Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 21
20 - Vovó Wilhealm


Notas iniciais do capítulo

Obrigadaaaa pelos comentário do capítulo anterior. E desculpa por não consegui postar ontem!!!11
Esse capítulo é bem fraquinho, só pra mostrar um pouquinho a família Wilhealm mesmo.
E por enquanto não vai ter banner por: preguiça. Eu ando ocupadissíma, eu comecei a fazer curso de manhã, ou seja, só fico de noite em casa, morrendo de sono ainda por cima.
Boa leitura!



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Tio Thomas continuou olhando para mim da porta, e eu permanecia com meus olhos arregalados, mas ao menos não estava com as mãos no rosto de Liam, e falando nele, o garoto estava completamente assustado, muito mais do que antes. E eu não podia culpa-lo, meu tio não tinha uma cara simpática, e a barba grisalha não ajudava nem um pouco. E com a carranca que ele estava, ficava ainda mais assustador.

— Estou te esperando lá embaixo — falou ele, sério, saiu da entrada do meu quarto e nem fechou a porta.

Olhei para Liam, que estava totalmente encolhido sentado ao meu lado, e ainda com os lábios rosados, nem queria imaginar meu estado.

— Você é louco! — sussurrei quase em um grito pra ele, que ficou assustado com o segundo sobressalto repentino. — Você estava me olhando com uma cara horas atrás!

— Eu só... só achei que deveria — olhou-me cos os olhos azuis arregalados.

— Você me pede desculpas e acha que deve ser perdoado com um beijo?!

Liam deu um sorriso nervoso e começou a me encarar de novo, olhando no fundo dos meus olhos. Parei para prestar atenção em Liam, e seus olhos me davam um pouco de medo, sinceramente. Eram de um azul tão profundo que eu tinha medo de ver os segredos que ele podia esconder.

— Desculpa— disse ele parando de me encarar e fitando as mãos. — É que eu queria fazer isso desde quando você bateu na minha porta.

— Você tem um fetiche por desconhecidas que batem na sua porta? — perguntei irônica.

Liam deu um sorriso mínimo e me olhou de novo, colocou as mãos sobre os joelhos e preparou-se para sair pela porta do meu quarto, um movimento um tanto quando perigoso.

— Acho melhor você sair pela janela, sabe como é... — revirei os olhos por causa da atitude do meu tio, levantei-me da cama e fiquei em pé em frente à janela. Eu estava parecendo uma bipolar por causa da mudança de tom de voz. — E isso nunca vai acontecer novamente, você só está confundindo as coisas. Aquele negócio de atração por quem você odeia, sabe?

— Eu não te odeio — murmurou.

Quando ele aproximou-se para sair, olhou-me relutante e deu um pequeno ‘tchauzinho’ com as mãos.

No momento que Liam saiu pela janela, desci as escadas e fui ao encontro do meu tio que estava sentado no sofá com os braços cruzados. Sentei-me ao lado dele e fiz a mesma posição que ele estava, esperando os xingamentos que eu sabia que não merecia. Alguma hora eu iria beijar um garoto, e meu tio tinha que aceitar isso.

— Eu não gosto desse garoto — murmurou ele olhando para a televisão que estava desligada, ainda com a carranca formada em sua cara.

— Só por que você pegou ele me beijando — eu disse, com minhas sobrancelhas arqueadas, olhando para qualquer lugar menos para o meu tio.

— Não, eu apenas não gosto dele — disse meu tio, sentando-se em posição de lótus no sofá para me fitar, e ele realmente estava parecendo uma menina na espera de uma fofoca. Fiz o mesmo.

Dei um longo suspiro e perguntei:

— Por que?

— Ele é mais novo que você, certo? — Perguntou meu tio, e eu assenti. — Esse é o problema, Miriana. Garotos tem menos maturidade que as garotas, enquanto você tem maturidade de mais 20 anos, ele tem de... 17. Entende o que quero dizer? Você precisa achar alguém com o mesmo nível de responsabilidade que você, alguém mais velho e mais experiente com a vida.

Revirei os olhos, mas no fundo sabia que aquilo era verdade. Liam não era imaturo, só de vez em quando ele discordava de algumas coisas, e achava que eu era uma assassina, e que me assustou quando fui fazer umas perguntas pra ele... E eu não iria ter um relacionamento com ele, ele só havia me beijado, me beijado por impulso. E eu também respondi por impulso. E também gostei por impulso.... Por que eu estava pensando nisso mesmo? Minha mãe que era pra estar morta está viva matando pessoas inocentes. Foco.

— Você parece uma vovó preocupada — eu zombei com um sorriso depois de ter absorvido tudo que tio Thomas disse e o que eu pensei também, e imediatamente a faceta séria que ele estava transformou-se em um sorriso divertido.

— Sua avó era muito melhor que isso, era maravilhosa, tinha um senso de humor de dar inveja — ele deu uma gargalhada gostosa, totalmente aéreo. — Você iria gostar dela.

— Tenho certeza que sim — falei, mas meu sorriso murchou um pouco. Não tive a possibilidade de conhecer minha avó, nem meu avô, ou os meus tios, primos... Eu não conhecia ninguém da minha família além de tio Thomas. Ele falou que essa ausência de parentes era devido a caça, mas afirmou que a morte da minha avó não tinha nada a ver com isso, ele falou que ela nem caçava. E isso era muito bom.

— Eu estou de olho em você e Liam — avisou meu tio, mudando de assunto completamente. — Eu posso até não gostar do rapaz, mas como não posso fazer nada a respeito — meu tio me olhou com uma cara um pouco triste e com um biquinho, e aquilo foi uma imagem que nunca irei tirar da minha cabeça. Ia protestar e falar que não tinha nada entre a gente e que foi apenas um desentendimento, mas deixei pra lá.

— Estou liberada? — perguntei, mas sem nem esperar a resposta subi direto ao meu quarto.

.

Enfim já era segunda, e eu estava em frente a um alvo que estava simulando uma pessoa, com óculos protetores sobre meus olhos, e uma pistola em minha mão direita. Estava na aula de tiro que eu insisti para Parrish me dar, estava aqui há dez minutos e ainda não tinha dado um único tiro. Talvez fosse o medo de quebrar minha clavícula, quem sabe.

O silêncio permaneceu um bom tempo, até Parrish coçar sua garganta, dando o sinal que iria falar algo.

— Você e Liam, huh? — Perguntou Parrish um pouco envergonhado, e a próxima coisa que eu ouvi foi um estrondo, revelando que eu havia dado um tiro e sequer havia notado. Olhei para Parrish com os olhos arregalados, incrédula e muito surpresa. Jordan permaneceu indiferente diante o meu tiro que saiu sem querer.

— Foi meu tio não é? — Inquiri já sabendo a resposta.

— Sim, reclamou para mim o fim de semana todo — Parrish fez um sinal de negação com a cabeça e deu um sorriso debochado.

— E eu não posso fazer nada para impedir isso, ele gosta muito de você — ao contrário de Liam, acrescentei mentalmente. A gente ainda estava normal por enquanto, sem conversar estranhas sobre o ocorrido, mas como iriamos falar? Nós nem nos encontramos hoje na escola.

— E como vocês estão?

E depois dessa pergunta eu dei mais um tiro certeiro, tentando demonstrar que eu não estava nada confortável com aquele assunto. Obrigada, sentidos lobisomens.

— Ele beija bem? — Interrogou Parrish ainda sem ligar para os tiros seguidos que eu estava dando para evitar aquele assunto. Eu não queria falar para Parrish sobre Liam, isso não iria ser nada legal.

— Ele te respeitou? — Perguntou ele, e dessa vez eu dei três tiros seguidos, e estava muito bom, se não fosse por Parrish perguntando coisas que eu não queria falar com ele.

— Você não respondeu minha pergunta — repreendeu ele.

— Sim, tudo bem? — Falei seriamente, ainda desconfortável.

Parrish foi ao meu lado e olhou meu alvo com mais de cinco buracos de tiros, ele assentiu surpreso e abriu um sorriso.

— Olha, você acertou tudo! — Exclamou ele.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui!
Não se esqueça de comentar, aceito totalmente dicas construtivas e sugestões.
BYE, AMO VCSSS