Diários escrita por rhavs


Capítulo 23
Capítulo 23 - O "monstro" do sótão


Notas iniciais do capítulo

Por motivo alheios a minha vontade estou sem computador, isso mesmo! Vocês logo saberão porque, mas agora vou contar o que rolou na casa abandonada "resumidamente"



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23º Dia, 13h28min

 

Está cedo não é... mas é necessário.

Bom a caçada ao espírito mal que assombra a casa abandonada começou bem cedo, às oito da manhã, imagina a dificuldade pra me fazer acordar...

Já de pé, eu fiquei mega hiperativa, imagina uma pessoa pulando pela casa toda!

Também porque eu acordei ao som do 3OH!3 - Starstrukk feat, Katy Perry, não tem como não dançar! Eu sei, eu sei, eu sou rocker, mas quando ouvi essa música surtei legal, no fim das contas ninguém consegue ouvir um só tipo de som. E acabou que não tiro a maldita música da cabeça!

Bem voltando ao assunto, eu peguei meu casaco e disse para mamãe que tinha de comprar umas coisas, bem era verdade, mas eu não ia fazer isso de imediato.

- Volte antes do almoço

Ela sabia que eu costumo demorar quando vou em algum lugar, mas por passar em outros, parar para ver algumas coisa na vitrina e tal

- Por que?

- Porque seu avô e seu primo chegam aqui lá pelas duas

"Estou muito maladrinha" pensei "E falando coisas do tempo da brilhantina! Alguém me banha com sal grosso! Urgente!"

Encontrei com o Ryan na esquina, a gente parecia uma dupla dinâmica andando na rua.

- Pronta? - ele falou descendo da mureta onde estava sentado

- Sempre! - eu sorri maliciosa

"Vai saber o que tem lá...?"

- Você anda muito confiante, sabia?

- Quero ver o que tem lá

- E se você não gostar...

- Só vou saber quando encontrar...

Eu estava me sentindo naquela hora, daí encontrei aquela pessoa:

- Olha só Cloe! Podendo, hein! Sua mamãe sabe disso - ela nos apontou com desdém.

"Tenho de parar de usar essas expressões, coisa brega!"

- Desde quando você se importa? - respondi

- Calma, Cloezinha, só queria saber se um dia você me empresta esse seu amigo?

- Você se tornaria emprestável para ela Ryan? - perguntei para ele

"Emprestável ficou com uma ambiguidade"

- Dispenso - ele disse

- Desculpe a opção não está disponível no momento - falei

- Não importa, um dia vai acontecer o contrario e eu que não vou estar disponível - ela saiu jogando o cabelo para o lado e fazendo ele bater no meu rosto.

Cuspir um fio que ficou na minha boca

- Que nojo! Vou lavar minha boca com sabão!

- Depois fazemos isso, já estamos perto

Chegamos e entramos, nos separamos, eu fui para o primeiro andar e Ryan para o segundo.

Logo ouvi o barulho de passos de novo e subi correndo para o que tinha sobrado do segundo andar.

"É incrível que ainda tenha soalho depois de nossas quedas"

- Você ouviu também?

Eu abanei a cabeça afirmativamente.

- Vamos subir? - ele perguntou

- Ainda não, deixe ele notar que estamos aqui...

Ouvimos os passos de novo, fizemos barulho, a criatura parou de andar, mas não desceu.

- Agora vamos subir?

- Vamos! - confirmei

Subimos a escada, estava mal iluminado, mas pudemos ver a silhueta de um homem (ou mulher) magro/a e alto/a.

Ele ficou parado, parecia conter a respiração.

Tentei me aproximar, ele se afastou, Ryan tentou também, mas ele se afastou ainda mais. Parecia um bicho acanhado.

Até que ele tirou uma marreta de trás de si e avançou contra mim

"Por*&, sempre eu!"

Ele Avançou brandindo a marreta no ar, e pude ver seu rosto quando ele se aproximou da luz

Descrição: era alto, magro, de feições maltratadas, cabelos loiros e ralos, parecia não comer a vários dias e nem sair, porque estava pálido

e maltrapilho, parecia jovem, mas o tempo que passou abandonado o fazia parecer mais velho.

Ryan saltou por cima de mim e saímos rolando pelo assoalho:

- Será que vou ter sempre de te salvar?

- Ryan?

- Quê?

- Não respiro...

- Desculpa - ele ia se levantar, mas o assoalho cedeu e caímos, junto conosco o homem.

"Maldito assoalho antigo!"

Ryan caiu por cima de mim de novo

"Só me ferro, não é?! Sai Ry!"

Depois da poeira baixar vimos o homem novamente, ainda naquela posição horrível, com o Ryan em cima de mim e eu sem respirar! Parecia que ele tinha batido a cabeça no chão quando caímos e desmaiado

"Inferno!"

O homem já brandia a marreta novamente em nossa direção.

Olhei por cima do ombro do Ryan e quando ele se aproximou chutei a perna dele, fazendo-o cair no chão.

Senti minha perna doer muito.

"Você não sabe quanta força eu usei para isso! Desgraçado! É bom você não se levantar!"

Empurrei o Ryan para o lado e chutei a mão onde estava a marreta no homem, realmente ele não esperava cair, porque bateu com a cabeça no chão e estava gemendo demais de dor.

Peguei a marreta e fui atender o Ryan, ele estava sangrado por um corte no queixo, de fato foi a batida com o chão que o fez desmaiar.

Puxei ele para perto da janela, mas nem notei que o homem tinha se levantado e vinha se aproximando por trás de mim, até estar de pé às minhas costas.

Por uma divertida ocorrência aconteceu o seguinte, tipo cena de filme, eu levantei e ao levantar empurrei ele coma minha cabeça, fazendo-o cair de novo.

Aproveitei a ocasião de desorientação(putz, rimou) do homem a amarrei as mãos dele com uma corda que prendia a cortina da janela.

Tirei meu casaco e o dobrei como para fazer um travesseiro e pus sobre o meu colo e o Ryan sobre ele.

Limpei o queixo dele, depois de uns minutos (dois para ser exata) ele abriu aqueles lindos olhos azuis... São lindos mesmo, e daí?! Eu não sou tarada só por isso, se o vissem concordariam!

Ele olhou demoradamente meu rosto, acho que estava tentando desembaçar a visão.

- Cadê ele?

- Ali

Ele sentou e olhou para o homem amarrado

- Desgraçado!

- Não acho isso...

- Hã? O cara tentou te acertar com um marreta!

- É, mas ele não tem para onde ir... - olhei o homem também, ele tinha nada...

- Vai ficar com peninha agora?

- Ryan... - censurei - e se fosse você?!

Gosto de fazer as pessoas pensarem como seriam no lugar de outras, e boa parte das vezes dá certo...

- É... - ele admitiu contrariado - E o que a gente faz agora? Leva ele pro hospício?

- Ryan! - censurei de novo - para uma casa de ajuda, só temos de convencê-lo...

- E isso vai ser muito fácil levando em conta que ele está amarrado, não é?

- Nem tanto... - fui até o homem e desamarrei as mãos dele. Fixei meu olhar no dele - Qual seu nome?

Ele baixou a cabeça e respondeu com a voz rouca e trêmula:

- Matheu.

- Matheu, nos desculpe.

- Nos desculpe?! - Ryan ironizou atrás de nós

- Isso mesmo! - me voltei de novo para o Matheus - Você quer ir para um lugar melhor?

Ele apenas abanou a cabeça dizendo "sim"

Eu o peguei pelo braço e o ajudei a levantar

- Cloe... - Ryan disse quase apelando

Apenas o encarei uns instantes como se dissesse "Não importa o que você diga, eu não vou deixar ele aqui!" e disse

- Vamos! Tem uma casa de apoio a umas três quadras daqui.

Andamos, conversando com o Matheu:

- Há quanto tempo você está lá Matheu?

- Eu nem sei... Não lembro...

Chegamos fizemos a lista de procedência do Matheu e o deixamos lá, antes de eu sair ele me disse

- Mais lindo que teus olhos só teu coração, Cloe...

- Grata, até logo...

- Até

"Minha boa-ação anual está feita..."

O relógio bateu três horas.

- Ferrou!

- Que foi?

- Tenho de ir na papelaria e ir direto para casa!

- Por que?

- O pesadelo Dwen deve estar lá em casa agora, Tchau!

Sai correndo, mas quando cheguei em casa...

Dwen sentado na frente do meu computador... Amanhã eu falo o resto...


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Notas finais do capítulo

Acho que amanhã meu computador será devolvido e mandarei a conta para o Dwen! Miserável! E amanhã começo a fazer meu vestido para a festa a fantasia, se sair como eu imagino vai ser lindo!



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