Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 12
11 - Uma Lobisomem Caçadora De Lobisomens


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: OBRIGADA PELAS +2.000 VISUALIZAÇÕES, VOCÊS SÃO DIVAS (OS)!!!111
Agora: Olar, eu sei que prometi o capítulo pra ontem, mas aconteceu algumas coisas e não deu pra postar :c
Gentes, só pra esclarecer: os pensamentos são em itálico, acho que ficou confuso no capítulo passado, a Miriana NÃO falou que matou os pais, ela só pensou sobre isso ;)
Boa leitura!



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Vi que Scott engoliu em seco, provavelmente pensando antes de fazer uma pergunta.

— E você segue o legado deles? — Perguntou ele, mas não assustado, e sim prevenido. Eu sabia que ele não tinha medo, porque no caso seria uma caçadora e mais oito pessoas, sem contar que ao menos sete delas tinham poderes sobrenaturais.

— Se eu seguisse, vocês já estariam mortos — E também seria bem estranho ser uma caçadora lobisomem que caçava lobisomens.

Fiquei quieta encarando Scott, eu queria sair dali logo. Não queria ver mais as caras deles por hoje, queria ficar em uma distância segura deles, e aproveitar que restava do dia de hoje

— Quer que eu te leve para casa? — Perguntou Stiles, como se não tivesse sido o seu melhor amigo que me sequestrou.

— Não — respondi seca. Permaneci quieta depois disso.

— Quer que eu ligue para alguém te buscar?

Com essa pergunta fiquei pensando em alguém para me buscar, todos os meus “amigos” estavam aqui, eu não iria ligar para meu tio e preocupa-lo com isso, depois arranjaria uma desculpa para explicar por que eu faltei o trabalho hoje. Só me restava uma opção, Parrish.

Agora a situação estava realmente complicada, será que ele iria achar estranho se alguém o ligasse pedindo para me buscar em um galpão velho e escuro após ser sequestrada? Eu esperava que não.

— Sim, ligue para Parrish.

Stiles me olhou confuso, talvez por não saber que eu era próxima o suficiente de Parrish para pedir para ele me buscar, mais ignorei. Ouvi ele dizer ao telefone para Jordan não contar à ninguém, que foi um mal-entendido.

Quando estava prestes a sair pela porta e enfim ter a minha liberdade, eu senti um puxão no braço e me virei para ver quem foi o autor, e vi o rosto de Liam preocupado e melancólico.

— Eu sinto tanto, Miriana — disse ele.

Assenti com a minha boca franzida, e olhei diretamente para os seus olhos azuis, para procurar qualquer traço de mentira neles. Não achei. Mas eu não iria perdoar, isso era algo que não seria esquecido. Agora, no meu cérebro sempre teria um aviso quando se tratasse de Liam e seus amigos: “NÃO CONFIE NELES!”, bem grande, com letras amarelas que piscavam.

— Tudo bem — menti.

Saí por aquela grande porta, e desci algumas escadas em plena escuridão. Enfim cheguei até a saída e senti a brisa movimentando meus cabelos. Sorri com os olhos fechados. Isso era bom, não sei como nunca percebi isso, o jeito que o vento fazia uma caricia em todo o meu corpo. Abri meus olhos e encontrei Parrish do lado da viatura de polícia, ainda fardado por ter saído no meio do trabalho. Ele estava sério e olhando para mim, esperando algum movimento. Saí da frente da porta e caminhei até ele calmamente, aproveitando o ar antes de entrar em um carro fechado.

Cheguei até ele e o olhei, não sei o que deu em mim. Mas surgiu uma necessidade de abraça-lo, e assim fiz. E acho que era por que tirando meu tio, ele era a única pessoa que eu confiava no momento. Ele ficou estático por um momento, mas depois me deu um abraço muito desengonçado e perguntou:

— O que foi tudo isso?

— Eu só... só achei necessário — dei um sorriso, enquanto meus cabelos voavam para todo o lado por causa do vento. — Obrigada por me buscar.

Parrish me guiou até a porta do carona com o braço, abrindo a minha porta e deixando-me sentar. Um completo cavalheiro.

O policial deu a partida na viatura e eu o encarei. Por que ele não estava nada preocupado com a situação que eu estive? Por que ele estava tão tranquilo, como sempre estava? Como se aquilo fosse a sua rotina normal, buscar sua amiga após ela ser raptada por lobisomens e outras criaturas. Parrish percebeu meu olhar mesmo prestando atenção na estrada.

— O que?

Ignorei a pergunta, não tinha a obrigação de responder. Encarei a estrada assim como ele fazia, e fiquei vendo uma parte da cidade que eu não conhecia.

— Meu tio não ficou preocupado por eu não ter ido ao trabalho? — Inquiri.

— Não, disse que te dei o dia de folga.

Franzi o cenho e abri minha boca, ele sabia. Sabia que eles tinham me “capturado” e não fez nada. Fechei meus olhos com força e apertei minhas pernas com as unhas. Não era seu dever como policial saber se pelo menos estava tudo bem? Não era seu dever como alguém próximo à mim?

— Você sabia que eles estavam comigo? — Gritei, minha voz estava totalmente afetada pela raiva, e saiu muito grossa. Eu realmente estava zangada, mas não queria matar Parrish agora só por causa disso, mas estava começando a ficar meio difícil. Coloquei minhas mãos no painel do carro e abaixei minha cabeça, tentando respirar direito, precisava me controlar.

Parrish parou o carro imediatamente já que notou o que estava acontecendo, e fez até eu bater com a cabeça no painel, mas não liguei, e pelo jeito nem ele.

— Se acalme, Miriana — disse ele calmamente, como se não estivesse pronto para morrer. Ele colocou sua mão sobre a minha e apertou, assim como eu fiz ontem. Senti meu rosto voltar ao normal e minhas garras sumirem, e a vergonha me atingiu rapidamente, olhei para a janela, não queria que ele visse meu rosto agora. Tirei minha mão bruscamente da sua, mesmo não querendo lá no fundo. Eu realmente não queria que ele me visse agora, mesmo não estando transformada. E para minha surpresa, era lua cheia.

O que não pode ser escondido? O sol, a lua, a verdade. Repetia seguidamente para mim mesma, como se fosse meu mantra. Não iria me perdoar se atacasse Parrish agora. Não sei o porquê disso não ter acontecido antes, quando eu estava no galpão, com certeza teria sido muito útil. Mas também agradeci, se tivesse acontecido, eles saberiam o que eu era, e eu não teria vantagem alguma.

— Olhe pra mim, Miriana — ordenou Parrish, percebi que não tinha mais perigo agora e me virei, envergonhada por ele ter visto esse lado meu.

— Eu não sabia disso, pensei que você estivesse contando para eles o que você realmente era, por causa da conversa que tivemos ontem — maneei a cabeça em concordância, me sentindo ridícula.

— Desculpe pelo show — disse eu.

Parrish falou um “tudo bem” e seguiu o caminho, chegando em minha casa rapidamente. Teria de explicar para o meu tio depois por que eu saí de dentro de uma viatura da polícia. Dei um sorriso discreto, pelo menos meu humor havia voltado.

Jordan estacionou na frente de casa, e permanecemos em silêncio enquanto a luz estava ligada. Eu não sabia o que falar, ele, pelo jeito, também não. Bem, eu acho que era melhor agradecer.

— Obrigada por hoje — agradeci.

— Sem problemas — ele falou sinceramente.

Eu deveria sair do carro agora, mas eu estava com a estranha sensação de que faltasse alguma coisa. Olhei para os olhos verdes de Parrish e continuei olhando até tomar alguma decisão, eu o beijava em despedida, o abraçava, ou apenas dava um simples “tchau”?

Mas então fiz a coisa mais ridícula que se poderia fazer: eu dei um soquinho carinhoso em seu ombro.

Sou idiota.


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Notas finais do capítulo

Sei que o Isaac no banner do capítulo não ficou nada a ver, mas era só por causa das garras mesmo. Não responderam ontem, então vou perguntar de novo: Gostaram do novo banner do capítulo? Tá melhor que o outro?
Obrigada por ler até aqui, recomende, favorite, comente, faça o que achar necessário!!!!!11111111
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