A Filha do Mar escrita por A OLD ME
– Pai?
Todos olharam para a porta quando essa palavra foi dita, parados na entrada estavam Percy e Tyson
– O que aconteceu com você? – continuou ele confuso com a aparência de nosso pai.
Tyson balançou a cabeça em negativo e deu uma cotovelada em Percy eu tive que segurar o riso e olhei para Anfitriate que parecia estranhamente desconfortável.
– Desculpe minha aparência Percy, mas a guerra é dura.
– Mas você é imortal, pode aparentar o que quiser. – ele responde como uma criança insistente.
– Eu aparento o estado de meu reino e esse é o estado de meu reino agora. Mas deixemos isso de lado, deveria lhe apresentar... O que acabou de sair é meu tenente, Delphim. Essa é err... minha esposa Anfitrite, minha querida...
Ela olhou para Percy por um segundo e depois voltou para mim e se suavizou, algo em Percy a incomodava e eu queria saber o que era.
– Com licença meu Lord. Delphim precisa de mim na batalha. – e saiu.
– Bem e esse é Tritão. Meu outro filho.
– Filho e herdeiro! – disse ele mais uma vez – Veio finalmente ajudar Perceu!
– Como posso ajudar? – Percy foi logo dizendo.
Tritão riu e se retirou.
– Desculpe por isso Percy, eles estão meio ansiosos.
Somente nós quatro restamos ali eu corri para Percy e o abracei.
– Seu idiota, cabeça de alga! Porque não me mandou uma mensagem de íris antes de ir nessa missão maluca? Eu poderia ter ajudado...
– Não a fazer você voltar naquele maldito navio! Sei o que passou lá.
– Exatamente por isso devia ter me alertado.
– Me desculpa... – ele diz com os olhos marejados. – Charlie..
– Eu sei irmão... Mas ele jamais sairia daquele lugar sem concluir a missão, Charlie era assim, ele é um, ele foi um guerreiro bravo, mas agora está em paz, longe de todo o mal.
Eu o abracei novamente e sussurrei. “Pare de se culpa”. Ambos sabíamos que ele estava fazendo isso desde que saiu do navio, é o que fazemos, colocamos a vida dos outros antes das nossas e quando não conseguimos salva-los... Bem, você não gostaria de ser alguém do chalé três com uma profecia nas costas nesse momento.
Começamos a falar da batalha, Percy parecia não acreditar em tudo que estava acontecendo ali, mas apoiava papai e queria ajudar de qualquer forma. Depois papai fez ele contar tudo que havia acontecido na missão, eu me senti mal por Percy e me senti mal por escutar os últimos minutos de Beckendorff, queria sair dali mas me mantive forte e firme. Tyson me deu a mão por baixo da mesa. Ele havia ficado amigo de Charlie também os dois adoravam falar das suas ideias.
– Percy, ele escolheu o seu destino, Beckendorf escolheu uma morte heroica você não tem culpa nisso. Ele nos ajudou muito, ganhamos tempo e muitos foram destruídos.
– Mas Cronos continua vivo! – Percy gritou com raiva, mas percebendo se recompôs rapidamente. – Haviam meio-sangues naquele navio... – a voz dele falhou.
– Percy, você tentou avisa-los, alguns podem ter ouvido... – papai o consolou com a mão em seu ombro – De uma forma ou de outra escolheram seu destino, não se culpe por coisas que você não pode controlar.
– Não estavam com Cronos porque queriam, sofreram lavagem cerebral. E agora estão mortos enquanto Cronos continua seu plano e nós? O que ganhamos? tempo? Devo me consolar com isso enquanto minha família e amigos morrem?
– Percy... – Tyson e eu sussurramos enquanto nos aproximamos dele levantando da mesa.
Ambos o abraçamos e ele parece tremer de raiva mas se deixa relaxar e chora em nossos braços. Eu olho para Poseidon. Ele parece sem saber o que fazer, sabe que o que Percy disse era verdade, só havíamos ganhado um pouco de tempo.
– Percy, você verá que o sacrifício dele não foi em vão... Quando voltar para o acampamento Quiron irá explicar melhor o que isso nos rendeu.
– Voltar? Mas...
– Você sabe que seu trabalho é em outro lugar Percy... – papai disse olhando para mim em busca de ajuda.
– Papai está certo Percy, o acampamento precisa de nós, você sabe que a batalha final não será no fundo do mar.
– Volte e diga a Quiron que está na hora da profecia.
– Mas e se essa for a decisão...
– Percy por favor... – papai repousou a mão no ombro dele – Não sei qual é a grande decisão mas sei que sua luta é no mundo acima. E lembre que terá que guardar para si, não fale no acampamento sobre a guerra e a profecia, Cronos sabia seus planos, vocês tem um espião.
– Vou sentir sua falta irmão. – Tyson disse abraçando a Percy e me puxou junto – e sua também mana.
– Nós também vamos Tyson.
– Filho você também tem um trabalho a fazer...
– Sim pai. – ele baixou a cabeça e saiu.
– Você deveria deixa-lo lutar, ele odeia ficar preso na sala de armas. Não consegue perceber?
– Já é ruim o suficiente mandar você e Marina para o perigo. Tyson é muito jovem, é meu dever protege-lo.
– Você deveria confiar nele e não protege-lo.
– Oceanus está se aproximando, devo encontra-lo para a batalha. Vou aguentar Percy, não desistirei de nosso reino. – Me emocionei ao ouvir ele se referir como nosso – Lembre-se de guardar com você o presente que lhe dei e então com alguma sorte nos veremos no seu aniversário em uma semana. – ele sorriu – Vá filho, devo assumir minha forma de Deus. Boa sorte.
Eu parei encarando papai e Percy percebeu que precisava de um minuto.
– Vou te esperar lá fora Mari. – ele falou e eu agradeci.
– Papai... Tem certeza?
– Sim filha, você deve cuidar dele Marina, mas não esqueça de se cuidar minha preciosa filha. – ele falou e então me abraçou.
– Até semana que vem papai.
– Até semana que vem minha princesa.
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