Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 18
17 - Galeria/Galpão/Loft


Notas iniciais do capítulo

OLARRR, TUDO BEM?!
Obrigadaaa pelos comentários do capítulo anterior, vieram tantos em uma noite só que eu até fiquei perdida afsdkjhkdj
Boa leitura!



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Ouvi alguma coisa vibrar em uma madeira, dei alguns resmungos e logo adormeci de novo, mas aquilo continuava. Tirei minha cabeça amassada da cama, e peguei o celular que estava tocando, um número desconhecido estava me ligando. O que era muito raro, os únicos contatos que eu tinha no celular eram meu tio, Parrish e mais alguns contatos úteis. Eu não costumava passar meu número pra ninguém.

— Alô? — Atendi com a voz rouca, revelando que eu tinha acordado recentemente.

Miriana? — Uma voz grossa e forte perguntou do outro lado da linha.

— Quem é? — Perguntei franzindo o cenho.

É o Derek. Derek Hale. — Um arrepio fez eu estremecer, o sonho. Mas ignorei. Então era Derek? Foi por isso que não reconheci a voz, nunca tinha ouvido ele falar uma palavra sequer.

— Ah... sim. Por que está me ligando? — Será que eu fui muito grossa? Acho que não, ele não me ligaria por nada, eu acho. A não ser que ele queira me agradecer, assim sim.

Você pode vir até meu loft? Todos estão esperando sua presença.

— Sim, tudo bem. Estou indo. — avisei e a linha ficou um pouco silenciosa, apenas ouvia a respiração pesada de Derek do outro lado. — Tudo bem... ãhm... tchau...?

E depois disso, a linha ficou muda, completamente. Ele tinha desligado, sem nem menos dar tchau. Levantei da cama depois disso, coloquei um vestido cinza que deveria ser feito com um tecido parecido de um moletom, calcei um pé do meu coturno, e peguei o outro para ir calçando enquanto saia do meu quarto, para descer as escadas. Que perigo.

Quando enfim cheguei ao andar de baixo, coloquei o pé direito do coturno dando pulinhos para facilitar a entrada, e como percebi que estava frio, peguei minha flanela que estava jogada no sofá.

Deixei um bilhete avisando para meu tio onde estava, já que depois da conversa que tivemos, eu não teria coragem de não informar onde estava indo. Peguei a chave da caminhonete que estava no chaveiro e fui até ela, rumo ao loft de Derek. Que graças aos deuses, eu lembrava o caminho.

Cheguei, e abri a porta de correr sem nenhuma delicadeza, fazendo um estrondo que ecoou por todo o recinto, deixando claro à todos que eu havia chegado. Olhares arregalados se direcionaram pra mim, me encolhi.

— Oi — falei tímida. Fui até o sofá e me sentei com dificuldade, já que todos os olhares estavam voltados à mim. — Qual o problema?

— Nós devemos conversar — falou Scott, e eu ainda não entendia por que ele se pronunciava por todos os outros.

Levantei do sofá que havia sentado há pouco tempo, e fui onde todo mundo estava reunido, uma mesa gigante que não tinha nada, mas mesmo assim todos estavam em volta dela, como sempre.

— Obrigada por ontem — agradeceu Derek com um sorriso mínimo quando me aproximei, e isso foi ótimo pra mim, não pensei que ele era o tipo de cara que agradecia alguém, mesmo que esse alguém tenha salvado sua vida.

— Sem problemas — sorri de volta.

— Você é lobisomem por gene ou foi mordida? — Perguntou Derek interessado.

— Meus pais eram caçadores — o informei, pelo visto Scott não tinha contado para ele, não sei por quê. Derek maneou a cabeça em concordância com as sobrancelhas arqueadas. É, ele estava definitivamente interessado.

— Se foi por mordida, como eles deixaram você morar com eles? — Inquiriu ele. — Já que eram caçadores, garanto que eram muito leais ao seu povo.

— O que? Não... eu não fui mordida — disse eu.

— Então como...? — Ele franziu o cenho, realmente incomodado por não desvendar esse mistério. Eu também não sabia como, e não seria ele que iria descobrir. Mas depois de alguns segundos, ele começou a pensar em algo, e acho que ele não tinha a mínima vontade de compartilhar. Logo tirou aquela expressão pensativa de sua face e voltou ao normal.

— Eu não sei, apenas surgiu de um dia para o outro.

Olhe ao redor da mesa, e todos me olhavam com atenção, querendo saber a minha história. E de algum jeito, eu devia isso à eles. Ajudei eles com os caçadores, eles estão me ajudando com Kate, por que não contar?

— Quantos anos você tinha? — Perguntou Derek.

— Na primeira lua cheia depois dos meus 16 anos, simplesmente aconteceu.

— Seu lobo se manifestou muito tarde, Miriana — disse ele, preocupado. E isso me incomodou, por que ele deveria estar preocupado? Mal me conhecia.

— E ele tem idade para se manifestar? — Perguntei, desafiando-o. Porém sua expressão continuou a mesma.

— Sim, desde o seu nascimento — disse ele. E agora preocupada estava eu.

— E existe casos assim como o meu?

— Não que eu saiba — falou ele, me olhando seriamente. Abri minha boca. Não entendia por que eu tinha que ser diferente de tudo que eu e todos conheciam. Por que eu não posso ser apenas um lobisomem normal? Já que não posso ser humana, eu deveria ser ao menos uma criatura sobrenatural normal.

Scott viu que eu estava abalada, e então se pronunciou:

— Miriana, você quer se juntar à alcateia?

Abri um sorriso, eu realmente fui acolhida, assim, rapidamente. E a alegria alastrou-se rapidamente por todo o meu corpo, me deixando extasiada. Mas então uma coisa me incomodou.

— Mas a alcateia não é feita apenas de lobisomens? — Perguntei, já que a “alcateia” de Scott tinha seres dos mais variados tipos, lobisomens, uma kitsune, uma banshee, e um humano.

— Não, alcateia é feita de uma família. E eles são a minha família — ele disse. — Deixe-me perguntar direito dessa vez... Você quer ser parte da família?

— Sério? — Inquiri com a voz embargada.

— Sim — ele sorriu, e eu abri um sorriso gigantesco, estava quase chorando, mas não iria permitir que as lágrimas saíssem, senão eu teria que ir ao hospital tomar um soro.

— Eu adoraria — falei tremula, com os olhos brilhando.

Olhei para o meu reflexo na janela, a janela que mostrava o céu nublado da manhã. Meus olhos se revelaram em um azul profundo... azul? Entrei em pânico rapidamente, eu já tinha uma alcateia, por que eles continuavam azuis? Olhei para Scott assustada, fazendo uma pergunta silenciosa para ele.

— Por que meus olhos continuam azuis?

— Me diga você — mandou ele totalmente hipnotizado, e perguntando a mesma coisa à si mesmo, assim como os outros.

— Eu não sei — disse. — O que tem de errado comigo? Por que não posso ser normal? — Falei em um miado, com a minha voz totalmente carregada pela tristeza que eu carregava agora.

— Você já matou alguém? — Perguntou Isaac, que eu havia esquecido que estava entre nós.

Olhei envergonhada para todos, um de cada vez, para demonstrar o quão assustada eu estava, já que estava prestes a revelar o segredo obscuro que eu tinha, e que eu havia prometida à mim mesma que nunca iria revela-lo. Tarde demais.

— Sim... Meus pais... — eu disse hesitante com a cabeça baixa, fitando a mesa. — Um dia foi difícil demais controlar a transformação. Eu nem sabia o que era naquela época, apenas tentava me controlar dos ataques de raiva que aconteciam toda lua cheia, o padrão que eu havia descoberto — acrescentei. — Mas um dia foi mais difícil ainda de aguentar, então cedi à raiva e matei meus pais no processo.

Me atrevi a olhar no rosto de alguém, e o único que eu pude enxergar foi o de Liam, que estava com os olhos arregalados. Seu lábio tremia, eu não sabia o motivo.

Vi Kira sair de onde estava, e pude jurar que ela iria puxar a katana de suas costas e me matar ali mesmo, sem nem deixar eu me despedir de tio Thomas, mas não, não foi isso que ela fez. Ela me deu um abraço apertado, e eu aceitei imediatamente. Lágrimas começaram a sair pelos meus olhos com as lembranças daquela noite. Vi que Malia se atreveu a dar um passo na minha direção, e logo me deu um abraço também. Logo Stiles juntou-se, com um olhar acolhedor, abraçou a parte minha que estava sem as garotas em cima. Scott juntou-se também, assim como Isaac que tinha um sorriso sereno no rosto, Lydia veio também, com aquele rosto tranquilizador. Botei meus olhos em Derek, ele tinha um sorriso sem mostrar os dentes na face, e sabia que ele havia me acolhido assim como os outros, apenas não achou que deveria me dar um abraço pelo pouco tempo que nos conhecíamos. Mas então olhei para Liam, e ele estava com o rosto confuso, e com certeza, nele não havia tanto entendimento quando os outros, ele foi o único que provavelmente não aceitou o fato de eu ter matado meus pais acidentalmente, fechei meus olhos antes que mais lágrimas caíssem, mesmo sabendo que eu não devia ficar tão abalada a esse ponto só por causa de Liam.

— Você não teve culpa — falou Stiles com a voz afetada, já que estava com o rosto nos meus ombros.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram do capítulo super sentimental e (eu acho) bonitinho?????///
Espero que vocês tenham gostado, não se esqueçam de deixar a opinião sobre o capítulo.
Favorite/comente/recomende se quiser, faça o que achar que essa história mereça!!!1
Bjs, amo vcssss