Monarquia escrita por Thaís Romes


Capítulo 36
Happy End!


Notas iniciais do capítulo

Oi xuxus!
Contem aqui para a Thata como vocês estão?
Bom, hoje vamos finalizar Monarquia. Nossa, não sei bem o que descrever para vocês.
Mas quero muito agradecer quem acompanhou essa história até aqui, e esteve comigo, mandou mensagem em minhas redes sociais me incentivando a voltar. Tem comentado a cada capítulo, recomendou e favoritou minha história.
Não é tudo o que eu escrevo que realmente me orgulho de ter feito, mas Monarquia divide tudo o que já fiz e posso realmente me orgulhar dela. Pude criar uma história minha com meus personagens preferidos como principes e princesas, e adorei cada momento. E tudo ficou ainda mais especial quando eles foram acompanhados por vocês.
Obrigada, de todo o coração.
Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614953/chapter/36

OLIVER

            -Consegui! -grita animada jogando o braço para o alto.

            Vou a porta e abro deixando a enfermeira impaciente entrar. A mulher coloca uma máscara de oxigênio e faz a medicação prescrita, saindo depois de alertá-la que deveria repousar. Puxo uma cadeira e me sento ao seu lado, seus olhos afiados mostravam que nem mesmo um abrigo em chamas, uma bomba e o fim da guerra me livrariam da briga que tivemos, mas não posso sentir nada além de felicidade, e preciso me segurar para não sorrir e provocar ainda mais sua fúria adorável.

            -Acredito que agora seja a hora perfeita para me explicar. -digo, e se ela possuísse o poder de me incinerar com os olhos estaria morto. -E pedir desculpas. -acrescento o que a faz desviar os olhos dos meus encarando o teto. -No fim você foi necessária, e te deixar colocou sua vida em risco. -com isso consigo sua atenção novamente. -Mas se eu te levasse, agora meu pai estaria morto e talvez todas aquelas pessoas não conseguissem pedir ajuda. Sinto muito se te fiz pensar que não a vejo como minha parceira, por que é isso que você tem sido desde que me lembro. -pego suas mãos frias e levo aos meus lábios.

            Me levanto e dou um beijo no alto de sua cabeça, antes de avisá-la que precisava ver o restante da minha família e os nossos hospedes de Gotham. Não posso mais adiar, e me vejo em frente a uma porta com dois guardas armados a protegendo. Estive a ponto de perder tudo, e talvez deva ser menos altivo, como meu próprio pai me aconselhou.

            -Olá. -minha voz sai fraca, incerta. Vendo uma bela mulher, algemada a própria cama, com seus olhos marejados ao se dar conta de quem era seu visitante.

            -Oliver. -diz meu nome e sinto que está se forçando a falar.

            -Como se sente? -caminho sentindo um peso descomunal e me sento em uma poltrona ao seu lado, meu coração se aperta olhando a algema que limitava seus movimentos.

            -Estou viva. -é só o que diz, com um sorriso vulnerável no rosto elegante que sempre exala sua aura real.

            -Mãe. -me forço a dizer, mas assim que a palavra sai por meus lábios sou atingido em cheio por tudo que venho reprimindo. -Por que? -ela tenta estender sua mão para secar a lágrima que escorre por minha face, e seu rosto se fecha, enquanto tenta mascarar a dor da algema se apertando em seu pulso. -Por que não contou a alguém, ou procurou outra forma de lidar com Merlin?

            Moira desvia seus olhos dos meus, pela primeira vez em muitos anos a vejo sem a máscara que costuma usar. Seus olhos se perdem, como se procurasse as palavras certas e tentasse desesperadamente se fazer entender. Então se vira e me olha da mesma forma que olhava quando era criança.

            -Sabe o que uma rainha faz? -apenas continuo a olhando. -Nós somos a beleza da realeza, ensinadas a reprimir todos os instintos que faz de nós quem realmente somos. Nos dizem para não mostrar personalidade em público, não levantar nossos olhos quando nossos maridos estiverem por perto. -deixa sua cabeça tombar sobre o travesseiro, mostrando toda a exaustão. -Somos assassinadas a cada dia, enterradas em regras que nos desvalorizam e controlam. Não existe poder nesse cargo, querido. Apenas dever e submissão. -uma lágrima escorre por seu rosto e mais uma vez, ela tenta limpar por instinto com a mão que estava presa, depois utiliza a outra. -Passei meus dias escolhendo decorações, louças e entretendo visitantes. Não escolhi com quem me casar, não poderia ter uma profissão, tudo o que podia fazer era esperar que aquela porta de acesso fosse aberta a noite e tivesse um pouco de companhia.

            -O que quer dizer é que não pode avisar? -minha voz é apenas um sussurro.

            -Não pode entender isso, querido. -a forma condescendente que diz, faz com que me sinta uma criança arteira. -Não quando apenas a voz de Felicity é capaz de atrair sua atenção não importa a distância que esteja. Colocaria para fora do castelo de imediato, qualquer um que tentasse impedi-la de conseguir chegar a sua presença. Mas me aproximar do rei, nunca foi tão simples. Era fácil ser vigiada por Malcom, nunca fui a rainha amada e adorada por meu marido, para que fosse realmente capaz de me proteger de suas ameaças. Só fiz o que estava ao meu alcance para manter minha filha viva.

            Me levanto e vou em direção a porta, minha mãe se agita na cama, mas meu impulso não pode ser parado tão facilmente. Os guardas reagem assim que me veem e levanto uma mão para que descansem. Me aproximo do que tinha a patente mais alta e digo em voz baixa, o olhando com igualdade.

            -Preciso da chave da algema. -seu rosto fica pálido, mas não é como se quisesse protestar. -Podem se manter a postos, mas não falem ou a tratem como criminosa.

            -Sim alteza.

            Volto para o quarto e solto sua mão, vendo um círculo vermelho em sua pele branca. -Mesmo com as acusações de ter um possível caso com a rainha, o primeiro ministro não sofreu retaliações. -seguro sua mão e olho em seus olhos tentando fazer com que me perdoe. -Nada disso me parece certo.

            -O caso com Walter nunca aconteceu. -nega avidamente, e posso ver o medo de que não acredite em suas palavras. -A experiência com Malcom foi suficiente. Walter é apenas um bom homem que se sentava em silencio ao meu lado, quando não podia falar sobre meus problemas. Juro meu filho, nunca passou disso.

            -Hey, calma. -me sento na beirada de sua maca e a abraço. -Sinto muito, mãe. Talvez se não estivesse tão perdido odiando o cargo que teria que assumir, pudesse ter protegido a senhora.

            -Ah Oliver. -chora baixinho em meu ombro e permaneço imóvel, para que ela tenha o consolo que precisava.

            O resto do meu dia é apenas burocracia e papelada. John retorna com Roy e os dois se concentram em extrair informações do Metallo, assim que o mesmo sai de cirurgia. Parece que teve seus ligamentos dos joelhos rompidos, e nervos das mãos gravemente comprometidos, mas sinceramente não consegui me importar. Só quero que esteja vivo para receber sua sentença e dar alguma justiça a Bruce que perdeu um de seus garotos. Mas tudo o que conseguem é chegar ao mesmo denominador comum de antes, Luthor. E odeio o fato de o desgraçado ter tirado a própria vida, por que mesmo com a prisão de Merlin e o resto de sua quadrilha, ele nos tirou o direito de ter uma conclusão. Alfred Smoak, Andrew Diggle, Thomas Wayne, Quentin Lance, Terry MacGinnis e tantos outros que perderam suas vidas por causa da ganância doentia de um homem psicótico, que se quer deixou as famílias o conforto de uma resposta.

Ficaríamos no Palácio de Inverno, enquanto nossa residência oficial estivesse sendo reformada, e quando ando pelos corredores do que provavelmente será minha casa pelo próximo ano, percebo que a realeza não é muito criativa. Tudo me parece o mesmo, e só o chamam de Palácio de Inverno pelas montanhas próximas onde as pessoas esquiam na neve durante a estação.

            Olho para as portas, minha suíte e ao lado a de Felicity. Não posso simplesmente entrar no quarto dela depois de passar o dia impondo minhas vontades. Me resigno a passar a noite sozinho, nem mesmo os quartos mudam. Era uma cópia perfeita da minha suíte de sempre. Jogo o colete pesado de minha farda sobre o sofá e vou tomar um banho, tudo parecia silencioso demais, e errado.

            Não sei quanto tempo passo me revirando de um lado para o outro na cama. John me garantiu que ela já havia recebido alta, mas não consigo escutar um movimento se quer. Quando estava prestes a me levantar e conferir por mim mesmo, vejo a porta de acesso entre nossos quartos se abrindo e Felicity passar por ela enrolada em uma toalha, e sei que devo ter o sorriso mais idiota do mundo estampado em meu rosto nesse momento.

            -Então, eu sei que concordamos que ela não serviria para isso. -aponta para a porta de acesso, depois para ela mesma. -Mas como não pude me defender mais cedo...

            -Felicity, eu...

            -Minha vez! -interrompe se aproximando, ela para a dois passos da cama e dá um longo suspiro. -Você estava certo, o que é estranho por que você não costuma estar certo em nossas brigas, tipo nunca! -se atrapalha embolando seus pensamentos com as palavras. -Mas hoje eu tive a pior experiencia de todas e entendi o que é ter uma coroa sobre a cabeça. -me sento na beirada da cama e estendo minhas mãos para ela que aceita, parando em minha frente.

            -Eu sinto muito por ter que passar por isso. -olho em seus olhos que estavam confusos e tristes.

            -Não Oliver, não tem que sentir. -acaricia meu rosto com carinho. -Eu, sinto muito por não entender antes.

            -Não tinha como saber.

            -Olha aí você me defendendo! -reclama, mas tem um sorriso de admiração no rosto. -Precisei decidir coisas hoje que nunca pensei que precisaria. Não sei como você consegue.  -sua voz diminui a ponto de quase desaparecer.

            -Você conseguiu. -a lembro. -Todos no hospital me disseram que você foi uma heroína. Nem mesmo precisou ser coroada para te amarem e respeitarem como a princesa deles. -o orgulho em minha voz é descarado. -Vai ser a melhor Rainha que essa província já possuiu.

            -Alteza, creio que seja completamente tendencioso a esse respeito. -brinca e me perco em seu rosto, afasto seus cabelos e puxo seus lábios para os meus.

            -Isso é verdade. -sussurro com seus lábios nos meus. A levanto para que se sente no meu colo e solto sua toalha com meus olhos presos nos dela. Completamente perfeita, é só o que consigo pensar quando exponho seu corpo. -Não estou inteiramente certo nessa história. -digo sério, acariciando seu rosto. -Aconteceu dessa vez o destino coincidir com minha vontade, mas não muda o fato de que estávamos em conflito e tomei a decisão sozinho, não vou usar a coroa como desculpa por meu egoísmo.

            -Oliver. -murmura meu nome, com uma lágrima escorrendo por sua face. A beijo lentamente, como se tivesse o poder de apagar o medo e a aflição que passou. -Não posso esperar que pense como um marido quando precisa carregar o peso de ser o príncipe regente. -beijo os dois lados de sua face, seu pescoço, seus ombros, depois me afasto para ver seu rosto.

            -Não vamos ser como os outros. -suspiro sorrindo. -Olha onde estamos, nunca pensei que conseguiria isso. Não te quero escolhendo as louças para um jantar de governo, não vou diminuir sua inteligência e aceitar que te reprimam até que perca sua identidade.

            -O que quer dizer com isso? -me encara confusa.

            -Sempre tive receio da coroa que paira na minha cabeça, por que ela me tirava a chance de ter você. Então hoje eu caminhei por um hospital, visitei leitos e todos disseram que a princesa salvou a vida deles. -a beijo mais uma vez, em uma tentativa de demonstrar toda a adoração que sinto. -O Rei estava prestes a se sacrificar e sua forma de buscar um outro caminho o manteve respirando. Consegue entender que é a pessoa mais maravilhosa que já conheci? -digo tão sério que minha declaração quase soa como uma ameaça.

            -Isso por que não sabe como é te ter. -limpa algo no meu rosto e deposita um beijo carinhoso no alto da minha cabeça.

            -Vamos governar juntos. -falo e a vejo prender o ar. -Nada de dois passos atrás, te quero ao meu lado.

            -Não pode fazer...

            -Por que? -a interrompo. -Vou ser o Rei, posso mudar os costumes do século passado que mantemos por puro sexismo.

            -Pode mudar o que me faz parar de comer quando você termina? -seu rosto é tão pensativo que me faz gargalhar.

            -Claro, amor. Ainda crio outro que proíba quem toquem na sua comida sem sua permissão. -respondo e um grande sorriso aparece em seu rosto.

            -Eu sou completamente apaixonada por você. -declara transbordando de felicidade, pela comida, tenho certeza.

            -Eu te amo.

            Sete anos atrás...

            Nós corremos dividindo o peso do balde cheio de balões com água. Felicity me puxa para um corredor que daria no salão onde dávamos os bailes reais. A estratégia perfeita, nós ficaríamos no segundo andar escondidos e quando os outros chegassem teríamos a visão completa deles. Acho que conseguimos permanecer em silêncio por quase dez minutos, mas já estávamos entediados de esperar.

            -Se pudesse ter qualquer coisa no mundo, o que seria? -Pergunto a Felicity que pondera por um tempo procurando pela resposta.

            -Acho que teria um acampamento espacial. -responde me fazendo dar risada. -Bom, acho que não posso te perguntar a mesma coisa, o que te você gostaria de ter que não possa?

            -Não posso fazer muitas coisas. -dou de ombros olhando para a parede a minha frente.

            -Por exemplo? -o desafio em sua voz era quase ofensivo, mas sei que essa era sua intenção.

            -Não posso me casar com quem escolher.

            O tom de tristeza em minha voz traz o silencio de volta. Faz pouco tempo que descobri o que sinto por minha melhor amiga, e não sei ainda como lidar. A parte de não poder dizer as palavras torna tudo ainda pior, por que só fico procurando formas de dizê-las, pois quem sabe depois de desabafar nós possamos superar e nos tornar amigos de verdade?

            -Se pudesse se casar com qualquer pessoa no mundo, quem escolheria? -olho para seus olhos azuis, transbordando inocência e esperando minha resposta.

            -Não quer saber.

            -Claro que quero, não perguntaria uma coisa da qual não queira saber...

            -Você. -a interrompo e Felicity me olha assustada, quando abre a boca para dizer algo um balão acerta sua face em cheio, espalhando água em nós dois. Tommy nos olhava a distância com um sorriso sapeca.

            -Ah, mais é hoje que assassino esse Darth Vader de uma figa! -se levanta e dispara a correr atrás do nosso amigo, que parecia um pouco menos feliz agora.

 

            FELICITY

            Ando pela igreja gigantesca, concentrada em não tropeçar. Rei Robert me esperava na porta, e toma meu braço com o carinho de um pai. Durante o caminho gigantesco me vejo cercada por pessoas que não conheço, incapaz de distinguir um de meus amigos em meio a multidão de rostos. Mas finalmente posso ver Oliver, de costas para mim no altar, com Tommy ao seu lado, sussurrando para ele o que estava acontecendo. Subimos os degraus e Rei Robert toca levemente o ombro do filho, aperta sua mão e a coloca sob a minha.

            O vejo tentando me ver com clareza enquanto estávamos lado a lado em frente ao bispo. Um sorriso cheio de alegria toma conta de seu rosto e estou certa que era refletido no meu. De todas as normas do nosso casamento oficial, essa era a única que me fez estar receosa. Mas confesso que é incrível a sensação de não poder fazer algo que cada partícula de seu corpo te pede para fazer, era possível sentir a corrente elétrica me puxando para ele.

            Ouvimos o discurso sobre amor, respeito e aprendizagem. Finalmente trocaríamos nossos juramentos de amor a pátria e fidelidade a coroa, mas não era isso que me alegrava, me viro baixando meus olhos enquanto Oliver levantava a grinalda que cobria meu rosto e posso finalmente ver sua face.

            Adoração, é a única forma de descrever a expressão em seu lindo rosto. Sei como o irrito ao dizer que se parece com um príncipe, mas ele estava a materialização de um príncipe encantado, em sua farda vermelha e preta, com o peito repleto de medalhas. Mas o sorriso em seu rosto era o do meu Oliver, o mesmo sorriso que recebo desde que posso me lembrar, mas a diferença desse era que estava resplandecendo.

            Fazemos nossos juramentos, um ao outro a coroa e ao povo de Starling. No fim, enquanto começávamos a sair e preciso parar para fazer reverencia ao rei, posso ver Moira, sentada ao fundo quase imperceptível, mas encontro seus olhos antes de baixar os meus com graciosidade a fazendo entender que minha reverência se estendia a ela. Subimos na carruagem e saudamos a multidão que se estendia em todo o caminho até o palácio.

            -Estamos casados. -Oliver diz, parando de acenar por um momento e se virando para me ver. -Deus, como está perfeita.

            -Acho que não cometi nenhum erro até agora. -falo tentando recapitular cada momento do meu dia e ele solta uma risada divertida.

            “Olha mamãe, é a princesa!” a voz de uma garotinha que estava sobre os ombros de um homem alto, que creio ser seu pai ganha nossa atenção. Ela acenava e apontava animada com os olhos brilhando. Sopro um beijo para ela que pisca algumas vezes antes de me mostrar a expressão mais linda que já me lembro ter visto alguém fazer, sua boquinha forma um o perfeito, admirada como se estivesse vendo algo encantado.

            -Felicity. -meu marido me chama, em sua linda voz. Me viro para atende-lo quando tenho seus lábios encostados levemente aos meus. A multidão vai a loucura e escutamos palmas e vivas. Nos afastamos sorrindo um para o outro antes de nos voltar novamente para eles.

            THEA

            -Anda Roy, vamos perder o discurso! -grito dando pulinhos no mesmo lugar.

            Passei a ocupar uma parte do castelo semelhante a antiga casa dos Smoak’s, onde posso ter a pequena ilusão de normalidade dividindo meus dias com o próximo John Diggle. Roy anda em minha direção com suas roupas civis e expressão contrariada. Mas qual é, essa é a primeira vez que posso assistir um pronunciamento real no meio do povo, sem precisar mobilizar um pequeno exercito para ter permissão de fazer isso.

            -Sabe que pode ver isso daqui mesmo, ou melhor, pode estar lá em cima com seu irmão! -reclama, mas não consigo me importar enquanto estou eufórica desse jeito. -Pode não ter o título oficialmente, mas ainda é uma princesa amada por todos que vão estar ao nosso redor.

            -Por essa razão o capuz. -reviro meus olhos o puxando para fora comigo.

            É incrível, todos tentam conseguir o melhor lugar para poder tem um vislumbre mesmo que pequeno, do casal real. Roy com sua experiencia de anos afastando pessoas da realeza, consegue nos arranjar um lugar bem a frente, onde posso ver os conselheiros do meu irmão, ao lado do primeiro ministro. Do outro lado meu pai sorria e acenava para as pessoas, como se conhecesse todas eles pelo nome.

            Mas então Oliver passa pela porta e a multidão vai a loucura. Olho em volta vendo as expressões de amor das pessoas, escuto algumas perguntarem “onde está a princesa, Thea?”  o que só serve para que Roy se torne ainda mais protetor com medo de que me reconheçam, mas não acho que exista possibilidade de isso acontecer.

            Felicity sai por último, e percebo que estava correndo para chegar ali, não que alguém que não a conheça por toda a vida possa suspeitar. Ao meu redor diziam o quanto ela era linda, que se parecia com um anjo, ou elogiavam os projetos sociais que havia iniciado. Sinto uma lágrima de felicidade escorrer por minha face e parte da minha mente percebe um sorriso enorme acabando com a carranca do Roy.

            -Eles os amam. -sussurro admirada. -É tão diferente olhando daqui. -sinto os braços de Roy ao meu redor, quando por fim para de bancar o guarda costa. Oliver se posiciona em frente ao microfone e estendo sua mão para esposa para que fique a seu lado. Seu rosto transborda de amor quando se volta para o povo, com o porte de um verdadeiro Rei.

            -Povo de Starling! -começa com sua voz calma e gentil. -Estou aqui hoje com parte de minha família. Para agradecer e dar os devidos méritos a cada um de vocês. -ele espera calmamente as palmas. -Finalmente nós alcançamos a paz que buscávamos a tantos anos. Mas isso só foi possível por que encontramos um novo caminho. Dando voz a quem costumava agir nos bastidores. -sorri com adoração para Felicity, que expressa sua vergonha de forma adorável. -Há anos conheci uma senhora encantadora que se chamava Clair Thompson, que era viúva de um veterano honrado do nosso exército. Pude fazer parte de sua vida por um breve período, fui amado como sua família e agradeço todos os dias por meu tempo com ela. -Oliver faz com que a multidão fique completamente absorta em seu discurso. -Toda sua sabedoria me tornou um homem melhor, um príncipe mais capaz. Por isso espero que fiquem felizes com o fim das normas impostas a esposas e princesas reais. -um grande silencio toma conta de todos. -Precisamos ouvir a voz de mulheres como Clair, como minha irmã. -ele sorri ao me mencionar, e sinto todo meu peito se encher de carinho. -Como minha esposa.

Nada, nenhum ruído se faz em nossa volta. E quando sinto Roy começar a ficar tenso, as pessoas parecem sair do transe e escuto uma senhora gritar um viva que desencadeia outro, e outro. Vozes eram destacadas e todos aplaudem, me contenho para não gritar junto como era minha vontade. Felicity troca de lugar com Oliver e eles passam a aplaudir ainda mais. Ela olha a todos em volta, como se reconhecesse seus familiares e amigos em cada um deles.

—Boa noite. -diz graciosa, e escuto as pessoas admiradas em minha volta. -Estamos dando um grande passo essa noite. -sorri radiante. -E estou tão temerosa quanto todos vocês, mas se tem algo que posso garantir é que vamos devotar nossas vidas a cada cidadão, os servindo com honra, para que se orgulhem da pátria que integram. -ela se vira para Oliver que assente a incentivando. -Meu pai Alfred Smoak, foi chefe da guarda real, assim como meu avô e o pai dele. Todos deram a vida para proteger nossa província, e hoje que a filha de um guarda passou a ser princesa, me dei conta que estou seguindo seus passos de alguma forma. Dedicarei minha vida e lealdade a vocês, com todo meu coração. -promete com o rosto transbordando de emoção.

—Isso! -Roy grita assoviando e puxando palmas que são espelhadas por todos.

—E o lance de ser discreto e passar despercebido? -murmuro para ele que dá de ombros cheio de adrenalina.

—Anda Thea, é sua chance! -incentiva ao me ver parada. Um largo sorriso se forma em meu rosto antes de me voltar para a sacada, onde minha família acenava.

—Linda! -grito no calor do momento e Roy me olha em choque. -O que é? -sussurro para ele.

—Aquele é o casal real. -responde em meu ouvido. -Não pode ser íntima deles.

—Ah, entendi. Me desculpa. -me volto para frente de novo. -Viva, pode né? -sussurro para ele que só da risada e voltamos a nos misturar com a multidão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acabou!
Espero de verdade que vocês tenham gostado. Me contem tudo nos comentários, vou adorar falar com vocês.
Obrigada meus amores, por estarem aqui!
Bjnhos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Monarquia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.