The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 5
Definitivamente, eu já sou mãe!


Notas iniciais do capítulo

Sim, tudo está se encaminhando para que Felicity tenha sua pequena Emily em casa!
Boa parte das pessoas importantes para ela já sabem mas, como será que A pessoa mais importante irá reagir?
Isso ainda não será nessa capítulo, preciso fazer um suspense né?
Bjos
Espero que gostem e mais uma vez, muito obrigada pelos comentários, me estimulam bastante!



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Dormir como nunca e acordei bastante disposta, hoje finalmente eu ia rever aquela garotinha encantadora. Me arrumei o mais casual possível já que após a visita e reunião eu vou direto para a empresa. Cheguei ao orfanato e vi todas aquelas crianças, meu coração apertou por saber toda a dor que elas sentiam, mas pelo menos a vida de uma estava prestes a mudar, a da minha Emily. Fui encaminhada até uma sala onde a supervisora do orfanato me esperava, conversamos por um momento e então ela pediu que uma freira trouxesse Emily, pois havia alguém querendo vê-la.

Minha ansiedade estava gritante, eu andava de um lado pro outro inquieta, mas fui parada pelo som da porta sendo aberta e um cabeleira loira entrando correndo quase sem fôlego, ela ia em direção à madre, mas quando me viu parou, olhou bem e veio com passos curtinhos em minha direção. Ajoelhei-me e sorri pra ela que ficou parada me olhando com aqueles olhos azuis curiosos e quando pensei em falar para fazê-la se lembrar de mim, ela pulou em meus braços me enchendo de beijinhos e dizendo “minha heroína”.

As freiras sorriram com essa reação de Emily que já era conhecida como a criança mais carinhosa do orfanato. Com permissão da freira fomos para o jardim conversar e o tempo inteiro de mãos dadas ela cantarolava e dava pulinhos enquanto andávamos. Escolhi um banquinho que ficava mais afastado e então comecei a explicar a situação:

– Emily, você lembra meu nome?

– Feicity smuty

– É, Felicity Smoack, muito bem!

– Você demoiou... ainda somos amidas? (Você demorou... Ainda somos amigas?)

– Claro, minha linda, por isso estou aqui. Olha eu não tenho muito tempo porque preciso trabalhar mas quero lhe fazer uma pergunta e é muito importante a sua resposta, eu quero que você pense e mais tarde eu passo aqui pra saber qual a resposta, está bem?

– Uhum, pode peduntar! (urrum, pode perguntar)

– Você quer ir morar comigo? Na minha casa, ir a escolinha, podemos ser melhores amigas e ainda morar juntas! Não é legal?

Emily apoiou a mão no maxilar e ficou batendo o dedinho na bochecha como se estivesse analisando a situação, foi então que ela me surpreendeu mais uma vez:

– Posso te chamar de mãe?

Meus olhos lacrimejaram só em pensar nisso e quase sem fala afirmei com a cabeça, ela sorriu me abraçou pelo pescoço e me deu muitos beijos na bochecha. Eu tive que me despedi, afinal, estava na hora de trabalhar. Dei um abraço bem apertado e prometi voltar mais tarde mas ai ela disse que já tinha a resposta, fiquei assustada mas esperei em silêncio por aquelas palavras que mudariam completamente minha vida:

– Eu téio ir moiar tum você, téio te seja minha mamãe! (Eu quero ir morar com você, quero que seja minha mamãe!)

Abracei minha pequena e a rodei a fazendo gargalhar, a deixei brincando com as outras crianças e fui caminhando alegre, mas ao mesmo tempo com o coração apertado por não poder leva-la comigo. Acenei pra ela que me soltou um beijo e eu retribui. Fui para a empresa e felicidade definitivamente era meu nome. Assim que cheguei liguei pra Lyla e deixei uma mensagem pedindo que me ligasse, pois eu tinha ótimas notícias. O dia passou normal, nada de reuniões apenas papeladas. Ray veio a minha sala apenas para informar que estava indo para Central City e que voltava em 15 dias, ou seja, o tempo que eu precisava para organizar as coisas para a chegada de Emily.

Sai mais cedo da empresa e fui rever minha pequena, antes comprei uma pelúcia da gatinha Marie que ela amou e ficou miando enquanto brincava. Ela me perguntou quando íamos para nossa casa e isso inundou meu coração de amor, e eu disse que muito em breve, ela me contou como era no orfanato que as crianças eram normais, algumas brincalhonas outras mais recatadas, mas que a convivência era boa. Me despedi dela com muitos beijinhos e cosquinhas e prometi vim todos os dias visita-la. Sai do orfanato e fui direto para Cave, assim que chego lá, encontro Oliver na entrada, ele está em pé com as mãos nos bolsos e parece surpreso com a minha presença. Abaixo minha cabeça para arrumar algumas coisas na minha bolsa e sinto a porta sendo aberta por ele que me olha surpreso:

– Algum problema? Não lhe esperava aqui tão cedo...

– Realmente coloquei vocês no mau costume! Não, nenhum problema, mas pude sair mais cedo já que graças a Deus, Ray encontrou algo melhor pra fazer em Central City.

Disse isso de cabeça baixa ainda arrumando as coisas em minha bolsa e quando olhei para fora do carro pude ver um Oliver de olhos fechados com um sorriso enorme no rosto aproveitando os últimos raios de sol daquele dia. Confesso, a visão era perfeita, mas eu tinha que sair daquele transe.

– Oliver. Oliver. OLIVER!

– Oi!

– Eu preciso sair do carro, né?

Foi então que ele soltou a porta do carro e se encostou na lateral para que eu pudesse sair. Com a imensa sorte que tenho, havia um buraco enorme bem onde eu colocaria o pé e sem muita dificuldade eu ia cair mesmo, se não fosse por Oliver me segurar e me puxar contra o corpo dele. Tão perto que podia sentir sua respiração e seus olhos que iam de encontro aos meus e em seguida a minha boca.

Porém, como nada é perfeito na minha vida e eu já havia recebido uma boa dose de alegria, algo além de normal, um caminhão chega buzinando, logo o motorista coloca a cabeça pra fora da cabine e diz que tem uma entrega pra Thea Queen. Até aí tudo bem, mas Oliver não me soltava! Foi então que desviei o olhar e pirraguiei e ele resolveu me soltar, me recompus e fui em direção a Verdant, senti o olhar de Oliver enquanto pegava o celular e acredito eu, ligava pra Thea. Desci as escadas e encontrei Dig e Roy com a mesma expressão de surpresa de Oliver. Para quebrar o clima antes que eles viessem com aqueles comentários, me dirigi a Roy avisando que havia uma entrega, ele pendeu o corpo por lado em derrota e subiu as escadas, sentei na minha cadeira e senti uma presença por trás de mim e bem próxima ao meu ouvido:

– Eu já sei, Lyla e eu não temos segredos!

Fiquei em choque, fiquei tão surpresa que acho que esqueci até de respirar. Quando me virei para questiona-lo, Oliver vinha chegando e então fiz sinal que depois conversaríamos. Oliver mal desceu as escadas e já foi tirando a camisa, chamou Diggle para treinar e ele aceitou, e de todos os lugares que eles tinham pra treinar Oliver escolheu um bem a frente dos computadores, mesmo se eu posso com isso? Meu celular vibrou e vi uma mensagem de Lyla dizendo que podia falar agora, deixei os programas sobre aviso de qualquer ato violento na cidade e pedi que eles me chamassem caso precisassem, mas claro que Oliver não podia aceitar calado, parou de treinar e veio em minha direção porém eu permaneci de cabeça baixa respondendo a mensagem de Lyla.

– Você já vai?

– Não! Vou fazer uma ligação lá fora, mas volto logo.

Dei um sorriso pra ele e sai antes mesmo que pudesse protestar. Acho que ele esmurrou alguma coisa, mas não me virei pra olhar. Oliver anda tão descontrolado ultimamente, não sei por que disso. Fui até a parte de cima e sentei em uma cadeira mais afastada do bar, liguei pra Lyla e contei como tinha sido tudo e como Emily era ainda mais encantadora, ela ficou muito empolgada e me pediu que quando fosse visita-la a chamasse e prometi que assim faria, nos despedimos logo porque a pequena Sara já chorava pela sua “mamã”. Desci as escadas e Oliver aparentava estar mais calmo, já estava vestido de arqueiro, fiquei apreensiva de algo ter acontecido:

– Alguma ocorrência, Oliver?

– Não, vou fazer ronda.

– Ok, só toma cuidado e vê se não desliga o comunicador, pode ser?

Ele não respondeu e mais uma vez volta o Oliver com a carranca enorme que nem olha pra mim só que dessa vez eu não vou ficar triste, minha alegria já tinha nome e em breve sobrenome também, o meu.

Assim que Oliver saiu olhei pra Dig que estava de braços cruzados já esperando minha explicação mas eu que tinha perguntas ali.

– Ok, vocês não têm segredos entre vocês, mas o segredo é meu!

– Está realmente chateada por que ela me contou?

– Não, por um lado estou aliviada que mais alguém saiba e não me julgue.

– Felicity como acha que alguém pode lhe julgar por adotar uma criança órfã?

– Diggle pelo simples fato que eu praticamente querendo ou não estou trazendo ela para isso!

Falei apontando para os lados, Dig me abraçou forte e confirmou a proposta de Lyla que podia contar com eles para tudo. Sorri em agradecimento e voltei para meus computadores, sem ter muito que fazer fiquei monitorando Oliver atrás do circuito de câmeras e percebi que ele não estava fazendo ronda nenhuma, estava parado em um prédio como se estivesse pensando em algo. Através do comunicador, chamei:

– Oliver?

– Pronto.

– Está tudo bem?

– Sim, algum problema?

– Não, apenas queria saber se estava tudo bem...

Ficou em silêncio e após alguns minutos ele falou:

– Felicity, se quiser pode ir pra casa. Entregue seu comunicador ao Dig, quero falar com ele a sós.

Oliver aparentava triste ou talvez cansado, fiquei preocupada.

– Algo que eu possa fazer por você?

– Não Felicity, você já faz demais!

Senti um sorriso em sua fala e então me despedi dele que ficou em silêncio e passei o comunicador pra Dig e me despedi dele também. Cheguei em casa tomei um bom banho, deitei na cama e fiquei olhando todas as fotos que Emily e eu tiramos naquele dia, umas sorrindo, outras fazendo caretas, peguei meus fones e fui assistir o vídeo que gravei com ela cantando... Definitivamente eu agora terei algo que me fará dormir com um sorriso no rosto.

A semana passou bem rápido entre visitas a Emily, trabalhar na empresa que já não me exigia tantas horas com Ray ausente, e a noite, trabalhar ao lado das pessoas que eu aceitei como minha família. Lyla foi comigo ao orfanato apenas uma vez porque o trabalho administrativo da ARGUS exigia bastante dela, ela levou a pequena Sara e Emily ficou feliz por ter uma “priminha” para brincar.

Como eu já havia me informado bastante sobre todo o processo, resolvi fazer do quarto que antes era a biblioteca para ser o quarto da minha princesa. Dig e Lyla me cobraram bastante pois eu ainda não havia pedido ajuda, então, aproveitei que era sábado e fui ao centro comprar algumas coisas como tinta, papel de parede, móveis, bonecas e vestidos para minha princesa. Liguei pra Diggle e em menos de meia hora ele chegou com Lyla e... Roy?

Ele me olhou sorridente e questionou:

– Quer dizer que só Diggle será tio aqui nessa história?

– Não Roy, eu apenas só não queria criar esperanças... ainda não é certeza, sabe?

Fiquei triste imaginando a possibilidade da adoção não dá certo, mas Roy me abraçou e me pediu para contar a Thea, pois já não aguentava mais tantas perguntas. Contar a Thea não era o problema, eis aí outra coisa que me dava medo, qual seria a reação de Oliver? O resto do dia passou e antes mesmo de anoitecer, o quartinho estava pintado de rosa, com papel florido eu uma parede, bonecas em uma prateleira que quase não era instalada já que Dig e Roy ficaram disputando que era melhor com a furadeira. Os móveis já vieram montados então só tivemos que leva-los para dentro.

Pedi uma pizza e comemos com refrigerante mesmo! A comemoração ficou para quando finalmente Emily estivesse conosco. Dig e Lyla se despediram e Roy aproveitou a deixa para ir também, me levantei e comecei arrumar o resto da bagunça das embalagens jogadas por todo canto, foi quando ouvi meu celular tocando, quando finalmente encontrei vi que era Oliver e meu coração bateu mais forte nesse momento:

– Oi! Tudo bem?

– Sim, Felicity você vem pra Cave hoje?

– Acho que sim, algum problema?

– Não, só pra saber mesmo... Até mais.

E desligou antes mesmo que eu pudesse me despedir. Confesso que a voz de Oliver aparentava estar mais lenta, pausada, não sei por que, mas fiquei apreensiva. Larguei a arrumação pra depois e fui me arrumar para o meu segundo trabalho, ou seria hobbie? Enfim, como um pouco de dificuldade cheguei a Verdant e antes que pudesse passar despercebida por toda aquela gente, certa pessoa parecia estar a minha espera:

– Ora, Ora, Ora... sabe, eu tenho uma amiga que gosto bastante de conversa com ela mas parece que o sentimento não é recíproco?

Me virei sorrindo envergonhada, de fato, já havia se passado mais de uma semana que não nos falávamos.


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Notas finais do capítulo

Nossa, e essa amiga? Aliada? Possivelmente!
Emily é um doce, sem dúvida e finalmente a vida de Felicity toma um rumo para a felicidade sem depender único e exclusivamente de Oliver ou do Arqueiro, porém muitos desafios ainda virão... Preparem-se!

E aí, curtiram?
Por favor, favoritem, acompanhem, comentem!!
Bjos!