The Kid escrita por Olicity forever


Capítulo 2
Paraquedas? De novo não!


Notas iniciais do capítulo

Como avisei algumas cenas da série serão citadas e uma bastante divertida é quando Felicity precisa pular de paraquedas com Diggle para resgatar Oliver da Ilha.
Espero que gostem da leitura e se divirtam com essa Felicity ainda mais ativa e determinada porém sempre sentimental e responsável.
Bjos.



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Rapidamente arrumei minha mala, pouca coisa, pois quero acreditar que será algo rápido, poucos dias. Peguei um táxi e às 2 horas em ponto já estava no aeroporto. Dig e Roy estavam arrumando um arsenal junto com alguns soldados e “ele” que prefiro não pronunciar o nome, chegou na sua moto. Eu estava com fones ouvindo algumas músicas agitadas, mexendo no tablet, analisando a rota que seria feita e monitorando o sinal de Lyla, olhei pra ele por cima dos óculos e logo em seguida baixei minha cabeça e continuei meu trabalho. Tive vontade rir ao ver aquele homem tão grande e forte parecendo uma criança ignorada. Ele balançava a cabeça em negativa, gritava com Dig e apontava em minha direção, quando o pobre do Roy tentou falar, ele cobriu o garoto com aquela carranca dele. Após meia hora de reclamações e murros na mesa, o resto dos soldados da ARGUS chegou com o jato e começou a carregar os equipamentos. Mesmo de cabeça baixa, vi ele se aproximando de mim, um pouco mais calmo... aparentemente. Tirei meus fones e olhei pra ele arqueando as sobrancelhas como alguém diz “posso ajudar?”. Ele parou, suspirou profundamente e me encarou dizendo:

– É pedir muito que você fique aqui e em segurança?

Ele realmente aparentava estar mais calmo, porém, eu não havia esquecido da garrafa com sonífero gentilmente deixada em minha geladeira. Me levantei, juntei todos os meus materiais sob o olhar constante dele e me encaminhei ao jato sem ao menos olhar para ele. Só ouvi um estrondo enorme da mesa que ele virou de raiva. Sim, eu sorri satisfeita.

Não fomos para Londres, havia uma cidadezinha a leste do país, algo em torno de 3 mil habitantes, era lá que o sinal de Lyla apontava. E para minha infelicidade, o jato não tinha como pousar, ou seja, pa-ra-que-das! Olhei assustada para Diggle, e mesmo que não quisesse, vi um sorriso arteiro em Oliver. Ele se levantou e veio em minha direção já colocando o paraquedas dele preso ao meu, desviei dele e fui até Diggle, perguntei se podia descer com ele e ele apenas sorriu, Oliver ficou enfurecido e chegou a ser irresponsável em seu pulo, fato que só soube quando o encontramos um pouco desnorteado. Claro que fiquei preocupada, mas preferi manter meus olhos no tablete embora meu coração e ouvidos estivessem em ele dizer “estou bem”.

A caminhada foi curta e antes de chegarmos ao ponto analisamos que se tratava de casas bastante isoladas umas das outras. A equipe da ARGUS trouxe equipamento de raio X a distância e isso facilitou bastante pois percebemos que Lyla estava na mesma casa em que as crianças se encontravam e os bandidos estavam em outra com cerca de 7 metros de distância. Nós estávamos em um alto, dentro de uma casa abandonada, Oliver se virou pra mim e disse:

– Vamos usar escutas e você vai ficar AQUI!

Depois se virou e deu sinal para que acompanhassem ele. Claro que ele não estava de arqueiro, usava o mesmo uniforme dos soldados, Dig e Roy também, um capuz preto e roupa estilo policial também preto, digamos que não fomos convidados para entrar no país, portanto, não podíamos deixar rastros. A ARGUS tem disso e são especialistas. Vi quando Dig e Roy entraram na casa que Lyla estava e Oliver continuou em direção aos bandidos. Alguns soldados íam a frente de Oliver e não sei se foi mina terrestre, mas só ouvi uma explosão enorme, na hora só foquei em procurar por Oliver, ele estava bem e já atirava algumas flechas em direção aos bandidos que saíam da casa fortemente armados. Automaticamente, Dig e Roy se juntaram a ele e cada um com sua arma preferida, haviam poucos soldados da ARGUS e o que não faltava eram bandidos saindo por todos os cantos daquela casa.

De repente, notei que o sinal de Lyla se movia, pouco, mas movia e então vi ela passando por uma janela como se lutasse com alguém, e era isso mesmo, havia um bandido lá dentro talvez responsável por não deixar rastros. Sem pensar duas vezes, saí em direção a casa, felizmente, tantos os bandidos quantos os mocinhos estavam bastante ocupados na batalha e não me notaram. Cheguei na casa pela porta de trás, avistei Lyla que já se encontrava presa em uma quina de parede deferindo e recebendo golpes, foi quando avistei uma arma no chão, engatinhei até a arma, me escondi por trás de uma bancada de cimento, me levantei o suficiente para avistá-la e gritei pelo seu nome, quando o bandido se distraiu joguei a arma pra Lyla que o atingiu com apenas um tiro na cabeça. Ela veio até mim, perguntou se eu estava bem e afirmei com a cabeça, e então fomos em direção às crianças e preciso desabafar, aquilo era desumano. Havia cerca de 30 crianças em um espaço de 5m/4m dormindo em um chão forrado com panos e apenas um balde com água natural. Enquanto tentava me controlar para não chorar e checando cada criança para ver se estavam bem, uma chamou minha atenção: loirinha de olhos azuis, algo em torno dos 3 aninhos, mega assustada... podia ser minha filha ali naquela situação. Balancei a cabeça para dispensar aquele pensamento e então senti outro estrondo, outra bomba havia explodido e eu já não tinha mais forças para controlar minhas ações. Foi quando vi Oliver acordado, mas visivelmente atingido sendo carregado por Diggle e Roy, eles trouxeram ele para a casa que estávamos e mesmo sem forças, Oliver ainda quis manter a carranca foi quando olhou ao redor e viu todas aquelas crianças assustadas, ele me olhou de volta e eu sorri pra ele e depois dei um longo beijo em seu rosto. Eu realmente não conseguia mais manter aquela raiva, porém agora, estava feliz porque me sentia útil embora também estivesse com medo de como serão as coisas entre nós a partir de agora.

Contatamos Waller e ela disponibilizou veículo para nós. Assim que chegamos em Londres, um equipe do consulado Americano já estava a postos para levar as crianças em segurança e devolvê-las as suas famílias, reconheci uma das agentes, fomos colegas em Los Angeles durante o colegial e pedi a ela que me mantivesse informada sobre esse caso e ela concordou gentilmente. Apesar de todo cansaço a única coisa que queríamos era voltar pra casa, e assim fizemos. Durante a volta, Diggle e Lyla não se cansavam de fazer carinhos um ao outro, Roy dormia profundamente e eu apenas folheava uma revista qualquer, tudo menos ter que encarar aquele Oliver que nem estava com raiva e tão pouco feliz, estava cansado, mas não dormia, eu realmente queria falar com ele, mas sentia pois eu mesma havia começado aquela distância entre nós, não estava preparada caso ele quisesse agora se vingar e ficar sem falar comigo.

Quando chegamos ao aeroporto percebi que era a única que não tinha transporte, e acredite, por mais que Starling seja uma cidade noturna, conseguir táxi àquela hora da madrugada estava mais pra missão impossível. Mesmo assim, arrisquei. Peguei minha bolsa, dei um longo abraço em Lyla, Dig me agradeceu e eu só balancei a cabeça como se dissesse “não por isso”, foi então que vi Oliver subindo em sua moto e saindo em disparada, baixei a cabeça visivelmente triste e então ouvi a voz daquele moleque atrevido:

– E aí, Barbie? Vamos?

Roy sabe como me provocar, já falei mil vezes pra não me chamar de Barbie, sei que a referência é pela aparência, mas a imagem da boneca é de uma mulher fútil e pouco inteligente, tudo que eu não sou. Miseravelmente cansada e derrotada, aceitei sua carona, por Deus que ele estava de carro e não de moto. Não podia perder a oportunidade de tirar onda com a cor do carro: vermelho.

Depois que Roy me deixou em casa, eu tomei um banho, vesti uma camiseta larga e um short de malha e me deitei na cama. Me arrependi amargamente por ter derramado aquela água com sonífero, ela me serviria muito bem agora que estou extremamente cansada só que com a cabeça a mil me arrependendo e analisando o quão difícil será me aproximar de Oliver novamente.

Antes mesmo que pudesse adormecer, um dia ficou claro e eu tinha uma reunião muito importante com Ray sobre o projeto para liberar energia de forma mais barata aos moradores dos Glades. O dia passou se arrastando enquanto minha mente sempre dava um jeito de pensar em como Oliver estava e como seria o encontrar a noite. Fui almoçar e quando cheguei havia um buquê de flores em minha mesa, junto a ele um cartão:

“Viemos te visitar para agradecer mas você não estava... queremos que vá jantar amanhã em nossa casa, te esperamos sem falta! Beijos. Diggle, Lyla e Sara.”

Fiquei feliz com o presente, mas triste por não tê-los visto, sem a menor apresentação, Oliver chega e me pega toda emocionada cheirando as flores. Ele pigarreia e só então percebo sua presença, com sorriso enorme o cumprimento:

–Oi, tá tudo bem?

– Sim... onde está seu celular?

Ele pergunta mas sinto uma raiva enorme em cada palavra dita...

–Tá aqui!

E só então percebo que ele estava descarregado, viro e mostro pra ele com um sorriso de quem pede desculpas mas ele não muda a expressão fechada do rosto:

– Não importa mais, em todo caso, não precisa ir hoje à noite. Tenho um compromisso e já deixei Roy fazendo a ronda.


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Notas finais do capítulo

Mas que "compromisso" é esse afinal?
Pois é, nossa Felicity é forte mais ao mesmo tempo é muito sentimental, toda essa situação com Oliver está deixando-a louca, ela realmente precisa de algo diferente em sua vida, que mude sua rotina... Eu disse algo? Ou será... ALGUÉM?

E ai, curtiram?

Todo tipo de comentário é bem vindo e por favor, acompanhem e favoritem!!



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