Existem 3 tipos de pessoas no mundo:

As que enxergam plenamente todas as cores do mundo, as que veem em preto e branco e as que não veem cor alguma.

O primeiro tipo de pessoa raramente se concentra no que importa e constantemente não toma posição alguma. Não tem capacidade de simplificar o mundo. Tudo gira sozinho, independentemente de qualquer vontade. Para vivermos, devemos nos misturar com as novas cores.

O segundo tipo não é capaz de inovar, vivendo num eterno loop que menospreza a capacidade de variação da vida. Conceitos como “bom” e “mau” são definidos e quantificáveis de forma irreal. Ninguém tem uma segunda chance.

Eu sou o terceiro tipo de pessoa. Eu vejo a tela em branco que minha vida é, analiso as infinitas possibilidades para criar minha própria falta de padrões. Não existem barreiras para os sonhadores exceto as que eles mesmo criam. Não existe morte para os deuses. Não existe danação maior do que a autodestruição.

Não há salvação para garotos que escrevem durante a madrugada, quando toda sua essência está em seu ápice.

Minha tela em branco.

Eu me vejo no espaço. Estou flutuando no infinito vazio, mas de mundos e de maravilhas além da reles imaginação humana. Eu vejo os Pilares da Criação, o lugar os deuses nascem e moram por toda eternidade. Quero tocar, sentir o aglomerado de vida sendo absorvido por cada uma das minhas células.

Eu sou a tela. Eu sou o artista. Eu sou o pincel. Quer ser minha obra de arte?