Chances escrita por Lady Nara


Capítulo 1
Capitulo 1




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Shikamaru entrou no quarto completamente desesperado, rezando para que ainda tivesse tempo e a encontrou esvaziando uma gaveta.

- O que você está fazendo? - ele perguntou ofegante pela corrida de outrora.

Quando Ino disse-lhe que Temari estava fazendo as malas para voltar à Suna, ele havia largado tudo e corrido até o apartamento dela.

- O que parece que estou fazendo? - ela respondeu sem olhá-lo. Fechou a pequena bolsa com seus pertences e a colocou nas costas.

- Você não pode fazer isso. - ele falou aproximando-se dela.

- Você não vai me impedir. - ela foi firme. Ele segurou a mão dela, no entanto ela se desvencilhou.

- Por que está indo? - a voz dele tinha um tom decepcionado.

- Você sabe o porque. - ela retorquiu. - Eu faço o impossível para estar aqui e nos últimos tempos isso não tem significado nada para você.

Ela estava magoada com ele, decepcionada era o termo certo. Sabia que ele também estava receoso do passo que ambicionaram, contudo surpreendera-se com o final desastroso da história.

- Isso não é verdade! - ele se exasperou um pouco, mas em seu intimo sabia que ela estava certa, ao menos em partes. Ele havia sido irresponsável e idiota e agora a estava perdendo.

- Ao menos me deixe explicar. - ele pediu. Queria contar-lhe tudo o que vinha lhe acontecendo, mas sabia que ela não o ouviria agora.

- Não há explicações para isso. - ela fez menção de sair do quarto, entretanto ele a impediu.

Segurando-a pela cintura ele prensou seu corpo contra o dela e a guiou até a parede mais próxima. Segurou no queixo dela para que ela pudesse ver que ele dizia a verdade, no entanto ela desviou os olhos.

- Eu não queria magoar você. - ele sussurrou e ela bufou em resposta.

- Mas magoou. - ela não queria expor suas emoções, não queria que ele a visse vulnerável, porém estava esgotada.

- É difícil para você compreender que eu estou arrependido? - ele lhe perguntou com a voz branda, quase chorosa.
Ela finalmente ergueu os olhos para fitá-lo; ele estava quase tão aflito quanto ela, constatou.
- Agora é demasiadamente tarde para arrependimentos. - ela respondeu. Sua voz soara mais baixo do que ela desejava, contudo isso não a abalou.
Ele continuou observando-a, analisando cada gesto, cada reação, cada mínimo detalhe dela, buscando incansavelmente pelo menor sinal de que ainda teria uma chance, porém não havia resquício de hesitação nos olhos dela.
- Eu não vou desistir de você. - ele afirmou e percebeu que o corpo dela tremeu levemente, fosse pela proximidade de seus corpos ou por suas palavras, ele não saberia dizer.
Os olhos dela ficaram marejados, no entanto ela não permitiu que nenhuma lágrima caísse. A tristeza nos olhos dela era palpável, faltavam-lhes o brilho de outrora, agora encoberto pelo sofrimento que deles transbordava e isso quase o matou.
- Você não entendeu ainda? - ela suspirou cansada. - Você já desistiu. - a mão dela subiu até o peito dele e permaneceu parada lá. - É por que você já desistiu que estamos nesta situação, e eu estou indo embora agora.
As palavras dela atingiram-no como se fossem socos e ele aliviou a pressão que fazia contra o corpo dela, lentamente libertando-a daquele abraço forçado. Ela quebrou o contato visual entre eles e saiu sem dizer nada.
- Eu amo você. - ela estancou ao ouvi-lo, já próxima a porta de saída, mas não olhou para trás; tendo o silêncio dela como resposta, ele continuou. - Não se esqueça disso.
Ela meneou a cabeça negativamente e encolheu os ombros, permitindo-se respondê-lo.
- Não complique as coisas. - ela pediu com a voz embargada. - Para nenhum de nós.
- Você ainda me ama. - não havia sido uma pergunta. - Por que não nos da mais uma chance?
- Eu já dei muitas. - ela respondeu depois de um momento presa num silêncio esmagador. - E eu não suporto mais. - admitiu.
Antes que ele pudesse responder, ela saiu, finalmente permitindo-se chorar. Sabia que o amava, sempre o amaria, mas estava cansada. Jamais o esqueceria, disto ela tinha certeza. O amava com todas as forças, contudo precisava de um tempo para si mesma agora.

Aquele amor - mesmo correspondido - não era o suficiente, não agora. Ela lutara contra tudo e contra todos para que fosse, mas não o era, porque ela lutara sozinha.

No final ela percebeu que apenas se torturou, ela mesma havia sido sua carrasca; entretanto jamais teria esperado aquela atitude dele. Chorou ainda mais; quantas vezes implorara por qualquer atitude, qualquer sinal, que veio tardio demais.

Agora não importava mais, ela estava dando uma chance a si mesma.


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha ficado confuso, hehehe
E comentem o que acharam, beijos ♥



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