é Possível Um Amor Recomeçar? escrita por Trezee
Notas iniciais do capítulo
Voltei a postar ^^
- Como?
Eu não queria ouvir o que me disseram. Mentira. MENTIRA!
Minha reação mais idiota foi tacar o celular na parede. Mas e daí? Dane-se... É só um maldito celular que só conseguiu me trazer uma maldita notícia.
E eu não conseguia pensar em mais nada. Fabricar pensamentos nunca foi meu forte, principalmente em momentos difíceis. Em momentos em que uma pessoa normal estaria desesperada, rodeada de lágrimas, abraços e lenços de papel. Momentos em que uma pessoa normal correria até o armário buscando uma camisa polo preta, estaria revirando a agenda telefonica para avisar os amigos mais próximos ou então apenas tomaria um banho frio pra se certificar que sonhos ruins podem sim se tornarem real.
Sorte que eu havia deixado de ser uma pessoa normal há algum tempo. Passar por certos eventos sobrenaturais quando menino realmente afetam as emoções, os sentimentos...
Sentimentos. Coisinha inutil de se ter. Na verdade não tão inutil quando realmente há alguém que vale a pena. No entanto é bizarra a minha capacidade de perder as pessoas. Talvez inutil seja eu. É, é isso.
E depois que a sensação de inutilidade entrou na minha cabeça, nada mais me fazia tirá-la de lá. Que praga. Que baixaestima... ‘baixaestima’, isso lá existe? Bem, acabei de inventar. Eu estava com uma baixaestima relâmpago que era fruto da minha pseudo dor... Não, não, da minha dor de verdade. Afinal doia, não doia? Muito, por sinal. Eu que não sabia lidar com isso, com a droga da morte que é uma constante em nossas vidas.
Pensando assim fui para o enterro daquele que me criou, que cuidou de mim quando criança. Eu chamava-o carinhosamente de Badô. E ele não era um mordomo, como todos pederiam pensar. Ele era um amigo, um confidente... que me chamava de senhor. Como pode?
A tarde não estava nem um pouco típica para um enterro. Estava bonita de mais...
Eu só queria voltar para casa e ficar lá, largado sobre um sofá, olhando para o teto e curtindo aquela sensação irregular que fora implantada dentro de mim. E não passei vontade.
Finalmente terminei essa droga de dia que de bom não teve nada...
- Ai Meu Deus! TEVE sim! – levantei pulando do sofá e catando meu despertador. Já eram duas da madrugada. Tarde de mais.
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