Amante de Vinhos - I e Ii Temporada escrita por OllySwan


Capítulo 28
Cap. 09 - Um domingo nada normal / 2ª Temp.


Notas iniciais do capítulo

nos falamos lá em baixo. Cap grande mereço bastante coments :P



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“Na vida só se dá a quem se deu”

 

Vinícius de Moraes

 

 

No capítulo anterior...        

 

         Fiquei em silêncio olhando para ele, ele tinha o olhar vazio, cheio de rancor. Senti medo do que ele poderia dizer.

 

         “Bom, deixa eu terminar de cuidar de você”, eu disse me aproximando dele, ele se levantou rapidamente.

         “Não precisa, eu vou me deitar”, ele disse seco eu senti meus olhos se enchendo de água, mas eu não iria chorar.

         “Isso não devia ter acontecido”, essas palavras foram como uma facada em peito, como se a ferida fosse aberta novamente.

 

~*~

 

Bella POV

 

         Muitas pessoas acreditam que o amor é um sentimento perfeito, no qual só traz felicidade e a conseqüência é que a pessoa se sente completa. Alguns poetas, na maioria deles, descrevem tal sentimento como algo que traz dor, mas que é essencial na vida de qualquer pessoa. Meu pai dizia que havia amado muito minha mãe, e quando ela morreu foi como se tivessem arrancado seu coração. Se um sentimento tão bonito assim traz dor, porque se atrever a senti-lo? O ser humano é um ser que adora perigos, alguns têm a sorte de se dar bem na vida, outros não. Eu realmente acredito que me encaixo no grupo dos que não tem sorte, afinal me sinto trancada em um avião que está prestes a cair devido à turbulência que acontece.

 

         Era domingo e á noite iríamos voltar para Forks, seria um alívio, pois eu realmente estava preocupada com a empresa, como estavam as coisas e etc...

         Não era cedo, eram nove horas da manhã, me levantei e fiz minha higiene pessoal, vesti uma roupa confortável... hoje eu iria afogar as mágoas.      Ri com meu pensamento, mas era a pura verdade, eu estava precisando relaxar e fazer algo divertido, algo que eu não fazia há tempos.

         Desci as escadas e fui tomar café, chegando na mesa já estavam a senhora Elizabeth e o Senhor Anthony, Jacob, Emmett e Rosalie, Alice e Jasper estavam descendo juntamente com Edward.

 

         “Bom dia”

         “Bom dia, Bella”, todos responderam.

 

         Sentei na cadeira e me servi de suco de laranja, logo Alice e Jazz me cumprimentaram, Edward também, ele estava lindo com o rosto todo inchado (de sono), porque eu não sei como, milagrosamente seu rosto não estava roxo, apenas um cantinho na boca machucado.

 

         “Hoje é domingo, não tem nada pra fazer”, reclamei.

         “Vou no shopping com a Rosalie, ta afim de ir Bells?”, Alice me chamou.

         “Hum... você sabe que não adepta de shoppings”, disse enfiando um pedaço de torrada na boca.

         “Nós sabemos”, Rosalie disse e riu.

         “E você Ed.. vai fazer algo hoje?”, perguntei, ele me olhou desprevenido.

         “Ah, vou resolver algumas coisas com meu pai antes de voltar pra Forks”

         “Hum... e você Emmett?”

         “Vou levar a Rosalie e a Alice e depois vou ver algumas coisas com o Jacob”

         Afinal ninguém queria sair comigo?

         “É Bella, acho que você vai ficar sozinha em casa”, Anthony disse, eu sorri de canto já ficando furiosa.

 

         Terminei meu café da manhã e me levantei, pedi licença pra todos e fui para o meu quarto.

         Eu queria fazer algo, mas não tinha nem idéia do que fazer. Deitei um pouco na cama, dependendo, à tarde eu iria sair sozinha mesmo.

 

 

-

-

 

         Acabei adormecendo, acordei era quase três horas da tarde, todos já deveriam ter se mandado... levantei e lavei o rosto pra tirar a cara amassada, fui até os quartos e não havia ninguém. Desci as escadas e fui até a sala, pra minha surpresa a TV estava ligada e Jazz estava sentado assistindo desenho animado, grande coisa.

 

         “Ué, pensei que você ia sair também”, me sentei ao seu lado, ele sorriu.

         “Você não me perguntou se eu iria sair”

         Virei os olhos.

         “Quer um salgadinho? Ta gostoso”, ele me ofereceu, mas eu recusei.

         “Jazz, vamos sair comigo?”, perguntei, ele me olhou.

         “Ah não, o Edward vai ficar com ciúme e bater em mim”

         “Claro que não, ele nem tem ciúme de mim”, bufei.

         “Vai nessa, querida”

         “Vamos sair ou não?”, perguntei impaciente.

         “Ah to com preguiça, Bells”, ele disse sem tirar os olhos do desenho.

         “Que droga Jasper Hale! Vamos agora!”, gritei e então ele me olhou assustado.

         “Ok, vamos”

 

         Fui correndo até meu quarto colocar um tênis, um All star, uma calça preta skinny e uma blusinha vermelha.

         Desci rapidamente e Jasper já estava me esperando.

 

         “Ok, vamos aonde? A pé? De carro? De burro? Do que?”, Jazz perguntou.

         “Vamos na caminhonete do Edward”, pisquei.

         “Ele vai achar ruim”, Jazz disse temeroso.

         “Não vai não! Afinal sou noiva dele, então que se lasque!”, gritei e ele riu.

         “Você sabe que não sou habilitado para dirigir fora de Forks”

         “Relaxa Jazz, deixa comigo”, dei um tapinha em seu ombro e ele riu.

 

         Fomos para a caminhonete e eu vi no chão um papel de anúncio, peguei para ler.

 

         “Olha Jazz, hoje vai ter um show de rock no parque central”, sorri, “vamos?”

         “Vamos ué”

 

         Entrei na caminhonete preta do Edward, liguei o motor e então saímos de lá, o caminho não era muito longo.

 

         “Acho que era bom a gente já ir esquentando, né? Vamos ouvir uma musiquinha”, Jazz riu.

 

http://www.youtube.com/watch?v=zzFoFYPMG38&feature=channel

(Anarchy In The U.K – Megadeth)

 

         Aumentei o som no ultimo, onde a gente passava as pessoas ficavam nos olhando, eu cantava a música, aliás eu gritava com a música.

 

         Tempos de rebeldia, eu devia ter vivido isso há muito tempo, mas eu sempre fui a boa filha... bom, isso não me impediu de curtir rock, mas até que fazer uma anarquia de vez em quando é bom.

 

I'm antichrist, I'm anarchist

Don't know what I want

But I know how to get it

I wanna destroy the passerby

 

'Cause I want to be anarchy

No dog's body

 

Anarchy for the U.K.

It's coming sometime and maybe

I give a wrong time, stop a traffic line

Your future dream is a shopping scheme

 

         Chegamos no Central Park, estava lotado, tinha um palco enorme para o show, todo mundo vestido a seu estilo, roqueiros, góticos e até emos. Jasper riu porque disse que era o mais normal, mas eu dei um tapa em sua cabeça dizendo que eu também estava normal.

 

         “Bella, aonde você vai deixar a caminhonete?”, ele perguntou.

         “Ah, aqui mesmo”, estacionei a caminhonete e desliguei o som.

         “É show de quem?”, ele perguntou.

         “Green Day”, pisquei e então ele pulou dentro do carro.

         “EU ADORO ESSA BANDA!”

         Olhei assustada pra ele, “Ok, Jazz, menos”

 

         Nós saímos da caminhonete e fomos para o meio da galera, o show ainda não havia começado.

 

         “Hey”, um cara grandão me chamou, Jazz ficou atrás de mim e o cara parou na minha frente.

         “Oi?”

         “Você é a irmã daquela modelo famosa de Forks, não é?”, ele perguntou e eu assenti.

         “QUE LEGAL!”, ele gritou e então me pegou no colo.

         “HEY ME SOLTA!”, dei um tapa em suas costas e então ele me soltou.

         “Ah, me desculpa... e aí? Veio curtir um showzinho?”, o cara era tão grande que dava medo, eu batia na altura do peito dele, ele era gordo e tinha piercings em todo o lugar que dava pra imaginar.

         “É vim sim”, sorri amarelo, Jazz me cutucou pra sairmos de perto dele logo.

         “Espera Jasper”, cochichei e o homem me olhou.

         “Quem é ela?”, um cara se aproximou dele e perguntou, mais dois chegaram.

         “Lembra... aquela da revista, Isabella Swan”, o gordo falou e eu fiquei olhando pra eles.

         “Claro, irmã daquela modelo gostosa, né?!”, um deles falou e eu fechei a cara.

         “Desculpe o Sam, ele é assim mesmo”, o gordo falou.

         “Ok”, respondi.

         “Ah, deixa eu apresentar o pessoal, sou o Billy, ele é o Sam, ele é o Mortão e ele é o Cachaça”, ele apontou para cada um e eu sorri, apresentei o Jasper.

         “Bom, podemos ficar todos juntos então”, eu disse.

         “Tá ficando louca?”, Jasper disse ao meu ouvido, eu dei uma cotovelada em sua barriga e sorri amarelo.

         “To afim de zoar, quer parar de encher?”, virei pra ele e ele me olhou assustado.

 

         Os caras pareciam gente boa, a gente trocou mais algumas palavras, logo de primeira eles me fizeram rir quando me mostraram uma bolsa cheia de garrafas de vodka e vinho, eu disse que era dona de uma empresa de vinhos, eles me disseram que iriam comprar todos os vinhos que minha empresa fabricasse.

         O show começou e nós resolvemos ir pra frente, Jazz estava cagando de medo dos caras, mas eu tentei tranqüilizá-lo, mas a verdade é que ele era um tremendo bundão.

 

http://casadazorra.blog.uol.com.br/images/exorcismonegrofotoB.jpg

(Link seguro – os caras, só pra vocês terem uma idéia ok?)

 

http://www.youtube.com/watch?v=9id0hp664Aw&feature=related

(Green Day – Holiday)

 

         “Billie Joe, ele é um gostoso!”, gritei e eles me olharam, “O que foi? To falando a verdade”

         “Tudo bem”, eles disseram e riram.

 

Ouça o som da chuva que cai

Caindo como uma praga de armagedon (hey!)

A vergonha

daqueles que morreram sem nome

 

Ouça os cães uivando fora do padrão

Um hino chamado "fé e miséria" (hey!)

E sangrar, a companhia perdeu a guerra hoje

 

Eu estou pedindo para sonhar e discordar das mentiras sujas

Esse é o começo do final de nossas vidas

Num feriado

 

Ouça a bateria desafinada

Mais um protestante cruzou a linha (hey!)

Para encontrar o dinheiro do outro lado

 

Posso ouvir outro amém? (amém)

Há uma bandeira envolvida em torno das dívidas dos homens (hey!)

Uma mordaça, uma sacola plástica num monumento

 

Eu estou pedindo para sonhar e discordar das mentiras sujas

Esse é o começo do final de nossas vidas

Num feriado

 

         A gente cantava e pulava com a música, era uma das minhas preferidas. Jasper por ser magrinho, Sam o pegou e o levantou ele gritava feito louco, eu ria igual uma condenada, acho que nunca tinha me divertido tanto na vida.

 

         “Levanta eu também?”, pedi para o mortão, ele me levantou e eu gritava “LINDO TESÃO BONITO E GOSTOSÃO”

 

         http://www.youtube.com/watch?v=tZZxxfYqByU&feature=related

(Green Day – Boulevard Of Broken Dreams) N/A: a minha preferida *-*

 

         A música que o Billie começou a tocar era a que mais mexia comigo, era linda e triste, pelo menos pra mim.

 

Avenida Dos Sonhos Destruídos

 

Eu caminho por uma estrada solitária

A única que eu sempre conheci

Não sei até onde vai

Mas é um lar para mim e eu ando só

 

Eu caminho por esta rua vazia

Na avenida dos sonhos destruídos

Onde a cidade dorme

E eu sou o único, e eu ando só

 

Eu ando só

Eu ando só

Eu ando só

Eu ando...

 

Minha sombra, a única coisa que anda ao meu lado

Meu coração falso, e a única coisa que bate

As vezes eu desejo que alguém me encontre

Até lá, eu ando só

 

Estou andando na linha

Que me divide em algum lugar na minha mente

No limite da margem

E onde eu ando sozinho

 

Leia entre as linhas do que

Está arruinado e o que está tudo bem

Checo meus sinais vitais, para saber se estou vivo

E eu ando só

 

         Assim a tarde se passou... a gente riu muito, os caras sabiam como me divertir, realmente fizemos amizade.

 

         “Hey, gostei de vocês”, falei pros caras enquanto saíamos do show.

         “É, mas eu ainda tenho medo de vocês”, Jasper disse.

         “BOOO!”, um dos caras deu um grito e fez uma cara de mau pro Jazz, ele deu um grito e veio correndo pro meu lado.

         “Jazz, larga a mão”, eu disse e ri.

         “Hey, porque você não vai com a gente pro bar?”, Sam disse.

         “Não, a gente tem que ir embora...”, Jasper ia dizendo quando eu o interrompi.

         “Boa idéia, vamos sim, bora todo mundo na minha caminhonete!”, dei um grito e um salto, fomos correndo pra caminhonete.

 

         Os caras subiram na traseira, Jasper entrou na frente comigo.

 

         “Tá ficando louca, Bella?”, ele disse.

         “Por quê? Eu gostei deles”, disse calmamente, “E aliás, vai lá pra trás porque um deles precisa ir comigo aqui na frente, pra poder me guiar”

         Jazz me olhou assustado.

         “DE JEITO NENHUM!”

         “Larga a mão de ser marica e vai logo”, o empurrei pra fora da caminhonete e Sam entrou.

 

Jasper POV.

 

         Eu iria dar um tiro na cabeça da Isabella e depois mutilar o corpo dela e ainda mandar a cabeça dela numa bandeja para o Edward.

         MAS QUE MERDA ELA TÁ FAZENDO?

         Subi na porcaria da caminhonete com a ajuda de um dos caras, eu nem lembrava o nome deles afinal.

         Sentei em um cantinho, os caras me olhavam e riam, será que eu tinha cara de bocó? Só podia.

         Bella deu uma arrancada com a caminhonete que me fez cair em cima de um dos caras, sério, eu tava todo cagado já.

 

         “SOLTA UMA MÚSICA AÍ!”, o que tinha uma tatuagem falou.

 

         Bella colocou uma música bem alto, a música era legal, mas não era nada legal eu no meio dos caras cantando e eles mexendo com as pessoas na rua.

 

http://www.youtube.com/watch?v=j8WP7aOD_9Q

(Muse – Knights Of Cydonia)

 

         “Vem aqui amigão”, um deles me puxou, “Canta com a gente”

         Eu fiquei assustado, mas é melhor cantar do que morrer.

 

Come ride with me

Through the veins of history

I'll show you a god

Who falls asleep on the job

 

And how can we win

When fools can be kings

Don't waste your time

Or time will waste you

 

No one's gonna take me alive

The time has come to make things right

You and I must fight for our rights

You and I must fight to survive

 

Bella POV.

 

         Chegamos ao barzinho, era um bar de rock, havia muitas motos na frente e pessoas iguais aos meus novos amigos.

         Entramos no local, e eles já escolheram a mesa pra nós.

 

         “Jazz, que cara é essa?”

         “Cara de quem vai te degolar sua desgraçada filha da p...”, o interrompi antes que terminasse.

         “Olha a boca!”

 

         Nós nos sentamos, e então começamos a conversar, contei toda a minha história pra eles, Billy até se emocionou na parte em que contei do meu pai.

 

         “Por isso quero afogar as mágoas”, disse secando uma lágrima.

         Jazz estava com a cabeça em meu ombro.

         “Sam, ta afim de fazer golinho?”, o cachaça falou.

         “Ah não, já bebi demais...”

         “Eu topo”, eu disse rindo.

         “Topa?”

         “Topo, porque não? Vamo caí pra dentro”, ok essa foi profunda.

         “Hey! Viado! Traz mais vodka aí!”, Sam gritou.

 

         Olhei para o cachaça, e todos se reuniram em uma roda, eu sentei em uma ponta da mesa e ele na outra, nosso olhar parecia aqueles de faroeste.

 

         “BELLA, NÃO FAZ ISSO SUA CRETINA!”, Jasper gritava e eu nem dava bola pra ele, até que o Mortão pegou ele pelo pescoço e mando ele calar a boca.

 

         Sam pegou uma garrafa e a abriu.

 

         “FAÇAM SUAS APOSTAS, ISABELLA OU CACHAÇA!”, o dono do bar gritava, algumas mulheres diziam que eu iria ganhar, os homens diziam que o cachaça iria ganhar por ele ser acostumado a beber muito.

 

         “A regra é o seguinte, quem cair primeiro é o perdedor!”, Sam disse, nós assentimos.

 

         Ele encheu os dois copos e gritou que podia começar.

 

         “Bella, se você cair de bêbada eu não vou te levar embora! Sua mal comida!”, Jasper já havia apelado, mostrei o dedo pra ele e continuei...

 

7 copos depois...

 

         “BELLA BELLA BELLA BELLA!”, as pessoas gritavam e eu já nem estava entendendo mais nada.

         Meu celular começou a tocar e eu olhei o número, era Edward.

         “O QUE VOCÊ QUER? TO OCUPADA AGORA!”, desliguei o telefone e continuei no desafio.

 

-

-

 

Edward POV.

 

         “Mas que droga! Ela está com uma voz muito estranha mãe... e o pior que vamos acabar perdendo o vôo por causa dela!”, vociferei, já estava muito nervoso.

         “Achou a Bella?”, Alice perguntou.

         “Ela atendeu mas logo desligou, disse que estava ocupada”, revirei os olhos.

         “Edward, o vôo é as nove, já é oito horas...”, Rosalie disse.

         “Eu sei, faz o seguinte, vão vocês pro aeroporto, eu vou esperar ela voltar... se ela não voltar eu vou atrás dela, mas vocês precisam ir”, falei e passei as mãos pelo cabelo.

         “E o Jasper?”, Emmett perguntou.

         “Deve estar com ela”, revirei os olhos.

         “Então nós vamos indo”, Emmett disse.

 

         Eles se despediram dos meus pais, agradeceram a estadia, e então foram para o aeroporto, foi quando percebi que minha caminhonete não estava na garagem.

 

         “Que droga!”, bufei e então voltei pra dentro da casa, eu iria esperar por mais meia hora, senão eu iria atrás dela, nem que fosse no inferno.

 

-

-

 

15 copos depois...

 

         “Isso aí Bella, você agüenta, continua firme!”, Sam disse em meu ouvido.

         “Bella, a gente vai perder o vôo, eu vou enfiar a mão na sua cara se você não parar agora!”, Jasper gritou, mortão olhou feio pra ele.

         “Não vai não”

         Jazz se encolheu.

 

 

25 copos depois...

 

         “Não agüento mais!”, gritei, eu tava loca, isso era fato.

         “Liguei pro Edward, ele está vindo te buscar!”, Jasper disse.

         “Quem é Edward?”, perguntei.

         “Seu noivo merda!”, ele gritou.

 

Edward POV.

 

         Brincadeira do golinho? Mas que merda era essa? Bella havia ficado louca, me apressei até o tal lugar, Jasper havia me dito que ela estava horrivelmente passando mal.

         Cheguei ao tal local, era imundo, como ela havia se enfiado num lugar desses?

         Entrei e vi uma rodinha, Bella estava sentada com a cabeça encostado na mesa, haviam várias garrafas na mesa.

 

         “Bella!”, gritei e então ela abriu os olhos.

         “Quem é você?”

         Revirei os olhos e vi Jasper sentado em uma cadeira com a pior cara de raiva do mundo.

         “Jazz”, acenei e ele veio até mim.

         “Leva essa sua noiva idiota pra casa logo”

         “E o vencedor é... Mortão!”, um cara enorme gritou, os outros vibraram com a notícia.

         “Mas eu não terminei!”, Bella gritou.

         “Terminou sim!”, disse furioso.

 

         A puxei da cadeira e ela não tinha nem forças pra ficar em pé, caiu no chão e começou a rir igual uma doida.

 

         “Bella, foi muito bom te conhecer, quando voltar aqui... é só vir aqui e nós vamos te receber de braços abertos”, o cara grandão disse e então eu neguei.

         “Ela não vai voltar”

         “Vamos, Bella”, a peguei no colo e ela gritava falando que não me conhecia.

         “Tchau bundão branco!”, um cara gritou pro Jasper e ele acenou.

 

         Liguei para o meu pai mandar alguém ir buscar a caminhonete, Jasper iria ficar vigiando, coloquei Bella no carro e ela começou a chorar.

 

         “De quem foi a idéia?”, perguntei pro Jazz.

         “Da sua noiva”, ele disse e bufou, “Nunca mais saio com ela”

         Eu ri, “Fica vigiando aí que logo alguém vai chegar para buscar, eu vou levá-la pra descansar, já é muito tarde”

         “Ok”

 

         Voltei para o carro e Bella já havia vomitado fora do carro, ainda bem que tinha sido fora.

 

         “Por que fez isso?”, perguntei.

         “Não te interessa”, ela respondeu e não olhava em meu rosto.

 

         Dirigi todo o caminho em silêncio, ela chorava e eu não entendia o motivo, ela estava bêbada afinal.

 

         Chegamos em casa e eu a peguei no colo, ela precisava de um banho, cheirava a álcool puro.

 

         “O que houve?”, minha mãe perguntou assim que cruzamos a escada.

         “Bella fez umas loucuras”, revirei os olhos e então continuei subindo até levá-la ao seu quarto.

 

         Entramos em seu quarto e ela ainda chorava, dizia coisas complexas como “quero morrer”, “droga de vida”, “vou matar todo mundo”.

 

         “Bella, olha aqui, você vai agora tomar banho, tirar esse cheiro de cachaça e aí a gente conversa depois”, disse sério.

         “Não vou”

         “Vai sim”

         “Não e ponto”

         “Ah vai”, a peguei pelas pernas e então fui com ela para o banheiro, abri a torneira da banheira e deixei a água preenchendo a banheira.

 

         A coloquei sentada no vaso e então tirei sua blusa, ela tirou a calça, ficando somente de calcinha e sutiã.

 

         “Pode começar o discurso, Edward”, ela disse.

         “Você não está em condições, Bella”

         “Por que? Só porque fui tentar esquecer de quem eu sou?”, ela disse e novamente as lágrimas desciam de seus olhos.

         “Não sei porque isso”, falei nervoso.

         “Droga Edward! Você me trata como se eu fosse um nada! Um ninguém na sua vida!”

         “E não foi assim que você me tratou quando me trocou pela sua empresa?”

         “Então o problema é a empresa? Pode ficar com ela, eu não a quero, não quero seu dinheiro, não quero nada! Se for possível eu nem me caso com você”

         “Para de ser fingida”, revirei os olhos.

         “Fingida? Estou falando sério Edward, eu vou te provar que eu te amo”

 

         Olhei para a banheira e vi que já estava cheia, desliguei a torneira, me aproximei dela e então nossos olhos se encontraram novamente, eu não sei o que estava sentindo, era estranho, era como se tudo o que ela me dissera fizesse sentido.

         Ela ergueu os braços e envolveu meu pescoço, nossos olhos não se desviaram, eu sentia algo muito bom, uma corrente elétrica que me levava a loucura. Sem hesitar levei minhas mãos ao quadril dela, aquela pele macia, que eu sempre sonhei tocar novamente.

         A peguei no colo e ela se agarrou a mim, era como se eu pudesse protegê-la de algo, mesmo ela sabendo que eu de uma forma direta a faria sofrer.

         Jamais queria que ela sofresse, mas ela me fez sofrer e muito... ela teria que me provar de verdade que havia mudado, ai sim eu poderia amá-la de todas as formas e dar a ela o mundo, tudo o que ela quisesse.

         Continuamos nos olhando, Bella levou as mãos até o fecho do sutiã, o deixando cair sensualmente, acompanhei todos os movimentos como se fosse algo inédito, era realmente fascinante.

         Bella levou a mão até a outra peça, mas eu a parei, queria eu fazer aquilo... seria maravilhoso, porque eu sabia que ela era minha.

         Seus olhos brilhavam, mas não fazíamos aquilo com fins sexuais, era talvez um ato que podia demonstrar algumas coisas.

         A coloquei na banheira e então ela relaxou, me olhava como se eu fosse a única pessoa que ela havia visto no mundo.

         Me abaixei perto e então ficamos nos olhando.

 

         “Queria que você pudesse explicar o que acontece comigo quando estou com você”, eu disse a ela.

         “Você ainda me ama”, ela disse e então eu fechei os olhos, era verdade, ela estava completamente certa, eu a amava mais que tudo, mais que todos, mas era difícil aceitar isso.

         “Não sei Bella, não sei”, eu disse e então me aproximei de seu rosto... e então nossos lábios se encontraram.


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Notas finais do capítulo

Maldade parar bem aí neh? kkkkkk enfim, capítulos legais estão se aproximando, e eu escrevi mais rápido neh? enfim, mta emoção vem por ai, e agueeeeeeeeenta coração! qqqq enfim, obrigado pelos coments to tentando responder a todos..
obrigado pelas indicações na fic e por quem add ela como favorita prometo postar mais rápido. bjbj ;**