Colorful escrita por Isabelle


Capítulo 16
Capítulo 15 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Faz tempo eu quero descansar
E ver as coisas por aí
Viver conforme o que vier
Só precisar do que eu tiver
— Banda do Mar



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/600503/chapter/16

2 anos atrás



Uberlândia parecia um território totalmente novo e desconhecido para mim. Tudo bem que não era tão longe de casa, chegava a um pouco mais de cem quilômetros de distância, mas aquele gostinho de cidade nova, aquele gosto de liberdade beijava meus lábios, enquanto eu sentia finalmente que tinha me separado do elo eterno que minha mãe havia inventando com Carla. O problema não era ela, o problema estava com ela. Carla, era o tipo de namorada que não te sufoca, ela consegue passar e explodir a escala dos ciúmes, e eu realmente não me sinto bem, quando estou sendo fechado por alguém ou alguma coisa. Eu precisava me mudar. Precisava ir para longe. Alguma coisa me puxava para aquela cidade.

Passei os olhos pelo apartamento que por ser só meu, parecia gigantesco, e adentrei-o me sentindo totalmente em casa. Ele tinha aquele cheiro dos moveis novos, espalhado por todo ambiente, e aquilo me reconfortou mais ainda. Sentei no sofá, e observei minha nova casa por alguns instantes, tomando uma longa respiração.

Minha mãe tinha insistido para eu deixá-la me trazer, contudo, queria fazer isso sozinho. Precisava fazer isso sozinho. Era uma coisa que tinha começado a acontecer comigo. De um tempo para cá, estava necessitado de coisas novas. Não me contentava a ficar mais preso em algo só, nem mesmo a explorar coisas fáceis. Estava ali para me tornar um perito criminal, estava ali para sair com o máximo de garotas que eu pudesse, até me formar, uma coisa que não estava planejada era algo: me apaixonar. Tinha cortado isso da minha vida, depois de um relacionamento longo, estava pronto para poder curtir um pouco minha vida.

Escutei as batidas firmes na porta e olhei estranhando. Caminhei até a porta rezando para que não fosse minha mãe, sabia que ela ficaria enchendo meu saco noventa anos até ela realmente desistir, e perceber que eu realmente queria ficar. E como ela era persistente, faria um drama que me faria voltar para casa por mais alguns dias, até as aulas realmente começarem.

Abri a porta e uma moça dos cabelos louros escuros lisos, com mechas roxas nas pontas, sorriu para mim com a fileira de dentes emparelhados. Ela usava um vestido vermelho colado ao corpo, enquanto segurava uma bandeja com comida. Eu jurava que essas coisas de receber comida quando se mudava era coisa somente dos filmes, mas pelo visto estava enganado.

Havia também uma menina ao seu lado, ela usava calça jeans e uma blusa do Arctic Monekys, e seu cabelo era ruivo desgrenhado. Ela parecia estar mais tímida do que a outra garota, mas, mesmo assim, sorria para mim, como se fosse uma benção me ter ali.

― Ei, eu sou a Anna, e essa é a Cassie. ― Ela jogou a cabeça para a garota, e eu percebi nesse exato instante que elas estavam juntas, quando vi uma mão enroscada a outra. ― Nós ficamos sabendo que você iria se mudar, também nos mudamos há pouco tempo, e trouxemos isso para você.

― Ah, ei, eu sou o Noah. ― Eu sorri para elas, e saquei os olhares. Noah era realmente um nome bem irregular, mas minha mãe gostava bastante do Noah Hathaway, então, aqui estamos. ― E obrigada, vocês são realmente muito gentis.

― De nada. ― Anna, foi a que disse novamente.

― Will, venha conhecer nosso novo vizinho! ― Cassie exclamou, mas ninguém respondeu.

― Ele está passando por uma fase difícil. ― Elas sorriram, e Cassie foi buscá-lo, enquanto eu conversava com Anna.

Mantemos um papo normal, ela me perguntou de onde eu era e o que faria da vida, e fui respondendo normalmente. Ela era realmente bonita, e me sentia muito decepcionado por saber que ela estava com outra mulher, mas elas pareciam realmente combinar. Havia uma química realmente notavel entre as duas, e elas mal haviam trocado palavras em minha frente.

― Noah, este é o Will. ― Cassie disse voltando com um homem mais ou menos da minha idade, só que parecendo ter hibernado no sofá.

Os cabelos dele estavam gigante, enquanto havia uma barba esparramada por todo o rosto; ele tinha os olhos azuis profundos e avermelhados como se ele estivesse chorando há muito tempo, e uma expressão nada feliz. Era como encontrar a própria pessoa que já tinha conhecido um dementador. As suas energias pareciam ter sido todas roubadas.

― Ei, cara. ― Will disse com uma voz rouca.

― Ei, você está bem? ― Perguntei realmente preocupado.

― É, sabe, vivendo um dia após o outro.

― Ele está destruído. ― As duas disseram em sintonia. ― Por causa de uma garota.

― Calem a boca! ― Ele disse, e sorriu para mim, dando tipo um tchau com a mão, depois voltou para o apartamento.

― Por causa de uma garota? ― Eu perguntei.

― É uma longa história, mas eu tenho que ir trabalhar, e Cassie tem que resolver uns problemas para a nossa casa, mas foi muito bom te conhecer, Noah.

― Digo o mesmo. ― Eu sorri e elas se viraram indo embora.

Entrei novamente no apartamento e me lembrei da expressão do Will. Era daquilo que eu estava fugindo. Daquela dor. Ver ele naquele estado por conta de uma simples garota me fazia confirmar cada vez mais minhas normas sobre garotas. Elas podiam ser sexy, e super atraentes, se apaixonavam fácil, mas não podia me deixar levar por uma. No momento em que você se deixa levar por uma. Pelos olhos de uma. Meu amigo, você está ferrado.

Olhei novamente para o apartamento e comecei a subir a escada em espiral que havia, ela tinha poucos degraus que me levavam para outro piso do apartamento, onde haviam dois quartos, e uma sala até bem grande. Nesta sala, estavam todas as minhas caixas, não era muita coisa, mas eu sabia que levaria um bom tempo desempacotando tudo aquilo. Então, preferi começar naquele momento.

Coloquei algumas roupas no quarto maior em um guarda-roupa mediano, demorei algum tempo para organizá-las, mas quando finalmente o fiz, me senti vitorioso. Eu nunca havia perdido o tempo para arrumar as roupas no guarda-roupa, ou colocar a roupa de cama certinha na cama. Eu sempre tive alguém que podia fazer por mim. Sempre tinha sido mimado, e aquilo era outra parte de mim que eu queria conseguir mandar embora.

Terminei de organizar as roupas, e parti para os objetos. Peguei meu violão e o fiquei encarando. Aquela outra parte que eu não queria mais mostrar para ninguém. Já tinha sido muito bom naquilo, mas agora, seria só mais uma lembrança boa, como tantas outras. Joguei-o em cima do Guarda-roupa um pouco ressentido, mas estava feito.

Tirei outras coisas das caixas e fui organizando aos poucos o apartamento, até a fome me apertar. Sentia meu estômago se revirando em busca de comida, e resolvi que estava na hora de comer o que Cassie e Anna haviam trago para mim. Elas haviam sido tão generosas me deixando alguns sanduíches, que me alimentou muito bem.

Depois disso, eu conferi o horário no celular, e acabei descobrindo que em poucos minutos deveria estar na academia de treinamento para me inscrever como policial daquela cidade. Não tinha certeza se conseguiria, mas com minha faculdade de direito, e o trabalho na polícia, metade do que eu queria ser já estaria a caminho.

Tomei um banho corrido, coloquei uma roupa normal, e peguei um táxi, pedindo para que ele fosse o mais rápido que conseguisse. Contudo, mesmo assim acabei chegando atrasado. Todos já estavam em formação, praticando alguns exercícios em duplas, e pelo que eu conseguia ver, todos já tinham duplas, menos o atrasado ali.

― Você é o Marques? ― Um policial robusto, e alto me perguntou com os olhos em chamas. Toda a coragem que eu havia reunido havia em segundos, se dispersado.

Eu assenti.

― Cheguei, eu cheguei. ― Um garoto loiro, com vestes estranhas disse gritando.

― Você deve ser o Elliot Andrade. ― Ele murmurou irritado. ― Estão atrasados, muito atrasados. Vocês sabiam que vitimas poderão morrer se atrasem desse jeito?

― Me desculpe, senhor. ― O tal Elliot disse.

― Vão se trocar e quero os dois aqui junto com os outros, mas antes vão dar vinte voltas no campo e depois fazer vinte abdominais, para não se atrasarem mais.

― Sim, senhor. ― Dissemos juntos, e ele nos dispensou.

Fomos até um lugar separado onde havia vários armários, e ao lado uma prateleira preenchida totalmente por uniformes. Peguei um e comecei a me trocar na frente de Elliot, e ele na minha. Foi tão estranho a comodidade que eu tinha com ele. E não estranhei nenhum pouco que em menos de quatro semanas naquele treinamento, já havíamos nos tornado melhores amigos.

Ele tinha um jeito próprio de se vestir, não existia a palavra combinação em seu guarda-roupa, mas era isso o que mais me fascinava sobre ele. Começamos a sair juntos, e o ajudei com algumas garotas. Era mais complicado para ele do que para mim, mas me esforçava do mesmo jeito para arrumar alguém para ele, e que ele não ficasse sozinho nos bares.

A faculdade atrapalhava um pouco nossos planos, mas sempre organizávamos para ser depois das aulas, e meu curso era noturno. Íamos para um bar perto da faculdade, onde haviam várias garotas universitárias, esperando para serem cantadas por nós.

Will, o meu vizinho tinha começado a sair conosco algumas vezes. Em primeiro lugar eu o tinha levado por pedido de Anna, achei que ele faria uma boa companhia para Elliot no bar. O que eu não sabia era que ele era melhor do que eu, ou qualquer outro com garotas. Ele saia e até ria. Ele conseguia levar uma menina para cama com simples fato de sorrir para ela. Ele tinha um jeito que fazia com que elas se focassem nele, e quisessem continuar e ele tentou ensinar alguns truques para mim, e Elliot.

― Estão vendo aquela garota? ― Ele disse e apontou com a cabeça de um modo sutil.

― Conseguem ver a marca de aliança, isso quer dizer duas coisas, recém-divorcio, ou recém-termino de namoro. Quer dizer que ela está carente, e está aqui simplesmente atrás de uma transa, ela não quer se envolver com ninguém após terminar um relacionamento. ― Ele sorriu disfarçadamente para ela, e ela deu uma piscada para ele. ― Ela aparenta ter uns vinte dois, vinte três anos, muito nova para casar, além de fazer estética, então acredito que seja apenas um caso de pé na bunda, que o doutor Will, pode curar. ― Ele pegou o copo de uísque, ainda com aquela aura pesada, e se encaminhou para a mesa da garota.

Ele parecia feliz, ele ria, e cantava a garota. Ela ria tanto quanto ele. Os dois pareciam ter dado super certo, mas podia-se ver, se reparasse muito bem, o quanto ele estava triste. Essa menina, fossem quem fosse, havia destronada ele. Feito Will se perder, e eu ficava cada vez mais curioso.

Ele havia sugerido que encontrássemos Elliot no bar, e que ele me desse uma carona na camionete, só que ele não me garantia a volta por nós dois sabíamos muito bem que ele nunca voltava para casa. Começamos a discutir um assunto de música, e descobrimos que gostávamos de muitas bandas iguais, tínhamos rido e colocado algumas músicas para tocar mas quando I wanna be yours do Arctic Monkeys começou a tocar, parecia que toda aquela felicidade que ele tinha conseguido construir em alguns meses, havia se desfeito como uma folha de papel ao fogo.

Seus olhos conseguia-se ver as lagrimas pesadas tentando ser abafadas. Quis dizer alguma coisa reconfortante, mas a única coisa que eu consegui dizer fora algo totalmente inútil.

― Você está bem? ― Eu perguntei, e ele apenas assentiu. ― O que foi que essa garota fez? ― Eu disse inocentemente, sem perceber o poder de minhas palavras.

Ele soltou uma longa respiração, e continuou com os olhos nas ruas focado em outro universo, mas, mesmo assim, soltou um sorriso de lado.

― O nome dela era Celeste, e ela sumiu depois de eu ter pedido ela em casamento. ― Ele sorriu com dor. ― E me deixou um bilhete surrado falando que nunca ia poder me amar, para falar fora mais que isso, mas isso é só o que minha mente consegue processar.

Meus olhos travaram na rua a frente. Tudo realmente fez mais sentido. Will não parecia um cara que chegaria em uma menina e a pediria em casamento, não parecia mesmo. Ele era tão relaxado, tão to nem ai para as meninas, fazia com que elas viessem até ele, e alguém tinha o feito rastejar. Ele realmente a pediu em casamento, e ela tinha ido embora dizendo que nunca o poderia amar. Essa menina realmente deveria ser complicada. Ela deveria ser como um daqueles quebra-cabeças impossíveis de resolver.

― Sinto muito, cara. ― Disse com voz rouca.

― Tudo bem, já passou. ― Ele disse e mudou de música.

Continuamos saindo normalmente, mas um dia, quando tudo estava normal. Um dia como qualquer outro, essa garota apareceu, e grávida. E depois de alguns meses a nova moradora do apartamento era essa tal de Celeste, e um bebê chamado Amanda. Amanda era a coisa mais linda que uma pessoa já havia visto. Tinha os olhos do Will, e o rosto igual ao de Celeste. Era a combinação perfeita ali. Em uma mini pessoa, que toda vez que eu via, tinha vontade de morder.

Cely, que era como a chamávamos, era a garota mais complicada como eu já havia previsto, mas eu entendia porque Will tinha se apaixonado por ela. Era tão forte e independente, enquanto ao mesmo tempo parecia totalmente dependente de Will. Os dois era uma dupla incrível junta, mas foi assim, que perdemos Will que era regular nas nossas idas ao bar, para um Will que só ia aos fins de semanas, e quando Cely se dispunha a cuidar sozinha de Mandy.

Duas semanas antes do nosso teste oficial, depois de um seis meses de treinamento, iríamos ter uma prova. Essa prova diria se seriamos, finalmente, policiais ou não. Ela se basearia nos conhecimentos gerais que tínhamos levados aqueles meses, e também exercícios físicos, com alguns exercícios, até mesmo tiro ao alvo.

Elliot tinha ido para o meu apartamento uma manhã antes da prova, e ficamos estudando alguns conhecimentos básicos. Também treinamos um com o outro alguns movimentos de luta, e não fomos tão bons, mas realmente não tínhamos sido tão ruins.

No dia do teste todos estacamos nervosos, na prova eu havia ficado bem nervoso e tinha tido quase certeza que não fora bem. Tinha certeza que seria muito difícil ser policial, e q eu ainda precisaria no mínimo de fazer aquele curso mais duas vezes. Elliot, foi chamado antes de mim para executar suas atividades físicas, e quando voltou parecia ter perdido uma batalha.

Quando o chefe, o mesmo homem que parecia que tinha sido há pouco tempo que gritara comigo, me chamou para fazer o teste, meu sangue todo gelou. Caminhei lentamente até a quadra de exercícios e tentei executar tudo com a maior precisão possível. Posso não ter me saído bem na prova escrita aquele dia, ou na física, mas sei que quando tivemos que atirar, eu dominei. Senti que a arma se adequava perfeitamente a minha mão, e sabia que aquele era o trabalho.

― Bem, garotos, ― O chefe disse depois que esta vamos todos la na sala, ― já tenho os nomes dos novatos dessa cidade, e fico feliz em dizer que vocês todos foram muito bem, mas só temos cinco vagas.

Ele começou a dizer cada nome lentamente, e nós tínhamos que bater palmas para cada pessoa. Quando ele chamou o nome de Elliot, todos ficaram olhando como se aquilo fosse impossível, mas eu continuei batendo palmas normalmente. O meu fora o último. Senti a adrenalina escorrendo pelas minhas veias.

Eu tinha conseguido.

Era tão incrível aquilo, eu ainda não conseguia crer que era verdade. A única coisa que se passava em minha cabeça, era minha mãe. A voz de minha mãe me dizendo para eu desistir daquele sonho surreal, pois eu nunca conseguiria, e além de que seria muito perigoso. Contudo, eu tinha conseguido, e poderia esfregar isso em sua cara.

Aquela noite, Elliot, eu, Will e Cely havíamos saído para comemorar. Como eu pensava que tudo iria ser mais fácil. Não conseguia ver a parte difícil em ser polícia, apenas via eu com um uniforme, lutando contra os criminosos, e sempre vencendo. Não sabia o quanto eles podiam ser inteligente, e me prender em minha própria armadilha.

― Tudo bem. ― Celeste disse. Ela estava usando um vestido verde de flores, e o cabelo preso em um coque. ― Vamos fazer um brinde em homenagem ao Elliot, e ao nosso Noah. ― Ela sorriu e todos batemos os copos um no outro. Aquela fora a primeira vez que sabia que fazia parte daquela nova família.

― Queremos também fazer um brinde ao meu casamento e ao de Cely. ― Will disse, e lhe deu um beijo demorado na boca.

― Um brinde a gayzisse de vocês. ― Eu disse, e eles riram.

Nós costumávamos passar a maior parte dos finais de semana assim, quando Cely contratava babás. No começo fora muito difícil para ela, deixar a filha com uma moça, mas logo depois já estava acostumada. Mas, sendo bem sincero, nunca fora fácil para ela, pois eu sempre conseguia levar suas babás para cama, e nunca mais queria vê-las, então, elas pegavam ódio, e nunca mais voltavam.

Do mesmo jeito, Elliot, Will e até mesmo Celeste eram meus melhores amigos, e mesmo quando tínhamos os dois, namoradas, e um casal casado, nos continuamos a sair. Celeste até mesmo me ajudava com as meninas, mas ela sempre me alertara que uma garota surgiria em minha vida, e que tudo desandaria nesse período. Deveria ter dado ouvidos a ela.

Eu realmente não deveria ter ignorado suas palavras, e nem rido, pois um ano e meio depois, toda a minha vida parecia se transformar em um caos. E aquele garoto. O garoto do cabelo loiro, e da roupa laranja e verde ao meu lado, não estava mais entre nós, e eu não queria nem ao menos enfrentar isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Colorful" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.