Consciência escrita por BabiihFr


Capítulo 23
"Eu tenho coração, mesmo que o meu seja frio"


Notas iniciais do capítulo

OE /o/
Capítulo narrado pela Miranda :O
Queria agradecer ás reviews lindas que ficam me mandando. Meninas, vocês me alegram de um jeito incrível
Enjoy



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 Ah, porquê a vida tem que ser tão pacata? Digo, não que eu seja uma viciada em adrenalina, mas aqueles retardados não conseguem nem vir me fazer uma visitinha? Bando de perdedores, é isso que eles são. E essa lista inclui a minha filhinha.

 - Não sei porque você gosta tando desse lugar - L. veio sentar-se no banco do jardim, ao meu lado - Por mim já teríamos ido catar aquela menina a tempos.  Arqueei uma sombrancelha.

 Ele não tem noção, mesmo.

 - Claro. Vamos lá, com aquele menino colado na Demi, certamente você vai ter um piripaque e eu vou me ferrar. De novo não, L.

 Ótimo, me esqueci de mencionar isso. Esse otário fica todo sentimental perto dos Kaulitz, porque ele os salvou e blá, blá, blá.

 - Mas afinal - suspirei, vendo que ele não me responderia - Porque não consegue chegar perto daqueles garotos?

 - Miranda - L. se virou pra mim - É uma baita história...

 - Me conte.

 - Certo...

 " Eu conheci Simone do jeito que conheço a maioria de nós. Obviamente, entrando na cabeça dela.  O problema, é que ela só conseguia pensar em dois meninos. Dois menininhos que a preocupavam dia e noite. Não por serem duas pestes destruidoras, mas por serem iguais a ela. Por terem a mesma... "coisa" que nós temos.

 Assim, eu entrei em sua cabeça, mas não fiz nada a ela. Apenas conversamos. E ela me contou sobre tudo, sobre como os dois iriam sofrer, do mesmo jeito que ela sofria, vendo as coisas terríveis que algumas pessoas eram capazer de fazer.

 Aí eu resolvi ajudá-los. Eu consegui desenvolver um jeito de desviar os sonhos deles para a minha cabeça, fazendo com que os dois apenas sonhassem com coisas normais.  Simone ficou agradecida, claro. Eu fiquei me matando por um tempão só por compaixão, ficar agradecida era o mínimo que ela me devia.  Mas no fim, como quase sempre na minha vida, eu me ferrei. Sim. Resolvi entrar na cabeça dos Kaulitz pra saber como eles eram, sabe, conhecê-los? Então.  Depois disso, nunca mais consegui fazer mal algum a eles. Não que eu não quisesse, pois alguns pensamentos daquele Thomas me dão vontade de ir lá surrar a cara dele, mas simplesmente não consigo. Aí, com a sua filha agarrada neles, não consigo fazer mal a ela também. Apenas quando ela está MUITO fraca. Como ontem, por exemplo"

 Franzi o cenho

 - Céus - respirei fundo, passando as mãos nos cabelos - Você é um ótário. Porque foi se meter?

 - Eles tinham 4 anos, Miranda! Até onde eu sei, eu não sou como você. Tenho coração, nem que seja frio.

 Revirei os olhos.

 - A cada dia que passa estou achando você mais viado - semicerrei os olhos. L. apenas deu de ombros.

 - Como se eu me importasse com o que você pensa.

 Eu ainda não entendo o porque dele sempre ficar me ajudando. Certo, eu agradeço, mas não pedi pra ele ser meu capacho.

 - L. - olhei para ele, que ainda fitava o horizonte - Pode me explicar porque sempre me ajuda?

 Ele suspirou pesadamente.

 - Porque me sinto melhor com você. Me sinto mais forte, sei lá.

 Arqueei uma sombrancelha e comecei a encarar o chão.

 - Ah, bem... - comecei - Certo. Mas então, precisamos afastar os Kaulitz da Demi?

  L. assentiu com a cabeça, pensativo.

 - Um descuido deles com ela, e pronto. Conseguimos.

 Levei as mãos á cabeça. Eles certamente não iam se descuidar, porque da última vez que entrei na cabeça daquele Bill, só tinha Demi, chicletes e Marley & Eu. Que empolgante.

 Ficamos ali, só pensando por uns bons minutos.

 Até que eu pensei numa coisa. Mirabolante, mas útil.

 - L., precisamos conversar - sorri.


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Notas finais do capítulo

OW. L. mostrando seu lado fofo (onde? )
AIRIAIRAIR TO NAS DORGAS /o/
:*