Pov. Renesmee

—Eu te trouxe o jantar. – Meu pai abriu a porta do meu quarto

—Não estou com fome. – Franzi o nariz ao sentir o cheiro da comida invadir o ambiente

—Mesmo que você faça uma greve de fome e você consiga ver ser estomago, não vai fazer com que eu mude de ideia. – Ele colocou a bandeja em cima da minha cama e eu o fitei

—Não vou ser esse tipo de adolescente que grita “eu te odeio e quero que morra”. – Retruquei – Mais sim eu te odeio e quero que morra. – Sorri sínica e ele soltou um risinho pelo nariz  

—Esse tipo de comportamento não vai tirar você daqui mais rápido. – Ele cruzou os braços

—Isso não depende de você. – Retruquei indiferente

—Não me provoque Renesmee. – Ele bradou

—Tá bem papai, não quer ser provocado vaza ninguém te chamou aqui porque eu tenho certeza que não quero falar com você. – O encarei e ele sorriu de canto

—Você ainda vai me agradecer. – Edward apontou para mim

—É você está certo... – Suspirei fundo – Obrigada. – O fitei e ele me encarou confuso – Estava morrendo de fome. – Disse enfiando um garfo de comida na boca

—Não vá dormir tarde. – Ele disse caminhando até a porta

— “Não fique com quem gosta” “Não durma tarde” – Resmunguei imitando a sua voz – Quer mandar nas minhas funções biológicas também? Porque eu acho que daqui a pouco vou ao banheiro. – O provoquei e ele respirou pesadamente

—Só quero seu bem. – Ele se virou para me fitar

—Demoro! Quer meu bem? Então me erra. – Bradei irritada e ele me mandou mais um olhar de advertência e saiu do quarto fechando a porta com força.

Pendi para duas ideias ou ele saiu porque sabia que comigo não tem muito dialogo, ou ele estava com uma vontade louca de me espancar só que não queria ser preso. Bom eu estava indo mais na segunda, mais enfim deixei a comida de lado por mais que meu estomago estivesse implorando por algo, e peguei uma mochila e comecei a colocar o essencial dentro.

Pov. Jacob

—Nahuel quer fazer o favor de desligar esse celular antes que ele faça barulho e eu seja obrigado a fazer você o engolir. – Sussurrei entre dentes

—Quem será que é? – Ele se mexeu ao meu lado esticando o pescoço bufei

—Você não ouviu nem uma palavra do que eu disse né? – Questionei e ele me fitou

—Depende. – Ele resmungou olhando para o celular

—Como assim? – Questionei

—Da parte em que você ameaçava enfiar o celular pela minha goela ou da parte em que me perguntava se eu tinha ouvido isso? – Nahuel me fitou intrigado e eu respirei fundo batendo na minha testa

—Ela tá vindo para cá. – Resmunguei vendo a pessoa se afastar do carro

—Eu conheço... – Antes mesmo do Nahuel terminar de falar

—Vocês com certeza tem problemas sérios. – Claire surgiu na nossa frente com o celular na mão

—Filha! – Nahuel exclamou e eu suspirei aliviado

—Pra que me ligar trezentas vezes. – Ela verificou o celular e nos olhou de volta girando os olhos - Na boa eu não sou retardada alias porque eu tenho sorte né já que parte da família é afetada. – Ela olhou significativamente para ele e eu soltei um risinho

—O que você está fazendo aqui? – Questionei me levantando

—A Nessie me ligou mais sedo, mais eu só pude vir agora. – Ela me fitou intrigada logo depois olhou para a escada que nos dois tentamos inutilmente esconder

—Nem pergunta. – Respire derrotado

—Ah eu vou perguntar sim, porque não é normal eu chegar na casa da minha amiga recebendo mil chamadas no meu pai e achar ele escondido debaixo da janela dela. – Ela retrucou – O que tá rolando? – Ela questionou

—Estamos tentando roubar a Renesmee. – Nahuel explicou

—Roubar? Você já não tem dinheiro suficiente? – Ela arregalou os olhos

—Não, não! Espera ai, não estamos tentando roubar a Renesmee e sim sequestra-la. – Expliquei mais na minha cabeça parecia mais certo, franzi o cenho sorrindo amarelo

—Ah claro só tá melhorando. – Claire disse sarcasticamente

—Sequestra-la não é bem a palavra... Vamos fugir com ela. – Nahuel achou a frase certa e Claire nos fitou intrigada

—Porque? – Ela questionou

—Porque o pai dela descobriu tudo que estava rolando ente nós. – Expliquei e ela assentiu

—E Porque estavam me ligando? – Ela arqueou uma sobrancelha

—Precisamos de um Álibi. – Nahuel sorriu amarelo

—Sempre sobra pra mim. – Ela girou os olhos – Bom eu sempre gostei de sexo mais pedofilia não é a minha praia, então se forem pegos pela polícia forem presos e ganharem banho de mangueira... – Ela suspirou fundo – Não contem comigo, porque eu não quero ser presa e virar escrava sexual de alguma mulher faminta por sexo. – Ela avisou

—Você pensou em tudo em. – Soltei um risinho pelo nariz e ela riu

—Espero que se lembre do que a sua amada filha está fazendo por você. – Ela mandou um olhar significativo para Nahuel

—Você será bem recompensada. – Ele piscou

—Você não precisam trepar nessa escada, deixem comigo eu tiro ela daqui. – Ela disse

—Como se ela está de castigo? – Questionei

—O Edward gosta de mim, por algum motivo que eu nunca vou entender ele acha que eu sou uma boa influência. – Ela fez uma careta

—Nós vamos estar te esperando no apartamento da Nessie. – Nahuel avisou

—Tá beleza agora sumam daqui. – Claire virou as costas

—Vamos logo. – Disse puxando Nahuel

Pov. Renesmee

Abri a janela lentamente para não fazer barulho, olhei para baixo e eles não estavam mais ali. Senti um vazio no meu peito um vazio que fazia tempo que eu não sentia, a última vez que eu sentia isso foi quando a minha mãe morreu. Me virei apressada quando ouvi a porta ser aberta, mais suspirei aliviada ao ver a Claire.

—Relaxa madrasta não precisa chora, sua enteada está aqui para ajudar. – Claire fez uma pose pomposa e eu soltei uma risada baixa

—O que você está fazendo aqui? – Questionei

—Vim tirar você daqui, por mais que essa história de vocês seja extremamente bizarra... Você faz meu pai feliz e faz tempo que não o vejo assim. – Ela suspirou e eu sorri assentindo

—Obrigada Claire. – Agradeci

—Enfim, é só eu arranjar uma desculpa para o seu pai deixar você sair comigo. – Ela me fitou pensativa, não deu dois segundos e meu pai abriu a porta

—Claire você vai dormir aqui? – Ele questionou

—Não... Na verdade eu queria mesmo conversar com o senhor. – Ela se virou para fita-lo

—Pode falar. – Meu pai cruzou os braços

—Eu marquei de sair com um carinha só que eu não queria ir sozinha porque tenho medo de ser estuprada já que nem conheço ele... – Ela suspirou fundo – Enfim a Renesmee poderia ir comigo? – Ela fez uma cara de anjo que até eu poderia ser convencida se não a conhecesse e claro

—Olha eu não sei, porque ela está de castigo. – Meu pai hesitou e aqui já me fez perceber que ele ia deixar

—Ah qual é por favor. – Claire implorou

—Tudo bem. – Edward assentiu – Mais espero que eu possa confiar em você Claire. – Ele avisou

—Não se estresse a Nessie vai estar aqui antes da meia noite. – Ela piscou marota

—Vamos? – Questionei me levantando e ela assentiu

—Até mais. – Ela deu um tchauzinho para o meu pai e descemos as escadas rapidamente entrando no seu carro

—O que você vai ganhar com isso? – Questionei colocando o cinto

—Contando com a generosidade do meu pai, um bom dinheiro o que vai me deixar bem longe da louca da minha mãe. – Ela disse acelerando o carro

—Onde eles estão? – Questionei

—No seu apartamento. – Ela disse e eu assenti – Vem cá, não que eu tenha alguma coisa contra mais... Você não podia ser uma adolescente normal e sei lá... Ser normal? – Claire fez uma careta

—Eu não sei, eu nunca fui uma garota fácil de se apaixonar meu lema era...

—Sexo é esporte é por isso que tem que ser praticado todo dia. – Claire ditou e eu ri

—Mais eu provoquei tanto que acabei de apaixonando. – Respirei fundo

—Você é uma lesada, igual o bocó do meu pai. Eu preferia você antes, mais já que é assim.... Espero que vocês sejam felizes. – Ela sorriu

—E você...

—Nem pense em perguntar sobre a minha vida amorosa. – Claire me ameaçou com os olhos – Me orgulhe Renesmee e faça bastante sexo por mim, já que você tem dois pênis a sua disposição. – Ela implorou e eu gargalhei

—Você tinha me dito que estava saindo com um carinha. – Franzi o cenho

—O pênis dele era tão pequeno que não fazia nem cocegas. – Claire fez uma careta – Estou à procura de pênis que valham a pena. – Ela disse pensativa

—Então compra um de borracha. – Sugeri

—Eu tenho vários lá em casa. – Ela girou os olhos - Mais enfim não conta para ninguém, mais acho que quero algo a mais do que só sexo. – Ela resmungou

—Claire Young querendo algo sério? – Eu ri boquiaberta

—A cala a boca tá. – Ela riu

—Você falou com a Lize? – Questionei

—Ah sim, liguei para ela avisando que você estava em uma séria grise de depressão. Ela disse que...

—Oi! – Lize saldou surgindo do banco de trás fazendo eu e Claire saltarmos de susto, ela quase perdeu o controle do carro e eu quase enfartei

—Que porra é essa, você tá louca minha filha? Tá querendo de matar antes da hora! – Claire berrou

—De onde é que você surgiu? – Questionei acelerada

—E como é que você se enfiou no meu carro? – Claire amenizou o tom de voz

—Vamos começar de novo, que tal um “Oi Lize minha amiga amada” – Lize girou os olhos abrindo um saco de Doritos

—Oi Bisonha. – Claire acenou a olhando pelo retrovisor

—Oi filhote da Polly. – Saltei roubando um Doritos

—Ignorando comentários inferiores. – Ela suspirou virando a cara

—Como você...

—Fui até a sua casa e como vi que você estava saindo, entrei no seu carro para saber aonde você ia e parei aqui. – Lize explicou

—Você devia virar detetive. – Analisei

—Devia ser menos metida. – Claire a fuzilou com os olhos – Coloque um Doritos na minha boca que te perdoarei. – Ela riu abrindo a boca e Lize deu um Doritos a ela

—Então... Deixando de lado o papo sobre pênis. Você vai fugir com o meu pai? – Lize me fitou e eu sorri amarelo

—Não foi ideia minha mais... O que você acha? – Questionei e quando a Lize foi abrir a boca

—Ela não tem que achar nada. – Claire bradou

—Ela tem que me responder sem você se meter. – Cortei ela que me mostrou a língua

—Nessie a vida é do meu pai e se o casamento dele com a minha mãe não deu mais certo ele ia ser feliz com outra pessoa que qualquer jeito e se essa pessoa é você eu fico feliz por ele e por você já que é minha melhor amiga. – Lize disse beijando a minha bochecha e eu sorri

—Obrigada amiga. – Agradeci

—É... – Claire suspirou fundo – Até emocionei. – Ela riu

—Você é uma sem graça. – Lize soletrou

—Lize minha cara, nossos pais gostam de fazer sexo com a nossa melhor amiga o quão bizarro isso te parece. – Ela girou os olhos

—Me parece que é amor. – Lize disse sonhadora

—Tu tem doença. – Claire resmungou estacionando o carro em frente ao prédio Jacob e Nahuel estavam na frente meu coração acelerou

—Vai lá. – Lize incentivou e eu sorri saindo do carro corri abraçando os dois junto que riram

—Missão cumprida, passa a grana. – Claire chegou até nós junto de Lize

—Nossa, eu criei uma marginal. – Nahuel analisou

—Querido você criou uma criatura esperta, então passa pra cá. – Ela estendeu a mão e ele riu lhe entregando um cheque, Claire o ficou cuidadosamente – É justo. – Ela deu de ombros o guardando

—Está pronta? – Jacob me fitou e eu suspirei fundo sentindo um frio em meu estômago, eu ia deixar o meu pai e ele não tinha mais ninguém além de mim

—Eu...

—Se você não quiser eu peço o dinheiro de volta. – Nahuel fitou Claire

—Vai logo Renesmee. – Ela arregalou os olhos me empurrando fazendo todos rirem

—Eu vou mais... Antes eu tenho que fazer uma coisa. – Disse e ele me fitaram com o cenho franzido, sorri aliviada por certas pessoas apareceram na nossa vida no momento certo. Uma coisa eu sabia, sozinho meu pai não ia ficar.