Forgotten escrita por S Pisces


Capítulo 28
Questions


Notas iniciais do capítulo

Hey Fellas! sei que tenho andado em falta com vocês, mas infelizmente problemas no pc e o Nyah em manutenção me impediram de postar, de qualquer forma, lamento muito por isso.



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POV Natasha Romanoff

Em câmera lenta.

É assim que toda a cena que se desenrola a minha frente parece estar. Vejo Hayden caindo lentamente a minha frente, mas não consigo fazer nada a não se observar. Steve é o primeiro a agir, empurrando-me para o lado e aparando o garoto antes que ele toque no chão. Tony se abaixa e verifica a pulsação de Hayden, ele fala alguma coisa enquanto Hill corre para fora da sala, falando no comunicador e gesticulando. Olho para Clint, que se abaixa e ajuda Steve a erguer o garoto. Os três saem da sala, sendo seguidos de perto por Tony.

– Você vem? – Tony pergunta, pisco algumas vezes e apenas concordo com a cabeça. Não sei como, mas logo estamos dentro de um dos carros da SHIELD, grande o bastante para todos nós.

– Eu dirijo. – Clint avisa, já se sentando no banco do motorista. Normalmente eu me oporia, mas na atual situação, não acho que eu seja capaz de nos levar a algum lugar em segurança.

Apenas sento em silêncio ao seu lado e encaro o caminho a minha frente. Escuto tudo o que acontece no banco de trás, Steve chamando Hayden várias vezes enquanto Hill e Tony sussurram alguma coisa. Uma angustia crescente vai tomando conta de mim e a perspectiva de que o garoto pode não acordar chega a ser sufocante. Abro a janela do carro e tento manter a respiração constante. Acorda Hayden, vamos lá, acorda! Fico repetindo isso como uma espécie de mantra. Porque diabos eu estou tão preocupada? Apreensiva? Receosa? E pior, com medo? Eu só tolero o garoto, nosso relacionamento é totalmente profissional, embora tenhamos que fingir parentesco para a namorada dele, o que é até engraçado. Steve ficar preocupado é compreensível, mas eu?

Sou tirada dos meus devaneios ao ouvir a voz do garoto, baixa e fraca. Você tá vivo! Agradeço mentalmente por isso. Clint olha pelo retrovisor para o garoto e respira fundo, Steve e Tony o enchem de perguntas e Hill solta uma exclamação de alivio. Continuo olhando para frente, não sabia muito bem o que fazer. Estava mais calma sem duvida, mas a perspectiva da morte do garoto ainda pairava sobre o carro, ou melhor, sobre nós, e esse fato me impedia de sentir realmente algum alivio. O carro para e Steve ajuda Hayden a sair, o resto de nós os segue. Bruce já esperava por todos no laboratório onde novas explicações sobre a situação do garoto seriam dadas e embora eu realmente quisesse saber mais sobre isso, não estava em condições psicológicas para ouvir o veredicto final. Disfarçadamente saio da sala, mas não antes de dar uma última olhada no garoto. Espero que você fique bem, ou que pelo menos tenha um final decente. Saio da sala.

POV Hayden O’Cornel

Pra onde você vai? É o primeiro pensamento que me vem à cabeça quando vejo Natasha saindo do laboratório discretamente. Ninguém nota sua saída, afinal, eu estou monopolizando a atenção de todos os presentes na sala.

– Como você se sente? – Bruce pergunta, checando minha pulsação.

– Cansado – respondo de imediato – e enjoado. – suspiro – e traído. – um suspiro coletivo é ouvido e apenas ignoro.

– Eu sinto muito por isso Hayden, mas não podíamos dizer nada até que tivéssemos certeza. – Bruce se desculpa – Tony foi até a base para explicar à situação as pessoas mais próximas de você, assim elas poderiam te dar o apoio necessário quando você ficasse sabendo, mas infelizmente isso não adiantou muita coisa. – ele comenta pesaroso.

– Não adiantou mesmo – reforço. – então quanto tempo eu ainda tenho? – pergunto direto. Quanto menos enrolação, menos melodramática a situação ficaria.

– Pelos meus cálculos, baseado nas amostras que eu obtive há algum tempo... – ele suspira. Maldito suspense – Uns dois meses.

Dois meses?! Só isso?!

Arregalo os olhos, assim como Hill e Clint. Tony franze a testa, surpreso. Steve vira-se, ficando de costas, com as mãos na cabeça.

– Só isso?! – Hill é a primeira a se pronunciar – ele tem pouquíssimo tempo! – exclama. Depois parece perceber o impacto que suas palavras podem exercer sobre mim e me olha, com pesar.

– Tudo bem. – falo, tentando transparecer calma, mas minha voz falha, entregando-me. – os cálculos podem estar errados? – questiono.

– Talvez. O material analisado já tem algum tempo. – ele fala desconfortável. Penso um pouco e entendo o motivo do seu desconforto.

– Eu posso ter menos tempo. – afirmo. Steve e Clint me encaram.

– Como assim? – Steve pergunta.

– O material analisado é de alguns dias atrás, hoje, o processo de degeneração pode estar muito mais rápido. – explico. – estou certo Dr.?

– Sim. – Bruce concorda limpando os óculos – o melhor será uma analise diária. Isso com certeza determinará o tempo exato. – esclarece.

– Não acho que o Hayden esteja em condições de ficar indo e vindo da base para a torre todos os dias. – Hill fala. Tony semicerra os olhos.

– O que você está sugerindo? – questiona.

– Não estou sugerindo nada. Apenas expondo um fato. – responde séria.

– O Hayden vem morar na torre. – Steve afirma.

– O quê? – Tony não parece gostar da idéia, o que me deixa com um pé atrás.

– É isso mesmo o que você ouviu. O Hayden vem morar aqui. E isso não está aberto a discussões. – responde autoritário. Ele e Tony se encaram por algum tempo, e eu quase consigo ver faíscas saindo dos olhos deles.

– É o melhor mesmo Tony. – Bruce intervém – dessa forma podemos monitorá-lo e descobrir mais sobre o soro NSH.

– Soro o quê? – Clint pergunta. Tão confuso quanto o resto de nós.

– NSH. – repete. Como nenhum de nós entende, ele esclarece – Natasha, Steve, Hayden. Batizei o soro com as iniciais dos nomes deles.

– Ah. – pelo menos serei lembrado em alguma coisa – eu acho que podemos encontrar um nome mais legal para ele. – comento e Bruce dá um sorrisinho contido.

– Tenho certeza que sim. Agora se você não se importa eu gostara de coletar novas amostras. – ele informa já pegando uma seringa.

– Antes disso, eu tenho só mais uma duvida.

– Claro, pode falar – incentiva.

– O que vocês acham que eu sou? – a pergunta parece pegar a todos de surpresa, menos Tony.

– O que você quer dizer com isso? – Bruce pergunta.

– Pela reação do Tony em oposição à idéia do Steve, ficou obvio que vocês têm algumas hipóteses a meu respeito. Eu exijo saber quais são. – Steve fuzila Tony com o olhar enquanto o mesmo parece apreensivo.

– Eu não me opus... – Tony começa, mas o interrompo.

– Tanto faz. A questão é que você não quer que eu more aqui na torre por algum motivo e eu quero saber qual é. – todo mundo o encara.

– Os únicos no mundo que tem interesse na criação de novas versões do soro são as pessoas ligadas a Hidra, sendo assim, quem mais poderia ter “criado” você? – Tony esclarece calmamente.

– Então você está afirmando que o garoto é vitima de um experimento da Hidra? – Clint questiona, com uma sobrancelha arqueada.

– Não estou afirmando nada, apenas expondo um fato. – defende-se.

– Um experimento... – a palavra tem um gosto amargo na minha boca. – isso explicaria algumas coisas. – comento por alto e quatro pares de olhos me observam.

– Você não está concordando com a hipótese do Tony, está? – Steve pergunta, irritado.

– É uma hipótese que faz bastante sentido. Eu não tenho recordações da minha família, não sei realmente quem sou e de onde vim. – explico dando de ombros

– Isso não quer dizer nada, você pode ter amnésia ou o soro pode estar prejudicando você nesse sentido. – Steve argumenta.

– Sim, é uma hipótese também Cap – Bruce concorda sem muita convicção.

– Temos que ser realistas e trabalhar com a hipótese mais provável. – Tony afirma.

– O que afinal de contas você está querendo dizer com tudo isso Tony? – Steve questiona exasperado.

– Se a Hidra conseguir criar um soro ainda mais potente que o do Hayden, ela pode muito bem criar um exército! – Tony exclama e eu finalmente entendo o seu medo.

– Não sabemos se foi mesmo a Hidra. – Steve afirma.

– Mas é a hipótese mais plausível no momento. – concordo com Tony.

– Eu não tenho nada contra você garoto, mas se a Hidra realmente é responsável pelo que aconteceu com você, isso pode muito bem representar um perigo para a humanidade. – ele explica seu ponto de vista.

– Só há uma maneira de descobrir se a Hidra é a culpada ou não. – Hill fala, chamando a atenção de todos.

– Qual? – Bruce pergunta.

– Interrogando a única pessoa que tem informações sobre ela. – ela responde de forma soturna.

– Bucky. – Steve murmura.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando :)
Até mais bom fim de semana!
Beijos



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