Ice Heart escrita por Clever Girl


Capítulo 17
Capítulo 17 - The Dark World


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Como vocês estão? Então, ta saindo mais um capítulo fresquinho do forno, e eu espero que vocês gostem. Bjss...



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Eu não sou uma criança! Você tem que parar de me tratar como uma. - Andy grita, enquanto bate o pé, e assume uma pose nervosa.

— Eu sei que você não é uma criança...Só uma mulher extremamente maluca. - Cisco rebate no mesmo tom.

— Ela é minha irmã! Não há nada que você diga, que me impedirá de fazer isso!

— Esse não é o enredo de Frozen! Caitlin não é uma rainha cantando "let it go"! Ela esta matando pessoas, Andy... Matando! - Ele tenta fazê-la ouvir a voz da razão. — Você é uma professora do primário, não uma super heroína.

— Você acha que eu não sei disso? Queria que tudo fosse fácil como um filme da Disney! Mas não é. Algo aconteceu, Cisco...Algo grave. Aquela não é a Cait que conhecemos. A Irmã que conheço, nunca machucaria ninguém. Ela precisa de ajuda! E também, não é como se eu fosse sozinha pra cova do leão.

— Isso é imprudente...E perigoso.

— Mas nós não podemos deixa-la livre. Temos que trazê-la aqui; para sabermos como salvá-la. E alguém que a conhece bem, será muito útil.

— Então deixa que eu vou. - Ele sugeriu como se aquela fosse a solução perfeita.

— Você é necessário aqui...Eu não!

— Você é necessária! Eu preciso de você aqui

— Eu estou com medo também! - Ela admitiu, suavizando suas feições e segurando as mãos dele. — Você diz que eu sou maluca, irresponsável, infantil... Mas a verdade é que o mundo é sombrio, e ele não esta ficando nem um pouco melhor. E se eu deixar que toda a minha positividade;toda a alegria;toda minha luz, seja tirada de mim, então eu me tornarei tão sombria quanto ele. Isso não quer dizer que eu não saiba falar sério de vez em quando...Que eu não tenha responsabilidade. Ela é minha irmã Cisco...E eu não posso simplesmente fechar os olhos, e fingir que nada disso esta acontecendo.

 Toda a armadura de batalha que o engenheiro tinha construído em torno de si, se dissipou junto com o último resquício de raiva, e ele a abraçou.

— Eu odeio quando você fala sério! Você é pior que sua irmã nos discursos, sabia disso? Como é que eu deveria contestar isso? - Ele tenta ser o mais divertido possível, mas não tem muito sucesso.

Você não vai chorar, vai? Porque se fizer isso, eu não respondo por mim...Seremos dois chorões aqui - Ela diz e sente-o rir contra seu corpo.

— E eu achando que você ia ameaçar me bater

— Hoje não...Hoje não - Por um segundo ela se sente tentada a ficar ali, onde é seguro, mas sabe o que tem que fazer — Agora me solte...Eu preciso ir. Joe e o resto do pessoal esta me esperando

 E é isso que ele faz, embora relutantemente. Antes de se distanciar demais, ele afasta os cabelos rebeldes da testa dela, e deposita um beijo ali.

— Para dar sorte! - Avisa — E se você contar a alguém...

— Não se preocupe com isso. Seu segredo esta a salvo comigo

 Ela esta quase saindo, quando sente vontade de dizer mais uma coisa.

— Cisco? - Chama — Não esqueça de quem você é, okay?

— Isso não é uma despedida Andy!

— Claro que não! - Ela tenta esconder o mal pressentimento que assola seu coração — Eu só queria que você não se esquecesse de deixar a sua luz acesa. E...- Ela deixa a frase no ar e lhe lança algo que pegou em seu bolso.

 Cisco segura o objeto no ar. Ele olha, e vê que se trata de uma moeda com uma estrela estampada, que a muito tempo foi dourada, mas hoje não passava de metal desbotado.

— Uma moeda? - Perguntou confuso.

— Sei que parece estranho, mas ela é importante pra mim...E eu gostaria que você ficasse com ela

— Até você voltar? - Questionou, não gostando de como tudo aquilo soava.

— Yeh...Até eu voltar - Concorda, sem muita certeza que isso realmente vai acontecer.

...

Cisco se encontra sentado num canto isolado no meio daqueles esgotos. Como sempre, ele Fica esfregando a velha moeda em movimentos circulares. Seu novo habito adquirido só havia desbotado ainda mais o metal.

 Ela sabia que não voltaria viva. Ele era quem havia descoberto superpoderes e não pôde prever isso; mas ela com seu... sexto sentido? No fundo já sabia. Ele queria ter sido capaz de poder evitar. Não devia tê-la deixado sair por aquela porta, nem que pra isso tivesse que amarra-la. Se deixar ser convencido por aquele maldito discurso, era uma das coisas que mais se arrependia. Talvez se não tivesse feito isso, ela ainda estaria viva.

 Ele não foi capaz atender seu pedido; deixou sua luz se apagar, e agora é tão sombrio como o resto mundo. Não poderia continuar sendo o mesmo, não quando uma das melhores pessoas que conheceu, simplesmente teve sua vida tirada tão precocemente. E agora é olho por olho, dente por dente. Talvez isso fosse capaz de preencher todo o vazio dentro de seu peito.

...

— Barry?! - Joe West se emociona ao ver seu filho de criação.

 Depois que o velocista sumiu em meio ao buraco negro no céu, pouco a pouco, ele foi perdendo a esperança de encontrá-lo novamente. Ele não consegue nem expressar o quão feliz esta por causa disso.

 O Allen já estava bem melhor do que algum tempo atrás. Todos os machucados em sua pele, são quase imperceptíveis, agora que sua regeneração voltou a funcionar corretamente.

— Joe? O que? - Ele pergunta atônito, vendo o que aconteceu com seu pai de criação.

 O West havia perdido sua inteira perna direita, e agora se locomovia com uma muleta improvisada.

— Isso não importa! Agora venha aqui me dar um abraço, porque ir até aí esta um pouco complicado. - Pede, sem se importar com sua condição atual.

 Barry obedece, feliz por vê-lo.

— O que aconteceu? - Questiona, tendo quase certeza da resposta Caitlin?

Sim - O ex detetive concorda, fazendo com que Barry abaixe a cabeça.

— Ela é realmente tudo o que estão dizendo?

— Não - Responde, surpreendendo-o com a resposta negativa

— Não?

 O detetive se senta no chão com dificuldade e faz um gesto para o Allen fazer o mesmo, antes de começar a história.

Depois que você desapareceu, a cidade ficou maluca. Um monte de meta-humanos aproveitaram a falta do Flash para fazer a festa. A policia não conseguia lidar com eles sozinha, e nós não tínhamos nenhum outro meta-humano para ajudar...Ou melhor, quase isso. Nós precisamos dela, e apesar de inexperiente, fez um ótimo trabalho. Numa dessas missões...Uma bem simples por sinal; ela simplesmente desapareceu depois de uma grande explosão. No inicio, procuramos por um corpo, mas não havia nada. A onda de ataques também cessou depois disso, só voltando...Com ela. Quando retornou, estava diferente...Estava má.

— O que aconteceu? Pra onde ela foi?

— Nós não temos essa resposta

— Então o que te faz pensar que ela não é tão ruim assim?

— A morte da Andy.

— Como matar a irmã a torna menos má?

— Essa é uma longa história...

...

 O plano de captura da  Nevasca estava indo bem...Exceto que não estava mais. Ninguém sabia dizer ao certo o que deu errado. Eles a haviam subestimado. Caitlin havia começado matando alvos que pareciam específicos: Alguns cientistas...Empresários. Era quase como se estivesse seguindo uma lista.

 Alguns meses depois, ela ficou umas semanas sem aparecer, até que encontraram sua morte mais cruel até hoje. Dr. Daniel Willows: Brilhante bioquímico, que teve sua carreira arruinada pelos mesmos alvos da Nevasca. A morte dele foi extremamente violenta, até para os padrões dela. Ela estraçalhou seu corpo, sem dó, nem piedade. O que ele fez para merecer tamanho ódio? Nenhum deles tinha a menor ideia.

 Depois disso, as mortes dela se tornaram constantes e aleatórias. E em todas as vezes o indivíduo morria completamente congelado.

Todos acharam que como ela normalmente atacava um alvo por vez, múltiplos atacantes lhes dariam uma vantagem sobre ela. Eles estavam errados. E só foram perceber isso quando não havia mais volta.

 Haviam aproximadamente oito policiais mortos; empalados no chão. Mais três feridos; incapacitados de fazer algo. Joe entre eles. Ele tinha uma estrela ninja feita de gelo, com aproximadamente 15 centímetros, cravada na sua perna direita. Ele mal podia andar aquele ponto, isso sem contar a dor. Sua arma estava completamente congelada, sem chance de utilização. Não havia nada que pudesse fazer.

— Cait pare! Você não é assim! - Andy implora  enquanto tenta se manter de pé.

 Caitlin a segura pelo rosto e parece estar retirando todo o calor do corpo da irmã,e claramente se divertindo no processo

— Ela não cala a boca, sabia? - Nevasca responde com sua voz sinistra — Ela quer que você viva...Ela quer muito isso, mas tem que aprender que eu estou no comando aqui. Talvez depois que eu te matar. O luto a deixa quieta, é fantástico!

— O que? - A voz de Andréa se  torna cada vez mais fraca, enquanto vai lentamente congelando por dentro.

— Ela ainda acha que é mais forte que eu! Ownt...Ela não é uma gra...- Para abruptamente no meio da frase, e chacoalha a cabeça como se tivesse algo de errado.

 Com uma expressão mais próxima de medo, ela termina o processo que antes realizava lentamente, em questão de segundos. Quando o corpo da irmã cai no chão, sem vida, algo acontece. A Nevasca leva suas duas mãos a cabeça e cambaleia pra trás, ela aperta seus olhos firmemente, fazendo uma careta no processo. Quando ela volta a abri-los, sua expressão não é mais cruel...E sim desesperada.

—Andy? - Ela sussurra baixinho enquanto se aproxima do corpo, hesitante.

— Fale comigo Andy...Por favor...Por favor - Implora enquanto se ajoelha ao lado da irmã mais nova, e procura seu pescoço, para checar batimentos.

— Não! Não...não...não...não! - Começa a repetir quando vê que ela se foi — O que foi que fiz? O que foi que eu fiz?

 Lagrimas e mais lagrimas começam a escorrer dos olhos da doutora. Ele puxa o corpo de Andy, colocando sua cabeça em seu colo. Com a ponta dos dedos, acaricia o couro cabeludo da mesma, como costumava fazer antes. Seu choro começa a piorar ainda mais. Os soluços altos, já podem ser ouvidos de longe. Ela fica assim por uns minutos que mais pareceram uma eternidade, e depois ergue a cabeça e grita. Um grito repleto de dor e de culpa. Ela só quer que aquele sentimento vá embora; só quer ter sua irmãzinha de volta; que nada daquilo seja real.

 Em meio a sua dor, uma explosão de poder tão grande saiu dela, mas a mesma estava entorpecida demais para sequer notar. Toda aquela região; toda a cidade; o estado; foi congelado de uma vez só, presos em uma geleira...Em uma Nevasca impiedosa.

 Caitlin para de gritar apenas no momento que não tem mais forças. Ainda em meio a lagrimas e soluços, ela olha diretamente para Joe, e antes que seu rosto se torne cruel mais uma vez, ela sussurra uma única palavra...Uma palavra que ele entendeu muito bem.

— Corra!


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Notas finais do capítulo

Hey...Olha eu aqui de novo. Tivemos a morte da Andy nesse cap, e algumas novas informações. Eu espero que não tenha deixado ninguém com um baixo astral depois que leram isso. Eu não sei se sou eu sendo emotiva, ou se realmente a morte da Andy foi triste, mas mesmo assim...
Bom...Eu espero que tenham gostado e até os comentários... Beijinhos...



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