Werewolf Fever escrita por Petr0va


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fanfic de Teen Wolf, apenas o prólogo é em terceira pessoa.



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Miriana mal havia colocado os pés dentro de casa, e sua mãe já começou a gritar e xinga-la pelo mau comportamento que teve diante a missa na casa de uma vizinha.

– Você só sabe me envergonhar, Miriana! – Gritou Anne caprichando em suas expressões faciais. – Isso é jeito de se portar diante minhas amigas?

– Amigas? – Sussurrou a garota. – Elas só querem pegar o dinheiro que você deixa após a oração.

– Ah, é? – Anne mexeu seu pescoço cinicamente. – Você diz isso porque não sabe o que é amizade, você não sabe o que é ter amigos – disse ela tocando em um assunto delicado. Miriana realmente não tinha amigos, mas o problema era dela. Ela não tinha porque não queria, porque não conseguia. Sua timidez afetava sua vida social, e ela não queria levar amigos para sua casa para eles se depararem com uma família doente, ao invés do protótipo de família de margarina que ia à missa todos os domingos, eles eram assim apenas por fora.

– Deixe a menina, Anne – defendeu seu pai, o único que provavelmente se importava com a menina, ou talvez apenas preocupado com o que os vizinhos iriam ouvir.

Miriana que estava encostada no armário que havia na cozinha, ouvia apenas resmungos e vozes desconexas, não estava entendendo mais nada. Desencostou-se do armário, fez uma carranca quando olhou para sua mãe e saiu de lá sem nem se importar, desceu a escada e entrou no seu quarto fechando a porta silenciosamente. Ela fechou os olhos e sentou-se no tapete preto que havia ali.

Quem via a menina, a achava uma menina meiga e tímida, que apenas discutia quando tinha a certeza de que as coisas estavam erradas, até seus pais achavam isso, e talvez era assim que ela realmente era. Mas o fato era que, quando estava com raiva, não importando a intensidade, ela guardava tudo isso dentro de si e esperava até chegar em seu quarto, onde ela tentava se controlar para não rasgar todos os tapetes e quebrar os móveis que tinham ali.

A garota respirou fundo e apertou sua cabeça com as mãos, e lágrimas começaram a sair de seus olhos, não porque estava triste, e muito menos sentindo dor, eram lágrimas de pura raiva. Ela sabia que era um motivo bobo pelo qual estava chorando, mas ela estava cansada; estava cansada de ser tratada assim em casa sempre quando falava o que pensava, estava cansada de ter seus planos arruinados sempre quando sua mãe não aprovava.

Ela viu que a pressão que ela fazia no seu cérebro não era o suficiente e abraçou-se severamente, apertando seus braços dolorosamente, precisava sentir dor, senão não iria conseguir controlar-se dessa vez.

A raiva de todos os momentos ruins que teve com sua mãe começou a acumular-se, tornando tudo aquilo mais difícil. Miriana olhou para a janela que estava aberta, revelando a escuridão daquela noite, e não demorou muito para notar a grande lua, a lua que sempre estava presente nas noites que ela tentava se controlar. Lua cheia.

– Quem você pensa que é para dar as costas enquanto estou falando com você?! – Gritou sua mãe abrindo a porta com os olhos arregalados pela audácia da sua filha.

Miriana olhou na direção da sua mãe e a raiva a preencheu rapidamente, fazendo seus olhos ficarem em um azul intenso. E Anne arregalou ainda mais os olhos, incrédula, ela sabia o que era aquilo, mas não era possível, não era... Uma ômega, como ela tinha deixado aquilo viver na sua casa?

A garota não deu mais tempo para sua mãe pensar e nem tempo para gritar, se jogou para cima dela, fazendo a mesma cair no chão sem nenhuma delicadeza, fazendo um barulho assustador. Miriana rosnou e atacou-a, arranhando o pescoço da humana sem pensar, e logo depois distribuiu mordidas em todo o corpo da mulher, a garota estava totalmente fora de si. E após algumas mordidas, Anne já estava totalmente imobilizada... morta.

– Anne? – Chamou Robert incomodado com os barulhos, abrindo a porta encostada do quarto de Miriana e encontrando o corpo da sua esposa sem vida. Olhou um pouco mais pra cima e encontrou sua filha ensopada de sangue, com o rosto desfigurado, quase como um animal, uma ômega. Miriana olhou ferozmente para o homem na sua frente e atacou-o assim como fez com a sua mãe, arrancando dele a orelha e muitas outras partes, deixando-o totalmente mutilado. Uma visão horrível para olhos humanos, mas não para o animal que ela estava sendo agora.

.

Após passar horas e finalmente ter amanhecido, Miriana acordou numa poça de sangue, que ainda estava um pouco quente, olhou confusa para o liquido e olhou os arredores do seu quarto, encontrando dois corpos que provavelmente foram dos seus pais. Observou aquilo horrorizada, e botou a sua mão na boca sem nem se importar com o sangue, afinal, já tinha muito mais do que aquilo em seu estômago. Começou a chorar desesperadamente, ela havia se tornado uma assassina, e nem sabia o porquê de ter matado seus pais de uma maneira tão aterrorizante. Mas então flashes da noite passada começaram a aparecer em sua mente: seus braços sangrando por causa da força que ela fazia para suas unhas ultrapassarem sua carne. Sua mãe entrando no quarto. Suas unhas no pescoço da sua mãe. Seu corpo indo ao encontro do seu pai.

Miriana começou a chorar de novo. Por que havia perdido totalmente o controle dessa vez? O que ela era, afinal? Ela era um monstro, um animal?

Ficou alguns minutos encarando os corpos jogados no seu quarto. Ela não pode ser presa, não pode. A garota dirigiu-se até o banheiro e se olhou no espelho horripilada. Ela era um monstro, seus cabelos castanhos estavam vermelhos por causa do sangue, seus olhos castanhos esverdeados estavam opacos e seus traços delicados estavam cobertos de sangue. Mostrou seus dentes para o seu reflexo, pegou a escova de dentes que tinha ali e escovou-os com nojo, já que estava tirando os pedaços dos seus pais de seus dentes. Limpou sua boca depois disso e foi para seu quarto de novo, aproximou-se do corpo do seu pai e colocou suas mãos aonde havia sangue, para não parecer tão suspeita com as mãos totalmente limpas, e também para acompanhar suas roupas ensanguentadas. Já que iria ser difícil esconde-las, decidiu optar pela opção de sujar-se toda, já que assim poderia alegar para os policiais que havia abraçado seus pais depois de mortos. Nojento, mas necessário. Fez tudo aquilo colocando a máscara de quem não se importava, fingindo que aquilo não era doloroso demais.

Ela foi até a sala – que era depois de seu quarto – e pegou o telefone sem fio que tinha em cima da mesa perto do sofá marrom, digitou os números memorizados e esperou chamar.

911, qual a sua emergência?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler até aqui!
Se quer que a fanfic continue, e só comentar!