Eyes of a Demon escrita por QueenOfVampires


Capítulo 14
O que está por vir


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Título ridículo, estou sem ideias kkkkkk Mas enfim, ele faz sentido!
Nesse singelo capítulo temos umas coisinhas bem interessantes, temos introduções para os futuros barracos da fic, envolvendo Gabriel, Abaddon, Meghan... Pois é, fiz até uma pequena( lê-se: grande) mudança de última hora e, novamente, a história vai mudar o rumo!
Mas enfim, espero que gostem, nos vemos nas notas finais! Boa leitura.



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Digamos que eu e o Cass não tivemos muito sucesso em não fazer barulho, mas eu posso jurar que nos esforçamos. Depois de algumas horas e muita luta para sair da cama, finalmente concordamos que deveríamos voltar para o andar de baixo.

– Eu vou tomar um banho... - Eu disse ao me sentar na cama e colocar o roupão - Ia sugerir que você me acompanhasse, mas não parece uma boa ideia.

– Tem certeza? - Castiel esticou um dos meus cachos - Para mim parece bom...

– Tenho. - Falei com firmeza - Se comporte, estamos na casa do Bobby.

O anjo assumiu uma feição confusa e sentou ao meu lado antes de começar a me acusar.

– Mas foi você que veio me agarrar, bem determinada a tirar minha roupa.

– Você estava sendo muito romântico, não resisti... Desculpe pelo seu ombro. - Passei meus dedos pelas marcas que fiz ao mordê-lo em tentativas frustradas de controlar os gemidos que me escaparam.

– Ah, sem problemas... Elas vão sumir em minutos. - Ele deu de ombros e saiu pelo outro lado da cama, em um piscar de olhos já estava apresentável de novo, com o cabelo arrumado e tudo mais - Vou descer para não levantar suspeitas e evitar comentários indiscretos.

– Oh! Sim! Faça isso, tenho certeza que ninguém vai saber o que fizemos aqui! - Exclamei, exagerando até demais na ironia.

Castiel soltou uma pequena risada e sumiu do quarto deixando um leve bater de asas para trás. Peguei algumas roupas na mala e fui para o banheiro, tomei um longo banho de água quente. Não pude deixar de pensar em tudo que estava acontecendo, na verdade, era a primeira vez que eu tinha um tempo para pensar naquilo.

Invisível para os anjos e sendo perseguida por um demônio super poderoso que queria entregar minha cabeça numa bandeja para o Rei do Inferno... Ah! Amada vida de caçadora!

A primeira coisa que pensei em fazer assim que me livrasse daquilo foi tirar férias... Mas caçadores não tiram férias... Eu queria viajar para fora dos Estados Unidos apenas por diversão, levar o Cass para o México no Dia dos Mortos e ouvi-lo questionar os costumes ou viajar com todo mundo para Nova Orleans, fazer o passeio turístico pelos locais assombrados e se comportar como uma pessoa normal que tem medo daquilo... Mas não iria acontecer.

Me convenci de que era melhor deixar de pensar tanto assim na minha vida ou acabaria ficando depressiva. E se tem uma coisa que eu odeio é ficar de mau humor. Saí do banho, vesti minha roupa, enrolei a toalha no cabelo e voltei para o quarto.

Quando cheguei lá, dei de cara com Gabriel comendo uma barra de chocolate Hershey's e olhando para a cama com uma expressão intrigada.

– Não quero nem imaginar o que rolou aqui...

– Resolveu aparecer, moço. - Cruzei os braços - Seu covarde, me deixou sozinha para lidar com um anjo ciumento.

– Desculpe, Meghan... Eu fiquei assustado. - Ele veio até mim.

– Agora pode ir tratando de me contar o que rolou, ou eu vou te dar um chute tão forte que... - Eu parei de ameaçá-lo quando ele começou a gargalhar - Do que está rindo?

– Não dá pra te levar à sério com essa toalha na cabeça! - Ele apontou para a toalha cuidadosamente enrolada em meus cabelos, então estalou os dedos e meu cabelo já estava seco e bem arrumado.

– Fala logo. - O encarei - Não temos muito tempo.

Gabriel engoliu em seco, mas por fim começou a falar.

– Bom, tudo começou quando eu estava arrumando o "escritório" de Metatron no céu após prendermos ele... E eu achei um arquivo com um grande aviso na frente que dizia "urgente", eu achei que era algo relacionado à você e abri para ler... Mas não era.

– E o que era? Anda! Fala logo que eu já estou morrendo de curiosidade! - Implorei. Gabriel ficou calado por mais um instante e aquilo me preocupou, ele nunca foi de medir as palavras ou de hesitar ao falar. - Gabe?

– Desculpe, vou continuar, no arquivo tinha uma espécie de ficha sobre um garoto chamado Jordan Ross que supostamente era um Nephilim, só que ele não era como os outros... - Ele deu uma pequena pausa - No arquivo constava que ele era filho de um arcanjo.

– Ah, Gabriel... Pelo amor de tudo que há no mundo... Não me diga que... - Nem consegui terminar a frase pois Gabriel me interrompeu novamente.

– Eu achei que ele fosse filho do Miguel ou Rafael pela data de nascimento, só não podia ser do Lúcifer! - Gabriel jogou os braços para cima - Então eu fui procurá-lo, você sabe, Nephilins são extremamente proibidos, considerados aberrações e devem ser mortos... Mas quando eu cheguei lá, eu não pude matá-lo.

– Não diga... - Pedi mais uma vez.

– Não pude matá-lo porque ele é meu filho! - Ele sentou na cama e escondeu o rosto entre as mãos.

– Ai meu Deus... - Murmurei.

– Meghan, se os outros anjos descobrirem, além de matá-lo... Não quero nem saber o que farão comigo! O último anjo que teve um filho foi queimado em óleo sagrado no meio do céu!

– Não farão isso com você, não vão descobrir do seu... Filho... - Sentei ao seu lado - Como aconteceu?

– Eu preciso explicar? - Ele apontou a cama bagunçada - Você sabe bem como essas coisas acontecem.

– Ah, pela mãe do guarda! Eu quero saber quem é a mãe e como você se envolveu com ela!

– Eu nem lembro quem é ela, faz anos! Eu ainda era apenas o Trickster, seus irmãozinhos não tinham descoberto minha identidade... O garoto tem 20 anos! - Ele se pôs a pensar - Deve ter acontecido quando eu estava rondando o país sem lugar fixo.

– Bom, o que podemos fazer?

– Eu vou me esconder novamente na terra, os anjos não podem me achar!

– Calma, Gabe! Fique calmo! - Eu o segurei pelos ombros - Primeiro nós temos que achar o garoto, estou curiosa para ver meu "sobrinho" e depois nós temos que escondê-lo dos anjos. Pelo o que percebi, você não quer que ele morra.

– É fácil pra você falar... Eu vou chegar para ele e dizer "Ei, cara! Beleza? Olha, eu sou um arcanjo e sou seu pai, agora vamos ali te cobrir de sigilos enoquianos pois pode haver uma leve possibilidade de anjos virem te matar" ?

– É uma boa forma de contar! - Eu ri - Aparentemente, Metatron era o único que sabia da existência desse Nephilim... O que é estranho, quando o Castiel teve que matar um para cumprir os testes e "fechar o céu"... Ele não matou a última dessa espécie?

– Vai ver o lunático tinha outros planos para o garoto. - Gabriel estreitou o olhar - Ele é bem mais poderoso.

– Bom, temos que achá-lo antes que outro anjo faça isso... Podemos pedir ajuda aos garotos.

– Não! Eu não quero envolver mais ninguém, vai chamar muita atenção... - Ele levantou-se e olhou pela janela - Quem é aquela ali com o Dean?

– A Sophie. - Me juntei à ele - Longa história... Resumidamente; Roubamos um alfarrábio, a sequestramos e agora ela e o Dean estão numa coisa tipo tapas e beijos.

– Por que roubaram um alfarrábio?

– Outra longa história, você sabe que eu estou com esse tipo de bloqueio antianjos... E pra completar o Crowley trouxe Abaddon de volta...

– Abaddon? Cavaleiro do Inferno? - Gabriel arregalou os olhos - Eles deveriam estar mortos! Todos!

– O Crowley a trouxe do passado, ela vai me matar... Ou tentar, pelo menos.

– Isso é um problema! Isso sim é um problema de verdade...- Ele veio andando até mim - Meghan, você sabe como se mata um desses?

– Anjos os matam? - Dei de ombros - Os livros dizem isso e ela fugiu quando o Cass apareceu.

– Mas a realidade é bem diferente... Os anjos acreditam que outros arcanjos mataram os Cavaleiros, mas pergunte à eles quais estavam presentes nessa guerra e eles não saberão dizer! Nenhum estava presente porque não foram os arcanjos que os mataram.

– Ai, que confusão... Quem os matou, então?

– Caim.

– Caim? Da bíblia? De Caim e Abel? - Questionei, pensando ter entendido errado.

– Esse mesmo...

– Ai não... Quanta coisa!

– Eu que o diga, me desculpe por vim aqui jogar mais uma bomba nas suas costas. - Ele me abraçou - Mas é que você é a única pessoa que não me julga.

Candyman, Você é meu melhor amigo, não te julgar está no contrato. - Soltei um suspiro - O que eu vou fazer?

– Eu vou te ajudar, prometo! Deixarei essa história do moleque de lado e vou procurar informações sobre o seu bloqueio e Caim.

– Não! Façamos o seguinte, você procura o moleque e eu cuido de mim...

– Não vai fazer isso sozinha! Conte ao Castiel, ele provavelmente não sabe sobre Caim. - Ele se afastou de mim - Meghan, eu vi como ele ficou durante esse ano... Não deixe que uma escolha ruim afaste vocês dois de novo.

– Eu contarei, agora vai lá... Aposto que o garoto é a sua cara, de nariz torto e tudo. - Forcei um sorriso.

– Eu voltarei com notícias. - Ele deu uma piscadela e sumiu na minha frente.

Perfeito! Mais um absurdo na minha vida! Se esse tal de Caim é o único que pode matar Abaddon, nós teríamos que encontrá-lo.

Como? Onde? E mais importante, seria seguro?

Que pergunta idiota, claro que não seria seguro! Ele era Caim, o cara matou o próprio irmão, está aí desde os tempos mais remotos e era o único capaz de vaporizar a ruiva retrô. Mas eu não podia colocar os garotos diante de tal perigo...

Uma leve batida na porta me tirou dos pensamentos, Sophie a abriu e colocou a cabeça para dentro.

– Posso entrar?

– Ah, claro, algum problema?

– Não, pediram para te chamar... Parece que tem um caso com vampiros. - Ela falou e em seguida comprimiu os lábios - Isso é bizarro demais.

– Sim, é. - Não pude deixar de rir - Eu poderia dizer que você se acostuma com isso, mas realmente espero que você se livre de nós o mais rápido possível.

– Vocês não são tão ruins. - Ela sentou na cadeira que estava próximo à porta - São divertidos, até mesmo aquele idiota do Dean.

– Como pode dizer isso morando naquela mansão? - Indaguei - Digo, você pode fazer o que quiser.

Tecnicamente, eu tinha uma fortuna como a dela, mas as caçadas me impediam de usá-la para outros propósitos.

– Nem de longe, meu pai controla tudo o que eu faço... Sinceramente, desde o segundo que vocês me sequestraram eu me sinto mais livre. - Ela tentou segurar a risada - Foi uma loucura, mas eu estou adorando!

– Claro que está, já deu uns amassos no Deano! - A provoquei.

– Ah! Você não vai esquecer isso? Já disse que ele me beijou! - Ela desviou o olhar, típico comportamento de quem mente.

– Oh, verdade! - Abri um belo sorriso irônico - E vocês também não ficam trocando olhares, também não agem como se levassem um choque quando se tocam sem querer e vocês não estou louquinhos para se agarrar loucamente na noite.

– O quê? Meghan, você é pirada! - Ela gargalhou.

– Eu sabia que era uma péssima ideia te mandar buscar a Meghan. - Dean invadiu o quarto - Sabia que iriam ficar aqui conversando, fofocando!

A loira arregalou os olhos e eu entendi rapidamente o seu receio que o Winchester tivesse escutado nossa conversa.

– Eu já estava descendo, Deano! - O avisei.

– Só falta você, o Garth ligou pedindo ajuda com um ninho de vampiros... Iremos todos, menos a loirinha aqui e o Bobby. Ele está pesquisando sobre os Cavaleiros do Inferno.

– Ah... - Pensei em contar a verdade sobre quem era capaz de matar Abaddon, mas decidi deixar para depois da caçada - Vou pegar umas facas no armário do corredor.

Saí do quarto e fui em direção ao armário, Sam estava lá com umas quatro facas em mãos.

– Hey, Alce! - O cumprimentei - Precisa de ajuda aí?

– Ah, não, obrigado. - Ele me respondeu, voltou a olhar para as facas e então novamente para mim - Você está bem?

– Claro, por quê?

– Está com o olhar distante... Do tipo que você fica quando tem mil preocupações por baixo dessas madeixas. - Ele bagunçou meu cabelo.

– Ah, quando eu não estou cheia de preocupações? - Revirei os olhos - Faz parte da vida, Sam.

– Mas você tem seu jeito de fugir das preocupações... - Ele me lançou um sorriso maroto - E ele consiste em camas rangendo e batendo contra a parede.

– Sam! - Dei um tapa em seu ombro.

– Desculpe, mas vocês exageraram, nós saímos de casa! - Ele torceu o nariz - O Bobby deu a maior bronca no Cass.

– Desculpem pelo transtorno. - Eu ri.

Depois que pegamos uma boa quantidade de facas e seringas com sangue de homem morto, Sam jogou tudo em uma mala e foi levando para o carro, voltei ao quarto para pegar minha mochila e ao abrir a porta dei de cara com uma cena que já esperava; Dean e Sophie praticamente se engolindo, sério, eles estavam se beijando de uma forma tão agressiva que mais parecia uma demonstração de raiva. Ela estava na ponta dos pés, o agarrando pela jaqueta e pelos cabelos, já o Dean a puxava para si pela cintura.

Peguei meu celular, tirei uma foto para usar depois em alguma chantagem ou simplesmente para provocá-los e o guardei de volta no bolso.

– Então... - Eu falei e os dois se largaram prontamente - Podemos ir?

– Claro! - Dean respondeu naturalmente, arrumou sua jaqueta e passou por mim.

– Talvez eu estivesse enganada mesmo, vocês não querem se agarrar loucamente na noite... Querem se agarrar loucamente todo instante. - Fui até a cama e peguei minha mochila.

– Nem uma palavra sobre isso! - Sophie pediu.

– Ah, eu não falarei nada além de "Eu já sabia"! - Cantarolei ao sair do quarto seguida por ela - Esse quarto está movimentado hoje...

Eu me juntei aos outros, Castiel estava com uma carinha de chateado e logo deduzi que foi pela bronca do Bobby, que a propósito, estava me fuzilando com o olhar, Claire já estava no banco de trás do Impala com seus fones de ouvido, eu e o anjo entramos cada um de um lado dela e os irmãos no banco da frente, nos despedimos e caímos na estrada para Michigan.

Pelo o que Garth informou, havia um ninho com pelo menos 10 vampiros numa cidade do interior do estado, então teríamos um pouco de trabalho. Mas aquilo não me preocupava de certa forma, na verdade eu estava diminuindo aquela situação porque o caos na minha cabeça estava bem pior.

E eu mal sabia o que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso aí... Gabe tem um filho? Ok, mas isso é um problema tão sério assim? É! Vocês verão...
Caim surgiu no meio do barraco, pois então!
Espero que tenha gostado, quero agradecer a minha sis querida, Fernanda por me ajudar com meus surtos em relação à fic.
Por falar nisso, gente, quero pedir uma coisinha à vocês, quem puder comentar dizendo o que está achando da história, da forma que está sendo escrita... Quem puder me dar uma crítica construtiva, estou aceitando. Porque realmente estou achando que essa queda de acessos é algo de errado com a fic, então me digam o que está errado aí que eu tentarei melhorar!
É isso, beijos e até o próximo!



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