Condenado Injustamente escrita por Faraó


Capítulo 4
Patrono




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/615202/chapter/4

Todos os dias, as lembranças tristes de Sirius vinham à tona. Seu corpo e sua mente eram a cada minuto engolidos pela tristeza, o frio do desespero inundava sua alma. E a lembrança da consequência de seu erro fatal fizera moradia em seu cérebro.

Godric's Hollow, anos atrás...

Sirius Black não conseguia acreditar no boato que corria. Diziam que uma casa em Godric's Hollow havia sido destruída, e o casal que morava ali não estava mais entre os vivos. Ele pisou no acelerador de sua moto voadora e foi até lá, à toda velocidade. Assim que desceu da moto, ele viu a casa destruída. Portas, janelas e telhado estilhaçados, nuvens de poeira e cheiro de sangue tomavam conta do lugar.

– Sirius, e-eles estão... mortos.

– Eles o quê, Hagrid?

– Mortos, repetiu o gigante, com lágrimas escorrendo pelo rosto barbudo.

– NÃO! NÃO PODE SER VERDADE!

Como se fosse uma criança precisando de colo, Sirius correu para os braços de Hagrid. Ambos choraram um rio de lágrimas, até que Almofadinhas perguntou pelo afilhado.

– Hagrid, disse Sirius, limpando as lágrimas, e o Harry?

– Está aqui comigo, respondeu o bruxo, mostrando a ele um bebê que parecia aterrorizado. Não era para menos, o menino havia visto a mãe ser assassinada na sua frente.

– Me deixe levar o Harry. Cuidar dele.

– Não. Dumbledore ordenou que eu viesse aqui para tirar Harry do que - mais lágrimas - sobrou da casa.

– Eu sou padrinho dele!

– Não posso te entregar Harry, Sirius.

...

Lágrimas escorriam pelo rosto de Sirius. A lembrança de seus amigos mortos se projetava em sua mente todos os dias. Era como se ele recebesse injeções de sofrimento diárias.

Encostado num canto da cela, com a cabeça encostada nos joelhos, o maroto pensava no que fazer para sair dali. Ele era inocente, e sabia disso. Se ele ao menos tivesse uma varinha... sairia dali, se vingaria de Rabicho e procuraria Harry, seu afilhado, Não podia sequer pensar na criança que amava como se fosse seu filho, porque os dementadores vinham e roubavam a lembrança. Súbito, de repente, ele teve um estalo. Só precisava de uma varinha. Se conseguisse uma, seria meio caminho andado. A porta da prisão se abriu, era o guarda vindo trazer a comida dos presos. Quando a cela de Sirius se abriu, imediatamente o carcereiro gritou por um médico.

– Eu tô morrendo! Eu não quero! Gritava o prisioneiro, se contorcendo enquanto se enforcava com a mão esquerda, e usava a mão direita para tentar tirar a mão do pescoço. Sirius foi colocado numa maca e conduzido pelo corredor até o elevador, dali para a enfermaria. Os guardas saíram, ficaram só Sirius e o médico. Quando o médico se aproximou dele, Almofadinhas arrancou a varinha da sua mão.

– Adeus, Azkaban! Sorrindo de felicidade, ele saiu da enfermaria, e correu pelo lugar procurando a saída, mas, quando ele encontrou a escada que levava para fora da prisão, dois guardas vinham subindo.

– Estupore!

– Protego!

Um dos guardas caiu, e após um curto duelo, o outro caiu também. Mas um alarme começou a tocar, e a porta pela qual Sirius sairia se fechou. Ele voltou para a enfermaria, onde o médico tocava incessantemente o alarme.

– Impedimenta! O médico da prisão caiu, derrubado.

O prisioneiro abriu a janela da enfermaria e desceu rapidamente pelo muro. O ar ficou mais frio, a neblina aumentou. Os dementadores, que na maioria ficavam na parte alta da prisão, desceram todos ao ouvir o alarme.

– Vamos, Sirius, ele disse para si mesmo, apertando a varinha. Podia sentir os dementadores vindo atrás dele, com fome de esperança.

Anos atrás...

– Sirius, meu filho nasceu! Eu sou pai!

– Parabéns, meu amigo! Eles se abraçaram.

– E você vai ser o padrinho.

– Eu?!

– É claro. Somos como irmãos. A gente combinou, na época de Hogwarts, que um seria padrinho do filho do outro, vai dizer que esqueceu?

... em Hogwarts

– Eu te amo, Marlene. Quero ser seu namorado.

– Eu aceito ser sua namorada.

... Godric's Hollow

Sirius observava o afilhado se divertir com a vassoura de brinquedo dada por ele. Uma lágrima escorreu por seus olhos.

...

– Expecto Patronum!

Um cachorro prateado surgiu da varinha de Sirius e fez recuar os dementadores, que já se aproximavam do maroto. Ele corria o máximo que podia, mas os monstros não davam trégua. Quando ele chegou na marina, o barco explodiu.

Os guardas de Azkaban tinham como atingir fugitivos que estivessem distantes, eles usavam uma arma mágica equipada com mira que lhes permitia disparar feitiços à distância. E foi assim que explodiram o barco.

Um feitiço para desarmar fez a varinha que Sirius roubara voar de sua mão, e, derrotado, Sirius Black foi recapturado pelos carcereiros e trancafiaod na cela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Infelizmente, Sirius não conseguiu fugir, mas ele ainda vai bater asas e voar de Azkaban, esperem. :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Condenado Injustamente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.