Open Wound escrita por littlelindy


Capítulo 16
Explorando terras sombrias


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Como vão? Vou deixar com vocês esse capítulo que, infelizmente, deve ter alguns errinhos por falta das mil revisões que faço kkkkkk mas explicarei tudo nas notas finais tudo bem? Boa leitura!



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Killian e eu fomos andando de mãos dadas até a delegacia. Alguns dias atrás, acharia estranho passear com ele assim, mas agora parece-me tão natural… é quase automático, como um reflexo. Assim que chegamos, David estava estacionando sua caminhonete e, então, entramos juntos enquanto eu contava-lhe sobre o envelope.

– E então eu pedi Belle para vir aqui com Gold hoje.
– Emma, você sabe que não pode interrogá-lo, não é? Você não tem nenhum título oficial e o caso está encerrado judicialmente… Gold é esperto. - David disse, sentando-se em sua cadeira.
– Eu sei, mas eu não chamei ele para interrogatório nenhum. Eu disse “peça que ele venha hoje, Belle”. E, se eu fosse tentar isso, eu deveria mandar alguma carta ou intimação, não?!
– É… até que você tem razão.
– Eu só sei que quero muito ver isso. Imagina a quantidade de patada que ela vai dar naquele babaca? - Killian brincou e, pelo olhar flutuante e o sorriso largo, julgo que ele estava imaginando a cena e se divertindo como nunca.
– Não é? Precisamos de camarote! Comida e bebida por minha conta. - David entrou no jogo.
– Fechado! - Jones falou enquanto fazia uma espécie de toque de mãos com o amigo.
– Ai… estúpidos. - revirei os olhos impaciente, embora quase estivesse cedendo e rindo com eles.

Eu estava nervosa para a conversa com Gold. Inclusive, nenhum dos comentários e brincadeiras de Killian e David ajudavam. Fora isso, o dia transcorreu naturalmente: dois telefonemas apenas e muita papelada para organizar, menos a gaveta 1, a qual Jones se recusava a me responder sobre. Eu sentia que ali havia algo errado, mas deixei para lá. Resolveria depois.

Eram quase três da tarde quando Belle me ligou avisando que ela e o marido estavam a caminho. Minhas mãos estavam geladas e tremiam um pouco, pela primeira vez eu sentia um nervosismo surreal diante da história de Graham, isso deveria ser um sinal.

– Olá! - Belle disse entrando de mãos dadas com Robert, pouco tempo depois do telefonema.
– Oi Belle! - David disse sorrindo e com um gesto simples de cabeça acenou para o homem.
– Minha princesa! - Killian falou, alegre ao vê-la, dando-lhe um grande abraço de urso, tirando-a do chão e, então, depositou um beijo em sua testa. Oh, e claro, ele ignorou Gold.
– Olá! - cumprimentei minha amiga assim que Jones a soltou e depois apertei brevemente a mão de Robert.
– A que devo a honra dessa convocação, senhorita Swan? - ele iniciou com um sorriso forçado. Essa é a parte em que eu já posso bater nele?
– Sentem-se, por favor. - disse brevemente, apontando para as cadeiras em frente a minha mesa. Atrás deles, apoiados nos outros móveis, estavam Killian e David. O primeiro segurava o riso e anunciava ao segundo que a diversão deles começaria.
– Fiquei bastante curioso em saber qual assunto a secretária do meu suposto cunhado teria para falar comigo. - assim que concluiu, enfatizando o “secretária” e o “suposto”, recebeu um tapa de Belle, repreendendo-o.
– Bom, acredito que se eu tivesse te chamado aqui como secretária eu teria usado o telefone antes. - respondi dando-lhe meu melhor sorriso sarcástico e, claro, fazendo os meninos se contorcerem para segurar o riso - Eu te chamei aqui para falar da compra da cabana feita por Graham anos atrás.
– Hm, uma secretária com dons policiais, investigativos e com interesse imobiliário. Boa escolha, Jones! - virou-se para trás e eu pude ver o sorriso de Killian desmanchar-se rapidamente e, então, o demônio prosseguiu, - Não há nada para ser dito, senhorita.
– Você sequer sabe quais os questionamentos de meu interesse! - retruquei, arqueando uma sobrancelha.
– E o que desejaria saber?
– Eu quero saber como você teve coragem de esconder de toda cidade a verdadeira história de Graham. Você sabia o tempo inteiro que ele mentia sobre os pais e mesmo assim não fez nada, apenas colaborou com o teatro.
– Aparentemente, querida, manter segredos é uma próspera característica de Storybrooke. A julgar, inclusive, pela pequena historinha que seus dois amigos esconderam de você dias atrás.

Então era isso: Robert Gold gostava de provocações. Ele, entretanto, ficaria surpreso em saber que não é o único ali que gosta de participar desse tipo de brincadeiras com a mente. Se era para jogar sujo anote, então, Sr. Gold: eu estou dentro!

– Sim, e mesmo assim eu os perdoei porque levei em consideração o arrependimento sincero que eles demonstraram. Espero que Belle também o perdoe por manter isso longe dos conhecimentos dela, afinal, ela viu o irmão sofrer pela morte do melhor amigo. E tenho certeza que ele tentou confortá-lo pela perda dos pais, sua esposa deve ter acompanhado isso de perto. - disse sorrindo, enquanto isso os meninos faziam alguns sinais estranhos e “lançavam bombas” em Gold, murmurando “BOOM”. Confesso que tive muito auto controle, caso contrário, já estaria morrendo de rir de toda gracinha que os dois faziam. Ao voltar meu olhar para o casal, percebi o sorriso irônico do homem desaparecer e transformar-se em uma linha reta em sua face, inexpressiva.
– Você sabe que não pode me interrogar não é, senhorita Swan?
– E quem disse que isso é um interrogatório? Isso é apenas uma conversa.
– Uma conversa na delegacia? Conveniente…
– É aqui que eu trabalho. Bom, você sabe… de secretária. - disse em tom sarcástico e, depois, fiz um gesto com as mãos como se estivesse atendendo um telefonema.
– Ainda não entendi todo propósito dessa intimação. - ele disse frio, tentando ignorar minhas provocações.
– Eu já disse: quero saber a razão pela qual mentiu junto com Graham sobre os pais dele. - eu também queria saber sobre Neal, mas não perguntaria isso já que era perceptível sua qualidade em manipular e jogar sujo - E intimação? Por Deus, quem disse isso? Eu não enviei nenhuma carta. Vocês mandaram, meninos? - olhei para eles que simplesmente negaram com a cabeça - Belle…?
– É, amor… Eu só disse que ela tinha nos chamado. - ela dirigiu-se ao marido com o rotineiro tom doce em sua voz.
– O papo está ótimo, mas tenho compromissos. - Robert disse se levantando - Foi um prazer, senhorita Swan.

Antes que qualquer um de nós, incluindo Belle, pudéssemos ter qualquer reação, o homem puxou a mão da esposa e saiu do escritório. Ouvimos apenas ela dizer “Bob, o que foi isso?” do corredor.

– Faço dela as minhas palavras. - disse boquiaberta, ainda sem reação.
– Eu realmente não sei, mas você encurralou aquele crápula maravilhosamente bem! - David disse, vindo em minha direção e me abraçando de lado.

Devo mencionar que, durante esses últimos dias, minha relação com ele melhorou significativamente. Aprendi, com certa dificuldade, que esse era o jeito de Nolan: rígido e inflexível muitas vezes, mas com um ótimo coração. Se ele tivesse algo em mente, nada o faria mudar de ideia ou impedi-lo de alcançar seus objetivos. De alvo, dúvidas e questionamentos, passei a ser uma das grandes amigas dele. Em alguns momentos, era bem estranho porque parecia que David e Mary treinavam a futura paternidade/maternidade comigo e Killian.

– Obrigada, DAVE. - brinquei, desvencilhando-me do abraço e imitando a voz de Jones ao falar a última palavra.
– Ah não, até você agora? - ele respondeu, fazendo biquinho.
– Olha, devo confessar que hoje meu coração não aguenta. Emma Swan esmagando Robert Gold até ele não aguentar mais e sair correndo com o rabinho entre as pernas e chamando meu melhor amigo de “DAVE”? É, assim não tem jeito, eu apaixono fácil. - Killian disse enquanto chegava perto de mim e colocava suas mãos em minha cintura. Automaticamente, levei minhas mãos à sua nuca e nos beijamos rapidamente, afinal, estávamos na delegacia e David observava tudo. Contudo, Nolan ainda pigarreou, nos fazendo separar.

– Os pombinhos poderiam deixar isso pra depois do expediente, não?
– Você quem manda, DAVE. - Killian o provocou e foi para sua mesa para voltarmos ao trabalho.

A disposição de mesas eram feita, basicamente, em ângulos de noventa graus: uma mesa por parede e, na outra, havia um pequeno corredor que dava para um escritório particular de interrogatórios e, claro, para a saída. David sentava ao meu lado e Killian na mesa paralela à minha. Os meninos, às vezes, trocavam algumas provocações e piadinhas. Em outros momentos, eu e Jones nos olhávamos e sorríamos. Inclusive, hoje ele estava mais feliz que o normal, deveria estar aprontando alguma coisa.

– Ei, Swan! - ele me chamou e eu apenas olhei. - Vamos?
– Pra onde? - perguntei confusa.
– Embora… já são mais de seis. - respondeu olhando no relógio.
– Podem ir, eu vou ficar mais um tempinho por aqui. - David disse sem tirar os olhos dos relatórios.
– Tudo bem então, só vou pegar minha bolsa.

Saímos da delegacia da mesma forma que entramos: de mãos dadas. Killian falava sem parar e eu não ouvia absolutamente nada. Minha cabeça estava um turbilhão, várias coisas se passavam. A primeira de todas era minha conversa com Gold, tudo fora muito estranho e suspeito. Ele mentiu com Graham e se sentiu extremamente desconfortável ao ser questionado sobre. Ele com certeza escondia algo e eu ia descobrir. A segunda era minha volta à Nova York. Eu precisava voltar, logo minhas aulas recomeçariam e eu tinha apenas mais um semestre para cumprir. E, por fim mas não menos aterrorizante, a conversa que eu deveria ter com Killian. Ele deveria saber da história de Neal. Ele me contou tudo sobre a vida dele e eu continuava a guardar segredos. Além disso, eu sabia que assim que ele tivesse conhecimento da minha história com Neal algumas coisas poderiam mudar e, talvez, ele desistisse de mim. Não havia nada de muito escandaloso no assunto, o problema são as consequências e as cicatrizes do acontecimento, elas sempre me atrapalhavam. Eu estava tão perdida em meus pensamentos que só voltei para realidade quando Jones se pôs à minha frente e segurou-me pela cintura.

– Swan… Está tudo bem? - ele perguntou preocupado.
– Sim, por que? - menti.
– Porque eu perguntei o que você estava pensando e você respondeu “Também acho!”, além de não ter ouvido absolutamente nada do que eu disse antes.
– Desculpa… - suspirei fundo, tentando encontrar coragem. Se eu pudesse escolher entre ter essa conversa com Killian e enfrentar Robert novamente, eu escolheria Gold sem nem pensar duas vezes. Eu posso ter sido corajosa e determinada nessa aventura toda sobre Graham, mas se tivessem que selecionar minha kriptonita, ela seria, com certeza, falar sobre meus sentimentos.
– O que está acontecendo? - ele segurou meu queixo e me encarou.
– A gente precisa conversar. - disse rapidamente, entretanto, minha voz saiu falha devido ao medo que eu sentia. - Pode ser na sua casa mesmo, se quiser.

Faltavam apenas dois quarteirões para a casa dele, mas durou uma eternidade para nós dois. Encarar todo aquele silêncio e tensão não estava nada fácil. As mãos de Killian estavam geladas e pelas suas expressões pude perceber que ele pensava mil coisas, provavelmente procurando por explicações ou possíveis assuntos. Sentamo-nos em seu sofá, um de frente para o outro, ainda de mãos dadas.

– O que está acontecendo? - ele perguntou novamente.
– Killian… eu preciso te contar uma coisa. Não é nada muito relevante, não o fato em si, mas o significado que isso tem para mim é que é o problema…
– Você está me preocupando…
– Eu nunca te contei sobre a minha história com Neal e eu não acho isso certo, ainda mais por saber que ela está me aterrorizando agora. Quando eu comecei a namorar com ele, eu era muito nova. Ele era mais velho, mas eu tinha apenas 13 anos, não sabia de nada da vida ainda. E, para piorar tudo, Graham sempre me colocou numa bolha de proteção. Quando nós crescemos um pouco mais, bom… ele começou a… - suspirei fundo novamente, acalmando-me. Percebendo minha tensão, Killian apenas apertou minhas mãos, dando-me suporte para prosseguir, - Ele começou a tentar levar as coisas para outro lado, entende?
– Transar com você? - ele perguntou sério.
– É… Eu não queria, não me sentia pronta e ele sempre ficava muito bravo comigo por isso. Quando Graham sumiu ele começou a tentar cada vez mais e eu continuava a recusar, mas ele ficava agressivo e–
– Ele bateu em você? - Killian perguntou, interrompendo-me.
– Não, não… Ele só me machucava emocionalmente sabe? Parava de falar comigo, era frio, andava com outras meninas e, enfim… Depois da morte de Graham, nosso namoro estava cada vez mais indo embora. Ele sempre me dizia que eu já estava na hora de perder a virgindade, pois eu já tinha mais de 20 anos e que ele não me esperaria mais. - algumas lágrimas começaram a surgir em meu rosto e minha voz começou a ficar embargada - Eu tinha tanto medo de perder ele. Na verdade, eu acho que eu tinha medo de perder mais alguém e… Eu não suportaria mais uma dor.
– E então você dormiu com ele, não é? - ele perguntou de maneira calma enquanto limpava algumas lágrimas, eu apenas confirmei com a cabeça - E o que aconteceu depois?
– Ele terminou comigo. Dias depois foi para a faculdade…
– Eu imagino o quão horrível isso deve ter sido para você, mas ele era um babaca. Ele nunca te amou, Emma. Se ele realmente te amasse, ele teria ficado ao seu lado, ainda mais sendo próximo à data da morte do Graham.
– Eu sei… eu sei. Esse só não é, exatamente, o problema.
– E qual é? Ele te fez mais alguma coisa? Olha, por que se ele tiver feito–
– Ei, calma. - me permitir sorrir um pouco - Eu só me sinto mal por saber que ele me usou enquanto sabia de toda a verdade sobre o Graham e, depois, sequer se importou com meus sentimentos. O problema é que, com tudo isso, eu tenho uma dificuldade enorme em confiar nas pessoas.
– Oh… Eu acho que entendi. - ele abaixou a cabeça por um momento, mas voltou a me olhar - Emma, eu não quero te magoar. E eu nem estou tentando nada! Se foi por aquele dia no seu quarto, me desculpa. Me desculpa de verdade, eu não queria me aproveitar de você.
– Você não se aproveitou, Killian. De forma alguma... Meu único medo é ir embora e você me abandonar.
– Ei, nunca mais pense nisso ok? Eu nunca vou te abandonar, é uma promessa. Eu sei que é difícil pra você acreditar, mas é algo que você precisa decidir se quer correr o risco ou não. Eu te afirmo: eu nunca vou te abandonar ou te deixar sozinha. Basta, agora, você escolher se quer e pode tentar confiar nisso ou não.
– Mas eu--
– Ei, é uma escolha sua, não minha. Só sua. - ele colocou uma mecha de cabelo solta atrás de minha orelha e, depois, alisou meu queixo com o polegar.
– Obrigada por não me julgar. - respirei junto e dei um breve sorriso - Foi bom poder falar isso pra você...
– Tá se sentindo melhor por ter dito?
– Sim. Especialmente por você não rir de mim ou não me entender.
– Olha pra minha cara, Swan. E eu, por acaso, me pareço com esse tal de Neal? Eu nunca o vi mas, certamente, eu sou diabolicamente melhor que ele. - disse brincando, me fazendo rir um pouco. - Jamais te julgaria.

Killian aproximou-se e selou nossos lábios com ternura. O que eu mais gostava nele é a capacidade que ele tem de tornar as coisas mais fáceis, práticas e sutis. Toda minha desconfiança, assustadora e inibitória, pareceu tão fútil enquanto lhe contava. Ele puxou-me pela cintura, fazendo com que eu ficasse mais próximo dele. Na verdade, acabei sentando-me entre suas pernas. Trocamos carícias e beijos por um longo tempo até resolvermos preparar algo para comer e, talvez, assistir a algum filme no Netflix – e, por favor, sem Natasha Bedingfield.

– Eu passo mais tempo aqui do que no hotel. Eu deveria criar vergonha na cara e voltar pra lá! - disse rindo, enquanto enxugava a louça que ele lavava.
– Eu acho que você deveria vir de vez pra cá. - ele sorriu de maneira maliciosa e arqueou uma das sobrancelhas.
– E eu acho você um conquistador barato! - disse rindo e batendo no ombro dele com o pano. - Você sabe que não adiantaria, já que daqui alguns dias eu volto.
– Ah, sobre isso... - ele desligou a torneira e virou-se para mim - Eu estava pensando, será que eu poderia ir com você?
– Eu adoraria! Mas e seu emprego aqui?
– Eu peço férias, nunca pedi. David não negaria.
– Killian, você deixaria ele cuidando de tudo aqui sozinho só para ir atrás de mim?
– Isso não é "só".
– Escuta, são só alguns meses. Eu iria amar você lá comigo, mas tem tudo para dar errado.
– Por que?
– David ficaria aqui sozinho, ninguém ficaria vigiando Robert e, como é meu último período, eu vou ter muita coisa para fazer. Não vou conseguir fazer minhas tarefas e te dar atenção ao mesmo tempo.
– Eu odeio quando você tem razão das coisas. - bufou.
– Mas eu ainda estou aqui e a gente pode aproveitar nosso tempo juntos. - disse sorrindo e enlaçando minhas mãos em seu pescoço.
– Proposta tentadora, Swan. - ele pegou-me pela cintura e beijou-me. A ternura de momentos antes havia dado lugar ao desejo. O beijo tornava-se cada vez mais intenso, nossas línguas pareciam dançar juntas, explorando cada centímetro de nossas bocas. As mãos de Killian deslizavam por minhas costas e eu puxava seus cabelos. Eu sabia até onde aquilo iria e, sinceramente, não reclamaria ou recuaria, mas não pude evitar o medo. Ele, sentindo meu momento de receio, afastou-se lentamente e colou nossas testas. - Não vai passar disso, Emma. Eu prometi, lembra? Fica tranquila.

Sorri em resposta mas, antes que pudéssemos voltar aos amassos, o telefone tocou. Jones murmurou alguma coisa e saiu até a sala pisando fundo, em seguida, fui atrás dele.


– Alô?– disse mau humorado e eu apenas o observava, tentando adivinhar quem era - Ok... É pra você. - ele disse me entregando o telefone.
– Oi?– atendi confusa.
– Emma!– a voz alegrou-se.
– Oh, Belle. Que susto! Aconteceu alguma coisa?
– Na verdade, sim. Eu fiquei muito constrangida com a reação do Bob hoje e um pouco... é...
– Desconfiada?– tentei adivinhar.
– Sim. Ele saiu tem duas horas e eu fui dar uma olhada nas gavetas dele. Por favor, Emma, não conte a ninguém que eu fiz isso!
– Eu não vou contar, eu prometo.
– Emma, eu amo o Robert, mas não vou passar a mão na cabeça dele se ele estiver errado. É por isso que eu preciso da sua ajuda, eu preciso saber se o que eu vi tem relação ou é só paranoia.
– Então você encontrou alguma coisa? O que foi?– perguntei curiosa.
– Você e Killian precisam ver o passaporte dele. Urgente.


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Notas finais do capítulo

Então, eu não vou prometer capítulo nenhum até o dia 17 por dois motivos: mudo de casa amanhã, então ficarei sem internet; e até quarta que vem eu tenho muito trabalho da faculdade para fazer, logo, essa será minha prioridade. Mas agradeço por todos que estão acompanhando e espero que estejam gostando!!
E oh, quem tiver Twitter e quiser seguir o da fic é @zzzvote, quem atualiza mais lá é meu amigo. Enfim, só se alguém quiser ser avisado de capítulo novo por lá!
Beijossss, vejo vocês nos comentários