Aurora Borealis - Segunda Temporada escrita por LastOrder


Capítulo 9
Quadro


Notas iniciais do capítulo

Mais um ai

 
bjs



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 PDV Eloise

 


Após vinte minutos, chegamos finalmente na tal casa de leilões.

 

Que estava mais para um galpão do que para uma casa.

 

Alice arregalou os olhos.

 

- Noosssaaa. Que luxoo! – Disse irônica.

 

A peguei pelo braço.

 

- Anda, vem logo e não reclama. – Afinal, era aquilo ou ficar presa no hotel.

 

Dentro do galpão havia um palco no fundo e na frente um monte de poltronas. Recebemos uma plaqueta com um numero na entrada e fomos nos sentar na ultima fileira.

 

O homemzinho já começava a leiloar as peças. Eram moveis e objetos que ficavam na casa de um artista da região, Peter Sullivan. Pelo que o homemzinho havia dito, o artista havia sido colocado num asilo e sua filha estava vendendo as coisas dele.

 

 

Gente, eram muito fofinhas. Um colar, depois uma gaita, um guarda roupa. E por ai foi.

 

Alice estava com uma cara de poucos amigos ao meu lado.

 

- Que é? – Perguntei baixinho enquanto o homem leiloava outra peça.

 

- Isso é muito chato. Não agüento mais ficar aqui.

 

- Alice, já vai acabar. Daqui a pouco a gente vai embora.

 

Ela bufou, cruzou os braços e fez bico.

 

Acho que eu ia ter que acabar ligando para Carlisle para pedir que ele liberasse um dinheirinho pra gente, se não o bom humor de Alice não ia agüentar.

 

- E agora o quadro da família Brandon. Um dos maiores sucessos de Peter Sullivan.

 

E então apareceu uma pintura gigante de um metro por dois com quatro pessoas desenhadas.

 

Duas,os pais, estavam sentadas em poltronas floridas. Uma outra, que devia ter uns cinco anos, estava sentada no colo da mãe. E por fim, a quarta pessoa, estava sentada no chão entre as duas poltronas só que um pouco mais adiante destas, era uma menina de uns dezessete anos.

 

Mas o que nos surpreendeu (especialmente à Alice) foi que a jovem de dezessete anos era a cara de Alice, a única diferença deveriam ser os olhos, os da menina eram azuis.

 

- Este quadro que representa uma das maiores famílias comerciantes do nosso pais do século XX conseguiu sobreviver a segunda guerra mundial e ao acidente que incendiou a mansão Brandon em 1947, foi encontrado a pouco tempo escondido na casa de Peter Sullivan e é o ultimo retrato que a família fez unida.  Por isso o preço inicial é de 20.000 euros.

 

Pra mim aquilo era muito, mas para minha surpresa, muitos começaram a disputar pela pintura.

 

Enquanto isso, Alice continuava boquiaberta ao meu lado.

 

- Alice, você está bem?

 

Ela demorou pra responder.

 

- Bem...  Eu estou chocada! Aquela sou Eu! Você sabe o que significa? Que eles são minha família!

 

- É, eu percebi.

 

Alguns humanos começaram a olhar pra gente, sorte que a sala era escura onde estávamos.

 

Peguei Alice pelo braço.

 

- Venha, vamos sair daqui, você está chamando muito atenção.

 

- O que?

 

Não deixei que ela terminasse. A arrastei para fora do galpão.

 

Já era noite do lado de fora.

 

Eu achei melhor deixar Alice falar primeiro, ela estava muito pensativa, e isso não era muito típico dela.

 

- Eu tenho que falar com esse pintor. – Ela cortou o silêncio.

 

O.o

 

-Como é que é?

 

Ela me encarou.

 

- Isso que você ouviu. Tenho que descobrir mais sobre minha família, mais sobre minha vida humana.

 

- Alice, mas ele esta internado num asilo.

 

- Vamos falar com a filha dele.

 

- E como você pensa encontra-la?

 

- Ela deve estar lá dentro, vou perguntar para o homenzinho que fez o leilão e depois falamos com ela.

 

Isso sim é que eu chamo de grande plano.

 

- Alice, tem certeza que você quer mesmo fazer isso?

 

Seu olhar ficou perdido por um minuto. Estava tendo uma visão.

 

- Tenho. E já sei quem é a mulher.

 

Bem, pelo menos não poderíamos dizer que nossa viagem seria entediante.

 

 

----------------*------------------

 

PDV Lucy

 

Sai dos fundos da casa de leilões com mais dinheiro do que havia imaginado.

 

Quem diria que aquelas bugigangas velhas do meu pai realmente serviriam para alguma coisa.

 

A noite estava fria, me encolhi dentro do meu sobretudo o máximo que pude e fui até o ponto de ônibus. Sentei-me.

 

Um tempo depois apareceram duas adolescentes e se sentaram uma de cada lado meu. Não conseguia ver sua face com clareza, mas uma delas parecia ter o cabelo meio loiro meio ruivo, não tinha certeza. E a outra estava com um gorro e não pude ver nada, a não ser que parecia ter cabelo curto.

 

Um tempinho depois a de cabelo de cor estranha disse:

 

- Está frio hoje, não?

Não gostava muito de falar com estranhos, em especial à noite.

 

- Sim, está.

 

- Você que é a filha de Peter Sullivan?– A mesma perguntou desta vez me encarando. Assim que vi seus olhos verdes senti uma leve pontada de medo.

 

Automaticamente as considerei como ameaças e me levantei do banco com um movimento rápido, segurando a bolsa contra meu corpo.

 

- QUEM SÃO VOCÊS?! – Gritei assustada.

 

-Não queremos machucar você. – Disse a pequena de cabelo curto.

 

- EU NÃO VOU DAR MINHA BOLSA! OUVIRAM? SAIAM DAQUI! – Tentei espanta-las, pensando que tinha como vantagem o fato de ser mais velha que elas. Mas não se mexeram. Acho até que vi a mais a alta revirar os olhos e suspirar.

 

- Queremos saber onde está seu pai só isso. – Disse a menor.

 

- O que vocês querem com meu pai? Ele é um velho imprestável. – Perguntei curiosa.

 

- Escute aqui! Se você não nos falar em que asilo ele está, nós pegamos sua bolsa. Então desembucha.

 A voz da alta era ameaçadora e eu não queria perder meu dinheiro.

 

- Está no Asilo de Saint Louis. – Falei rápido.

 

- É bom que esteja – Ameaçou a de cabelo comprido.

 

- Obrigada - Respondeu a baixinha, educadamente.

 

E então desapareceram sem deixar vestígios.


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Notas finais do capítulo

vo posta o proximo hoje...
 
bjss
 
 



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