O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz


Capítulo 17
Capítulo 17 - Eu disse: Não vá embora.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores!

Queria iniciar me desculpando pelo hiato das postagens. Estive muito ocupada neste tempo, muito muito mesmo, e meu bloqueio criativo também acabou me deixando sem ânimos para continuar escrevendo.
MAS aqui estou novamente com mais um capítulo para dar continuidade a esta história cheia de drama e muitos momentos fofos entre nossos queridinhos Damon e Elena!

Boa leitura!



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Elena insistiu que pegaria um táxi, mas Damon quase a obrigou a entrar no seu carro. Ainda que relutante, ela aceitou a carona dele, mas quando o trajeto começou a mudar o rumo do hotel ela sabia que aquilo não acabaria bem.

— Para onde está me levando? – ela perguntou pegando seu celular de dentro da bolsa.

— Quero que conheça um lugar. – ele disse com a atenção para a direção.

— Damon, são duas horas da madrugada, eu preciso ir para o hotel. – ela pediu.

— Não vamos demorar. – ele disse quase como uma promessa.

Damon parou seu carro próximo a um lago e Elena cogitou a possibilidade dele tentar afoga-la, mas ele apenas abriu a porta do carro para que ela descesse e então ambos pararam lado a lado encostados na lataria do veículo. Não havia luzes ou sons, apenas o leve balançar das árvores pelo vento, foi então que Elena parou para perceber a magnitude daquele lugar. Era belíssimo.

— Meu pai costumava me trazer para cá quando éramos crianças. – ele começou. – Me fazia observar as estrelas.

— Eu nunca consegui identificar as constelações. – ela disse fazendo-os rir.

Damon segurou o braço direito de Elena trazendo-o para cima, depois empurrou-a para longe do carro para que ele pudesse ficar atrás dela.

— O que está fazendo?

— Fazendo você ver as estrelas. – ele riu em deboche e ela brigou pelo duplo sentido da frase.

 Ele apertou-se ao corpo dela causando-lhe arrepios momentâneos, a respiração dele alcançou a sua orelha e ela quase não acreditou que ele poderia ser tão estúpido a ponto de usar aquela coisa de “ver estrelas” para provoca-la. Ela pode sentir a aproximação de Damon atrás de si, ele segurou a sua mão e trouxe a dela junto para a sua cintura, abraçando-a por trás. Seu queixo descansou no ombro da morena que ele havia descoberto quando puxou o cabelo para lado.

Seu abraço era apertado, ele não queria jamais perdê-la, sabia que ela teria que ir embora na manhã seguinte. Não havia mais nada para fazer naquela cidade. Mas ele não queria que ela fosse.

— Damon, agora precisamos ir... Eu tenho que arrumar as minhas coisas, vou para casa amanhã. – ela disse sentindo um nó formar-se em sua garganta.

— Você não tem que ir embora. – ele disse virando-a para si.

— Meu hotel será pago somente até esta noite, eu não trabalho mais nesse caso, Damon, eu preciso ir para casa. – ela disse encarando-o com as mãos espaldas em seu peito.

— Você pode ficar lá em casa, podemos resolver isso juntos, você pode tentar conversar com o seu chefe. – ele tentou fazendo-a abaixar a cabeça.

— Você sabe que isso não é uma possibilidade.

— Eu ligo para seu chefe! Eu digo que nós não temos nada e que isso é completamente um engano. Eu digo a ele que precisamos do seu trabalho.

— Damon! – ela o interrompeu. – Não há como eu contrariar Richard e Diana, o caso está encerrado, enquanto não houver provas contra você, eu não posso fazer nada.

— E se houverem provas? E se eu for preso?

— Será posto em julgamento e eu espero não ter que ver isso.

— Você se importa? – ele perguntou forçando-a a encará-lo.

— Damon, eu tenho que ir embora. – ela disse tentando desvencilhar-se dele.

— Me responda.

— É claro que me importo! Eu sei que você não é o culpado e eu queria muito provar isso, Damon. – ela disse segurando em seu rosto com as duas mãos. – Mas eu não posso lutar sozinha com gente maior do que eu. Há muito mais coisas por trás disso.

— Eu não quero que você vá. – ele disse dando um beijo demorado nos lábios dela.

— Minha vida não é aqui.

*******

Damon chegou às oito horas da manhã no hotel onde Elena estava. Seu carro estava estacionado bem em frente, ele não estava se importando de que alguém fosse ver. Entrou na recepção e imediatamente perguntou por ela, mas a recepcionista lhe informou que ela não havia autorizado ninguém a subir para seu quarto. Mesmo assim, Damon avançou escada acima e quase derrubou a porta do quarto de tanto bater.

— Damon! – ela disse abrindo a porta.

O moreno não respondeu. Ele avançou sobre Elena e fechou a porta com os pés. Arrancou-lhe um beijo desesperado, prevendo que aquela seria a última vez a beijaria. Ela cedeu. Entregou-se aos beijos de Damon e às suas carícias urgentes que a despiam e a faziam perder-se. Ela estava nas mãos dele, tão fortes e provocantes como nunca foram, tão desesperadas pelo toque na pele dela. E Elena respondendo à altura, agarrando-o pelos cabelos quando sua boca tocava partes sensíveis de seu corpo, levando-a à loucura. Ela abraçou-lhe com as pernas, apenas as roupas íntimas lhe restavam.

E segundo após, nada mais.

Elena entregou-se finalmente àquele desejo absurdamente grande que ela sentia por Damon, e ele estava amando toma-la em seus braços e fazê-la sua. Há muito tempo esperavam por isto, agora nada mais os impediria.

O moreno caiu ao lado de Elena, exausto e satisfeito, enquanto ela encarava o teto com os olhos perdidos, apenas ouvindo o som da respiração deles tomando o quarto e acalmando-se lentamente.

— Não vá embora. – ele disse quebrando o silêncio.

— Não vamos discutir isso agora. – ela contestou.

— E você quer discutir quando? Por telefone? E-mail? Sinal de fumaça?

— Meu avião parte às 14h00min, eu preciso ir. – ela disse levantando-se.

Quando estava a poucos metros de pegar as suas coisas e ir ao banheiro, Damon a puxou pelo braço de volta fazendo-a encará-lo.

— Não fuja de mim. – ele pediu com os dentes cerrados, estava irritado.

— O que você quer que eu faça? Me mude para sua casa? Ache um trabalho na delegacia de polícia daqui? Esqueça a minha vida, minha carreira, minha família? Você precisa entender que eu não estou fugindo, estou apenas vivendo a minha vida. – ela disse desvencilhando-se dele e entrando no banheiro.

Depois que Elena saiu, Damon não estava mais ali. Ela havia feito a sua escolha e ele a respeitou assim como ela queria. Mas não compreendia aquela dor em seu peito, como se estivesse quebrada por dentro, nem aquele nó formando-se em sua garganta, ou a vontade de chorar que não lhe deixava em paz. Ela não poderia gostar de Damon, mas gostava.

O moreno deixou o hotel a passos largos, entrou em seu veículo e dirigiu até sua casa sem pensar no que realmente estava fazendo. Encontrou sua mãe sentada na mesa tomando café e lhe surpreendeu com um pedido quase impossível.

— Você tem que contratá-la de novo. – ele pediu deixando-a a confusa.

— Do que é que você está falando? – Margareth questionou.

— Elena foi despedida, a culpa é toda minha, você precisa entrar em contato com o chefe dela e dizer que não passa de um engano, ela precisa voltar para o caso, mãe. Sem a ajuda dela eu serei preso! – ele quase implorou.

— O chefe dela já entrou em contato comigo pedindo desculpas pelo imprevisto que aconteceu e disse que caso eu queira eles mandarão outros agentes. Elena não faz mais parte da equipe, meu bem. – ela explicou bebericando um pouco de seu café.

— Droga! – ele esbravejou deixando-a ali sozinha e indo para seu quarto.

Damon ficou trancado o dia todo em seu quarto. Tentou diversas vezes ligar para Elena, mas ela não respondia. E assim foram os próximos dois meses desde que ela havia ido embora. Os dias do moreno eram limitados à empresa e à sua casa. O processo estava correndo de forma lenta, nada mais havia de novo e ele estava nesse estado deprimente como nunca havia estado durante toda sua vida.

Não queria aceitar que havia construído um sentimento por Elena. Ela entrou na sua vida da pior maneira e se tornou o que de melhor ele tinha, era prazeroso estar envolvido no caso, porque ele sabia que ela estaria lá. E se a única maneira de tê-la novamente ao seu lado era com a movimentação do processo do assassinato, ele daria um jeito de fazer isso.

Elena estava vivendo em Jersey ainda, havia conseguido um trabalho na área criminal em outra empresa especializada em casos de homicídios, ainda sentia-se triste por seu antigo emprego, mas estava satisfeita por ter conseguido fácil outro trabalho. Mesmo ocupando a sua mente com os casos mais surpreendentes que poderia conhecer, ela não conseguia tirar de sua cabeça Damon. Ele estava presente em tudo o que fazia, ainda que ela tentasse livrar-se das memórias, ele estava com ela.

Seu telefone tocou e ela pensou que mais uma vez fosse Damon, ela estava cansada de ignorar as suas chamadas, queria distância dele, era a única maneira de evitar alimentar esse sentimento por ele, ela não queria pensar no envolvimento que tiveram, nem como isso havia transformado tanto a sua vida, mas era inevitável não pensar, era cruel esconder-se de seu passado e ignorá-lo pelo resto da sua vida. Sem rodeios, ela atendeu ao telefone e fechou os olhos para não constatar que era ele novamente.

Elena? Olá, é Diana. – a mulher disse surpreendendo Elena.

— Diana, quanto tempo! Alguma novidade?

Precisamos da sua presença para encerrar o caso do Sr. Salvatore. – ela disse com certo receio.

— Será arquivado? – ela perguntou.

Achamos o culpado. – Diana afirmou e Elena engoliu em seco.

— Isso é bom. – afirmou sem saber ao certo se isso era realmente bom.

Damon Salvatore confessou o assassinato.


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Notas finais do capítulo

E agora pessoal? O que vocês acham que pode acontecer com essa confissão do Damon? Elena pode perdoá-lo por ter mentido?



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