Juntos para Sempre. escrita por letstrabach


Capítulo 32
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

último capítulo D:

notas lá em baixo :*



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- Ágata Chase Jackson! Você tem que ir pra escola! Volte aqui! – eu gritava enquanto corria atrás dela.

Era assim praticamente toda a manhã. Annabeth estava no Olimpo supervisionando as obras e eu ficava por conta da Ágata. E era sempre assim, eu gritando com ela, pra ela colocar a roupa pra ir pra escola.

Ela já tinha quatro aninhos e estava mais sapeca do nunca. Os cachinhos dourados pulavam à medida que ela corria pela casa. Os olhinhos verdes acinzentados sorriam para mim. Depois que ela aprendeu a andar, tudo virou de cabeça para baixo. Ela corria o dia inteiro, e não queria ir pra escola. Ela também havia começado a falar.

Sabe, quando se é pai de primeira viagem não se pode ficar sozinho com o filho. Eles fazem de você um palhaço, e era o que a Ágata estava fazendo comigo agora.

Eu estava a mais de meia hora tentando colocar a roupa de escola nela. Ela estava correndo apenas de calcinha pela casa. Eu já estava a ponto de ligar para Annabeth quando a Ágata puxou a barra da minha calça.

- Papai não me pega! – ela riu.

- Ah, pego sim! – eu gritei.

Antes que ela pudesse correr de novo, eu a agarrei pela cintura e passei o vestido pela cabeça dela. Era um vestido floral, que ela mesma tinha escolhido.

Depois de pentear o cabelo dela, ou melhor, tentar, ela estava tomando café para ir pra escola. Ela tomava leite com chocolate e comia um pedaço de bolo.

Eu a observava enquanto comia. Ágata era uma menina simples, acima de tudo. Colocava tudo e todos acima dela. Ela nunca pedia mais do que precisava, nunca desperdiçou nada e sempre foi muito educada.

Ela me lembrava muito Annabeth. Annabeth era muito decidida, muito forte com suas opiniões. Ágata era assim. Apesar de ter somente quatro anos, ela era decidida.

Ela sorriu pra mim e olhou para a porta e eu logo entendi o porquê. Annabeth estava fora há quase um mês por conta das reformas no Olimpo. Apesar de quase tudo estar pronto, ainda faltavam os retoques finais.

Annabeth nunca ficava fora por tanto tempo. Eu sentia falta dela, e Ágata também. Ágata se apegou de uma maneira linda com a mãe. Elas eram suas melhores amigas, sempre contavam tudo uma para outra.

Eu me levantei e fui até ela. Ela desceu da cadeira e pulou pro meu colo, passando os bracinhos ao redor do meu pescoço.

- Papai, eu sinto tanto a falta dela. – ela sussurrou e fungou.

- Eu sei, minha linda. Eu também sinto a falta dela. – eu disse e beijei os seus cabelos.

Ela me soltou e me encarou. Seus olhinhos estavam vermelhos e cheios de água. Eu passei minha no seu rosto pra tirar algumas lágrimas que caíram.

- Quando ela volta? – ela perguntou.

- Eu não sei. – eu respondi simplesmente.

De repente, a porta da frente foi aberta e um baque surdo foi ouvido. Imediatamente eu me levantei e coloquei Ágata atrás de mim e levei minha mão até o bolso da calça onde Contracorrente estava.

Caminhei devagar até onde o baque foi ouvido e tomei um susto.

Annabeth estava parada na minha frente, com uma mala no chão ao seu lado e com os olhos cheios de água. Eu nem pensei na hora. Eu só conseguia sentir a felicidade de ver ela novamente.

Eu corri até ela e a segurei pela cintura, tirando-a do chão e dando voltas com ela no ar. Ela me abraçou e me deu um beijo na bochecha. Ágata pulava de felicidade e batia palmas. Minha felicidade estava completa. As minhas duas preciosidades estavam aqui, junto comigo, sem ninguém para atrapalhar.

Você deve estar achando que aquilo era apenas um reencontro, mas não para mim. Depois do nosso casamento e do nascimento da Ágata, eu me apeguei demais a Annabeth. Ele sempre fora a minha melhor amiga, a minha confidente, mas agora era diferente. Eu chegava a ser enjoado de tanto querer ficar com ela.

Feliz aquele que sabe que sua família é sua maior preciosidade. Eu era feliz por que sabia disso.

Meu coração parecia querer sair do meu peito quando eu via Annabeth e Ágata sorrindo. Pensar que aquelas duas eram as mais lindas do mundo, e ainda me amavam me fazia querer chorar.

Coloquei Annabeth no chão e ela correu para Ágata. Ela chorava e abraçava a mãe com tanta força que as pontas de seus dedinhos passaram de vermelhos para brancos. Ágata beijou o rosto da mãe e a observou.

- Você está em casa! Eu senti tanto a sua falta! – Ágata disse.

- Eu também, minha filha. Eu também. – Annabeth disse e a abraçou de novo.

Eu fui até elas e as envolvi protetoramente. Annabeth encostou os lábios nos meus e olhou em meus olhos com vivacidade e eu sabia o que aquilo queria dizer.

- Eu amo você. – eu disse a Annabeth e me virei para Ágata. – Eu amo você.

Ela abriu o seu sorriso cheio de dentinhos e disse:

- Eu te amo, papai.

- E eu também te amo, Percy. – Annabeth completou.

POV do Narrador.

Percy era o homem mais feliz do universo. Ele tinha tudo o que um ser vivo precisa e mais um pouco. Ele sofreu, superou a dor e voltou a sorrir; ele descobriu o que é a vida. Percy não sabia o que era viver até perder quem mais amava: Annabeth.

Ela abriu as portas da vida para ele e mostrou que nem tudo são rosas. Mas, maior do que descobrir o que realmente é a vida, Percy aprendeu a amar. Aprendeu a escutar o coração, mesmo que às vezes ele mostre um caminho mais complicado.

Ser complicado fazia parte do caminho. Percy sabia disso. E mais ainda, ele sabia que haviam pessoas que precisavam dele. Ele superou tudo o que foi posto em seu caminho e recebeu a dádiva de ser pai.

Sua filha era um grande tesouro. Um tesouro humano e com um coração humanamente bom. Não havia maldade em sua voz, em sua mente. Ela era pura apesar do mundo. Ela não se deixava influenciar por ninguém.

Sua voz era como uma canção que podia ser ouvida ao longe. Ela possuía o tesouro mais precioso do mundo, mas não sabia. O seu segredo foi guardado até mesmo de seus pais. Não haveria discórdia naquele mundo. Eles sofreram demais para chegar até aqui.

Annabeth sabia disso. Ela precisou passar por cima de seu maior dom para perceber o que estava bem na sua frente. Ela praticamente evitou o raciocínio quando se tratava de Percy. Percy não precisava ser entendido, só precisava ter o seu amor de volta.

Ela, que agora sorria em frente a todos, já chorou demais na escuridão e no vazio de um banheiro frio. Os soluços que tanto tentou evitar, agora se transformavam em sorrisos radiantes.

No sofrimento, Annabeth tentou se esconder no maior dos defeitos: o ciúme. Tentou apagar as memórias dos momentos vividos com Percy através dos beijos e caricias de outro. Mas não adiantou. Era Percy quem completava e ainda completa seu coração. Era e sempre será ele, que com um toque apenas, conseguira tirar toda a dor de Annabeth.

E então, o amor deles foi selado com a melhor noite de suas vidas. À noite em que Ágata foi concebida no ventre de Annabeth e a noite onde todas as dores ficaram para trás. Naquela noite, eles consumaram o amor deles e não se deixaram levar apenas pelo desejo carnal, mas o pelo amor que sentiam um pelo outro.

E era aquilo que os fazia especial.

O amor era sagrado. Era a coisa mais importante que imaginariam sentir um pelo outro.

Feliz foi aquele que não escutou quando lhe disseram que o amor não valia a pena.

E agora, sentados na beira da praia, olhando o fruto do amor deles brincando com os avós, Percy e Annabeth acreditam que o amor foi o que sempre os moveu.

Percy olhou mais uma vez para uma Annabeth sorridente, e sorriu também. Eles se abraçaram e sentiram a troca de carinho que emanavam deles.

A mão de Percy foi até a cintura de Annabeth e a segurou ali, protetoramente. Annabeth abraçou Percy também e os dois se beijaram, selando, mais uma vez, o amor deles.

E se um dia, você imaginou que esse amor poderia descrito, se enganou profundamente. Por que, uma vez, um grande sábio disse:

“Pobre o amor que pode ser descrito”.

William Shakespeare.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, eu queria agradecer profundamente à vocês. Eu não teria conseguido sem cada review que foi dado. Eu peço desculpa pelas vezes que deixei de postar. Eu só queria realmente agradecer a vocês. Essa é a primeira fic que eu consegui terminar, e eu com orgulho. Eu sorrio cadê vez que vejo os capítulos, encho meus olhos de lágrimas quando vejo comentários dizendo que escrevo bem. Muitas pessoas que eu conheço, acharam que a minha idéia de escrever foi maluca e totalmente desvairada, mas eu agradeço as outras pessoas que me convenceram do contrário.

Obrigado a todos que me fizeram ver o quão bom é escrever. Obrigada a todos que comentaram.

Espero ver vocês na continuação dessa fic: “Living Only For Love.”

Até a próxima, galera!



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