É Só O Tempo Lá Fora - Perina escrita por Lilith


Capítulo 1
Esqueceu da chuva e foi dançar


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha!

Essa One-shot é também uma adaptação super gostosa de uma cena de Impossibilidades Perina.

A ideia era enviá-la para o Fanfic Malhação, mas como só pudemos enviar um resumo explicando a cena, resolvi postá-la aqui para que mais leitores possam ler esse devaneio que é delícia demais.

Espero que gostem tanto quanto eu gostei de escrevê-la!



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Pedro saia de um shopping com sua namorada, que estagnou assim que colocou os pés na calçada e olhou para o céu. Pedro virou-se para ela:

–O que foi?

–Vai cair o maior toró.

–Vai nada, faz horas que o tempo tá feio assim e nada. – o guitarrista negou.

–Vai por mim, vai chover forte. Acho melhor ligar para o meu pai pegar a gente.

–Tenho certeza que não vai chover.

–Virou garoto do tempo agora?

–Não, mas de chuva eu entendo! Confia em mim?

–Ok, mas se chover Pedro, eu juro que...

–Relaxa Esquentadinha. Com o Pedrão aqui você está a salvo. São Pedro é meu parça.

–Seu parça? Aham. Vamos vai...

No meio do caminho para o ponto de ônibus o céu desabou sobre eles, que começaram a correr como dois malucos em busca de abrigo. Karina pisou em um folheto e acabou deslizando, o tombo seria feio se o namorado não a tivesse segurado a tempo, amortecendo o impacto.

–Que ótimo, agora meu bumbum tá molhado também. – a lutadora comentou ironicamente.

Enfim abrigaram-se no ponto de ônibus, onde mais algumas pessoas esperavam para voltar para casa. Karina logo começou a socar o namorado, esbravejando:

–Eu te avisei seu mané! Olha isso, estou toda molhada!

O namorado não sabia se ria da reação dela ou se protegia, dela e da chuva. Foi quando flagrou um carro vindo rente ao meio-fio e...

Splash!

O carro passou na poça de água, espirrando totalmente em Karina que não teve tempo de reagir. E o frouxo do namorado? Tinha se escondido atrás dela.

–Pedro! – gritou –Agora eu te mato!

–Calma amor, foi sem querer.

–Mas você é muito frouxo, maldita hora que fui dar ouvidos a você! Eu não acredito moleque! – resmungou inconformada por estar molhada e agora suja. – Me dá sua camiseta.

–Tá doida?

–Estou toda molhada e com frio, é o mínimo que você pode fazer!

–O que eu não faço por você. – reclamou, cedendo e entregando a camiseta para ela, que começou a tirar a blusa ali no meio da rua mesmo. –Enlouqueceu?

–Ai Pedro, eu estou de top mesmo! – ignorando-o, fez a troca de camisetas ali mesmo e deu um nó embaixo, pois a camiseta era praticamente um vestido para ela.

Com a brisa gelada, o garoto se arrepiou instantaneamente.

–Parça do Pedrão.- debochou. - Me lembre de nunca mais te dar ouvidos! – ela continuou reclamando.

–Poxa não fala assim.

–Você merece por querer ser sabe-tudo. Se eu gripar...

–Deixa eu te esquentar, Esquentadinha.

–Nem encosta!

–Olha a malcriação.

–Eu avisei que ia chover Pedro! Avisei!

–Eu juro que faço qualquer coisa por ti!

–Você não pode prometer esse tipo de coisa!

–Por que não? Por você Esquentadinha, faço até parar de chover.

Karina riu ironicamente.

–Falei que o Pedrão é meu parça, quer ver? – olhando para o céu, começou a gritar – Pô São Pedro, dá uma força aí, você tá molhando minha Esquentadinha!

As pessoas já estavam olhando para os namorados brigando na chuva, com essa atitude, Pedro só conseguiu atrair mais atenção para eles e Karina não pode evitar rir do maluco.

–Para Pedro! Tá todo mundo olhando!

–Eu faço qualquer coisa para ver esse sorriso.

Deixando a irritação de lado, Karina pulou em cima do namorado, roubando um beijo.

Algumas pessoas que assistiam a cena, sorriram. Eram apenas dois jovens apaixonados.

Pouco tempo depois o ônibus chegou e subiram a bordo. Karina brincava com o cabelo do namorado que estava molhado, desfazendo os cachinhos.

Saltaram no Catete e não tinha outro jeito, a chuva não tinha dado trégua e o caminho para casa era praticamente sem abrigo. Entregaram-se as gotas frias que caíam do céu, brincando e fazendo trapalhadas. Pedro foi subir correndo em um banco da praça José Wilker que estava molhado e escorregou, caindo sentado. Riram até não poder mais, duas crianças brincando na chuva. Pedro segurou as duas mãos da namorada e ensaiou uma dança, enquanto cantava:

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz
Sentirá o ar sem se mexer
Sem desejar como antes sempre quis
Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar

Lembrará os dias
que você deixou passar sem ver a luz
Se chorar, chorar é vão
porque os dias vão pra nunca mais

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar
Nessa hora fique firme
Pois tudo isso logo vai passar

Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem

Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e dançar
Dançar na chuva quando a chuva vem

Dançar na chuva quando a chuva vem
Dançar na chuva quando a chuva
Dançar na chuva quando a chuva vem

Encharcados, rodopiavam de mãos dadas e gargalhavam. Até que o frio bateu e Pedro que estava sem camisa, pediu arrego. Correram para debaixo de um toldo, ao lado de onde a garota morava.

–Eu nunca vou me esquecer desse dia.

–Nem eu Esquentadinha, nem eu.

A garota abraçou o namorado.

–Pedro você tá gelado! Deve estar morrendo de frio.

–Valeu a pena.

–Um banho quente, é tudo o que eu preciso agora.

–Quer companhia?

–Claro, meu pai vai adorar te encontrar no meu banheiro.

–Pelo menos eu tentei. – deu de ombros.

–Vou subir.

–E meu beijo de boa noite? – questionou, andando na direção dela, até que Karina estivesse com as costas coladas na parede. Ela inclinou a cabeça para cima, só para encontra-lo olhando-a de volta com um sorriso convencido, os cabelos molhados caindo nos olhos. Pedro abraçou sua cintura, colando seus corpos encharcados e ela permitiu-se percorrer as mãos dos ombros para o peitoral dele, sentindo a pele fria pela chuva. Logo renderam-se ao beijo fervorosamente.

Pedro deslizou a mão por dentro da camiseta que ela vestia, acariciando sua cintura. Karina capturou o lábio inferior dele em seus dentes, colando as testas. Ela sentiu o corpo estremecer pela sensação das mãos quentes dele em suas costas.

-KARINA!

Pedro sentiu o corpo congelar ao ouvir a voz do Mestre Cruel, chamando furiosamente pela filha.

Despertou em um rompante e embora ao abrir os olhos o alívio tenha sido instantâneo, o grito do Mestre Cruel ainda ecoava em sua mente.


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Notas finais do capítulo

Pedro estava impossível não é?

Comentem e me contem o que acharam ok?

Vejo vocês em Impossibilidades Perina, ou se preferirem, já sabem onde me encontrar:

Twitter > @vittinspirar
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Beijos!



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