria querer nunca mais olhar na minha cara, mas eu te imploro que não faça isso, te imploro porque eu não quero ter que escolher entre o amor da minha vida e a minha mãe. Eu não quero sofrer como muitos por ai sofrerem por suas escolhas... - Kitty ja estava chorando novamente, ela respirou fundo e segurou na mão de sua mãe. - Mãe, eu amo você... Eu so queria que você acordasse... Eu não quero ter que te dizer adeus de jeito nenhum... Quero que você esteja no meu casamento, que veja o nascimento dos meus filhos... Por mais que tudo isso não ocorra do jeito que você sempre sonhou. Mãe, eu não sou a filhinha perfeita que você criou. Eu não me apaixonei por um homem bem sucedido que vai me bancar para o resto da vida e muito menos eu vou me casar com um homem... - Kitty soluçava entre as palavras. - Droga, droga, droga... - Kitty bateu seguidas vezes na própria cabeça. - Eu decepcionei você... Eu sei que sim... Me perdoa mãe, me perdi por te decepcionar... Só me perdoe...

Marley ao ouvir o choro de Kitty despertou de seu sono, mas nao se atreveu a chegar perto da namorada, ela sabia que a loira precisava conversar com a mãe, ela sabia que a loira tinha que desabafar, mas ouvir Kitty se martirizar por tudo estava doendo nela, então ela resolveu que não ia ficar ali parada. Marley levantou e foi até Kitty e empurrou a poltrona que havia ao lado do leito de Rose para mais perto da loira, sentou e puxou Kitty para o seu colo.

— Ei... Respira... - Marley falou e viu que Kitty ainda não havia soltado a mão de Rose.

— Eu só quero que ela acorde Marls, só quero poder dizer isso a ela e ela me dizer o que acha, eu só... - Kitty engoliu em seco.

— Vai dar tudo certo... - Marley olhou bem no fundo dos olhos de Kitty para lhe passar segurança, mesmo estando com o coração partido por ver sua loira naquele estado.

Algumas horas se passaram, já era umas três da manhã, Marley dormia na poltrona e Kitty estava sentada no braço da mesma, pois não conseguia dormir e nem queria, tudo o que ela queria era ficar ali ao lado de sua mãe,velando seu sono e torcendo por sua vida.

— Kitty, posso entrar? - Mandy a enfermeira perguntou ao abrir a porta.

— Claro Mandy, fica a vontade, só fala baixo que a Marls ta dormindo ok? - Kitty falou, Mandy assentiu e entrou, logo indo checar os sinais vitais de Rose. - Ela ainda está na mesma não é? - Kitty perguntou ao ver a cara de desânimo de Mandy.

— Aparentemente sim Kitty, mas eu acredito que é possível ela voltar para nós, então não se desespera ta legal?! - Mandy disse e Kitty assentiu, logo voltando a ficar apenas em silêncio, pensando nas coisas e observando Marley dormir.

Mandy observou Kitty enquanto ela velava o sono de Marley e soltou um risinho nasal enquanto escrevia algo no prontuário de Rose.

— O que foi? - Kitty perguntou ao ouvir o risinho de Mandy.

— Seus pais não sabem néh? - Mandy perguntou.

— Não sabem o que? - Kitty perguntou sem entender onde Mandy queria chegar.

— Não sabem de vocês duas...

— Como?... Como?... Como você?? - Kitty falou totalmente surpresa.

— Sou muito observadora Kitty, por isso quero me especializar em neurologia...

— Mas você não é enfermeira?

— Seu irmão acha que sim. Mas nunca se deu ao trabalho de perguntar. - Ela disse e as duas riram. - Eu sou interna da cirurgia, ainda estou no meu primeiro ano, mas já decidi meu caminho. Mas voltando ao assunto... - Mandy disse e Kitty enrijeceu.

— Não, eles não sabem... Nem os meus nem os dela. - Kitty respondeu. - Eu a amo muito mas ainda não tive coragem de contar e combinamos que só contaríamos quando eu estivesse pronta, ja que a mae dela é melhor amiga da minha e contaria a ela caso soubesse antes.

— Poxa que barra...

— Pois é...

— Bom Kitty, eu vou indo, se precisar me chama ok?

— Tudo bem, obrigado Mandy.

— Por nada. - Mandy disse e saiu.
 Kitty estava pensativa, ela olhava de Marley para a sua mãe e não conseguia entender como havia chegado ali... Ela amava Marley mas se sua mãe pedisse pra ela deixá-la ela deixaria. Iria doer. Iria ser duro e difícil, mas ela faria. Porque o amor de sua mãe, a sua aprovação é o que ela mais deseja. Ou não... Ela ama Marley demais para deixá-la, ela a quer para o resto da vida e nao conseguiria machuca-la, não mesmo.

— Mãe, eu amo a Marley... Sei que estou te decepcionando ao dizer isso, mas eu a amo e ela é a mulher da minha vida. Eu não vou deixá-la se a senhora ordenar, não vou me separar dela pela sua aprovação. Eu a amo... Amo demais pra magoá-la de tal forma. Mas eu também amo muito a senhora e não quero que fique decepcionada... Quero que você entenda que independente das leis de Deus, eu estou feliz. Porque eu estou com a minha pessoa. - Kitty concluiu, olhou para Marley e sorriu. - E eu a amo demais... - Kitty disse. Ela estava segurando a mão de sua mãe e sentiu um aperto de leve nela, mas um aperto. Kitty se assustou e ficou parada olhando para a mão de Rose e logo sentiu novamente, só que dessa vez mais forte. - Aí meu deus... Mãe, você ta me ouvindo? - Kitty perguntou mas Rose não respondeu. - Mãe... Se você estiver me ouvindo aperta minha mão. - E Rose apertou e Kitty gritou o que assustou Marley que deu um pulo da cadeira.

— Santo Zeus criatura... O que re deu pra ta gritando uma hora dessas?? - Marley falou com as mãos no peito.

— A mamãe... Ela ta viva!

— Claro que ela ta viva Kitty, não ouviu quando seu pai falou que ela tava só coma?

— Não Marls, ela ta consciente!

— Isso é sério?

— Você acha que eu brincaria com isso?? Olha! - Kitty apontou para sua mão que ainda estava agarrada a de Rose. - Mãe, você ouviu o que eu disse sobre a Marley? Se sim aperta minha mão uma vez. - Marley e Kitty ficaram olhando com expectativa e não demorou muito Rose apertou a mão de Kitty.

— Omg! Eu vou chamar a Mandy... - Marley falou e saiu correndo do quarto deixando Kitty e Rose lá sozinhas.

— Kitty? - Rose sussurrou. Ela tentava abrir os olhos mas a luz do local impedia. - Kitty? - Rose chamou mais uma vez e dessa vez Kitty escutou.

— Mãe... Não fala nada, você ta fraca... Nao precisa falar nada. - Kitty falou passando a mão no rosto de Rose. - A Marley ja foi chamar alguém ok? Você só precisa ficar quietinha até alguém chegar...

— Millie? - Rose perguntou e Kitty assentiu.

— Ela está lá fora, quer que a chame? - Kitty perguntou e Rose assentiu.

— Você... - Rose estava com a respiração pesada. - Você precisa contar pra ela... - Ela respirou fundo. - Precisa contar pra ela sobre você e Marley... - Rose sussurrava com muita dificuldade.

— Mãe... Não fala... Espera a médica chegar por favor... - Kitty sentiu as lágrimas teimosas insistir em rolar pelo seu rosto.

— Você não... Você não me decepcionou filha... - Rose falou com dificuldade e respirou fundo. - Eu sempre... Sempre soube que acabariam juntas... Não importa como... - Rose respirou mais uma vez e piscou os olhos bem devagar.

— Mãe não fala, por favor. Economize as forças, eu preciso de você! Você é meu porto seguro... Não fala nada por favor...

— Kitty... Seu pai não vai reagir bem... Ele não vai querer saber de você... Peça a Millie que lhe conte tudo... Que lhe conte a história do jantar de natal... - a voz de Rose estava sumindo com mais frequência que antes. Kitty correu pra porta.

— Alguém me ajuda aqui! Minha mãe acordou!!! Chamem a Dra. Mandy e o meu pai, rápido!! - Kitty gritou no corredor e logo as enfermeiras que estavam por perto correram para dentro do quarto. Minutos depois Nathan e Mandy chegaram com Marley, Kitty estava sentada no sofá e logo Marley se aproximou dela.

— Parada cardíaca, tragam o desfibrilador! - Nathan gritou e as enfermeiras correram, Kitty se assustou e entrou em desespero.

— Marley, tira ela daqui! - Mandy falou e Marley assentiu e começou a puxar Kitty para fora do quarto.

— Não Marley, eu não posso deixar ela! Eu tenho que ficar lá...

— Você lá dentro agora não vai ajudar amor... Vem comigo, quando ela estiver bem seu pai chama a gente. - Marley falou e Kitty se ajoelhou e começou a chorar.

— Eu não posso perder ela amor... Não posso... Ela disse que eu não decepcionei ela Marls... Eu preciso que ela fique bem pra eu poder dizer a ela que a amo mais uma vez. - Kitty falava entre soluços.

— Ela vai ficar bem amor... Agora vem comigo. - Marley falou ao se abraçar com Kitty e conseguir enfim que a loira levantasse.


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Notas finais do capítulo

É o capitulo foi pequeno, mas tenho certeza que vocês gostaram ~me chamem de convencia, kkkk's~ enfim... Eu queria perguntar a vocês, o que cês acham da gente fazer um joguinho de perguntas e respostas. Vocês fazem as perguntas para os personagens e eles respondem, o que acham? Aí no próximo capitulo eu postaria isso e de bônus um de volta ao passado, com uma historinha a parte do passado das mães das meninas. Me digam o que acharam da ideia e enviem suas perguntas, pode ser por aqui ou pelo TT ~vou deixar meu user aqui em baixo, me sigam lá~. Bom, era isso fighters, bjs e até o próximo. COMENTEM E NÃO ME DEIXEM FALANDO COM O VENTO SE NÃO CABEÇAS VÃO ROLAR!!! ~Brink's~

Meu Twitter é esse ai em baixo, falem por lá se peferir.
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