A Broken Soul escrita por CrazyDave


Capítulo 3
Todo túnel tem um fim


Notas iniciais do capítulo

Ei , pessoas , tudo bem ? Espero que gostem do capítulo! Obrigada a Thalya Fernandes,novacullen e sraa pelos comentários!



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Terceiro Capítulo

Alguns momentos antes...

Edward estava com o coração apertado.

Seus olhos formigavam de um jeito desconfortável e sua respiração vinha difícil, quase como se fosse um sacrifício cada suspiro.

O que, na verdade, era.

Seus olhos percorreriam o hospital, mas sempre se voltavam para sua mãe, sentada ao seu lado, a cabeça baixa. Ele sabia que não podia se deixar levar por causa dela. Ela não merecia nada daquilo. Sua blusa de seda estava manchada, as lágrimas ainda marcadas em seu pequeno rosto delicado. Ela estava encostada em seu ombro e ele quase pensou que ela estava dormindo.

Afinal, nenhum deles dormia há um tempo. Se fosse sincero consigo mesmo, diria que eles não tinham um sono tranquilo desde que aquilo havia começado. Havia sempre a preocupação se Alice voltaria para casa, se ela ficaria bem.

E para que? Para dar tudo errado no final, para que sua mãe sofresse do mesmo jeito.

Edward suspirou, cansado, exausto. Sua perna tremia um tique nervoso que adquiriu quando começou a coordenar sua empresa. Pegou seu telefone no bolso, já preparado para os milhares de mensagens que chegaria a sua ausência. Mesmo mandando Rosalie lidar com a turbulência que seria, sabia que nenhum investidor ficaria satisfeito até que ele próprio dissesse o problema ocorrendo.

– Senhor Cullen?

Edward olhou para cima, surpreso que alguém estivesse falando com ele diretamente. Nas ultimas horas ninguém, a não ser o medico responsável pela sua irmã, tinha lhe dirigido mais do que olhares curiosos e cochichos.

– Sim? – perguntou baixo, ajeitando-se para não incomodar sua mãe.

O homem – um enfermeiro – sorriu e disse – Antes da transferência, o senhor precisa assinar alguns papeis.

– Ah sim – ele assentiu e levantou-se. Sua mãe se mexeu, mas voltou-se para a cadeira, fechando os olhos.

– Desculpe incomodar – falava o homem – mas foi informado que Alice Cullen iria ser transferida com uma melhora. Correto?

– Correto – respondeu – Não que eu ache que aqui não ofereceria as melhores condições para ela, mas já tínhamos um médico particular cuidando dela. Iríamos leva-la para ele – suspirou – mas a emergência aqui era mais perto.

Edward não mencionou que talvez fosse um caso perdido leva-la para o doutor Mason de ultima hora. Ele não era nada barato, mas em quatro anos nunca conseguiu sequer prender a atenção de Alice.

– Ele só quer saber do seu dinheiro, meu irmão – ela tinha sorrido maliciosamente.

E Edward tinha concordado, mas não tinha desistido, afinal, ele era o maior especialista no país. Quantas vezes ele tinha viajado além de Chicago, aproveitando os negócios para procurar alguém que aceitasse Alice. Mesmo que tivesse que pagar o país inteiro.

– Eu entendo – murmurou o enfermeiro – Meu nome é Taylor por sinal. Você quer sentar aqui? Posso conseguir um café ou uma água.

– Um café, por favor – disse. Taylor encheu um copinho maior do que o dado na recepção e entregou a ele – Obrigado. – olhou para sua mãe, sua forma encolhida na cadeira azul.

– Eu entendo – disse ele de novo e Edward o encarou, levantando uma sobrancelha ruiva em questão. Taylor apenas bufou quando percebeu que o olhar de “não acredito” do bilionário. – Sério. Você está preocupado com todos, com sua mãe, sua irmã. A responsabilidade está em seus ombros e você se sente responsável. Aposto que está se perguntando o motivo de tudo isso estar acontecendo. E também aposto que está pensando que isso é um castigo de alguma força maior.

A outra sobrancelha subiu e Taylor apenas deu de ombros – Não sabia que era tão fácil de ler.

Taylor sorriu – Não é. Eu apenas sei o que está passando.

– Parente?

– Irmã.

Entendimento brilhou na cabeça de Edward e ele olhou para o enfermeiro com um novo respeito. Talvez ele fosse realmente o único que o entendia.

Bebericou o café – Sinto muito. Como foi?

O loiro sentou-se, com um olhar perdido que Edward sabia que ele próprio tinha quando pensava sobre aquilo.

– Um namorado a iniciou. Ela era tão pura, inocente. Tinha o sonho de se formar em medicina, embora nossos pais não aprovassem. Velhos tolos – sorriu – Ela começou a faculdade mesmo assim. As maiores notas, a mais dedicada. Quando ela tirou um grande nota numa certa matéria, seus amigos organizaram uma festa. Uma grande festa. E como em festas de faculdade sempre há um penetra, aquela não foi diferente. Não era pra ele estar ali. Aquele bastardo entrou sem ser convidado não só na festa como na vida de Angela.

Edward estava prestando atenção e bebendo seu café. A história de Taylor parecia muito com a sua. – Ele a iniciou.

Taylor não negou – Não só a apresentou para as drogas, mas pro seus amiguinhos. A levei para tudo que foi clinica – revirou os olhos – ninguém queria alguém tão avançado, muito menos alguém envolvido no tráfico. Não em todas às vezes. Pensei que estava tudo perdido, que eu teria que assistir a minha doce irmã morrer ou ser presa. Você foi negado? Creio que sim, já que ela veio parar aqui nesse estado.

Edward assentiu – Ela tem um médico, um ótimo medico, muito caro também. O bastardo adora arrancar meu dinheiro e dizer que ela não tem esperança. Foi nos dada à sentença de morte eventual – ele riu de forma amarga. Ainda doía saber que nem os especialistas tinham esperança. Sua garganta ardeu novamente. Bebeu todo o café como se fosse uma bebida alcoólica. Taylor a encheu de novo.

Se ele não pudesse encher a cara de cachaça, que fosse de café para se ficar acordado. Temia que se dormisse teria pesadelos como sempre.

– Não se preocupe – Taylor sorriu – essa é a parte da história que fica interessante para você. Veja bem, Angela teve duas overdoses. Na segunda, eu estava sentado, sem um pingo de vontade de sequer levantar a cabeça quando ela apareceu.

– Ela?

– Sim, ela. Bella Swan. Diria que foi um anjo que a enviou, mas depois percebi que talvez ela fosse o anjo – ele balançou a cabeça – Ela estava dando uma ronda no hospital a pedido de um amigo, que eu até hoje eu a pertubo para me dizer o nome, quando ela me viu. Bella Swan é medica, especializada em viciados – Quando Edward se iluminou, ele riu – Espera me deixa terminar. Ela e sua melhor amiga, Jéssica, fundaram uma clinica. Em seus seis anos, só voltaram às drogas três pessoas.

– Três – sussurrou incrédulo.

– três – sorriu Taylor –Graças a Deus, não foi minha irmã. Bella sentou-se ao meu lado, falou comigo. Perguntou quantas vezes Angela teve overdose.

–Como ela sabia?

– Ela tem infiltrados – ele apontou pra si mesmo – Eu me tornei infiltrado. Nós dizemos para ela tudo o que acontece, quais são possíveis pacientes. Depois de seis anos, ela se tornou um pouco conhecida, o que ela detesta. Ela prefere o anonimato, chegar devagar. Todo o mês, vinte pessoas são levadas para um local especial. E lá é onde as vidas de vinte viciados violentos mudam pra sempre. Até hoje Angela não me conta o que acontece lá.

Edward não conseguia respirar – Ela recuperou sua irmã?

– Sim e desde então Ang tem uma profunda admiração por ela.

– Você acha que – ele pigarreou para dissipar o caroço em sua garganta – Você acha que Alice pode entrar?

Taylor deu de ombros organizando alguns papéis – eu posso tentar, mas Bella é louca por organização, não sei se ela pode aceitá-lo nessa altura do mês. Talvez no mês que vem?

– Alice não tem um mês – ela não tinha sequer dias! Ela iria fugir como sempre fazia.

– Eu sei. Eu vou ligar pra ela – ele procurou no balcão – onde eu enfiei aquela coisa? Se Lauren mexeu... Há! Aqui, esse é seu cartão. Eu não posso garantir nada, se não der certo o que vou fazer agora, o que eu acho uma vergonha, afinal, eu sou muito bom, ligue.

Edward pegou o cartão branco, com telefones e apenas uma frase.

“Quando tudo o que tiver feito não der certo, quando todos lhe negarem ajuda, ligue”

Edward levantou a cabeça, com o coração trovejando em seu peito numa sensação que não poderia nomear os olhos brilhando na esperança de que existisse uma luz no túnel de escuridão que estivera.

Quase com medo da resposta, perguntou – E o que você pretende fazer?

Taylor sorriu maliciosamente – Eu tenho um plano.


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Notas finais do capítulo

Comentário é amor !



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