Entre Abraços e Socos -Cobrina escrita por Team Simas
Cara eu não podia crer no que meus olhos viam, o cara de sacana bem na minha frente perguntando pelo meu pai, já não basta eu ter me irritado pela manhã com o "mestre cruel, e que estava perto de um exame de grau e o chefia não queria me deixar participar. "Ai minha filha você e muito nova, vai se machucar" caramba meu pai e inacreditável, esse tempo todo da minha vida treinando e ele não poe um pingo de fé em mim?
Com o mau humor que eu tava, descontava tudo no saco de box e mandava pro inferno qualquer um que passasse.
– Como eu disse senhor não sei seu nome, meu pai tá naquela salinha ali, mas conhecida como escritório. - esbravejei sarcástica o olhando feio.
– Obrigada, quando eu falar com ele, vou parabeniza-lo pela educação de sua filha. É meu nome e Cobra, me liga. -ele me deu uma piscadela.
Rolei os olhos irritada, aquele cara é muito do folgado mesmo, queria poder dar uns golpes naquela cara de palhaço. Mas esquecendo aquele ser odiável, voltei a treinar pesado, eu ia fazer aquele exame nem que eu tivesse que mentir pro chato do Gael.
Vi um pessoal alegre e cantarolando com fantasias estranhas, tipo aquelas mediáveis, a principio achei normal afinal eles estudavam teatro, mas qual e de se expor no meio da rua? outra coisa que tomou minha atenção era a forma totalmente descarada que o tal Cobra olhava para as pernas de uma das garotas da Ribalta, virei cara tentando não fitar aquela pouca vergonha, e segundos depois ele vinha em minha direção.
– E então baixinha, serei seu mais novo colega de treino, o que acha? -seu sorriso saiu debochado enquanto coçava a barba mal feita.
– Isso pouco me importa meu amigo, desde que não me encha o saco.
– Prazer falar com você também -o vi me jogar um beijo.
Encostei a cara no peso e orei pra que meu querido Deus me desse paciência pra aturar aquela maldita escoria em forma de homem. Quando minha hora acabou rumei pro chuveiro, era hora de ir a escola agora. Apenas me despedi do meu velho e fui direto atravessando a rua, fazer todo dia as mesma coisas era tão chato, por isso sempre ando de fones enquanto faço meu trajeto, na mesma esquina observei de longe um pequeno espetáculo, dançavam e também cantavam uma musica que eu não entendia bem a letra pois estava ouvindo minhas musicas, e bem ali eu via Bianca jogar seu corpo como uma pena. Admirava minha irmã por fazer o que sabe, e também por que seria o mesmo destino que nossa mãe teve.
Saindo do transe, peguei o ônibus e sentei bem perto da janela, só não contava em ter que pegar um sono bem naquela hora.
"Me via em um pequeno ringue e a minha frente um adversário, no começo não o enxergava, minha vista ficou turva e meus sentidos sumiam, só senti quando dois braços fortes me seguravam por trás e virava me rapidamente para sí, aquele rosto? eu sabia bem , era ele."
Acordei totalmente atordoada com o Cobrador me chamando. Ele me disse que passei do ponto, e droga, eu perdi o horário da entrada da escola. Desci um ponto depois e comecei a me preocupar, não sabia a onde fui parar, e muito menos como ia voltar pra casa. Peguei o celular e tentei olha a onde eu me encontrava pelo GPS, achei o nome da rua e marquei a meu bairro como ponto de parada. Eu tava muito ferrada, e teria que me esconder em algum lugar. Pensei em um lugar absurdo e até tentei afastar aquele pensamento, mas não tinha outra alternativa eu iria me esconder no QG.
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