Diários escrita por rhavs


Capítulo 50
Capítulo 50 - Drougs!


Notas iniciais do capítulo

Capitulo grande hoje, então leia com paciência!
Uma das coisas que eu nunca pensei que fosse acontecer, aconteceu. E estou abalada com isso, mas leia para entender!



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 Drougs!

50º Dia 00h06min

quarta-feira

 

“Ajoelhe e faça suas preces!”

 

Caralho, hoje foi demais!

"Minha boca está limpinha, não é?"

Mas vou deixar de enrola, acordei meio tarde e já fiquei de tocaia na porta do quarto do Ky, esperando ele voltar.

"Não estou nem ai se eu perder alguma aula naquela zona!"

Oito horas e nada!

“Eu não vou ser tia aos quinze!”

Oito e meia, a campainha tocou eu fui atender que nem uma louca. Era agora ou nunca!

Encarei o Kyle enquanto subíamos para o quarto dele, ele me olhava com certo espanto.

"Não estou admirada... Só que jeito que eu estou era para ele morrer só com medo olhar.”

Ele sentou na cama, eu fechei a porta e continuei encarando

- Que foi? Pareci que vai me matar...

- E vou se você me disser o que eu não quero ouvir!

- Lá vem... - ele resmungou

- Ky... Eu vou te perguntar uma vez - sentei na cama ao lado dele - e é melhor que você me responda sinceramente

- Fala Cloe.

- Você e a Nara transaram?

- Que?!

- Nara! Uma menina do CEFM

- Nara? Nara... - ele colocou a mão no queixo pensativo - Ah, sim! A Nara... Boazinha ela...

- Não muda de assunto!

- Por que você quer saber?! Não vou ficar falando como quem eu transo para você!

- Escuta aqui moleque! A Nara pode estar grávida e o bebê pode ser seu!

- Grávida?! Caralho!

- Então...

- Não pode não!

"Hã?!”

- Hã?!

- Isso mesmo que você ouviu - ele levantou arrumando as roupas no armário - Está fora de cogitação que este filho seja meu

- Vocês não...

"Cara, não sabe o quanto eu agradeço por isso!"

- Melhor você para de nóia e ir pro CEFM

- Ky, é serio?

- A não ser que beijo na boca e camisinha engravide: o filho não é meu!

- Que alivio

- Cara, a Nara é louca se pensa que vai ter um filho agora. Relaxa, Cloe, a gente só deu uns amassos e acabou. Eu ainda tenho um pouco de juízo no fundo

- Bem no fundo mesmo! Mas ela que você e ela tinham... Você sabe...

- Acho que ela imaginou demais que acabou acreditando.

- Pode ser. - refleti comigo, sussurrando - Um já foi, faltam dois

- Que?

- Nada! Já vou

- Se cuida.

Sai do quarto dele tirando um peso da consciência, mas porque a Nara mentiria para mim?

"Ela envolveu duas pessoas que eu adoro, não vou deixar isso passar sem saber de nada!"

Não vi a Nara e o Ryan o dia todo, queria tirar aquilo tudo a limpo! Comprovar e esquecer...

"Mas nunca acontece do jeito que eu quero mesmo... Ok. falta o Ryan, que não está aqui, e o Thomas, que não vai falar comigo de jeito nenhum, ainda mais sobre isso..."

Meu celular tocou dentro do bolso da jeans

- Alo

- Cloe?

- Que foi, mãe?

- Temos de viajar!

- Que? Agora?!

- Você não querida, só nós!

- Nós quem?

- Eu, Ky e seu pai

- E vão me deixar aqui sozinha?!

- Desculpe querida, mas desta vez não podemos te levar, alem do mais, você sentada sem fazer nada lá

- Mas, mãe?!

- Você vai ficar bem... Emilly vai conosco e seu pai tem de ir. Não chame ninguém, não faça festas, os números de emergência estão na geladeira, voltamos quinta à noite, te amamos, Tchau

Ela desligou, nem me deu tempo de reação

O caso é que o Kyle e meu pai tem uma doença genética, só dá nos homens da família, meu avô tinha e tal, daí eles fazem exames periódicos e milhares de frescuras alheias a mim.

"Sinto-me exclusa! Ai que ódio!"

Liguei para Nick, perguntei se ela podia me fazer companhia, ela disse que depois retornava.

Lancy passou por mim, mas não dizia nada, passava correndo do banheiro para sala e da sala para o banheiro masculino, parecia muito mal.

Eu quis pará-lo e perguntar o que estava havendo, mas ele me evitava.

Lancy saiu inquieto e rápido, não sou disso, mas... Comecei a segui-lo

"Cara, eu estou virando a Bond Girl. Hilariante..."

Ele entrou numa ruela, depois num beco escuro. Eu nunca tinha ido naquela parte da cidade e estava com medo de acontecer algo ruim, mas...

"Comecei, vou acabar!"

Vi o Lancy pondo alguma coisa dentro do short, parecia uma arma...

"Não estou com um bom pressentimento"

Ele entrou num casebre, um barraco, sei lá. Demorou

"Vou atrás dele!"

Entre e vi alguém aplicando uma injeção nele. Parecia inconsciente

"Ah não Lancy... Tudo menos isso!"

Eu me esgueirei por trás de mesas e moveis velhos até fiquei embaixo da mesa onde ele estava

"Anda, Cloe, mostra o pouco de coragem que você tem, faz alguma coisa útil!"

Balancei a perna do Lancy com esperança que ele reagisse, mas nada, devia estar dopado ou coisa assim.

Apalpei os bolsos a procura do que eu achava que era uma arma, aflita

"E se esse cara descobrir que eu estou aqui. Ele me mata! Achei!"

Eu queria levantar, correr, sumir, mas minhas pernas não me obedeciam

"Eu não vim até e estou aqui ainda, anda Cloe se mexe!"

Sai de baixo da mesa e apontei a arma para o cara vestido de enfermeiro que estava aplicando a injeção

Ele levantou as mãos

- Calma gata, não vai sujar as mãos, não é?

"Você já está me fazendo segurar uma arma, atirar não vai ser tão difícil"

- Abaixa a arma e a gente conversa

- O que você aplicou nele? - minha mãe tremia

- Eu te falo se...

- Você vai me falar de qualquer jeito! - mirei melhor, se acontecesse alguma coisa ia ser um tiro bem na testa dele!

- Olha linda...

- Fala!

Engatilhei

"Cara, será que eu vou ter de atirar, eu nunca matei nada na vida!..."

Normalmente a idéia de matar alguém não se passava pela minha mente, mas quando passava eu ficava aterrorizada, em derramar sangue de outro, em tirar a vida de outro.

- Você não vai sujar suas mãozinhas de fada com isso não é? Eu posso te oferecer o que você quer: cola, craque, baseado

- Eu não quero!

- Larga isso garota! Você nem sabe atirar

Atirei para o alto

"Fala isso para o meu avô!"

- Meu pulso não acha isso! Fala antes o alvo seja você!

"Parece que estou sendo corajosa, não é? Mas eu estou tremendo por dentro!"

- Eu...

"Ele não vai falar..."

Atirei de novo para cima

"Ele não podia facilitar as coisas para mim?!..."

O homem ergueu mais os braços. Fez menção de pegar alguma coisa

"Uma barra de ferro, ele vai vir pra cima de mim"

Atirei na mão dele

- Merda! Menina do inferno! - ele falou se distanciando e finalmente saiu correndo

Ainda apertei a arma na mão por um tempo, quase não respirava, minha visão estava embaçada, minha cabeça turva

"Eu atirei em alguém..."

Lá no fundo eu sabia que por um instante que tive puramente a vontade de matar.

Soltei a arma e voltei minha atenção para o Lancy, ele sussurrou alguma coisa, a mesa estava toda babada, as seringas espalhadas pelo chão e um cheiro muito forte tomou o ambiente.

Cai sentada no chão

"Que que eu faço agora? O que eu faço?"

Liguei para Nick

- Nick?!

- Que foi Cloe? Pareci que viu um monstro

- Eu diria que foi isso mesmo - eu ofegava - Nick me ajuda por favor!

- Claro, só falar

- Tão drogando ele, Nick

- Drogando?! Quem?

- O Lancy, me ajuda, por favor!

- Onde você tá?

- Na... Na... - Nome da rua não me vinha a mente, estava tudo muito confuso - Na Av. Dorsel, num casebre abandonado

- Cara, você tá no subúrbio!

- É, acho que sim! Não trás ninguém, se não vão achar que eu que o droguei

Pelo menos eu estava pensando direito

- Vou pegar um taxi, to indo prai

Desliguei

Eram quase sete da noite. A luz dos postes entrava pelas fendas das paredes, pereço o Sthephen King, morto...

Tentei chamá-lo

- Lancy?! Lancy

- Sai Sophie! - ele me empurrou inconsciente e sem forças, rindo bobamente

- O que fizeram com você? - senti meus olhos inundarem

"Pareci que quanto mais eu vivo, mais piora!"

Ouvi um carro estacionar

"É a Nick"

- Cloe?!

- Aqui

- Cara, que isso? - ela falou quando sentiu uma seringa se esfarelar sob seus pés

- Droga! Anda, me ajuda a levar ele

- O taxi ta ai. Vamos levar ele para onde?

- Para minha casa.

- Sua casa?! E seus pais?

- Viajaram, e eu não vou fazer nada de mal, vou?

- Eu sei, mas... Ele tá drogado, Cloe...

- Ajuda aqui! - eu falei pegando ele por um lado

Ela me ajudou a erguê-lo e colocá-lo no taxi

"No que foi que me meti?!"

Acho que o taxista achou que fossemos seqüestradoras, e não falou nada a corrida inteira. Por um instante achei isso hilariante, mas depois...

Nick pagou e me ajudou a levá-lo para cima.

"Cara, que moleque pesado!"

Deitamo-lo na cama do Kyle, tiramos seus sapatos e eu limpei o rosto dele com uma toalha molhada

Quase meia-noite e nada dele acordar

Eu e Nick nos olhávamos caladas, mas num desespero gritante

- E agora? - eu disse por fim - O que faremos?

 

[...]

 


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Notas finais do capítulo

Não tenho idéia do que fazer. Lancy ficou febril mais tarde e eu mesma não me sinto bem.
Nick está comigo, deu uma desculpa de que dormiria na minha casa hoje, para poder me ajudar.

Como reagir?



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