O menino que colecionava Horcruxes escrita por Maga Clari
Primeiro, as cores.
Depois, os humanos.
Sou uma colecionadora de cores e humanos, como você já deve saber. Da última vez, a história que escolhi fora a de Liesel Memimger, a sacudidora de palavras. Como ela está? Você deve se perguntar. Bem, eu lhes digo. Atualmente, nossa pequena Saumensch aposta beijos em corridas com o nosso Jesse Owens de cabelo cor-de-limão. Os dois finalmente se casaram entre as nuvens do céu. Um céu colorido; é só isso que posso dizer.
Mas hoje tenho outra história em mãos. Também sobre um menino órfão. Só que ele não teve tanta sorte quanto nossa Liesel Memimger; ele não chegou a ter uma família.
*Eis um pequeno fato*
Você pode ser uma horcrux de alguém
*Reação ao fato supracitado*
Isso assusta você?
E o que é exatamente uma horcrux? Bem, caso você seja um humano comum, será mais difícil entender. Em todo caso, acho melhor explicar tudo nos mínimos detalhes. Afinal, este é meu trabalho; eu também coleciono almas.
De algum modo, me identifico com ele. Nós dois sabemos o quanto cada uma dessas almas vale.
Mas o que me chamou a atenção nesse menino não fora seu ofício igual ao meu. O que me deixou intrigada fora o motivo pelo qual ele fez tudo aquilo.
Eu não tive escolha.
Mas ele teve.
*Uma pequena observação*
Acho graça nas diversas motivações dos seres humanos. Amor, poder, fé. É sempre a mesma história. Mas eu não consigo entender, nem posso. Nunca me deixam desfrutar de sentimentos humanos. Apesar disso, em meus poucos momentos de prazer, guardo e conto essas histórias quando ninguém está observando.
Mas voltemos ao nosso menino órfão.
Ainda há muito a ser dito sobre ele.
Não quero me antecipar, mas preciso dizer que trata-se de um bruxo. Não daqueles eremitas, que vivem isolados, como bicho do mato. Esses não existem mais.
Nosso menino cresceu e tornou-se o jovem mais bem falado das redondezas; sempre foi sociável, simpático e sedutor. Destacou-se na escola e no meio acadêmico.
O único problema desse menino, infelizmente, era o amor. Ah, o amor! E não fora justamente ele que movera toda a história de Liesel Memimger? Ou terá sido o poder? Ah, estou ficando velha. Já não me lembro de todas as vidas. Mas acredito que não tenha muita diferença... Amor e poder se entrelaçam o tempo inteiro. Talvez eu não esteja tão errada, afinal.
Talvez, se esse pequeno órfão tivesse recebido um pouco mais de amor, ele escolhesse ter sido o melhor Ministro da Magia que Londres já teve. Mas o destino mudou sua rota, e eu, mais uma vez, não pude interferir.
Vi suas chances escorregarem entre meus dedos e levarem-no a se tornar o bruxo mais temido do século XX.
Depois de toda essa apresentação, acho que podemos contar sua história. Ela se resume em oito etapas:
*A casa dos órfãos
*O menino esquisito
*Magia é poder
*O clube do Slugh
*Horcruxes
*O imperador
*Guerra
*Profecia
Ah, já ia me esquecendo! Perdoe-me, tudo isso é a ansiedade em falar sobre ele.
Esse menino órfão chama-se Tom Riddle.
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