The Swan Sisters Saga escrita por miaNKZW


Capítulo 13
Capítulo 12 - Reconhecimento




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A or B

Oito dias se passaram como se fossem um segundo. Eram tantas coisas que eu precisava saber e entender. Esme cumpriu sua promessa e sempre que Bella tinha que ir embora ela me contava tudo sobre sua família e como a “nova vida” de cada um deles havia começado. Esme também me falou sobre as habilidades extras de Edward e Alice. E sua opinião sobre o porquê isso acontece. Eu podia entender isso e não achava estranho em nada, pois Nathan sempre me dizia que a transformação aguçava todos os sentidos e instintos. Eu começava a perceber que vampiros e lobisomens não eram tão diferentes afinal.

Esme me explicou como eles viviam. As constantes mudanças de cidade – e ás vezes de país – que eles tinham que fazer para não despertar suspeitas nos humanos. Já Carlisle tinha um particular interesse em meus conhecimentos sobre os lobisomens. Parecia mais uma curiosidade cientifica. E ele sempre queria saber mais sobre Theodore e Janet – que um dia viveram em Forks e que pareciam ter impressionado os moradores locais com sua bondade e decência. Eu não sabia muito, mas contava tudo que sabia com prazer para Carlisle.

Bella e eu tínhamos tanto para conversar. Uma vida inteira para pôr em palavras e as horas pareciam voar quando estávamos juntas. Minha irmã me contava tudo sobre sua vida. Bella trouxe alguns poucos álbuns de família para que eu pudesse ver Charlie e Renée. Ela descrevia animada o espírito jovial de Renée e o jeito quieto de Charlie que sempre parecia tranqüilo e reconfortante. Bella me contou como foram seus anos enquanto viveu em Phoenix com Renée e Phill. E quando vinha passar as férias de verão em Forks com Charlie. Eu pude visualizar Renée e Phill viajando pelo país enquanto Bella me contava como eles se conheceram e como foi rápida a transição de um simples namorico até o casamento deles – em menos de um ano Renée e Phill se conheceram, decidiram morar junto e depois se casaram – isso me impressionou. Mas Bella tinha certeza de que Phill era o homem da vida de Renée e que ela era muito feliz ao lado dele.

Mas ainda tinha Charlie. Que parecia ter parado no tempo. Nada realmente havia acontecido em sua vida desde o divorcio e a partida de Renée e Bella. Aos olhos de Bella, Charlie parecia estar esperando o retorno delas. Mas no fundo ele sabia que isso jamais aconteceria. Pelo menos não como ele imaginava.

Ao contrário de Renée – que tinha pressa em viver cada segundo que a vida pudesse lhe proporcionar – Charlie parecia não notar os anos passando por ele. Bella o descrevia como quieto e reservado, evitava falar mais do que o necessário, sempre guardava seus sentimentos bem longe da superfície e agradecia quando a atitude era recíproca - ao que parece Charlie tem aversão a lágrimas e não se sente à vontade quando o assunto são sentimentos e relacionamentos. Eu ria ao reconhecer tantas coisas em comum que tinha com meu pai. Charlie, meu verdadeiro pai.

Era estranho como tantas coisas começavam a se encaixar. Como minha aparente falta de sorte e tendências a quedas podiam ser explicadas pelo jeito estabanado que herdei de Renée. E a falta, ou melhor, ausência de habilidades sociais definitivamente era “culpa” dos genes de Charlie. E ao saber que não era a única a me sentir assim, me senti aliviada. Aparentemente Bella também não gostava de ser o centro das atenções e assim como eu, tinha varias cicatrizes pelo corpo.

_ Bem essa aqui foi quando eu caí da escada na piscina do Phoenix Country Club e essa quando quebrei o braço durante o ensaio da peça de balé que Renée me obrigou a participar...

_ Você conseguiu quebrar o braço numa peça de balé? Isso é realmente inacreditável! – eu ri e depois notei uma marca esquisita no braço de Bella - E essa cicatriz estranha aqui no seu pulso?

_ Bem... essa eu... essa foi quando eu quase morri.

Eu estremeci com as palavras:

_ Como assim? O que aconteceu Bella?

_ Ah, não foi nada demais! Não se preocupe!

Bella casualmente disse antes de contar sua experiência de quase virar uma vampira. Ela me contou sobre James e sua obsessão em caçar - caçar ela! E sobre Victoria que também a perseguiu. Mas para meu alivio eles já não eram um problema – Edward e sua família haviam se livrado de James e de Victoria. Assim como o resto dos vampiros recém criados por ela. Finalmente, Bella me falou sobre os Volturi e suas leis.

_ Então... então quer dizer que você... você vai... você precisa virar uma vampira???

_ Ahnn... bem, na verdade isso não é tão ruim quanto parece, eu acho. Bom, a verdade é que isso é o que eu quero!

_ O que? Mas por que, Bella? Você disse que eles são selvagens e quase impossíveis de controlar!

_ Sim, mas isso é só no começo Angel! Você não vê Edward e Alice? E existem tantos outros que conseguiram voltar ao “normal”!

_ Sim, mas isso leva anos para acontecer... e você teria que ser isolada! – eu não podia acreditar que teria tão pouco tempo para conviver ao lado da irmã que acabara de conhecer e que agora era a única família que eu tinha.

_ Oh, Angel! Você também não, né? Eu sei o que eu tenho que deixar para poder ficar com Edward. Ele faz questão de me lembrar todos os dias! Mas eu não vou morrer! Não é como se eu fosse tipo desaparecer e deixar você e Charlie e Renée para sempre! Angel? Eu vou voltar e eu serei a mesma Bella, você ouviu? Eu vou voltar e vou passar todos os dias com você, minha irmã!!!

_ É, mas, mas... e se você não quiser mais... e se eu for muito fraca e frágil para você quando você estiver toda perfeita e forte? Nós não vamos mais poder ficar juntas o tempo todo! Eu sei como é, Bella! Eu sei! Nathan também era diferente de mim e eu era um estorvo na vida dele. Sempre atrapalhando e impedindo que sua vida continuasse – eu já chorava e mal conseguia dizer as palavras entre os soluços.

_ Ah, não seja boba Angel! Eu já disse que vou voltar! E você será para sempre minha irmãzinha, ouviu? Para sempre! Eu prometo – Bella me abraçou e continuou – e... Nathan... ele também te amava muito e tenho certeza que você nunca foi um estorvo para ele!

Eu me senti um pouco mais aliviada quando me lembrei como Nathan sempre cuidou de mim. A satisfação e o orgulho de um pai que eu via sempre em seus olhos, todas as vezes que ele olhava para mim. Nathan! Como eu sentia saudades do meu pai! Sentia falta da sua voz e do seu abraço forte. Mas eu não falava muito sobre ele para Bella, pois sabia o ressentimento que ela tinha em relação a ele. Ao invés disso eu contava sobre meus dias na fazenda. Sobre meus animais. Minha pequena horta e os dias de tempestades em New Orleans – eu ficava horas em cima do telhado vendo a chuva se aproximar. E contava sobre os livros e revistas que Nathan trazia para mim sempre que precisava viajar. Eu vivi minha vida toda através dos livros que lia. Sempre imaginando o que eu poderia estar perdendo enquanto Nathan me mantinha “segura” sob seus cuidados exagerados e regras rigorosas no que dizia respeito às outras pessoas.

Eu sempre quis me apaixonar, eu queria sentir aquelas sensações e aquele sentimento de estar completo que tanto lia nos livros. Mas eu nunca entendi o que era esse tipo de amor. Esse tipo de amor profundo. Verdadeiro e... carnal!

_ E vocês? Digo, mas... você e Edward... bem, vocês não...? Vocês já...? Ou melhor, você alguma vez já...? Bem, você já teve algum...

_ Ah, não, não, Angel! – Bella corou enquanto ria envergonhada, mas continuou – Edward é meu primeiro namorado e nós não... bem, Edward tem varias regras sobre essas coisas! Ele diz que eu posso não sobreviver, entende?

_ Ah! – eu respondi também corada e já começava a me arrepender de ter tocado nesse assunto embaraçoso. Mas a curiosidade era demais – mas vocês não podem? Tipo... não vão poder nunca?

_ Bem, eu acredito que Edward esteja exagerando um pouco. E digamos assim, estou trabalhando duro para fazer jus a minha opinião nessa questão, sabe? – Bella ergueu uma de suas sobrancelhas e me lançou um sorriso maroto – de qualquer forma, eu acho que vou poder... eu acho que serei capaz de sair viva depois de uma noite com Edward quando eu for como ele. Mas eu não pretendo esperar tanto tempo! E acho que talvez... Eu não sei se as coisas serão iguais, sabe?

_ Arran...

Eu entendia o que Bella estava dizendo, pois eu também sentia a mesma necessidade. Por mais que eu nunca tivesse chegado nem perto de ter um relacionamento como o de Bella e Edward. Eu também sentia necessidade de me apaixonar e sentir todas as emoções que isso acarretava.

Durante toda a minha infância e mais recentemente, eu me via perdida em minhas fantasias com William, o filho mais novo do Sr. Waltz o dono da vivenda que Nathan e eu fornecíamos nossos tomates. Eu via William somente seis vezes por ano e estava ridiculamente apaixonada por ele. Apesar do fato dele nunca nem se lembrar do meu nome – ele perguntava todas as vezes que eu aparecia por lá. Eu fantasiava com nosso casamento e gostava de imaginar como seriam nossos filhos. Um dia, enquanto estudava, peguei Nathan bisbilhotando por cima da minha cabeça e notei que estivera divagando e pensando em William enquanto escrevia seu nome ao lado do meu por toda a pagina do meu livro de biologia. Nathan riu tanto que se fosse possível diria até que ele estava surtando. Mas depois quis me dar uma lição de anatomia humana e bons modos. Como uma garota da minha idade deveria se comportar e coisas desse tipo. Eu o ignorei tentando disfarçar meu embaraço e tomei cuidado para nunca mais cometer esse tipo de “erro” novamente.

Eu nunca mais veria William e seu lindo rosto contornado pelos belos cabelos loiros... não depois de ter sido abandonada por Nathan e levada para de volta para Forks. Ah, William! Oh, Nathan!

_ E você? Você já teve algum namorado?

_ Ah... não... Eu não tinha permissão para namorados ainda, entende? Eu nem conheço muita gente! E sempre estudei e vivia em casa...

Eu ia começar a falar sobre as regras absurdas de Nathan quando Alice simplesmente apareceu sentada na janela do quarto, o quarto que Esme dizia ser meu até o dia que eu não o quisesse mais:

_ O que vocês, meninas, estão fofocando?

_ Ahn, nada, Alice!

_ Oh, Bella! Eu posso dizer que a conheço bem o suficiente – e você também, Angel – para reconhecer esse rubor no rosto de ambas! Era sobre meninos, não era? Ah, vamos, garotas, me contem!!!

Eu não queria ter essa conversa com Alice. Já era embaraçoso demais falar sobre isso com minha própria irmã. Imagine ter que confessar que eu era uma virgem patética para Alice!

_ Ah, Alice! Bella estava só me contando sobre Charlie e Renée e Phill... não é nada demais!

_ Humm, Angel! Você tem a mesma carência de habilidades que sua irmã. No que se refere a contar mentiras! Mas não importa. Eu vou descobrir! – Alice disse com ar de petulância em seu rosto enquanto nos puxava da cama – Agora vamos. Carlisle chegou e disse que já é hora de Charlie saber a verdade. Bem, parte da verdade, pelo menos.


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