“Às vezes alguém chega e pega você de surpresa.”

Pela terceira vez, Jemma teve a certeza de que odiava surpresas – primeiro com Skye, depois com Ward e agora com Trip.

E a última fora provavelmente a pior.

É claro que Skye era sua melhor amiga – a única desde a terceira série -, e que Ward um dia saltara do avião em que se encontrava para salvar sua vida, contudo, nenhum dos dois havia virado pedra e se desfeito em milhares de pedaços.

E na Academia Trip também salvara sua vida. Antes que ela fosse em missão infiltrada na H.Y.D.R.A, ele a aconselhara como um melhor amigo faria. E uma das coisas que ela mais seria agradecida: Trip ajudara Fitz no momento em que ele mais precisara – quando ela o abandonara por medo.

Mesmo sem se da conta disso, Simmons se sentia como Coulson. Culpada. Só não sabia exatamente o porquê. Por ter insistido na entrada de Trip na equipe, por ter se apegado tanto a ele, ou por não ter corrido atrás dele para impedi-lo de entrar naquele maldito templo?

A partir de agora, Jemma sabia que nada mais lhe traria e paz que a voz de Trip trazia. Nada seria tão iluminado sem aquele sorriso.

Uma vez, Skye disse que Antoine gostava dela. Por dias, Simmons se perguntava por que não parava de pensar nisso, e por que sempre se pegava sorrindo feito idiota quando se lembrava disso.

Porém, ainda não conseguia dizer se era porque gostava dele também, mesmo desconfiando disse fortemente. E, Deus, ela se sentia tão horrível por não ter mais tempo para descobrir o que sentia!

Simmons odiava não saber das coisas, principalmente quando se tratava dela. E ela nunca mais poderia saber, porque ele nunca mais estaria ali, fazendo-a rir de coisas estúpidas, falando coisas sem sentido algum enquanto bebiam uma cerveja e ele nunca tirava aquele maldito (e lindo) sorriso do rosto.

E talvez nada no mundo faria tanta falta quanto aquilo.