–Vem Batatão! – Gritou Perna-de-Peixe como ele e os outros voavam.

Gothi pega um dos Terrores do chão, mas a gangue voa perto demais e espanta todos eles deixando Gothi revoltada.

Gothi bateu seu cajado na cabeça de Melequento.

–Eaí, como vai? – Perguntou Stoico cumprimentando os vikings. – Oi Gosmento, boa corrida. – Gosmento geme e ignora o comentário fazendo Stoico rir.

Os vikings riram como Gosmento bufou e afundou em seu assento.

– Opa! Desculpe senhora! – Desculpa ele quando quase se esbarra numa viking. – Algum sinal dele? – Perguntou ao Bocão.

–Ele deve ter voado até o fim do mundo a essa hora. – Comenta o ferreiro. – Tem certeza que quer aquele garoto comandando a aldeia? Você pode atrasar a sua aposentadoria!

–Obrigado por apoiar a minha capacidade Bocão. – Resmungou Soluço.

–Ele está pronto! Você vai ver! – Garantiu Stoico. – Hahaha! Ali está ele! O orgulho de Berk! -–Exclamou ele quando Soluço e Astrid pousaram com Banguela e Tempestade.

–E finalmente decidiu aparecer pra trabalhar! – Reclamou Bocão.

–Desculpa. Me atrasaram! – Disse Soluço.

–A Astrid ou os caçadores? – Brincou Cabeça-Quente fazendo seu irmão rir.

Soluço e Astrid deram um olhar de morte para os gêmeos.

– Pai? Eu posso falar?

–Alguma coisa ta se coçando pra me contar? – Perguntou Stoico.

–Olha, não é o tipo de coceira que você ta imaginando, mas sim.

–Bom rapaz! Agora lição Um! O primeiro de um líder é com o seu povo! Então, 41! – Chamou Stoico.

–Pai, a gente pode falar em particular rapidinho? – Insistiu Soluço, mas não foi ouvido.

–Pelo jeito as coisas não mudaram tanto... – Comentou Soluço cruzando os braços.

–Quarenta...

–Sou eu! Eu sou o próximo! – Gritou um viking se aproximando.

–Pai, se a ente pudesse conversar...

–Eu estou na frente! – Interrompeu o viking. - Eu to aqui a um tempão! Ta bom! Ta bom! Eu quero uma dessa selas altas com muitos adereços e um compartimento grande para carga.

–Com certeza! É pra já senhor! – Disse Stoico.

–Pai, o assunto na verdade é um pouco mais importante do que fazer selas.

–Hã hã. Lição Dois! Nenhuma tarefa é pequena quando se trata de servir ao seu povo! – Exclamou Stoico alegre e desviou do dragão do Bocão que estava dormindo no chão.

–Bocão tem um dragão?

–Pai, pai, espera! – Chamou Soluço inutilmente seguindo seu pai.

–Ah! Você deixou a forja apagar de novo! – Reclamou Bocão ao seu dragão que cuspiu fogo explodindo a forja fazendo Soluço dar um pulinho pro lado.

–Que pulo foi esse? – Riu Melequento com os gêmeos. Soluço revirou os olhos e olhou para Astrid e viu que ela sorria um pouco.

–Até você?!

Bocão puxou uma corda e água caiu sobre o fogo.

–Já chega! Você vai pra adoção!

–Ele tinha um dragão. – Riu Cabeça-Dura.

–Pai. – Stoico não escutou e pegou umas ferramentas. – Pai é sério.

–Pegue umas também. – Insistiu Stoico.

–Eu preciso realmente contar pra você dessa terra nova que a gente descobriu. – Continuou Soluço.

–Mais uma? – Perguntou Bocão.

–Com dragões novos? – Perguntou Perna-de-Peixe entusiasmado.

–Perna-de-Peixe sendo Perna-de-Peixe... – Comentou Astrid.

–Isso é ruim? – Perguntou Perna-de-Peixe para Soluço que negou lentamente.

–A gente não ficou lá pra saber. Os habitantes não foram um dos mais amigáveis não. – Disse Soluço.

–Ah, é sério? O seu Fúria da noite e um Nadder Mortal não deixou eles aplaudindo nos telhados? – Brincou Bocão.

–Não. Foi bem diferente. Não teve ne um pouco daquele corre corre padrão que eu gosto tanto. – Respondeu Soluço desenhando a sela no couro. – Esses caras, eram caçadores... caçadores de dragões.

–Deviam ter visto o forte deles. Todo detonado e preso em espetos de gelo gigantes, muito estranho! – Exclamou Astrid.

–Tudo é estranho pra você Astrid. – Disse Soluço e recebeu uma cotovelada nas costelas. – Ok, eu mereci isso.

–Eu nunca vi nada igual aquilo. – Concordou Soluço. – E o pior de tudo foi que eles pensam que foi a gente.

–Olha, vocês dois iram parar em uma encrenca séria um dia desses. Nem todo mundo gosta desse tipo de vida. – Disse Bocão.

–Eu gosto! – Disse Cabeça-Dura levantando a mão.

–Eu também! – Concordou sua irmã.

–Porque eu não estou surpresa por isso? – Perguntou Astrid em voz baixa:

–Nem você e nem eu. – Disse Soluço.

–Verdade! Bocão está certo nisso filho! Melhor ficarmos na nossa. – Concordou Stoico. – Além disso, você tem coisas mais importantes pra fazer. – Disse ligando a serra. – Quando fizermos o grande pronunciamento! – Exclamou feliz. Soluço desligou a serra.

–Eles estão criando um exército de dragões. – Explicou Soluço chamando atenção de quem estava por perto. – Ou pelo menos o cara para quem eles trabalham está, é... Dagur Sanguebruto, uma coisa assim.

–Eu vou dar na cara dele se ele tentar pegar o meu dragão! – Exclamou Cabeça-Dura.

–Ou o meu! – Disse Cabeça-Quente.

–Você é uma boboca! – Disse seu irmão.

–Mas é uma boboca linda. – Disse Perna-de-Peixe.

–É. – Concordou Melequento.

–Ainda não acredito que eu gosto da Cabeça-Quente... – Resmungou Melequento.

–Nem eu... – Disse Perna-de-Peixe lembrando de uma certa morena...

–SangueBravo, Drago SangueBravo? – Perguntou sombriamente Stoico.

–Você conhece ele? – Perguntou Soluço.

–É! Peraí... conhece ele? – Perguntou Soluço confuso.

Stoico e Soluço desciam as escadas correndo seguidos por Bocão e Astrid.

–O que tá acontecendo? – Perguntou Perna-de-Peixe.

–Todos os dragões no chão! – Gritou Stoico. – Abaixem os portões! Fechem os portões de tempestade!

–Peraí! Peraí! O que tá acontecendo? – Perguntou Soluço confuso.

–Ninguém fica com um dragão fora dessa ilha sem a minha autorização! – Gritou Stoico.

–Só porque um cara que você conheceu tá armando confusão numa ilha distante? – Perguntou Soluço.

–Porque Drago SangueBravo é um louco! Sem consciência ou misericórdia! Se ele criou um exército de dragões... que os deuses nos ajudem. – Disse Stoico. – Coloquem eles nas jaulas! Andem!

–Ele é tão perigoso assim? – Perguntou Soluço.

–Acredite em mim filho, é sim. – Disse Stoico.

–Então vamos voltar pra lá. Nós vamos seguir os caçadores até o acampamento e tentar falar com ele. – Explicou Soluço.

–Não. – Negou Stoico. – Vamos fortificar a ilha.

–É nosso dever manter a paz! – Insistiu Soluço.

–A paz acabou! – Respondeu Stoico. – Vou te preparar pra guerra.

–Guerra?!

Os vikings começaram a entrar em pânico, logo o caos havia tomado conta no Grande Salão.

–CHEGA! – Gritou Stoico. – Apenas vamos continuar assistindo!

–Guerra?! Pai, se o Drago vai vir atrás dos dragões, nós não podemos ficar aqui sem fazer nada. Vamos encontra-lo e faze-lo desistir! – Explicou Soluço.

–Não. Algumas pessoas não desistem Soluço. Você tem que preocupar com Berk. Um chefe protege os seus.

–Nem com vinte anos de idade e com ele querendo me nomear líder, meu pai não me escuta. – Reclamou Soluço.

–Soluço, Drago é um louco sanguinário, é ele que não escuta ninguém! – Disse Stoico.

Soluço olhou para Banguela na sua frente.

–Soluço, não vá! – Pediu Astrid.

–Eu tenho que fazer isso! – Ele então beijou a sua bochecha e montou no Banguela

–Ae Soluço! Vai pra guerra e não se esquece da namorada! – Exclamou Cabeça-Dura. Soluço e Astrid coraram evitando o olhar do outro e podia se ouvir alguns vikings torcendo pelo casal.

–Soluço! – Gritou Stoico quando viu seu filho voando.

–Vamos lá! – Exclamou Soluço, assim ele e Banguela estavam fora.

Astrid e Tempestade seguiram os dois e saíram na hora “h”.

–A Astrid também não se esquece do namorado! – Exclamou Cabeça-Quente. O casal corou novamente.

–SOLUÇO! Astrid! – Os dois trocaram um breve olhar e engoliram seco.

–Já era...