Venena anguis escrita por Miss Zahra


Capítulo 40
I choose you


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Demorou!

Eu não sei como explicar isso, pra ser sincera. Esse ano foi o pior da minha vida até agora sério! Terceiro ano é foda, e nem to falando do Enem, to falando da minha escola mesmo! Eu estava mais preocupada em passar em química do que passar no Enem... Foda.

Enfim, eu tenho me encontrado muito indisposta com fanfics recentemente, e também não posso prometer capítulos muito frequentes, até porque vou começar a universidade.

Para ser mais casual: Eu estava pensando em uma playlist para a fanfic! O que acham? Eu estava ouvindo umas músicas e achei duas muito interessantes que eu imaginei como a abertura e o encerramento da fanfic, como se fosse uma série kkkkkk. Eu vou linkar as duas em todos os capítulos agora, mas isso é o de menos!

O que eu realmente quero saber é: Vocês tem sugestões de músicas para a playlist? Minha ideia era uma música para representar cada capítulo. Para não ficar ruim de discutirmos isso, vou deixar aqui o link do grupo do facebook que eu criei para minhas fanfics

https://www.facebook.com/groups/531184517034627/

Pretendo discutir a escolha de músicas lá. Também planejo postar umas curiosidades sobre a fanfic futuramente, e o grupo também é o lugar onde vc pode tirar suas dúvidas sobre a fanfic com mais facilidade!

AGRADECIMENTOS:

sandrinha
The Queen Sweet Natty
Marcela Machado
Evy Bianchi
CatrinaEvans
Duda
Gabs
nightshade45
Su Black
Sky Templaria
CamilaDiggory5
Ana Black

"Abertura" da história:

https://www.youtube.com/watch?v=Hne-eJOeZzA



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 – O que você está fazendo aí, Sabrina?  – Hermione sentou-se ao lado da sonserina, sua voz repleta de preocupação    Você tem estado estranha... O Malfoy veio me perguntar se eu sabia o que estava errado com você!  – Ela diz de uma vez só, chocada por Draco ter começado uma conversa civilizada com ela   – O Malfoy! Sabe o quão estranha você tem que estar agindo para ele vir falar comigo? 

Zahra não respondeu, seus olhos verdes fixos no livro de História da Magia, mesmo que fosse óbvio para todos na biblioteca que ela não estava realmente lendo. A grifinória ao seu lado suspirou pesadamente, percebendo que havia falhado em tentar alegrar a amiga. 

 – Eu não sei como ajudar você  – Murmurou baixo, colocando sua mão no ombro da sonserina com carinho  –  Eu não sei o que é perder alguém amado... Mas quero que você saiba que eu estou aqui. 

 

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Tom curvou-se e grunhiu de dor, colocando a mão sobre o estômago. Uma parte de sua alma estava morrendo. Seus olhos ficaram vermelhos e se fixaram no globo de neve nas mãos de Billy, respirando com dificuldade enquanto sua mente trabalhava naquela possibilidade aparentemente absurda. 

Os outros o encararam com apreensão, sem entender o que estava acontecendo com o sonserino. Tom rosnou e caminhou até Billy, tirando o globo das mãos do ruivo com cuidado e colocando-o delicadamente na mesinha novamente.  

— Ela está aqui... – Murmurou sombriamente, analisando o globo com interesse. – Mas como faremos para entrar? 

— Riddle... O que você está dizendo? – Chen o encarou com descrença. – Não existe nenhuma possibilidade de um ser humano caber aí dentro. 

— A entrada deve estar aqui em algum lugar... – Vasculha a sala com o olhar, abrindo todas as gavetas do armário em busca do portal que o levaria para dentro do globo – Onde está? 

Percebeu que os outros começaram a falar entre si, mas não prestou atenção no que eles estavam dizendo. Caminhou até a cama e empurrou-a contra a parede, revelando uma porta no chão. Todos pararam de falar e encararam a descoberta do sonserino. 

— Por Merlin... – Lara exclamou quando Tom abriu a porta e revelou um enorme saguão. – Nós vamos ter que pular? 

— Sim. – Agachou-se para dar uma olhada na estranha entrada para o globo de neve. – Parece não ter ninguém... Vamos. 

Tom pulou para dentro do saguão, caindo dolorosamente no chão e cortando-se em alguns cacos de vidro espalhados pelo chão. Levantou-se e olhou para cima, chamando os outros para se juntar a ele silenciosamente. Jongdae foi o primeiro, seguido de Billy. Ítalo desceu e segurou Lara quando ela pulou. 

Tom usou magia para curar suas mãos, seus olhos atentos nos corredores caso alguém hostil se aproximasse. Os grifinórios olhavam tudo com fascínio, mas certo receio; Lara não saia de perto de seu namorado, mas o mesmo parecia bastante calmo. Tom apreciou ter alguém racional além de si no grupo. 

 – Vamos – Disse para os outros, disparando pelo corredor.  

 

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Estava chovendo. Era anormal naquela época do ano, mas Sabrina não se importava; chuva fazia com que Cedrico a procurasse para passar o tempo com ela. O lufano a chamava para o Salão Comunal da Lufa-Lufa e os dois ficavam sentados em frente à lareira, conversando e aproveitando o tempo livre.  

Mas aquele dia era diferente. 

Aquele dia era a véspera da última fase do Torneio Tribruxo 

Sabrina e Cedrico estavam sentados juntos em uma das poltronas da biblioteca; o lufano acariciava os cabelos negros da namorada enquanto a mesma lia feitiços que poderiam ser úteis para o rapaz durante a competição. Cedrico parecia pensativo, preocupado. 

  Tem algo errado?   Perguntou em voz baixa, tentando não chamar a atenção de nenhum outro aluno que estava por perto. Tocou o maxilar do namorado, atraindo a atenção dele para si. 

Cedrico pareceu hesitar, mas logo seu belo rosto foi tomado por um sorriso caloroso. Ele se inclinou e deu um breve beijo nos lábios da sonserina e suspirou com certo nervosismo. Ele olhou para a janela, seus dedos brincando com os fios negros de Sabrina, antes de olhar de novo para a garota. 

  Sabrina, o que você pensa em fazer quando sair da escola?   Perguntou como se não fosse nada, um sorriso discreto, porém amável, estampado em seu rosto. 

  Eu não parei para pensar nisso ainda.   Admitiu com calma, olhando para o nada como se pensasse em algo.   Ainda faltam três anos e meus avós me deixaram bastante dinheiro, então não tenho pressa para encontrar a carreira perfeita. 

 — Compreendo.  — Cedrico pareceu hesitar.  — O que acha de ir morar comigo quando terminar a escola?  — Ele pareceu ficar levemente constrangido.  — Se ainda estivermos juntos até lá, é claro. 

Sabrina ergueu-se a se ajeitou de uma forma que pudesse olhar melhor para o lufano. Os olhos claros dos dois se encararam por quase um minuto inteiro enquanto a sonserina procurava as palavras que pareciam ter-lhe fugido da boca. 

 Você está sugerindo que moremos juntos...  Falou lentamente, como se analisasse a proposta.  Como... Marido e mulher? 

 Só se você quiser...  Ele tenta falar como se não fosse nada, mas dava para perceber o quanto aquilo era importante para ele.  Caso eu ganhe o Torneio, vou guardar o prêmio para quando nos mudarmos; não quero depender muito da minha família, mesmo no começo. 

 É claro que eu vou querer!  Sorri abertamente.  

 

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Um pedaço da parede ao lado de Riddle explodiu ao ser atingida por um feitiço. O bruxo escapou por pouco, não estava preparado para ter um feitiço lançado em sua direção pelas costas... Onde os outros estavam. Tom se virou, deparando-se com todos de costas para ele, encarando Ítalo, que segurava sua varinha de maneira muito suspeita. 

— Ítalo? – Lara murmurou com hesitação, sua voz falhando no final. – Está tudo bem? O que está fazendo? – Havia um resquício de esperança naquelas palavras, uma fagulha de confiança.  

— Eu não posso deixar vocês continuarem. – Ele responde com certa pompa, um ar de superioridade que faria Tom rir se ele não estivesse à beira de perder completamente o controle de sua magia e de sua máscara de bondade. – Sinto muito. 

Tom sentiu suas mãos se tencionarem, sua raiva se acumulando aos poucos enquanto tudo se encaixava em sua cabeça. A súbita aparição do garoto no círculo de amigos de Sabrina, o ataque depois de ela ir buscar o presente que ele havia comprado... Ítalo era um fantoche de Grindelwald. 

 Voldemort sentiu a fúria consumi-lo, fazendo seu sangue ferver e sua mão se apertar dolorosamente ao redor da varinha. Seu estômago se contorcia e sua visão ficou vermelha, focada no rosto do traidor. Toda aquela situação só havia sido possível por conta das ações daquele garoto. Um sentimento de impotência rastejou para dentro do lorde das trevas, afundando-o em mais raiva e amargura; ele havia falhado em perceber a ameaça.  

Por quanto tempo Ítalo esteve perto de Sabrina, espionando-a?  

Inadmissível. 

— Você... – Kim olhou para a parede destruída atrás de Tom e depois para o italiano. – Você é um seguidor de Grindelwald! Nos traiu! 

"Nossa, como você é esperto!"  Riddle pensou sarcasticamente, seus longos dedos sentindo a textura de sua varinha e pensando em qual feitiço deveria usar naquela criatura traiçoeira e imunda.  

Ítalo não poderia sobreviver, não se eles quisessem encontrar Sabrina a tempo e sem maiores complicações. Tom ergueu o braço da varinha em um movimento rápido e um feitiço voou na direção do corvino, e teria atingido em cheio o odioso rosto do mesmo caso ele não tivesse desviado. 

O feitiço, no entanto, não viera de Riddle. 

Foi Lara que o atacou. 

Os quatro homens olharam para a lufana com descrença, não acreditavam que alguém tão doce fosse capaz de atacar alguém com tanta fúria. Ítalo ergueu os braços, um gesto fútil na tentativa de acalmar a garota que parecia mais do que pronta para comê-lo vivo. O corvino estava completamente focado na namorada, levando a ameaça nos olhos dela muito a sério; distraído.  

Tom moveu-se, aproveitando a distração para aproximar-se do fim do corredor; sabia que, ao virar, estaria fora do alcance de Ítalo e de suas intervenções irritantes. Jongdae pareceu compreender o que o sonserino tentava fazer e começou a segui-lo. 

Ítalo percebeu o movimento, mas não pode agir por ter a varinha de Lara apontada para ele; atacar Tom, Billy e Chen abriria a brecha que a garota precisava para derrota-lo. O italiano teve que deixá-los ir.  

— A sua habilidade de me atrapalhar é inacreditável, Lara –  O corvino rosnou para a namorada, seus dedos se apertando ao redor da varinha. – Se ao menos namorar você tivesse sido mais útil, não teríamos chegado a esse ponto. 

— Então você mentiu desde o começo, é isso? – Lara sentiu um aperto no peito e sua voz falhou, seu coração estava partido, mas não podia enfraquecer naquele momento. – Por que se aproximou de nós? 

"Por que se aproximou de mim?" Pensou com amargura ao terminar a pergunta. 

— O senhor Grindelwald se interessou na sua amiga... Como todo mundo, pelo que parece – Ítalo bufou de irritação e descrença – É como se ela fosse a protagonista da história, não é? – Abre um sorriso debochado – Muito diferente de você. 

Lara lançou uma maldição na direção do jovem, que a bloqueou com certa dificuldade, surpresa passando pelo seu rosto rapidamente antes de ser substituída pelo mesmo sorriso de antes. Mas ele não podia esconder o certo nervosismo que tomou conta de seu olhar; não estava esperando algo daquele nível vindo da lufana.  

— Você vai se arrepender disso! – Lara rosnou, a varinha erguida em direção a ele. – Não deixarei que engane mais ninguém!  

 

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 Então... Sabrina  Fred sentou-se ao lado dela na biblioteca, colocando seu braço ao redor dos ombros da garota  Pensou no que a gente te pediu? 

sonserina fechou o livro, um sorriso malicioso tomando conta de seus lábios. A Zahra coloca o livro sobre a mesa e pega os dois gêmeos pela gola de suas camisas, uma em cada mão, e os puxa para mais perto. Os dois a encararam com ansiedade e alegria em seus olhos, esperando pela resposta dela. 

 Não.  Disse de uma vez, empurrando os dois para longe e se levantando.  Não vou me envolver com a loucura que vocês inventaram, tudo bem?  

 Mas Sabrina!  Jorge foi o primeiro a segui-la para fora da biblioteca  É genial!  

 É ridículo! Além do mais, vão me culpar por essa brincadeirinha.  sonserina riu, continuando seu caminho pelos corredores, mas os gêmeos não desistiram de segui-la.  Parem de me seguir! 

 Só quando você nos arranjar as cobras!  Fred insistiu.  Por favor, Sabrina! Prometemos levar toda a culpa por isso!  

 Eu nem sei por que vocês precisam de cobras pra isso!  A Zahar riu  Usem aranhas ou sei lá. 

 Não tem o mesmo efeito!  Os dois disseram ao mesmo tempo  Cobras são mais assustadoras. 

 Não são!  Sabrina exclamou, fingindo-se ofendida.  Como esperam que eu ajude vocês desse jeito? 

Sabrina 

Houve uma separação, como se um fio tivesse se rompido. A garota observou ela mesma se afastando com os gêmeos e sua mente não compreendeu a princípio.  

Sabrina 

Ela olhou para trás. Tom estava no fim do corredor, esperando-a. Os belos olhos dele tinham sido substituídos pelo assustador tom de vermelho, mas aquilo não a assustou.  

 Por favor.  Ele disse em um sussurro, mas sua voz parecia distante, como se ele não pertencesse a aquele lugar. 

 Sabrina  Outra voz a chamou e ela fez com que o coração da garota quase parasse. 

 Cedrico  Sussurrou ao virar-se e vê-lo. 

Ele estava realmente ali, sorrindo como no dia anterior a sua morte. Cabelos castanhos, olhos verdes e rubor no rosto. Era Cedrico. Seu Cedrico. Ali, com ela. Vivo. Ele também estendeu a mão. 

 Por favor.  Ele pediu e ouvir aquela voz a deixou sem ar.  

Por trás do antigo namorado, surgiram pessoas. Primeiro Fred, e então Harry e Lupin. Sua mãe e seus avós surgiram depois.  

Vênus Gaunt era tudo que sua avó havia lhe dito; bonita e de feições gentis, com longos cabelos negros e o oceano nos olhos. Sua mãe sorriu e, lado-a-lado com a avó da garota, caminhou até estar a apenas alguns passos da filha e estendeu a mão. A luz vinda do fundo do corredor ofuscava sua visão, mas o sorriso das duas era visível. 

Sabrina 

Era a voz de Tom novamente. Ela se virou para encará-lo, encontrando o lorde das trevas no fim do corredor escuro, ainda com a mão erguida. Sabrina compreendeu. 

Ela precisava escolher. 

Olhou para Cedrico e sua família. 

Ela poderia ficar ali e morrer na luz, cercada de pessoas que ela amava e que a amavam de volta.  

Ou ela poderia voltar e jogar-se no abismo escuro, com Tom; o homem que amava, mas que os sentimentos eram mais misteriosos que a própria morte.  

Voldemort nunca foi capaz de amar, afinal. 

Ela deu um passo à frente. O sorriso de Cedrico aumentou. 

 Não existe nada que eu queira mais do que descansar, ver meus amigos de novo e não precisar mais me preocupar com o que acontece com o mundo.  Ela murmurou para eles, tentando não fechar os olhos para a luz ofuscante.  Mas eu não posso fazer isso agora.  

Sabrina se virou, encarando a figura de Tom Riddle, seus olhos vermelhos as únicas coisas visíveis em meio a escuridão.  

Ela correu em direção a ele, seu coração palpitando. A escuridão pareceu ir até ela, agarrando-a por todos os lados e puxando-a para perto. Mas a medida que se aproximava, as sombras cobriam mais seu corpo. 

Olhou para o rosto do rapaz enquanto aquela estranha névoa cobria seu rosto aos poucos. 

 Eu escolho você  Disse com resolução, a escuridão lhe envolvendo. 

A última coisa que viu foram os olhos vermelhos de Lord Voldemort. 


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Notas finais do capítulo

Comentários e recomendações são muito bem-vindas!

"Encerramento" da história:

https://www.youtube.com/watch?v=vvdX3Q_tch8