Por amor escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Mais uma história Bamon.
Capítulo único.
Espero que gostem.
Boa leitura.



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"Não são as nossas ideias que nos fazem otimistas ou pessimistas, mas o otimismo e o pessimismo de origem fisiológica que fazem as nossas ideias."

(Miguel Unamuno)



Quando olho para trás e vejo o longo e tortuoso caminho que percorri para estar ao lado do homem da minha vida, tenho a absoluta certeza que faria tudo novamente, enfrentaria céus e terras para tê-lo ao meu lado.


A época mais difícil que enfrentamos não foi quando nos conhecemos. E olha que sofri muito até que aquele moreno teimoso e egocêntrico aceitasse seus sentimentos por mim. Naquele tempo eu tinha apenas dezesseis anos e ele vinte e seis. Mas a criatura de incríveis olhos azuis como o céu, era mais imatura, que uma criança de cinco anos de idade. Quando o vi pela primeira vez – na festa de casamento de Caroline e Klaus - soube imediatamente que ele era o homem de minha vida, esperado desde que nasci - . Tanto que o chamei para um encontro e o pedi em namoro neste mesmo dia. Óbvio que ele riu na minha cara e me chamou de fedelha louca.




Você só pode ter enlouquecido, garota. – Murmurou incrédulo. — Nos conhecemos hoje. Não pode ter se apaixonado por mim em tão pouco tempo. Você está apenas deslumbrada e não vou nem comentar a diferença de idade que existe entre nós.


Eu não me importo que você seja dez anos mais velho que eu. – Dei de ombros. — Eu te esperei por dezesseis anos! Dezesseis anos! – Exclamei irritada por sua demora em aparecer em minha vida. — Sempre foi você quem estive esperando. E mesmo que não admita, sei que sente a mesma coisa por mim. Ou vai negar que não sabe nomear os sentimentos estranhos que desperto em você?


Você é louca, menina! – Bagunçou os lindos cabelos negros. Será que são tão sedosos quanto aparentam? Agora entendo a cara de boba que minha irmã Elena faz quando está com Stefan. Que só para constar é irmão do homem da minha vida. Vou brigar com meu cunhado, por não ter nos apresentado antes. Onde já se viu uma coisa dessas? — Vai estudar que você ganha mais. É isso que meninas da sua idade devem fazer.


Se você me der um beijo na boca eu te deixo em paz. – Por hoje. Completei em pensamentos. — Não tem ninguém olhando. Está todo mundo ocupado com os noivos. Só um, vai!


Não! – Respondeu categoricamente, olhando-me irritado. Aproximei-me mais dele, ficando na ponta dos meus saltos altos e mesmo assim ainda fiquei abaixo de seu queixo. Abracei-o pelo pescoço, fazendo-o prender a respiração. — Bonnie McCullough! – Murmurou irritado.


Só um beijo, por favor. Depois disso eu te deixo em paz. Juro que meus pais não saberão. – Sussurrei. Dane-se que eu estava comportando-me como a oferecida da Vicky. Cruzes! Nem louca, que ajo assim.



Eu não acredito em você. – Respondeu indiferente, afastando meus braços de seu pescoço. — Crianças da sua idade deveriam estar brincando de casinha e não agindo como uma oferecida.


Você é um idiota, Damon Salvatore! – Exclamei irritada, enquanto cruzava os braços. — Escuta bem o que estou dizendo: Você ainda vai me implorar por um beijo, sua... sua mula. – Sai de perto dele muito irritada. Não é porque ele é o homem da minha vida e demorou dezesseis anos para resolver aparecer, que pode me tratar assim. Não mesmo.




{...}




Duas semanas depois fiquei sabendo que haveria uma festa de aniversário do irmão mais velho de um dos amigos de Elena. Geralmente não ligo para esse tipo de coisa, mas a partir do momento em que minha amada irmãzinha, descobriu que Damon também iria, passei dias infernizando Stefan e ela para me levarem, claro que aquele chantagista não deixou barato. Aliás, custou-me minha mesada do mês inteiro. Que belo cunhado e amigo estelionatário que tenho. Sorte a dele que o tenho como irmão, caso contrário já o teria vendido para o mercado negro.


Depois de ouvir mil e umas advertências de mamãe sobre “nada de bebidas, muito menos de amassos em lugares escuros com garotos de caráter duvidoso”, além de mandar Elena ficar de olho em mim – Como se ela fosse fazer isso, tendo o Stefan ao seu lado! Quando aqueles dois estão no mesmo ambiente, haja insulina para aguentar tanto açúcar. Se não soubesse que os dois se amam desde sempre, poderia dizer que é apenas o fogo da juventude daquele sobrancelhudo esquisito de Naruto (Com licença! Mas eu gosto de Naruto e não ouse reclamar! Hum!), que explode quando estão juntos. – para evitar possíveis transtornos. Meu único objetivo nessa festa rever meu Anjo Negro de olhos azuis.



Ai, nossos filhos serão tão maravilhosamente lindos.


— Bonnie? – Elena gritou ao meu lado, a voz abafada pelo som da música alta. Suas bochechas avermelhadas e sua respiração ofegante por causa da dança de agora a pouco. Ela usava uma blusa preta lisa e uma calça jeans da mesma cor, os longos cabelos castanhos, presos em uma trança de raiz. No rosto apenas um batom rosa clarinho. Já eu estava com um vestido renda roso, que batia um pouco acima dos joelhos e um salto cinco centímetros; meus olhos castanhos, realçados com a máscara de cílios e um pouco de blush nas bochechas e meu longo cabelo solto. — Olha só quem está ali. – Apontou discretamente para o bar. Olhei para o local e encontrei o alvo dos meus sonhos, sentado em uma das cadeiras, franzi o cenho ao ver uma loira vulgar ao seu lado.


Quem aquelazinha pensa que é? – Fulminei-a com o olhar. Mesmo sem conhecê-la, eu já a detestava. Ela estava grudada nele como se fosse uma lesma e a julgar por sua cara, ele estava mais que incomodado.


De quem vocês estão falando? – Stefan indagou curioso. Depois dizem que mulher que é bicho fofoqueiro. — Ah, olha lá o Damon e a Rose. - Rose? Então é esse o nome da vagaba. Vamos lá cumprimentá-los. – Segurou minha mão e a de Elena, puxando-nos em direção ao casalzinho de quinta. — E aí, Damon! – Meu cunhado cumprimentou-o com um aperto de mão. — Pensei que não viria.


Boa noite Elena e Bonnie. – Saudou-nos, formalmente. — E não vinha mesmo. Mas como a Rose chegou hoje e queria sair um pouco, decidi de última hora aparecer por aqui. – Deu de ombros, enquanto a loira metida sorria. — Ah... Essa é Rose minha... nam...


Noiva do Damon. Muito prazer. – Cortou-o na maior cara de pau, fazendo Damon revirar os olhos e Stefan segurar o riso, como se algo muito engraçado estivesse acontecendo. Minha irmã Elena, apenas arregalou os olhos. — Estava com saudades do meu amor, por isso resolvi fazer uma surpresa. – Abraçou-o pela cintura.


Droga! – Bati dramaticamente em minha testa, ganhando a atenção dos quatros. — Esqueci completamente que marquei de dançar com o Matt!

Do que está falando Bonnie? Esse cara não presta! Nem pensar que vai dançar com ele! – Stefan disse desconfiado, enquanto Elena dava uma cotovelada nada discreta no mesmo. Essa é minha irmãzinha!!! Se ele soubesse que o Matt, aquele gato francês de lindos olhos azuis e sorriso fácil, tem um tombo por ele... Vish... Aí que ele não iria querer aproximação mesmo.


Bem... foi um desprazer conhecê-la, Rose. – Sorri da cara de taxo da oxigenada a minha frente. — Sabia que o Damon tinha um péssimo gosto, mas não imaginava que era tanto. Com licença.


Sai de perto deles antes que caísse no choro. Mas ainda escutei a risada de Stefan.


Quem aquelazinha pensa que é para ficar com o MEU homem? Certo que ele ainda não sabe desse mísero detalhe, mas ele me deve respeito. Se ela tivesse ao menos classe, mas não. Até a nojenta metida da Vicky é mais refinada que ela.


Por que está chorando, ruiva? – Falando na Capirota. Ela usava um vestido tomara que caia verde e um salto preto enorme. Não podia negar que a bruaca tem classe. — Isso tudo é porque foi rejeitada pelo Salvatore mais velho? – Suspirou. — Desista queridinha. Um homem como ele jamais se interessaria por uma pirralha como você. Ele está acostumado com mulheres e não com pirralhas que ainda sonham com o príncipe encantado.


Da mesma forma que Stefan jamais trocará a Elena por você. – Retruquei no mesmo tom de deboche.


Não sei do que está falando anã de jardim. – Sibilou irritada. — Eu tenho namorado, queridinha.


Você não me engana sua cobra. – Sorri. — Jamais deixarei que atrapalhe a felicidade da minha irmã. Agora vai bancar a vadia que é, anda.


Você me paga seu projeto de anã. – A bichinha estava furiosa. Alguém deveria dizer que isso causa rugas. — Tenho certeza que o seu pai vai amar saber, que a filhinha dele, faltou tirar a roupa para ganhar um beijo de um homem.


Você tem provas disso? - Sorri de sua cara. — Foi o que pensei. Agora vai pastar.


Vai pro inferno!


Bufou antes de sair com a cara mais lavada do mundo. Como alguém pode ser tão falso assim? Preciso ficar de olho nela. Algo me diz que ela vai aprontar. E meu sexto sentido jamais falha. Olhando para a felicidade que Elena e Stefan exalam quando estão juntos, no que depender de mim, ninguém jamais acabará com esse amor. Nem que para isso eu tenha que arrancar fio por fio daquela loira metida e antipática.


Já sei! Pedirei para o Matt ficar de olho nela. Não há pessoa melhor para isso do que meu gay favorito. Que só para constar é irmão da maior piranha da cidade.


Por que esse sorriso de que vai aprontar algo, Bonnie McCullough Gilbert? - Franzo o cenho ao sentir o cheiro de álcool perto de meu rosto, fazendo-me empurrar meu melhor amigo para trás. — Quem você vai matar?


Se afasta com esse bafo de cachaça. - Ele somente ri e posta-se ao meu lado, abraçando-me pela cintura. Se ele não fosse gay, já ia dar um soco na cara desse idiota.


Ei! É whisky, ruiva. Tenho classe, minha querida. - Murmurou. — Mas quem é que você vai matar? Se for a Ana estou dentro. Conheço uns caras que somem com o corpo e ninguém encontra nem a fumaça. Aquela vaca está fornicando com o gato do Jeremy.


Vou me lembrar disso no futuro. - Dei de ombros, sabendo que tudo não passava de uma brincadeira daquele gay enrustido. — Mas você pode me ajudar em uma coisa. - Sorri diante da magnífica ideia que tive. — Lembra que eu disse que encontrei o homem da minha vida? - Ele assentiu com a cabeça. — Ele é aquele lá no bar. O irmã mais velho do Stefan.


— Que gato. Tem bom gosto, Ruiva. Mas quem é a mocreia grudada nele? - Franziu o cenho para a cena.


É um encosto. Ela tem o nome vadia estampado na testa. - Bufei irritada.


Ela deu em cima de mim, há uns vinte minutos quando eu estava lá no corredor. - Deu de ombros. — Ela é uma piranha sem classe. Sou mais você, amiga.


Então vai me ajudar a desmascará-la. - Decretei. — Damon precisa conhecer a verdadeira vadia que ela é.



(...)




Não sei se ria ou se corria para socorrer meu amigo. Tadinho. Não precisamos fazer nada de mais. Matt só sorriu para Rose e ela piscou para ele. Cinco minutos depois, o loiro foi na cozinha pegar mais gelo e a bruxa o seguiu. Fui atrás é óbvio, precisava ver com meus próprios olhos o que desconfiei desde que a vi pela primeira vez.




Que vadia!!!




A loira quase o estupra naquele corredor escuro, ainda bem que Damon chegou bem na hora em que ela segurava os "documentos" do Matt. A cara de horror, que ele sustentava à medida em que a loira oxigenada bulinava seu corpo de forma pornográfica, era digna de pena. Devo muito à ele. Quem sabe um encontro com aquele tal de Tyler?



— Damon... Eu juro, foi ele quem me agarrou.



A mocreia chorava lágrimas de crocodilo. Como é falsa. Era ela quem praticamente estuprava o pobre do Matt. Se tinha alguma chance dele deixar de ser gay, depois dessa... Já era.



Claro! - Meu Damon murmurou sarcástico. Não parecia nenhum pouco surpreso com a cena que presenciara agora a pouco.Com certeza já conhecia o tipo e mulherzinha que a Cabelo de Palha era. — Da mesma forma quando aconteceu com o jardineiro da minha mãe, ou o motorista não é mesmo!? Mas dessa vez você passou dos limites, Rose. Amanhã mesmo voltará para Londres. Acabou!



— Damon? Você não pode estar falando sério. Eu não vou voltar para Londres sem você. A tia Lily não vai aceitar isso. Sabe o quanto ela sonha com nosso casamento.


Então se case com ela! - Abriu os braços. — E vamos para casa, que o espetáculo já atraiu um grande número de plateia. - Saiu em disparada, sendo seguido pela Cabelo de Palha.




(…)


Três meses haviam se passado desde a festa. Muita coisa mudou. Como por exemplo: Damon se tornou meu amigo. Não é lá grande coisa, mas é melhor que nada. Pelo menos ele fala comigo e posso dizer, que a cada dia que passa, o amo mais ainda. Apesar da aparência de metido e arrogante, Damon Salvatore é incrível. Bondoso, humilde, bem-humorado e cavalheiro. Ele é perfeito para mim. Só falta ele se dar conta desse pequeno detalhe.



Agora vocês devem estar se perguntando como nos tornamos amigos. Bem... Foi após um jantar, armado por Elena, com a ajuda de Stefan é claro. Dessa vez eu não tive participação e nem culpa de nada. Acredito que por isso tenha dado tão certo. Quando cheguei no restaurante, só encontrei meu Anjo Negro. Fui educada, mas manti certa indiferença. Ora! Tenho dignidade, minha filha. Meia hora depois, Stefan ligou, avisando que teve contratempos no hospital, no qual estava estagiando, por isso, não poderia comparecer ao jantar com Elena. Pela cara de Damon, pude perceber, que ele acreditara nessa desculpa tanto quanto eu. Ou seja, nada! E depois de algumas horas conversando, percebemos que tínhamos, praticamente os mesmos gostos para música, comidas, filmes e livros e desde então ficamos bem próximos.



Mas ontem aconteceu algo maravilhoso. Nos beijamos. Oh, sim! Finalmente! Já não era sem tempo. E foi maravilhoso. Como se nossas almas se completassem. A descarga elétrica que atravessou meu corpo no momento que nossos lábios se tocaram, confirmando o que eu já sabia desde que o vira pela primeira vez.




Damon é minha alma gêmea!!!




Só que ele é muito difícil. Pior que mulher orgulhosa. Nem me procurou mais. E sei que se não fizer algo, vai continuar assim por um longo tempo. Ele não vai vim atrás de mim. Então eu irei até ele. Porém darei um tempo para aquele moreno complicado pensar melhor.



Se lembram quando disse que daria um tempo? Pois é. Já passou duas horas desde então. Tempo demais. Por isso mesmo estou aqui no escritório, esperando-o terminar a reunião. Claro que tive que iludir a pobre secretária, dizendo que era a namorada dele. Mas pensando bem, eu não menti. Só omiti, que ele ainda me pedirá em namoro.



Ouvi a porta abrir-se. Fazendo-me levantar e sorrir para o moreno carrancudo à minha frente. Nossa! Como ele fica lindo de terno. Vai ficar perfeito no dia do nosso casamento.


Ok! Parei de viajar. Ainda nem começamos a namorar e já estou pensando no casamento. Não contem nada. Ele pode assustar-se e fugir. Claro que o seguirei onde ele for. Sou capaz até de contratar o 007 para encontrá-lo.


O que está fazendo aqui, Bonnie? Não deveria estar na escola? – Ele me mira com aquele olhar de “Suma! Que tenho mais o que fazer!” Tenho vontade de cantar aquela musiquinha chata daquele canto brasileiro que nem lembro o nome: “Nossa, nossa... Assim você me mata. Ah, se eu te pego!...”


Eu vim te visitar. - Minha resposta o faz estreitar os olhos, enquanto cruza os braços. — Precisamos ter uma conversa sobre nosso relacionamento. Quando vai me pedir em namoro? E nem adianta me chamar de louca.


Você bateu com a cabeça? - Passa a mão nos cabelos. — Aquele beijo nem deveria ter acontecido para começo de conversa. Como já disse: Foi um erro que não voltará a se repetir.


Você não sente nada por mim, Damon? - Questiono-o, sem deixar-me abalar por sua frieza.


A questão não é essa, Bonnie. - Suspira alto. — Você é apenas uma adolescente. Temos uma ideia completamente diferente ao que se refere a um relacionamento. Sem falar que seus pais jamais aceitariam que se relacionasse com um cara dez anos mais velho que você. Pelo menos eu jamais deixaria que minha filha o fizesse.


Então o problema é meu pai? - Murmuro irritada, batendo o pé no chão. — Ora! Isso é fácil de resolver. É só ir até ele e pedir a permissão para namorarmos.


Você é uma garota maravilhosa. Qualquer cara se sentiria honrado de tê-la como namorada. - Sua voz é calma, mas ele não me fita.


Menos você. - Ignorei a pontada no meu peito, enquanto erguia o queixo. Não vou chorar na frente desse idiota. — Tudo bem. Se é assim que deseja, não reclame depois. - Peguei minha bolsa da cadeira, enquanto dirigia–me a porta. — Passar bem, senhor.




(…)



Não chora maninha. Se esse idiota não percebeu a garota maravilhosa que você é, então ele é um burro. — E aqui estou, sendo consolada por Elena. Ela é a única que me entende e não me julga. Somente me apoia. — Se chorar mais, vai ficar desidrata e murcha como um maracujá.


Isso foi cruel. - Enxuguei meu rosto. — Eu o amo. Sei que é ele minha alma gêmea.


Eu sei, querida. - Segura minha mão com força, sorrindo maternalmente. — Você sabe que o que mais desejo é sua felicidade, não é? - Assinto com a cabeça. — Então dê tempo ao tempo. Se esse sentimento é verdadeiro, como tenho certeza que é. Ele acontecerá. Deixe que o Damon venha atrás de você. Quando a saudade tornar-se demasiadamente enorme. Ele o fará.


Obrigada, Elena. Você é a melhor irmã que eu poderia ter. - Abracei-a com força




(…)



Nove semanas! Nove semanas e nada do Damon me procurar. Mas ele que se dane! Como Elena disse, não vou mais correr atrás dele. Tenho meu orgulho. Se me quiser, procure-me. Ou talvez eu deva esquecê-lo. Porém, o que fazer quando seu coração não consegue entender isso? E a pergunta que vale um milhão de dólares: Por que aceitei almoçar com Kol Mikaelson? Resposta óbvia: Sugestão de Caroline Mikaelson. Minha amada amiga, que ao saber do meu amor por um cara dez anos mais velho, acredita que após um almoço, eu vá apaixonar-me por um cara narcisista, que só sabe falar dele mesmo.


Então Bonnie, o que você acha de ser minha namorada? - Franzo o cenho ao sentir o hálito de Kol perto de meu rosto. Quando foi que ele se aproximou tanto, que nem percebi?


Eu acho melhor você se afastar dela. - Kol e eu nos assustamos ao escutar a voz perigosamente fria e furiosa.


Quem é você? - Mikaelson pergunta após alguns minutos de silêncio. O coitado tremia mais que vara verde em pleno temporal.


Sou o namorado dela. Por isso agradeceria se sumisse daqui antes que eu fosse obrigado a tirá-lo a força. - Wou! Que cara mais... mais indeciso.


Eu... eu não sabia que ela tinha namorado. - Nem eu mesma sabia disso ainda, queridinho. — Foi mal cara. Eu já vou indo. - E lá se foi o covarde quase correndo. Mas medroso, que Elena com medo de barata.



O que pensa que estava fazendo com esse cara, Bonnie? - Ele me olha friamente, sentando-se na cadeira ao meu lado. — Eu não quero mais vê-la perto dele.


Você não manda em mim! Além do mais, que história é essa de namorados?


Eu não aguento mais isso, Bonnie. Você é uma bruxa. Só pode. - Já ia abrir a boca para protestar, quando ele continuou a falar. — Não sei que feitiço fez, mas não consigo parar de pensar em você. Não consigo me concentrar em nada. E já desisti de lutar contra o que sinto. Então... você aceita namorar comigo?


Uau! Por essa eu não esperava tão cedo. Sei que deveria ter um pouquinho de orgulho... É deveria... mas dane-se.


Você demorou muito tempo para aparecer.


Repito a frase que disse ao nos conhecermos, fazendo-o sorrir antes de aproximar-se. Seus lábios tocam os meus carinhosamente, fazendo uma corrente elétrica atravessar meu corpo. Nossas bocas encaixam-se com perfeição, reconhecendo-se.


(...)



— No que tanto pensa, amor? - Sinto seus lábios em meu pescoço, fazendo-me suspirar. Mesmo depois de tanto tempo, meu corpo responde intensamente à sua aproximação.


— No dia em que você me chamou de bruxa pela primeira vez. - Respondi, escutando sua risada logo em seguida.


— E até hoje acredito que você seja uma bruxa. Só isso para explicar o desejo desenfreado que sinto por ti. - Sorriu malicioso, puxando meu corpo para cima do seu. — Eu te amo, minha bruxinha ruiva. - Murmurou antes de colar sua boca a minha.


O beijo que começou suave e calmo, passou a ser voraz e apaixonante. Sua língua acariciava a minha, enquanto suas mãos moviam-se sobre meu corpo. O desejo inundou-me. Minhas mãos foram de encontro a seus cabelos, puxando-o, mantendo-o perto de mim.


Meu corpo querendo mais...



Desejando-o mais...



Querendo tudo. Querendo a posse...



O amor de meu Damon...

Minhas mãos em seu corpo. Sua boca e mãos no meu corpo.



Quando sua boca tocou meus seios... ondas irradiaram-se em meu ser. Ele me acariciava, pressionava seu quadril ao meu, fazendo-me ciente do seu desejo por mim. Minhas mãos acariciavam suas costas, sentindo a potência de seus músculos e de sua pele quente ao encontro do meu.



Seus lábios descerem em direção do meu ventre... suas mãos deslizando por minhas coxas e pernas. Meu coração batia desesperado. O quarto iluminado apenas pela luz da lua cheia, que adentrava pela janela de vidro, permitindo-me apenas senti-lo.



Enchi-me de prazer ao sentir seu corpo nu de encontro ao meu, pele contra pele, carne contra carne, quadril contra quadril, boca contra boca. Sua excitação pressionada em meu ventre, fazendo-me consciente de seu desejo por mim.


— Eu preciso tê-la. - Murmurou roucamente, segurando minhas mãos ao lado de minha cabeça, antes de unir seu corpo ao meu.


Ele preencheu-me totalmente, nos tornando um só. Pressionando e unindo nossos corpos.



Corações batendo no mesmo ritmo.



Nossos corpos reconhecendo-se mais uma vez. Como se fosse a primeira vez.



Fogo líquido correndo por minhas veias. Sua respiração de encontro ao meu pescoço. Suas mãos apertando as minhas.



O maremoto veio, arrastando-me para a maré de sensações indescritíveis.



Gemi. Minha coluna arqueando-se de encontro a ele.



Outro maremoto surgiu, queimando meu interior. Damon gemia, ondulava, pulsando dentro de mim, possuindo-me, completamente. E o ouvi arfar, gritar em êxtase, e o êxtase dele também era seu. Suas mãos apertaram-se fortemente, como se estivessem unidos como seus corpos e sua alma.


Ele rolou para o lado, sem sair de dentro de mim, deitando-me sobre seu corpo, enquanto abraçava-me. Podia ouvir seu coração batendo forte, depois calmamente, à medida que o torpor acalmava-se.


— Amor? - Murmurei após longos minutos de silêncio. — O que acha de termos um bebê?


— Eu adoraria ter uma menina ruiva e de olhos castanhos correndo pela casa. - Ele respondeu imediatamente, fazendo-me rir e levantar a cabeça, mirando-o com carinho.


— E se eu disser que estou grávida de dois meses. O que você faria? - Mordi o lábio inferior.


— Eu se eu disser que já sabia disso antes mesmo de você? - Ele arqueou a sobrancelha, fazendo-me, revirar os olhos. — Amor... eu conheço cada parte do seu corpo. Eu a conheço melhor que você mesma. - Sentou-se na cama, encostando as costas na cabeceira e puxando-me para seu colo. — Eu já amo nosso bebê mais que minha própria vida. Eu o amo tanto quanto te amo. - Acariciou minha barriga ainda plana. — E obrigada por nunca desistir de mim.


— Eu jamais poderia desistir de um pedaço de mim. Seria o mesmo que morrer. - As lágrimas já molhavam meu rosto. — Eu te amo.


— Não mais do que eu te amo. - Abraçou-me apertado.



De uma coisa tenho certeza: O amo com toda a minha alma e sei que por amor sou capaz de qualquer coisa.


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