Parte 2

Eu cheguei ao Monte Olimpo com Ártemis logo atrás, no caminho treinei minha mente para pensarem em como foi bom essa experiência e em como estava feliz em voltar para o Olimpo, me olhei no espelho e modifiquei minha expressão para permanecer com um leve sorriso sem dentes e uma expressão impassível e ao mesmo tempo carinhosa.
Só fizera isso por que voltei hoje mais cedo ao Acampamento parecendo uma criancinha e Ártemis vivia me estudando. Eu voltei a usar uma túnica, mas desta vez era cinza brilhante, quase prateado. Soltei os cabelos que hoje caíam em ondas pelas minhas costas, ao invés de estar liso, devido ao tempo em que ele ficara preso.
Resolvi mudar e puis pequenos brincos de ouro e prata em formato de lua minguante. Eu testara meu poder a poucas horas atrás mesmo sem estarmos na época da lua cheia e descobri que eu já possuía controle nas noites de lua Cheia e Minguante, ao invés de só na época da cheia. Não precisava me arrumar nem passar maquiagem, minha pele estava quase brilhando, como uma verdadeira deusa.
– Esta muito bonita. – observou Ártemis.
– Obrigada, Ártie, eu quis mudar um pouco.
– Entendo.
Sorrio e entro em meu palácio, que era cinza tempestade por fora e dava uma sensação intimidadora. Mas, por dentro era aconchegante e convidativo. Abri a porta de ouro maciço e entrei na enorme sala branca. A garota Annabeth fez um ótimo trabalho com a reforma do Olimpo, tinha uma televisão de plasma grande e uma lareira com tijolos pretos. Sem contar o tapete preto que era fofo, e um sofá vermelho que ligava duas paredes. Tinha um quadro pendurado na parede com um desenho do Monte Olimpo original. Fui até a mesinha de canto e coloquei um pouco de néctar no copo de vidro. Bebi um gole e segui pra cozinha, com uma enorme mesa de mármore cinza, e tudo em aço inoxidável preto e uma geladeira duplex branca. Você deve estar se perguntando: Os deuses cozinham?
A resposta é não. Mas às vezes um lanchinho faz bem e não custa nada ter uma cozinha para comer. Suspirei e bebi outro gole do néctar, já seguindo para a escada, para ir ao quarto. Meu quarto tinha uma enorme cama king size com tantos travesseiros que era capas de um mortal se perder lá dentro e nunca mais ser encontrado, tinha também um guarda roupa embutido na parede em madeira polida preta com um enorme espelho que ia do chão até o topo da parede. Tomei o que restava do néctar e coloquei na cômoda em ouro imperial com um abajur que tinha ao lado da cama. Apaguei a luz do quarto e fechei a porta de ouro. Tirei minhas jóias e fiz um coque no cabelo. Fui até o banheiro que tinha atrás de uma porta do guarda roupa e me despi, ligando a banheira, entrei lá dentro. Tomei um banho relaxante com espuma de mais ou menos uma hora, lavei meus cabelos com shampoo de pêssego e cochilei um pouco. Por fim sai da banheira me sentindo revigorada. Passei um creme para hidratar minha pele e troquei de roupa, colocando um pijama que era nada mais do que um top e um short de flanela, saí do banheiro e me joguei na minha cama king size, caindo no sono rapidamente. Eu preferia ter ficado na banheira.