A New Beginning- Interativa escrita por Só Lice


Capítulo 4
Capítulo 4: David e Eliza Schreave


Notas iniciais do capítulo

Olá amores. Espero que tenham gostado do capítulo anterior, e espero que comentem sobre este capítulo. Preciso urgentemente de oito fichas ainda! (Que se encontram no primeiro capítulo). Muito obrigada, grande beijo e boa leitura:
—Alice



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David Schreave

Não posso negar que não estava ansioso. Porque, uma dessas moças seria minha futura esposa. Eliza dizia que era bobagem, porque uma delas seria a perfeita. Ok, eu sei, mas mesmo assim dá um frio horrível na barriga. E se não tiver a tal moça perfeita?
A seleção daria inicio dia primeiro de novembro. Então, como faltavam apenas sete dias, eu precisava escolher minhas vestes para a apresentação das selecionadas. Papai disse que uma boa opção, seria usar o terno que ele usou em sua apresentação de selecionadas. Eu achei muito boa a ideia, afinal, pareceriam àquelas tradições de família, coisas que eu adoro.

Deitei-me mais cedo, por volta das nove horas. Disse para minha mãe, que estava com enxaqueca, mas não era verdade. Só queria ficar um pouco sozinho. Afinal, privacidade era uma coisa que eu não obtinha muito. Enquanto lia meu livro, fiquei com um sono absurdo, e dormi antes mesmo que me desse conta.

Acordei num sobressalto. Ouvi barulhos. Gritos. Gritos vindos como se fosse de baixo para cima. Corri em disparada ao quarto dos meus pais, e lhes contei o que havia ouvido. Rapidamente eles mandaram nossos soldados verificarem os tuneis. E eu não estava enganado. Eram os sanguinários. Seis deles. E todos foram levados ao calabouço. Papai pediu para conversar com um deles, e como seria o futuro rei, pediu que lhe acompanhasse. Um soldado estava a nossa esquerda, e outro na direita. E ajoelhado, estava o rebelde, acorrentado.
–Diga-me o seu nome! –ordenou meu pai em tom severo.
–Patrick, majestade -disse o homem, sarcasticamente.
–O que vocês querem? Quais são seus objetivos?
O homem levantou a cabeça, em ato de desafio. Mostrou os dentes podres em um sorriso, e finalmente disse:
–Antes morrer, que trair meu grupo. Linhagem de vermes! –e cuspiu, demonstrando força, no rosto de meu pai.
–Ele vai acabar abrindo o bico. Trancado, sem agua e comida por dois dias. Vamos ver quem vai rir por ultimo! –e assim, saímos.

Não deixamos que minha mãe e minhas irmãs soubessem da nossa conversa. Mamãe vivia aterrorizada com estas historias, ainda, mas agora que havia visitas. Eliza decidiu que dormiria comigo, pois acho que assim ambos estaríamos mais seguros. Porem, no fundo, sabia que ela estava mal. Ela havia se deitado do lado direito, e eu no esquerdo. Peguei meu livro, e voltei a ler, enquanto ela estava mexendo no celular. Annabel preferiu dormir com sua mãe, que estava enjoada.
–Davi?
Fechei o livro. E olhei para ela, sorrindo.
–Você já percebeu que eu não estou bem, não é?
Assenti com a cabeça. Ela mordeu os lábios, envergonhada.
–Não estou pronta para dizer o motivo, mas me diga uma coisa. Você acha, que necessariamente, princesas só podem se casar com principies?
Pensei na pergunta. Obviamente este era o certo. Mas às vezes, o certo parece tão errado.
–Eu acho que não Liza. Afinal todos podem, e devem ser felizes da sua maneira, não é mesmo?
Ela sorriu radiante e sem explicação.
–É mesmo. Você é o melhor irmão do mundo. Eu te amo, durma bem –disse dando-me um beijo na bochecha e virando-se para dormir.

Eliza Schreave

Coloquei meu celular para despertar às quatro da manhã. No vibra, para que David não acordasse. Eu queria vê-lo. Precisava. Caminhei em ponta pé até a sacada do meu quarto. E lá estava ele. Lindamente lindo. Fiz “psiu” para ele, que olhou rapidamente.
–Boa noite, majestade.
Sorri e acenei. E então, desci as escadas correndo ate o jardim. Eu só podia ser louca. Iria correr um grande risco indo até o jardim esta hora, apenas para vê-lo...
Entrei em êxtase quando nossos olhares se cruzaram. Ele correu ate mim, abismado.
–O que faz aqui há esta hora princesa? É perigoso.
Pedi para que ele fosse comigo até a casa na arvore de Tessa, e víssemos os passarinhos filhotes que moravam lá. Eles não tinham uma mãe, e tinha medo que eles acabassem morrendo de fome ou frio. E ele fez.

Quando estávamos dentro da casinha, e seguros de que os passarinhos estavam bem, sentamos e tomamos um suco péssimo que estava na geladeira da casinha.
–Obrigada por se importar. E não fazer isso apenas por “obrigação”.
–Não a de que.
E sem aviso nenhum, ele avançou sobre mim. Quando me dei conta, estávamos nos beijando. Suas mãos passeavam sobre minhas pernas quase nuas por estar de pijama, e roupão. Minhas mãos seguravam sua nuca e bagunçava seus cabelos. E seu hálito era de menta glacial. E então ele recuou.
–Perdoe-me princesa. Por favor, me perdoe. Sei que jamais deveria ter feito isso! Foi um erro.
–Porque te perdoar se você não fez nada de errado?
Ele olhou inibido.
–É errado um misero guarda ter qualquer contato com a princesa, é errado qualquer um ter contato diretamente com a família real.
–Henry?
–Oi?
–Quando a princesa quer, não é errado. Me beije –eu disse piscando para ele, e me aproximando.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Não se esqueçam das fichas!!!