Color of my blood escrita por Sahhh


Capítulo 1
Perdida


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ♥



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Acordo com a luz do sol penetrando meus olhos.

Levando-me rapidamente para analisar melhor o lugar.

Meus olhos estão ardendo. Esfrego-os e acabo me acostumando à claridade.

Ao abri-los novamente deparo somente com areia, areia e mais areia.

Onde estou? Pergunto a mim mesma.

Eu não devia ter-me intrometido naquela briga, mas aconteceu tudo muito rápido, em um piscar de olhos eu já estava no colo do rapaz e ele me lançou numa parede acinzentada. E agora estou aqui, no meio do nada.

E se aquele cara soube-se oque eu era? Mas é impossível porque não contei pra ninguém.

Há um ano eu tinha uma vida normal e ate um pouco chata, mais depois que eu fui mordida tudo mudou, a minha vida nunca mais foi à mesma, e a melhor parte foi que fiquei muito mais forte e conseguia escutar tudo, mas eu não conhecia ninguém igual a mim. Fiquei mais ou menos um mês sendo uma beta. Na minha primeira lua cheia eu não conseguia me controlar, eu tinha sede de sangue, eu queria matar. Quando fui em direção ao metro, alguma coisa me parou, era uma pessoa igual a mim, mais um pouco evoluída. Ele me disse que não aguentava mais a sua vida e queria que eu o mata-se, pois estavam o caçando e não queria mais ficar fugindo. Eu estava possuída pela raiva e ele implorando. E então fiz oque ele pediu, sem hesitar. Depois que eu o matei senti algo diferente, algo bom, muito bom, me senti mais poderosa do eu nunca. No dia seguinte me toquei que ELE ERA UM ALFA, e diz à lenda que quem mata um alfa se transforma num alfa. Senti-me muito culpada por ter matado uma pessoa inocente e ainda me sinto. Eu não acreditava que eu tinha me tornado uma alfa, pois eu era uma Ômega.

Os alfas conduziam um bando, betas fazem parte do bando, ômegas eram os que escolhiam ficar sozinhos, e a maioria não sobrevive. Eu sobrevivi por um ano, pois não confiava em ninguém. E escolhi deixar minha parte lobo de lado e viver minha vida como uma menina normal. Ninguém desconfiou ate hoje.

Eu sou uma alfa sem bando. Considero-me uma ômega alfa.·.

E é agora que libero meu lado lobo, pois vou fazer tudo que tiver no meu alcance para sobreviver.

Tenho que me concentrar no agora, pois o futuro depende do que fazemos no presente.·.

Preciso encontrar uma caverna ou uma casinha. Preciso de algum lugar para ficar se não vou torrar em baixo desse sol.

Tiro minha blusa e a seguro encima da minha cabeça para que o meu couro cabeludo não queime.

Meus olhos ardem por culpa da areia, acho que envolta estão pretos por que eu tinha passado rímel. Mas não tem problema, pois estou sozinha aqui mesmo.

Não consigo parar de pensar. Por que estou aqui? Quem me, pois aqui? Será que estou sozinha nesse lugar? E se eu não achar um lugar para ficar vou morrer em baixo desse sol escaldante, e morrer de fome se não conseguir algo para comer?

Samantha se concentre em ficar viva, e tire esse “e se” da sua cabeça! Ordeno para mim mesma.

Depois de andar por três horas sem sucesso algum meus pés começam a latejar, e começo a gemer de dor.

O sol esta se pondo e preciso descansar.

Acomodo-me na areia tirando meus tênis para fazer de travesseiro. Sinto uma brisa fria me arrepiar dos pés a cabeça. Pego minha blusa e coloco-a em cima do meu corpo para ela se formar um cobertor pequeno.

Sinto-me meio desconfortável por causa do meu tênis, mas acabo me acostumando, e não demora muito para adormecer.

Estou parada de frente para uma criança que esta dormindo. Ela se parece muito comigo.

Um homem entra no quarto me fazendo ficar assustada.

- Sam?- chama ele tirando o cabelo castanho escuro da criança do rosto- Filha?

Ai meu Deus aquele só pode ser meu pai. Eu não me lembro muito bem dele, mas minha mãe vivia falando que ele era um ótimo homem.

Depois de muitas tentativas a menina acorda.

- Pai?- resmunga ela- Oque esta acontecendo?

- Samantha presta atenção em mim. – Ordenou - Eu quero que você seja forte! Eu te amo muito.

Meus batimentos cardíacos aceleram e as lagrimas rolam.

-Mas... – a menina foi interrompida.

Soldados vestidos de preto arrombam a porta fazendo com que a criança chore.

- Nos de a criança. – pedi um deles. – chegou a hora de ela vir com a gente.

Não deixo de notar seu chacha escrito CRUEL.

- Minha filha não vai ser mais uma de suas cobaias idiotas. – reclamou.

- Wil, pense bem, - falou o soldado. – se ela for conosco vai viver, caso contrario vai ser contaminada e morrera.

- Com certeza ela vai ficar a salvo comigo. - diz Will- E fale pra Ava Paige que vou encontra-la e depois vou mata-la.

- Se vai ser assim. Esta na hora do senhor se juntar a sua querida esposa- exclamou já com a pistola na mão.

Não tive tempo para raciocinar aquilo tudo. O soldado apertou o gatinho. A menina gritava e chorava sem parar ate que ela desmaiou no colo de um deles.

A li estou eu, parada de frente para meu pai que esta morrendo, e eu não posso fazer nada.

Caminhei em direção ao corpo. Ele ainda esta consciente.

-Pai... – resmungo colocando minha mão sobre sua testa fria.

Tento segurar sua mão mais não consigo, pois ela ultrapassa a dele como se eu fosse um fantasma. As lagrimas rolam sem parar. Ele esta suando muito e respirando com dificuldade. Consigo ouvir seu coração bater. Seus batimentos cardíacos estão cada fez mais fracos.

Coloco minha mão sobre seu ferimento que esta um pouco acima de sua barriga.

- Samantha... – sussurra ele.

Entro em choque, mas fico quieta, pois sei que ele não vai me ouvir.

- Seja, seja... – Seu coração esta parando.

- FORTE.

Seus batimentos pararam.

Foi um tiro no escuro.

*

Acordo assustada, olho meu relógio e são 22:00 em ponto.

Ao levantar minha cabeça avisto pessoas paradas na minha frente. Muitas delas não possuem nariz oque já é bem estranho, outras não tem os dedos das mãos.

Ficamos nos encarrando um bom tempo mais decido quebrar o silencio.

- Olá. – minha voz falha. – Quem são vocês?

- Você é meio curiosa não?- pergunta um deles.

Consigo sentir seu hálito podre.

- Não é que sou curiosa. – respondo já impaciente. – Eu acho que não é normal eu acordar e deparar com um monte de gente me encarrando, você não acha?

Eles olham uns para os outros como se estivessem conversando mentalmente.

- Nos somos Cranks. – uma mulher se manifesta – e querida nos vamos de matar.


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Notas finais do capítulo

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