Caminhos. escrita por GoNina


Capítulo 1
Capítulo 1: Hey Brother


Notas iniciais do capítulo

Então gente, primeira fanfic que eu faço. Peguem leve comigo ok? Todas as criticas são bem-vindas, irei continuar de acordo com como vocês aceitam a história.
Espero sinceramente que aproveitem ;)



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Dizem que um dia antes de sua vida mudar completamente, é nada além de um dia comum, se tivessem me falado o que aconteceria, eu realmente não teria acreditado.



Nada naquela cena me parecia real, era como mergulhar em um filme de ação, ou terror. O fogo, a fumaça, os gritos, e o cheiro, AH! O cheiro! O maldito cheiro de carne queimando. Os prédios desabavam, havia pessoas correndo e chorando em qualquer direção que eu olhasse, o ar era rarefeito, e o céu estava completamente cinza, oculto pela cortina de fumaça.

Se alguém me perguntasse a definição de desespero, teria descrito aquela cena.

Os ninjas de Konoha e Suna se misturaram, corriam por todo o território em chamas que outrora havia sido Suna, tentavam apagar o fogo com Suitons¹, socorriam civis de escombros e prédios em chamas, curavam os feridos, reportavam os mortos, carregando pessoas ao setor médico improvisado. Havia caos o suficiente para ser comparado a guerra. O ar estava pesado.

Sakura, você esta bem? - Senti o toque no meu ombro me despertar do meu transe, meu antigo companheiro de time mantinha a calma estampada em sua face, voava em um pássaro de tinta, obra do jutsu do mesmo.

Estou – Engoli o seco em minha garganta, olhei para o rapaz que permanecia ao meu lado e acenei com a cabeça para que o mesmo pudesse voltar aos afazeres. Sai assentiu, e voou em seu pássaro para fora do meu campo de visão.

Aquilo fora o bastante para me devolver a consciência e meus deveres, dirigi-me para o setor médico, boa parte da equipe médica da vila da Folha estava ali, juntamente com um grupo de médicos a qual tenho poucas memorias, da minha ultima vinda a Suna, e alguns medinins² mascarados, não soube dizer se eram de Kohona. Ao longe avistei um rabo-de-cavalo loiro, que demorou alguns instantes para reparar minha presença, vindo ao meu encontro.

Sakura, precisamos de ajuda, estamos sem superior, o número de feridos já é três vezes maior o que podemos suportar. – Ino arfava, era notável a grande quantidade de chakra que a mesma já havia gastado. Estávamos realmente atrasados. – Tsunade veio ajudar também, mas no momento esta atendendo os feridos dos escombros. – Me surpreendi ao saber que minha antiga sensei estava aqui, Tsunade havia deixado o hospital em minhas mãos e partido para “adquirir novos conhecimentos médicos”, de acordo com ela eu já tinha maturidade o bastante, o que na real queria dizer que ela precisava de férias bastante prolongadas.

Tudo bem, acalme-se Ino, tente diminuir o gasto de chakra, vamos precisar de toda ajuda possível. – Respirei fundo e concentrei chakra nas cordas vocais para que todos no recinto médico me ouvissem – ATENÇÃO! QUERO QUE TODOS OS PACIENTES SEJAM DIVIDIDOS EM CORES: AZUL; PARA OS QUE OS QUE PODEM SE LOCOMOVER E NÃO PRECISAM DE AJUDA MÉDICA, VERDE; PARA OS PACIENTES COM FERIDAS SUPERFICIAIS, AMARELO; PARA OS PACIENTES COM FERIDAS E QUEIMADURAS SIGNIFICATIVAS, MAS QUE PODEM AGUARDAR O SOCORRO, E VERMELHO; PARA OS CASOS DE ATENDIMENTO IMEDIATO. – Todos no recinto pararam o que faziam ao começarem a ouvir as ordens, grande parte expressava dúvida ao me encarar – AGORA! - Começaram a movimentar-se para obedecer. Voltei-me novamente para Ino e continuei a ditar – Quero todos os médicos nos casos vermelhos, de imediato, quando este caos terminar, passamos para as outras cores. Qualquer um com conhecimento médico é bem-vindo para ajudar nos casos amarelos e verdes. – Ino assentiu e se retirou para atender os pacientes.

Amarrei o cabelo com uma liga qualquer, e vesti um dos jalecos que havia em uma mesa mais a frente.

Aquele seria um longo dia.

...

Faziam cerca de trinta e seis horas que estávamos ali, um dia e meio, acabara de sair da minha quinta cirurgia consecutiva, as olheiras estavam nítidas em meu rosto, o cabelo desgrenhado preso em um coque desajeitado, o rosto pálido. Aquele realmente não era meu melhor momento, ainda não estava acostumada ao recém-adquirido cargo de chefe do hospital. O caos havia passado, todos os casos vermelhos haviam sido atendidos, quase todos os amarelos, e mais da metade dos verdes. Apesar disso, o luto pairava no ar de modo tão pesado, que era quase uma presença concreta. A morte esteve ali. Arrastava-me pelos corredores observando médicos que haviam se rendido ao cansaço, estavam aos montes, dormiam deitados no chão e encostados às paredes. Havia ainda muitos familiares amontoados nas salas de espera, com ferimentos superficiais, o barulho de choro havia amenizado, misturado ao de tosses e até alguns roncos. Avistei a cabeleira loira de Ino sentada no chão em um canto isolado do hospital. Caminhei até ela e sentei ao seu lado.

Dia difícil não é, Testa? – Ino falou sem sequer direcionar o olhar para mim, parecia tão cansada quanto eu, sua voz estava fraca.

Salvamos muitas vidas. – Tentei conforta-la, observando ela finalmente virar-se para mim.

Perdemos mais do que salvamos. – Os olhos dela estavam opacos e avermelhados, com certeza havia chorado. – Como isso pode acontecer com Suna? Quem você acha que faria uma barbaridade dessas? A tanto tempo não temos mais guerras, não temos mais a Akatsuki, eu não entendo quem teria poder para fazer isso. – Arfou indignada, balançava a cabeça negativamente.

Eu não sei Ino, na verdade não faço ideia, mas irão descobrir, e irão pagar por todas as vidas que perdemos aqui. – Coloquei a mão em seu ombro, encarando a loira de modo sério, era minha melhor amiga, e minha melhor médica, entendia exatamente a perda que ela estava sentido. – Parece que o Kazekage³ não estava aqui durante o ataque. Não vejo Kakashi e Naruto desde que cheguei também. Precisamos falar com eles para descobrir a situação atual.

Precisamos descansar primeiro. Temos que estar preparadas o que quer que venha a seguir. – Ino encostou a cabeça na parede e fechou os olhos. Tive certeza que a conversa acabara ali.

Sorri, e fiz o mesmo. Perdi a conta de quantas vezes dormi nesta posição. Fiquei em silêncio e esperei que o cansaço me dominasse.


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Notas finais do capítulo

¹: Suiton; Jutsu de água
²: Anbus Médicos
³: Kage da Areia, habita em Suna. (Gaara)



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