Arrumei a minha mala e entrei no taxi com ele. No caminho liguei para a minha família chorando, para que fossem me esperar no aeroporto e que explicaria tudo a eles quando chegasse.

Passei a viagem inteira chorando e lembrando-me de suas palavras duras e cruéis “ou eu ou ele”. Como Jacob poderia ser tão insensível. Era ele quem eu amava e sempre continuarei amando. Enfim desembarcamos e eu fui à procura da minha família. A primeira que encontrei foi a minha mãe. Quando a vi entrei em prantos novamente e corri a seu encontro.

Ela me abraçou.

-“Filha, o que foi?” perguntou ela. Sua aparência era de quem (se pudesse) estaria chorando.

-“Mãe... Como ele... Pode...” eu mal conseguia falar ate que eu ouvi Jacob falar.

-“Tal mãe tal filha” disse ele com um sorriso irônico. Isso que ele me disse me preencheu com uma raiva tão grande que minha visão ficou vermelha. Sai dos braços de minha mãe e fui a sua direção.

-“O que você ainda faz aqui?” eu não falava mais, eu só gritava.

-“Vendo o show de ‘Mamãe eu não tive culpa de nada que aconteceu’”

-“Como você pode fazer isso comigo, como...Vai embora daqui Jacob Black, sai daqui. Agora vai, corre pro Sam.” disse com uma dor imensa só ficando mas exposta em meu rosto.

Ele foi embora sem dizer nada. Acompanhei sua figura saindo do aeroporto. Senti meus joelhos cederem e eu cai no chão. Como ele pode? Era o que passava por minha cabeça constantemente. Me levantei sem forças e corri para os braços de minha mãe.

-“Eu quero ir para casa, por favor.” disse ainda chorando.

-“Claro meu amor” disse meu pai pela primeira. Olhei o seu rosto e estava repleto de dor e confusão. Eu ate poderia entender o motivo da dor mas não da confusão. Eu acho que aquilo tudo só estava realmente claro pare ele. Mais a dor era tanta, que não me importei. Eu só queria estar o mais longe possivel dali.

Quando chegamos em casa fui direto para meu quarto. Pedi para meu pai contar a todos o que estava acontecendo, eu não tinha forças e queria ficar sozinha. Fiquei pensando em nosso bons momentos juntos, de suas crueis palavras: “ou Eu ou Ele”, e com aquilo a dor crecia ainda mais. Será que ela ainda podia aumentar? Eu sentia que ela não cabia mais em meu peito. Que a qualquer momento eu iria explodir de tanta dor. Ele era quem eu amava. Ele era quem eu tinha dado todo o meu amor.

Acordei de manhã com uma leve batida na porta. Vovó.

-“Entre” sussurei. Ela entrou com uma bandeja que só me fez lembrar dele. Pensando que um dia ele fizera isso pra mim. Então comecei a chorar. Era incrivel como cada coisinha me fazia lembrar dele. Mais era assim que tinha e iria ser, eu não podia evitar, ele fazia parte de cada pedaço do meu mundo. Agora, sem a presença dele, será que eu tinha um mundo?

Vovó veio correndo até mim, colocou a bandeja de lado e me abraçou.

-“Oh minha querida, não fique assim. Vai passar” disse ela. Eu acho que a única que me entendia é a minha mãe. Me desculpe, papai. Ele proibia qualquer um de pensar nesse assunto dentro de casa, ou pelo menos perto dele. Mais acho que la no fundo ele me entendia tambem. “Trouxe comida. Por favor, coma um pouco você precisa.” disse ela já a caminho da porta.

-“Obrigada”

Comecei a comer. Escutei meu pai sussurando para minha mãe, a pedindo que viesse até aqui, mais somente ela. Não se passou nem 10 segundos ela já estava batendo a minha porta.

-“Entra mamãe”

Ela entrou e fechou a porta de cabeça baixa. Quanto ela leventou seu rosto, seu olhar estava repleto de pena, sofrimento, conforto, como só ela conseguia. Quando encontrei seu olhar, entrei em prantos novamente. Tio Jasper não tem sido muito útil ultimamente.

-“Como ele pode fazer isso comigo? Como ele duvidou que eu o amava?”

-“Não fique assim meu amor.” disse ela acariciando as minhas costas gentilmente. Ela era a única que entendia que não podia me falar que toda essa dor e sofrimento iria passar. Ela não podia me prometer algo que ela não tinha certeza. “Mamãe, você já passou por isso, né?”

-“Sim, filha” disse ela olhando para baixo “Quando o seu pai... me... me deixou.”

Escutei passos em direção do meu quarto.

-“Bella” disse ele na soleira da porta “Me desculpe” disse ele olhando para baixo.

-“Nos de licença Edward, por favor.” disse mamãe ainda olhando pra baixo.

-“Bella” disse papai com um tom fraquinho antes de sair.

-“Mãe, vai conversar com ele, depois você volta.”

Então ela saiu.

Voltei a comer. Assim que eu acabei me deitei novamente pensando o por que dele fazer isso comigo. E então cheguei a uma conclusão que eu não queria aceitar, mais era verdade. Ele não me amava mais. Era a mais pura verdade. Comecei a chorar, e pensando no que poderíamos ter feito juntos. Ele duvidava que eu o amava? Dormi pensando nele como sempre fiz, e mesmo com todos os acontecimentos, sempre continuarei fazendo.