Depois de Celestia salvar Alison em Dol Guldur do necromante, as duas partiram em uma viajem, Alison subiu nas costas do dragão e voaram por dois dias inteiros, só parando para beberem água e comerem alguma fruta.

Alison e Celestia estavam em sua ultima parada de descanso, o dragão branco iria descansar um pouco antes de seguir a viagem e Alison precisava se hidratar, já que seu corpo começou a se desidratar por falta de água e comida. Por sorte Celestia pousou perto de um rio com água corrente, onde ambas aliviariam sua cede.

Alison tinha acabado de sair das costas do dragão, começou a se espreguiçar, esticando um pouco o corpo, já que tinha passado muito tempo na mesma posição.

– Minhas pernas doem – reclamou Alison se sentando no chão em seguida

– Humanos são tão fracos – disse Celestia deitando onde tinha pousado, seria o local onde descançaria naquela pequena parada.

– Diz isso por que você é um dragão! – reclamou Alison, um pouco estressada pela indiferença de Celestia – Se você fosse humana saberia como é difícil viajar por tanto tempo nas costa de um dragão.

O Dragão olhou para Alison e ficou encarando-a por alguns segundos,a mesma tinha deixado as reclamações de lado e tinha caminhado até o rio.

– Humana? – chamou Celestia

– Já disse que pode me chamar de Alison – disse Alison, fazendo uma conchinha com as mãos e pegando um pouco de água com elas.

– Aquele necromante estava certo em algumas coisas sobre você – disse Celestia

– O que? – perguntou Alison curiosa

– Suas lagrimas de lamentação tem poder de ressuscitar os mortos – respondeu Celestia – Você precisa tomar muito cuidado a partir de agora, poucos sabem sobre a sua história,mas quando souberem,viram atrás de você.

– Humm – Alison se sentou, seu vestido já estava praticamente destruído com as paras que tinham feito, então nem ligava mas com a terra suja ou os pés descalços,já que tinha perdido seus sapatos em quanto estava voando – Eu não conheço minha história,mas pelo que aquele maluco falou da para perceber que sou um pouco conhecida. Mas o que eu poderia fazer sobre as minhas lagrimas? Elas estão sempre caindo.

– Tem uma história que eu ouvi há um tempo – comentou Celestia – A primeira jóia que a Maga dos olhos de prata o pegou para si, teria o poder de selar suas lagrimas.

– Isso é serio? – perguntou Alison com os olhos brilhando, não por causa das novas lagrimas que se formavam.

– Não tenho certeza – respondeu Celestia

– Mas não custa tentar – comentou Alison, começando a pegar o colar feito das gemas brancas que pegou na sala dos tesouros dos anões. Ele estava amarrado em uma pequena bolsinha na saia por dentro do seu vestido. Tomando cuidado o colocou em volta do seu pescoço e o prendeu. Como magia suas lagrimas cessaram.

– Parece que é verdade – comentou Celestia impressionada

– Isso é incrível – disse Alison pulando de alegria – Mas tem um lado ruim – disse parando de pular e ficando um pouco cabisbaixa – Se Thranduil saber que eu roubei isso dele, ele me mata.

– Não acho que ele chegaria a tanto – comentou Celestia

– Você não o conhece – disse Alison com uma expressão sombria – Ele é obcecado pelas gemas brancas e sua pureza, ele me mataria com toda certeza!

– Se você diz.. – comentou o dragão fechando os olhos - .. Mas em Etherion você estará segura. Khantra lhe protegerá. – com essas ultimas palavras Celestia adormeceu.

– Quem é Khantra? – perguntou Alison, mas o dragão já tinha dormido. Sem muitas opções, também foi dormir, em baixo das asas de Celestia.

***

Depois da pequena pausa Alison e Celestia voltaram a viajem, Alison não estava muito bem, sua desidratação piorava com o vento, mas agüentava firme. A viajem estava no seu fim, ao longe se via um grande reino cercado por uma floresta.

– As arvores era para serem dessa cor? – perguntou Alison a Celestia

– Em Etherion é comum ter arvores dessa cor – Respondeu Celestia indiferente

O reino Etherion é um reino cercado por uma floresta escura e com árvores de coloração incomum chegando a parecer um roxo bem escuro beirando ao negro.

– Terei que lhe deixar um pouco afastada da floresta do reino – disse Celestia começando a descer em direção ao solo. – Se não chamarei muito a atenção.

– Ei! – reclamou da descida brusca –Entendi – disse Alison

Quando pousaram em segurança no solo Alison e Celestia se despediram.

– Siga essa trilha e atravesse a floresta, chegará até a cidade – instruiu Celestia – Depois procure por Khantra, e fique segura.

– Obrigada Celestia – agradeceu Alison dando um leve sorriso – Mas, realmente é seguro ficar em Etherion? – perguntou olhando inserta para a floresta

– Lá você estará protegida – garantiu Celestia

– Se você diz, deve estar certa – disse Alison – Bem, pelo que vi em quando estávamos lá no alto, tenho muito que andar até chagar na cidade.

***

O sol começou a nascer, depois de ter andado uma boa parte da floresta via um pouco da luz passando pelas frestas das arvores. Estava cansada por ter andando e pelos dois dias de viajem nas costas de Celestia, mas tinha se mantido firme até ali.

Um pouco tempo depois vários elfos apareceram, apontando seus arcos e flechas para Alison, que foi forçada aparar de andar. Os elfos usavam vestimentas negras, ajudando a se camuflarem a noite, mas como amanhecia, foram forçados a aparecerem. Uma mulher saiu do meio deles, ela segurava seu arco, mas ao contrario dos outros elfos, não apontava para Alison, talvez não visse como uma ameaça ou simplesmente achava que era desnecessário usar uma arma contra uma criança.

– Meu nome é Merenwen, cuido da vigilância da floresta do reino de Etherion – apresentou-se a elfa – Um elfo me avisou que uma criança andava em direção a cidade, então eu pergunto que é você? Qual é o seu objetivo em Etherion? – perguntou Merenwen.

Merenwen era esguia, pequena, possuía olhos claros, que Alison pôde ver de longe. Olhos estes que ele não podia decifrar se eram verdes ou azuis, mas o deixou momentaneamente hipnotizado. Eram olhos desafiadores, e só com eles, ela conseguia dizer “Ei, não se aproxime, sou sinônimo de problema". Seu cabelo negro tinha um corte reto que chegava até a base do pescoço, e armadura da mesma cor que os fios a deixava com um ar de superioridade. Segurava uma espada, em sua lamina tinha desenhos em forma de ondas. De todas as espadas élficas que Alison tinha visto, nunca viu uma como aquela.

– Eu sou... – o que deveria responder? Na terra-média as pessoas e os seres tinham um jeito diferente de se apresentarem, e se dissesse algo errado, jamais chegaria a Khantra. – Chorona,a cristal – respondeu,fazendo-a a elfa arfar de surpresa,ela era uma das pessoas que conheciam a lenda,pensou Alison.

A elfa não sabia o que dizer, não tinha reação. Mas estava na presença dos seus homens, eles seguiam suas ordens, e como líder deles não podia ficar paralisada pra sempre.

– O que a maga, dos olhos de prata deseja? – perguntou Merenwen

– Desejo ver Khantra – respondeu Alison com toda confiança que as flechas apontadas para si, poderiam lhe dar.