O Contato escrita por Madame Baggio


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

A saga de Darcy continua e dessa vez ela está indo para a Irlanda, terra do meu coração!

Obrigada pelos comentários e espero que vocês gostem!



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Aparentemente “chá” em St Trinian’s significava rave, porque foi mais ou menos isso que rolou. Darcy não ficava bêbada daquele jeito desde que começara a faculdade.

Aliás, tão bêbada que, quando uma das Posh Totties duvidara da legitimidade dos seus peitos, Darcy deixou a menina (Chelsea, esse era o nome dela) apertar pra ver que eles eram de verdade. Alguém tirou uma foto, Darcy achou que seria hilário mandar para James e no lugar mandara para todos os Vingadores. Ela estava ignorando todas as ligações e mensagens no momento.

Menos de seu pai, porque tinha quase certeza absoluta que não mandara a foto pra ele.

Barney ligara para ela bem quando Darcy estivera para embarcar para a Grécia.

—Ei, boneca.

—Oi, pai! Tudo bem?

Ela ouviu os barulhos de tiros e explosões no fundo.

—Tudo. Só trabalho, coisa de rotina. –a explosão dessa vez soou mais perto –Eu to ligando porque queria que você checasse uns caras pra mim. Você ta na Inglaterra né?

—To.

—Eles estão na Irlanda, uma hora de vôo. –Barney falou –Eu acho que você vai gostar deles. Você pode oferecer serviço na sua agência ou chama-los pra trabalhar pra mim.

—Eu to me sentindo uma caça talentos. –Darcy revirou os olhos.

—Vamos, Darcy Roxy! Eles são irlandeses! O que tem pra não gostar neles?

xXx

Quando seu pai disse “Irlanda” ele podia ter sido pelo menos um pouco mais específico. Ela tinha se animado para Dublin, pra ver pubs e mais pubs!

No fim teve que alugar um carro e se enfiar no interior da Irlanda. E não é que ela não estivesse gostando. Não era a toa que o país também era conhecido como a Ilha Esmeralda. O verde ali era algo incrível e lindo.

O duro era a chuva.

Intermitente. Era isso que a chuva era. E essa era Darcy usando suas palavras de mocinha.

Depois de mais de algumas horas dirigindo ela finalmente chegou a uma fazenda que levava “bucólico” a um outro nível.

A casa tava mais pra cabana, mas quem era ela pra julgar?

Darcy desceu do carro e antes de chegar na porta um homem de cabelo e barba branca ja tinha saído com uma espinguarda apontada pra ela.

—Eu venho em paz, Papai Noel. –ela falou com as mãos para cima.

Ele não falou nada e não parecia muito impressionado com ela.

—Eu estou procurando pelos irmãos MacManus. –ela falou, mãos ainda pra cima –Eu vou deduzir que você é o orgulhoso papai, “Il Duce”.

—Você sabe um pouco demais. –o homem falou e era uma acusação.

—Eu tenho boas fontes.

—E você está armada. –ele completou.

—Ta, eu to, mais você também está e eu não to jogando isso na sua cara, né?

Ele ainda não parecia muito impressionado.

A chuva, que tinha dado uma curta pausa, resolveu começar a cair de novo, apenas pequenos pingos.

—Por favor, eu não quero pegar chuva. –ela choramingou.

—Connor e Murphy não estão. –ele declarou abaixando a arma –Mas você pode esperar aqui dentro.

xXx

Quando os dois irmãos finalmente voltaram ela e Il Duce, que tinha dito para Darcy chama-lo de Noah, ja eram melhores amigos.

Barney tinha conseguido boas informações a respeito da família. Ela não queria julgar ninguem, mas era curioso estar sentada frente a frente com um homem que muitos consideravam um psicopata, mas estava servindo chá para ela e pedindo desculpa por eles não terem xícaras melhores.

Murphy e Connor não eram exatamente o que ela esperava. Nas fotos que tinha os dois estavam mais bem cuidados, vestindo preto e prontos pra acabar com o mundo. Agora eles estavam cabeludos e barbudos e precisavam urgentemente de um banho.

—Quem é essa, pai? –Connor perguntou tão logo viu Darcy sentada a mesa da cozinha/sala deles.

—Senhorita Lewis veio falar com vocês, meninos. –Noah falou –O minímo que vocês podem fazer é serem educados com ela.

Os dois rapazes trocaram olhares desconfiados, mas sentaram-se.

—Eu sou Darcy Lewis. –ela falou sorrindo e oferecendo a mão para os dois.

Murphy acabou sorrindo e aceitando o cumprimento. Connor, embora também tivesse apertado a mão de Darcy, ainda parecia desconfiado.

—Eu sinto que vamos precisar de apoio para isso... –Darcy suspirou.

Ela tirou uma garrafa de whisky de sua bolsa e um pacote de maços de cigarro.

Connor finalmente sorriu.

—Eu estou começando a gostar de você, Darcy.

xXx

Aqueles caras bebiam! E fumavam como chaminés, sem zoeira. O pacote de cigarros que ela trouxera não ia durar dois dias desse jeito.

Darcy explicou tudo para eles, sobre SHIELD e sobre o grupo do seu pai, caso eles estivessem interessados em algum deles.

—Sinto muito, Darcy. –Murphy falou e ele parecian sinceramente pesaroso –Mas nós não vamos nem considerar uma oferta dessas.

—Por que? –ela perguntou chocada –Qual a diferença disso e do que vocês aprontaram antes?

—É completamente diferente. –Connor indicou –Nós não começamos o que começamos por dinheiro ou glória. Nós estávamos defendendo pessoas, lutando por algo no qual acreditávamos.

—Aceitar dinheiro por isso agora parece errado. –Murphy completou –Nunca foi pelo dinheiro. Foram pelas pessoas que não tinham como se protegerem.

Darcy suspirou.

—Vocês não vão mudar de ideia, né? –ela perguntou resignada.

Eles fizeram que não com a cabeça.

—Ta, mas fiquem com meu cartão. –ela insistiu –Se vocês precisarem de qualquer coisa, por favor, entrem em contato.

—Obrigada, Darcy. –Connor sorriu para ela –Talvez eu possa ficar com ele e te ligar da próxima vez que estiver nos Estados Unidos?

Murphy deu um tapa na cabeça do irmão.

—Olha o respeito, Connor! Além do mais, eu tenho certeza que Darcy prefere que eu ligue.

E antes que ela conseguisse dizer alguma coisa os dois estavam discutindo e daí rolando no chão se estapeando.

Ela lançou um olhar preocupado a Noah.

—Você quer mais chá? –ele perguntou como seus dois filhos não estivessem agindo como crianças.

—Por que não, né?


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Notas finais do capítulo

Capítulo de hoje é um crossover com um dos meus filmes favoritos: "Santos Justiceiros" (1999), que conta com Norman Reedus, Sean Patrick Flannery e Billy Connolly como seus atores principais.
Essa conversa teria acontecido no periodo entre o primeiro e o segundo filme (que saiu em 2009).

Espero que tenham gostado.

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