Tempestade larga Eret mas ela pousa bem encima dele e Astrid desse de seu dragão.

–Aí! Eu já trouxe você aqui. Agora tire essa coisa de cima de mim - Eret fala quando vê a Astrid se afastando com o seu marchado.

–Nunca tire um brinquedo de um dragão, você não conhece nada? - Resmunga e Tempestade pega um pouco mais de neve com as asas para aconchegar Eret melhor.

–Amador. – Resmungou Melequento.

–O que eu fiz para merecer isso? -Pergunta para si mesmo.

–Ei! Ele é meu! – Disse Cabeça-Quente virando-se para a Tempestade.

Astrid corre até uma parte onde dá para ver vários navios em volta de uma parte onde o mar está borbulhando.

–O quê que tem lá em baixo? - Astrid pergunta e Perna de Peixe pega do seu bolso, cartas dos dragões.

–Por que você anda com isso? – Perguntou Soluço. Perna-de-Peixe encolheu os ombros.

–Bolhas de grande diâmetro, pulmões imensos, é um habitante de água fria - Cita enquanto olha as cartas - Pode ser um Leviatã classe cinco, ou talvez, classe seis.

Tempestade percebe algo e voa, Astrid olha para trás para ver o que está acontecendo, mas homens com capas de urso, aparece e disparam dardos tranquilizantes nos outros três dragões.

–O que houve? - Perna de Peixe grita e eles correm até lá. Mas os caras com capas de urso apontam suas armas para eles e Perna de Peixe levanta suas mãos em sinal de rendição.

–Covarde. – Resmungou Melequento.

Stoico olhava inquieto para a tela sabendo do que Drago é capaz.

***

Drago observava as bolhas de ar no mar.

–Drago! - Eret grita amigavelmente - Me solta! - Diz para um capa-de-urso que o segurava - Como vai? Tá se aquecendo? Como pode ver eu cheguei bem a tempo com uma nova leva de dragões, como eu prometi - Fala enquanto o desarmam.

–Está acordando! - Grita um se referindo ao Dente de Anzol.

–O Dente-de-Anzol vai mostrar pra eles! – Exclamou Melequento.

–Soltem as cordas - Manda Drago. Dente de Anzol olha para ele e cospe fogo mas Drago se protege com sua capa, depois que o dragão desiste de tentar queima-lo, Drago pega uma lança e gira em torno da cabeça gritando, Dente de Anzol vai abaixando a cabeça e SangueBravo finca a ponta da lança no chão quando o dragão encosta a cabeça no chão, Drago põe o pé em cima de seu focinho.

Os vikings olharam assustados para a tela.

–M-mas como? – Gaguejou Melequento.

–Dente de Anzol! - Grita Melequento.

–Aí! -Grita Astrid tentando chamar a atenção de Drago - O que está fazendo?

–Você pertence a mim, agora! - Drago diz e alguns vikings gritam em aprovação.

–Mas... – Disse Soluço em desaprovação.

Ele percebe celas em cima dos dragões e Eret diz:

–E como um bônus, eu trouxe os cavaleiros, são cortesia.

–O que?! – Exclamou Soluço.

–O que? - Astrid fala indignada - Ta brincando comigo?

–Ele era tão perfeito. – Lamentou Cabeça-Quente.

–Você era tão perfeito - Cabeça Quente se lamenta.

–Acontece que tem um montão deles por aí - Eret completa e Drago envolve a mão dele pelo pescoço do mesmo.

–Quantos são?

–Então Drago não pegou o Soluço -Conclui Astrid.

–Parabéns Astrid! Você só tomou essa conclusão agora? – Perguntou Melequente, em seguida teve que se desviar de um espinho de Nadder Mortal.

–Quantos são? - Repete mais irritado e fazendo mais força em torno do pescoço de Eret.

–Centenas. Uma ilha cheia - Astrid responde.

–Boa estratégia... – Comentou alguns vikings.

–Eu não me preocuparia - Eret tenta falar, mas Drago força ainda bem o aperto - Os meus homens estão caçando ele agorinha. Eles não vão encontrar o seu esconderijo, isso eu prometo.

–Vão sim! - Astrid retorna a falar e se aproxima de Drago, que solta o pescoço de Eret - Estamos desaparecidos e eles tem dragões rastreadores. Se encostar um dedo na gente, o Soluço vai...

–Soluço? -Drago pergunta.

–Ele não é problema, confie em mim - Eret fala com a voz engraçado pela falta de oxigênio.

–Ele é só o filho de Stoico, o Imenso, - Astrid continua - herdeiro do trono de Berk e ele é o melhor treinador de dragões que esse mundo ja viu.

–É assim que você descreve o Soluço, hein Astrid? O melhor? – Brincou Cabeça-Dura rindo com sua irmã. Astrid encolheu os ombros, corando como Soluço sorriu com o jeito que ela o descrevia.

–Treinador de dragões? -Questiona Drago - Eu, sozinho, controlo os dragões.

–Não - Melequento respondeu.

–Foi mal - Cantarolou Perna de Peixe e os Cabeças riram.

Os vikings riram. Mas Stoico pensou que aquilo era suicídio.

–E ao menos que você nos solte agora, ele vai vir aqui com seu Fúria da Noite e vai deixar toda essa sua frota em pedaços.

Alguns vikings gritaram em acordo. Soluço se encolheu e corou um pouco segurando a mão se Astrid mais forte.

–E aí vão chorar que nem bebezinhos - Cabeça Quente fala e Perna de Peixe e Melequento riem.

–Linda e engraçada -Melequento elogia.

–Boa, deusa - Perna de Peixe diz.

–Porque os nenens sempre choram -Cabeça dura provoca - Os bem pequenininhos.

–Que idiota... – Resmungou Cabeça-Quente.

Drago fica irritado e pega novamente o pescoço de Eret.

–Primeiro era um só, agora, toda a Berk, e você os trouxe até mim - E o joga pra longe.

–Drago! - Chama Eret, mas é ignorado.

–Interrompam todos os preparativos, precisamos atacar o covil desses cavaleiros de dragões, vamos matar o seu alfa e depois vamos tomar Berk! -Vários vikings gritam em entusiasmo.

Todos olharam horrorizados para a tela, mas a pior cara foi de Stoico.

–O que?! – Exclamou Astrid em voz baixa, o suficiente para apenas Soluço ouvir. Ele deu um aperto reconfortante em sua mão.

– Acabem com ele - Manda se referindo a Eret e eles se viram até ele mas quando começam a lançar armas contra ele, Tempestade aparece e o protege com as asas, atacando com sua cauda, mas alguém a atinge com um dardo tranquilizante e ela cai.

–Tempestade! Não! - Grita Astrid se debatendo contra um dos servos de Drago para tentar ajudar a amiga.

–Tempestade... – Murmurou Astrid, chateada consigo mesma.

***

Soluço ajeita sua armadura enquanto os bebês dragões irritam o Banguela.

–Olha, amigão. Não podemos esperar Drago vir atacar esse lugar. Temos que acha-lo antes -Banguela rugi para espantar os filhotes mas um continua mordendo sua cauda, ele rosna e soluço ri.

Alguns riem das travessuras dos bebes dragões.

– Vamos lá - Alguém tampa sua boca e Banguela rosna mas para ao ver quem o fez.

–Calminha -Stoico diz.

–Você está brincando? Como entrou aqui?

–Da mesma forma que nós vamos te tirar.

–Nós? - Soluço pergunta ao ver ninguém além de seu pai ali, mas Bocão aparece:

–Barra limpa - Ele diz nos chamando.

–Banguela, vem! - Stoico diz puxando Soluço pelo braço.

–Espera, pai. Eu preciso de contar uma coisa.

–Conta no caminho.

Stoico olhou indignado para si mesmo que não ouvia seu filho falar na tela.

–É, mas não é uma coisa que "se conta no caminho" - Soluço tenta falar mas é mais uma vez cortado.

–Já ouvi demais, Soluço.

–É mais do tipo que vai abalar seu mundo!

–Ele nunca escuta... – Resmungou Soluço.

–Coloca lá na fila - Stoico diz passando por uma parte estreita pelo caminho de pedras.

–Pai, ao contrário da maioria das notícias que eu te conto, dessa você vai gostar, eu prometo -Banguela tenta passar pela parte estreita mas fica engatado, ele gira a cabeça e passa.

Metade do salão dá risadas abafadas.

– Mas você vai ter que lidar com ela com muita calma - Stoico para ao ver Bocão paralisado.

–Do jeito que ele é, vai precisar mais do que calma. – Comentou Bocão.

–Hã... Acho que você vai querer resolver essa parada - Fala e toca amigavelmente no ombro de Stoico que pega a espada.

–Ótima maneira de reencontrar sua esposa... – Brincou Gosmento.

–Hã... Pai? Você poderia largar a espada, por favor?

Stoico para no momento em que vê Valka parada, viva, olhando para ele. Ele larga a espada e tira o elmo admirando a visão a sua frente.

–Eu sei o que você vai dizer, Stoico - Valka começa - Como eu pude fazer isso? Sumir por todos esses anos? Por que eu não voltei para você? Por nosso filho?

Todos assistiam a cena temendo a reação de Stoico, principalmente Soluço.

– Stoico começa a andar em sua direção - Mas que sinal você me deu que poderia mudar, Stoico? Que qualquer pessoa em Berk poderia? Eu pedi tantas vezes para que dessem um fim nas lutas - Stoico continua a se aproximar - Que dessem um outro jeito, mas algum de vocês me ouviu?

–Por isso eu nunca casei. Isso e por outra coisinha - Comenta Bocão.

–Argh! Tem crianças aqui Bocão! – Protestou Melequento.

–Sei que te deixei e você criou o Soluço sozinho, mas e achei que ele ficaria melhor sem mim - Valka começa a andar para trás, mas uma parede de gelo a impede e Stoico fica bem perto dela - Eu errei, agora eu vejo isso, mas... Pare de ser tão estóico, Stoico. Vá em frente, berre, grite, diga alguma coisa - Stoico toca na bochecha da mulher a sua frente:

–Você está tão linda quanto no dia em que eu te perdi.

Stoico aproxima o seu rosto até eles se beijarem.

–Gente, que lindo! – Fala Bea ao meu lado.

–Da onde vocês surgiram?! – Perguntou Bocão assustado.

***

–Dá para esse dia piorar? - Reclama Melequento.

Todos olharam preocupados com os jovens na tela.

–Hã...deixa eu ver. Pular nessa água fria e morrer afogados - Observa Cabeça Dura.

–Ótima maneira de morrer... – Resmungou Melequento.

–Parece tão refrescante - Comenta Eret - Por favor, primeiro as damas - Fala se virando para Astrid que se debate nas mãos do servo de Drago.

Soluço aperta mais forte a mão de Astrid.

–Você é um monte de estrume de Dragão - Ela xinga.

–Ela fala isso dele, mas o Soluço é o maioral, né Astrid? – Perguntou Cabeça-Quente com malicia. – Além disso... fez bem, por que ele é meu!

–Abaixa - Eret adverte e por instinto, ela obedece, ele dá um chute na cabeça dos servos ele pega uma lança e corta as cordas que prendiam suas mãos.

–Alertem os outros! -Grita um.

–Eret nos salvou! – Exclamou Cabeça-Quente animada.

–Detona eles, filho de Eret! - Cabeça Quente fala. Eret começa a lutar. Derrubando uns com armas e em um pegou um dos dardos tranquilizantes e jogou nele.

–Ta legal, me conquistou de novo - Cabeça Quente fala e Melequento olha indignado para ela.

–Cara, que patético, pula no mar - Diz Cabeça Dura para ele.

–Ciúmes! – Gritou alguém em meio aos vikings.

–Então vamos salvar seus dragões e sair daqui ou não? - Eret fala para Astrid que assente.

–Sinto que alguém está afim da Astrid. – Comentou Perna-de-Peixe. Soluço puxa a mão de Astrid para mais perto.

–O Soluço ou o Eret? – Riu Melequento.

–Chequem as armadilhas, estão por todo o lugar.

Astrid passa por uma cortina e gira uma engrenagem usando ela como apoio para subir.

–Batatão? - Fala quando ela sobe e vê a Gronkle amarrada.

–Ufa! – Suspirou Perna-de-Peixe abraçando a Batatão.

Eret faz a mesma coisa com a engrenagem mas Cabeça Quente está perto dele.

–Tem alguém vindo? -Ele pergunta.

–Sei lá. Faz isso aí que tá bom, não para não, gato.

–Que pedaço de céu... – Babou Cabeça-Quente fazendo seu irmão gemer.

–Ciúmes! – Gritou o salão inteiro.

Mas ele para e sobe vendo Tempestade amarrada, ele estende a mão quase tocando no chifre dela.

–Obrigado, por salvar a minha vida - Ele agradece e ela encosta o focinho na mão dele

– Agora me deixe retribuir o favor.

Astrid olhou meio desanimada para a tela, vendo sua melhor amiga com o cara que tentou entregar eles a minutos atrás. Tempestade percebeu o desconforto de sua amiga e a cutucou com o chifre. Astrid sorriu e acariciou sua cabeça.

–Bem... – Disse Bocão. – Temos mais gente do nosso lado...