– Jace estamos indo rápido demais. – falei.

– Não estamos tããão rápido assim. – ele falou e beijou meu pescoço.

– Jace não! – Falei afastando ele do meu pescoço.

– Está bem, não me ama né? É meio difícil não amar esse loiro natural aqui, mas pode ser q não ame.

– Não amo – Ele ficou chocado quando eu falei isso. – Jace, saia do meu quarto. Agora. Se você não sair... – Falei e deixei o resto da frase no ar.

– Está bem.

Ele saiu e fechou a porta com força. Depois me escorrei na porta e fui escorregando até sentar no chão. – CONVENCIDO, FILHO DA ... – Meus pensamentos foram interrompidos por minha vó me chamando.

– Clary? O Almoço está pronto. – falou Rosa.

– Tá bom, já to indo.

Levantei do chão e fui para a sala de jantar, e Jace estava lá olhando para a parede com umas fotos minhas e de minha vó quando eu tinha 6 anos de idade. Sentei do lado dele e falei:

– Olha Jace, me desculpa por eu ser grossa, é que eu não te amo.

Eu só amava ele um pouco. – Pensei.

– Nossa obrigado por essas suas palavras de consolação, isso me ajudou muito. Você deveria escrever um livro sobre isso. – O loiro exclamou.

– Nem todo mundo ama você Jace.

– A maioria das pessoas me ama.

– Eu não sou a maioria. – Falei.

– Claro que não é, você parece diferente.

– O que você quer disser com diferente?

– Uma garota especial, a maioria das meninas já teriam me trancado no quarto com elas.

Me livrei de responder quando a minha vó chegou na mesa com uma tigela com uma lasanha dentro.

– Lasanha de frango do jeito que você gosta. – Minha vó falou para mim.

– Parece estar delicioso. – A mãe de Jace falou. Ela estava do outro lado da mesa, era loira com olhos azuis, aparentava 34 anos, era bonita, lábios carnudos, sobrancelhas grossas e pretas, um batom vermelho vinho e delineado de gatinho com muito rímel.

– Vamos rangar! – Falou o pai do Jace. Uma figura musculosa, parecia ter 40 anos, cabelos loiros e ondulados, olhos verdes, com cílios longos, que qualquer mulher mataria para tê-los, nariz achatado, boca pequena e pele clara.

– Acalme-se Stephen Herondale! – Falou a loira.

– Celine Wayland! Pare de me chamar com meu sobrenome! – falou Stephen.

– Me desculpe. – Falou Celine.

– Vamos almoçar, Se não a comida vai esfriar não é mesmo? – disse Rosa.

– Claro! – exclamou Charlie.

Passamos o resto da refeição sem falar nem uma palavra.

***

– Clary acorda! São sete horas da manhã você tem escola! Vai se atrasar minha netinha! – Era a voz da minha vó, eu estava dormindo e nem me incomodei em abrir os olhos para ver se era mesmo ela.

– O que vó? – Falei.

– SÃO SETE HORAS CLARY! TIRE A PREGUIÇA DESSE CORPO! – berrou minha vó.

– Ai mereço – disse me levantando da cama.

– Olha o café está lá em baixo.

– Tá tá. Mas a roupa do colégio você comprou, não comprou? – perguntei.

– Claro! Posso estar meio velha, mas não estou com amnesia para não me lembras das roupas! E passei elas. Agora estão ali no puff. – Ela respondeu e apontou o queixo para o puff.

– Ok.

– Agora vai tomar banho, que você nem tomou banho ontem a noite não é porquinha. –É verdade, eu não tinha tomado banho ontem.

Ela saiu do meu quarto e eu corri para o banho. Voltei do banho e ainda era sete e vinte. Coloquei a blusa do colégio e a calça. Era uma blusa branca com um detalhe no lado direto – um livro aperto preto com linhas coloridas. – E a calça era azul escuro, lisa e apertada.

Coloquei rímel e depois desci, ainda descalça para a cozinha, lá encontrei a mesa de vidro com pães d’água, manteiga, doce de leite, requeijão, queijo e mortadela. Fiz um sanduiche com muito requeijão, queijo e duas fatias de mortadela.

Comi e subi para colocar o tênis da Vans preto e depois desci novamente e fui para sala. Chegando lá minha vó estava vendo o noticiário de Nova Iorque.

– Corre para o vizinho Clary, se não vai se atrasar! – Rosa falou.

Eu assenti e corri para a casa do Jace.