Taty a Bela,feia escrita por Paty Bittencourt


Capítulo 67
Namorado?




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Eles se sentaram em dois balanços que ficavam lado a lado:
—Bonita noite né
—Muito
Ele pega na mão dela
—Eu gosto de lugares assim,calmo
—É só um parquinho velha
—Mesmo assim e eu adoro balanço,meu pai sempre me levava a esse tipo de parque
—Sente falta dele?
—Muita,por mais que já faça alguns anos,acho que eu nunca vou me acostumar a ficar sem ele
—Não quero que fique triste
—Não vou ficar,é muito bom estar aqui com o senhor
Ela apoia a cabeça no ombro dele e eles ficam assim,por um bom tempo
—Milagre o seu telefone não ter tocado ainda
—Eu o desliguei
—O senhor não acha melhor ligar
—Não,Taty,eu gosto de ficar aqui em paz com você,sem ter a Mônica se intrometendo e gritando
—Se o senhor diz
—Relaxa
—Obrigada doutor
—Pelo que Taty,eu não fiz nada
—Por existir,por ter entrado na minha vida,por estar aqui comigo
Ela acaricio seu rosto,suas mãos eram tão suaves,pensava ele,ele então a beijou,sem pensar,simplesmente a beijou
—Eu te amo doutor
A ternura como ela dizia isso,mexia com ele,por mais que ele não quisesse admitir
—Já que ir Taty?
—Se o senhor quiser
—Por mim,fico aqui com você até amanhecer,mas não podemos
—Eu também passaria,mas minha mãe já deve estar preocupada
—Só ela?
—E meu irmão,mas não acredito,porque a essa hora ele já deve estar dormindo
—Você quer comer alguma coisa antes
—Não,a minha mãe deve ter preparado alguma coisa pra mim
—Está bem,então,temos que sair pra jantar,alguma noite dessas
—Aonde,porque onde costuma frequentar,não devemos ir
—Eu sei
—Vamos doutor
—Vamos
Seguiram até o carro dele e ele a levou para casa,se despediram e dessa vez ela o beijou o deixando surpreso
—Boa noite,doutor,até amanhã
—Até amanhã Taty

Taty foi pra sua casa,já Fernando:
—Boa Noite
—Achei que viesse -disse Mônica assim que abriu a porta,só de toalha -Como não demorou,nem comecei meu banho de banheira,quer me fazer companhia?
—Adoraria -disse ele a beijando

No dia seguinte:
—Nossa,que noite a sua e nem pra me ligar
—Tô aqui agora te contando Ernesto
—Hum,bom e hoje,já comprou a lembrancinha da feia
—Já,tá na minha maleta,só falta o cartão
—Tá quanto a isso não se preocupe porque ele tá aqui,só falta escrever,mas precisava antes saber como foi sua noite com ela
—Agora que já sabe,trate de escrever
—Que tal,Não importa o lugar e sim a sua presença
—Muito cafona
—Então o que?Tem ideia melhor ou deixou de me contar alguma coisa?
—Claro que não,só acho essa frase meio batida,você pode mais
—Isso é verdade,modéstia parte sou um excelente escritor,vou pensar e depois levo o cartão na sua sala,tá bem
—Mas cuidado
—Eu sei
—Então te espero na minha sala

"Querido diário,ontem a noite foi incrível,apesar de não ter sido um dia legal,a noite foi,eu sai com ele e ficamos juntos,simplesmente isso e pra mim foi mágico,senti-lo ali comigo,acho que foi a primeira vez que o senti ali comigo por completo,não sei se foi por ele ter desligado o celular e não está preocupado com a dona Mônica,mas ele estava ali"
Taty foi interrompida,pela voz de Mônica,que vinha entrando na sala da presidência:
—Posso meu amor?
—Claro,entra
—Como você está?
—Bem e você
—Depois da noite de ontem,estou ótima
Quando ela falou isso,ele olhou rápido para a porta de Taty
—O que foi Fernando?
—Me lembrei que tenho um assunto importante pra tratar com a Taty,sobre trabalho
—Tá bem,depois nos falamos
—Tá,até mais tarde
—Até mais tarde amor
Assim que ela saiu ele correu pra sala da Taty,ela estava sentada de cabeça baixa:
—Posso entrar?
—Já entrou,doutor
—Eu não sei se você ouviu que a Mônica esteve aqui
—O que tem isso,doutor,ela sempre vem aqui,ela e sua noiva é natural que o faça
—E que não queria que você pensasse que...
—Eu entendi,doutor,eu só sou a sua...assistente
—Taty não é isso
—Deixa pra lá,doutor,temos que trabalhar
—Consegue pra mim,os papéis do empréstimo que fizemos com a BelaLuna
—Tá em casa doutor
—Droga Taty,desculpa eu ando estressado,consegue eles ou não?
—Acho que consigo
—Tá,eu preciso deles

Assim que ele saiu Taty ligou para Bruno:
—Oi,Bruno
—Fala Taty
—Preciso que me traga os papeis do empréstimo que fizemos sobre a BelaLuna
—Precisa pra quando?
—Agora,consegue me trazer?
—Agora?Mas porque tanta urgência?
—Não pode?deixa que eu mesmo vou buscar então
—Eu já vou levar,tá,calma,você bem que podia comprar um carro pra nós
—Para de bobagem e vem logo
—Vou ter que ir de táxi,talvez eu demoro um pouco
—Tem dinheiro pro táxi?
—Tenho
—Me avisa quando chegar e eu desço pra pegar
—Como quiser maninha,desculpa Taty
—Vem logo,beijos
—Beijos
Ela desligou e realmente em poucos minutos ele já havia chegado,mas havia esquecido seu celular em casa,então pediu para que o guarda avisasse,ele interfonou e avisou a Joana:
—Fala,homem
—Avisa a dona Taty que o ,espera um minutinho -Como é seu nome mesmo rapaz?
—Bruno
—Que o senhor Bruno está aqui em baixo esperando por ela
—Bruno?Você falou Bruno?
—Sim
—Vou avisar,diz pra ele subir se quiser,desligando
—Ela disse que o senhor pode subir se quiser
—Prefiro esperar aqui ,
Joana correu falar com Taty,estava tão empolgada que praticamente arrombou a porta da presidência,fazendo o mesmo com a da sala de Taty,nem viu Fernando ali:
—Taty,o seu namorado está aqui?
—Quem?
—O Bruno,Taty,por acaso você tem outro?
—Eu já disse meninas,nós não somos namorados
—Então você tem outro?porque anda mais feliz,mais tudo,eu te conheço Taty
—Para com isso,eu vou descer falar com ele
—Como sabe que ele tá lá em baixo,não te disse nada
—Porque fui eu que o chamei,ele veio me fazer um favor,é isso
—Hum,sei
Taty pediu licença e desceu foi falar com Bruno:
—Oi,trouxe o que eu pedi
—Tá aqui,porque eu não posso subir?
—Uma longa história,bem maluca por sinal,mas uma hora de conto
—Tá bem,então eu já vou,se cuida Taty
—Pode deixar e a mamãe?
—Tá bem
—Então,tchau e obrigada de verdade
—Não foi nada Taty,até a noite
—Até
Taty terminou de se despedir do seu irmão e voltou para sala da presidência:
—Doutor,tá aqui os documentos do empréstimo
—Seu namorado que trouxe foi isso que entendi?
—Na verdade doutor,já tentei explicar a elas,mas elas colocaram isso na cabeça e também eu não tenho saído muito com elas e elas acabam desconfiando ainda mais que eu tenho um namorado
—Não é uma má ideia,deixa elas acreditarem nisso,então,pelo menos não desconfiaram da gente
—Eu acho que não desconfiaram nunca,mas se o senhor prefere assim
—Prefiro,mas que fique claro que é só pra despistar elas
—Sim,eu entendi
—Diz que vocês estão se conhecendo,essas coisas,mas você não tem nada com ele,não é?
—Já falei que não doutor e me magoa muito que pense isso de mim
—Não Taty,não quero magoar você,só perguntei,babaquice minha,tá bom?
—Sim,doutor,com licença
—Toda
Mal Taty voltou pra sua sala Ernesto bateu na porta e a abriu
—Tô entrando
—Entra aí
—Tá aqui o cartãozinho -falou ele baixinho
—Há,me dá aqui
—Eu fiz o melhor que pude,o que foi,porque tá com essa cara?
—A Mônica teve aqui e falou sobre a noite passada
—E acha que ela ouviu?
—Acho que sim
—Ela falou alguma coisa?
—Não,não falou nada
—Então deve ser coisa da tua cabeça,vai ver ela nem ouviu
—E tem mais,eu precisei de uns papeis que tavam na casa dela e adivinha quem veio trazer
—Não acredito,conheceu ele?
—Não,ele não subiu,as outras lá,acham que eles são namorados
—Devem terem seus motivos
—A Taty me confirmou que não
—Há é esqueci que você confia cegamente nela
—Eu disse pra ela confirmar isso com as amigas dela,aí elas nunca vão desconfiar da gente
—Foi esperto,tomara que ela não se empolgue com a mentira
—Engraçadinho

A manhã passou-se sem mais nenhum imprevisto,na hora do almoço Taty foi alvejada de perguntas do quartel sobre o seu suposto namorado,ela já estava prestes a negar tudo,quando se lembrou do que Fernando havia dito:
—Tá bem,vou contar a vocês,mas não se empolguem tanto a gente só tá se conhecendo
R -Vocês estão namorando?
—Ainda não
E -Ainda,então quer dizer que vão
—Eu nem sei,meninas,quem sabe
M -Porque não nos apresentou ele?
R -é podia ter pedido para ele subir
—Ele só veio me trazer uns papeis que esqueci,não quero arrumar confusão com o seu Fernando,ainda mais na hora do expediente
Maria -A Taty tem toda razão,não devemos misturar o pessoal com o trabalho.


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